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Um ano de alívio na política

Na política o ano de 2022 será lembrado como um ano de alívio. A eleição de Lula para a presidência da República será lembrada como um resgate da democracia e do respeito a institucionalidade no Brasil.

Nunca achei que seria fácil. Como, de fato, não foi. Como gosta de afirmar um amigo querido: Lula venceu Bolsonaro e o estado brasileiro.

Bolsonaro sairá minúsculo para a história. O desfecho do seu governo o sintetiza como um presidente covarde que tentou golpear a democracia.

A personalidade do ano para mim foi o ministro Alexandre de Moraes que foi ao limite da lei para evitar que a democracia do Brasil desmoronasse. Ele freou os ímpetos autoritários de Bolsonaro embora não tenha conseguido impedir o abuso da máquina.

O Brasil encerra 2022 com a perspectiva de volta a normalidade com um presidente conciliador e capaz de melhorar a imagem do país no exterior. A tarefa de Lula não será fácil, mas nada para ele foi dado de mão beijada e ainda assim ele venceu a pobreza para se tornar presidente e as injustiças para voltar ao poder.

Aqui no Rio Grande do Norte a personalidade do ano foi a governadora Fátima Bezerra (PT). Ela foi reeleita no primeiro turno e recebeu de mais de um milhão de potiguares o reconhecimento de que seu esforço nos últimos quatro anos merecia a chance de finalmente fazer um grande governo. Fátima tem tudo para isso com a parceria de um Lula presidente.

Mas Fátima também mostrou uma habilidade ímpar para construir uma aliança forte e deixar a oposição sem condições de apresentar um candidato forte. Venceu com a maior votação da história e a maior vantagem sobre o segundo colocado (mais de 600 mil votos) na eleição para o Governo do RN mais monótona do atual período democrático.

Por Mossoró, o prefeito Allyson Bezerra (SD) segue com uma aprovação espetacular, beirando os 90%. Ainda não tive tempo de pesquisar, mas creio que nem Rosalba Ciarlini,, no auge, chegou a esse patamar.

Por outro lado, o prefeito fracassou no projeto de criar um grupo além dos limites de Mossoró. Embora bem votados na cidade, Jadson Rolim e Lawrence Amorim não conseguiram se eleger para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados respectivamente.

Apesar da popularidade, o prefeito terá que se desdobrar para sair da sombra do isolamento político em 2023.

Voltando a principal conquista do ano, a democracia, posso afirmar que a interrupção do roteiro da ruptura institucional estabelecido no livro “Como as Democracias Morrem” é a principal conquista de 2022 para todos nós, inclusive para os criminosos que pedem golpe nas portas dos quartéis.

Um alívio!

Um 2023 de muita democracia!

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Análise

Quem desce e quem sobe na política potiguar em 2022

Desce

Kelps Lima: o deputado estadual adotou a estratégia de radicalizar o antipetismo e fracassou no projeto de mudar o Solidariedade de patamar nas eleições de 2022.

Carlos Eduardo Alves: o ex-prefeito do Natal saiu menor das eleições de 2022 ao perder a eleição para o Senado calçado no salto alto. Terá que voltar a se limitar a política natalense.

Rosalba Ciarlini: a ex-governadora saiu de 2022 ainda menor. Não foi sequer candidata e agora assiste seu grupo político se esfacelar sem nenhum mandato a partir de 2023.

Sobe

Fátima Bezerra: a governadora Fátima Bezerra (PT) ao se reeleger no primeiro turno se consolidou como a principal liderança política do Rio Grande do Norte neste século por mais que o Plano Palumbo se recuse a reconhecer.

Isolda Dantas: a deputada estadual deixou para trás o resultado ruim das eleições de 2020 e deu a volta por cima se tornando a mulher mais votada da história da Assembleia Legislativa e se consolidando como principal liderança de esquerda em Mossoró.

Natália Bonavides: a deputada federal reeleita foi a mais votada nas eleições de outubro e desponta como nome fortíssimo para a Prefeitura do Natal em 2024.