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“Bolsonaro manipulou e tenta manipular números da pandemia no Brasil”, afirma Jean Paul Prates

Senador deu entrevista ao SINTE e fez várias críticas a Jair Bolsonaro (FOTO: Sinte/Mossoró)

Em entrevista na manhã de hoje (12) ao Programa Extra Classe, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN/Regional Mossoró (SINTE/Mossoró) e que é transmitido pela Rádio Rural de Mossoró, o Senador Jean Paul Prates (PT) comentou o andamento dos trabalhos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que avalia a omissão o Governo Federal na gestão da pandemia

O Senador fez duras críticas ao Governo de Jair Bolsonaro e afirmou que o Presidente manipulou e tenta manipular números referentes à pandemia. Para Jean Paul Prates, Bolsonaro é o principal responsável pelos índices altíssimos de mortalidade por COVID-19 no Brasil.

“O Governo federal negou insistentemente a gravidade e a mortalidade do vírus. Manipulou e continua tentando manipular os números da pandemia – basta ver que ele acabou de apresentar dados de um suposto relatório com dados do TCU, algo totalmente falso –  também não coordenou estados e municípios, cada Governador e Prefeito teve que sair por conta própria na compra por equipamentos e instalação de hospitais, cada reunião com o Presidente era uma verdadeira batalha campal, dentre outras coisas”, comentou o Senador

Para senador, CPI da Covid-19 está mostrando que o Governo Bolsonaro é esquizofrênico

O Senador Jean Paul Prates seguiu a entrevista com críticas severas ao Governo de Bolsonaro e destacou que a CPI tem apontado claramente que a política presidencial tem se baseado em teorias conspiratórias, obscurantismo e esquizofrenia. Para ele, tudo isso levou o Brasil à tragédia vivida durante a pandemia.

“O Governo Bolsonaro é um Governo esquizofrênico que chegou ao poder. Ele tenta se colocar contra o restante do mundo, contra aquilo que está sendo praticado para combater a pandemia em todos os outros países. Enquanto isso, ele acusa tudo e todos de serem comunistas, trata todos como inimigos em um momento em que o mundo todo está de mãos dadas, tentando vencer essa pandemia”, comentou Jean.

Para o Senador, Bolsonaro coloca os interesses de seus seguidores acima dos valores da nação. Ele lembrou que o Presidente declarou publicamente sua contrariedade ao uso de máscaras, reprovou o isolamento social e defendeu a utilização de medicamentos sem nenhuma eficácia comprovada contra a COVID-19. Jean também lembrou que a CPI tem mostrado que o Governo Bolsonaro foi completamente leniente em relação às vacinas.

“O único governo no mundo que está questionando o uso das vacinas é o do Brasil. O único país que criou um questionamento sobre qual marca de vacina era melhor do que outra foi o do Brasil. O Presidente do Brasil insinuou que a vacina não era bem isso, aconselhou a população a tomar um remedinho vendido em qualquer esquina”, afirmou o parlamentar que também deixou o questionamento: “Se Cloroquina e ivermectina funcionam, porque o Brasil tem cinco vezes mais morte do que a média mundial?”.

“A CPI da covid fez o Brasil descobrir que o Governo é louco” afirma Jean Paul.

Questionado sobre o fato de que a CPI acabou unindo parlamentares que historicamente são adversários contra a práticas do Governo Bolsonaro, o Senador Jean Paul Prates ressaltou que neste momento o debate no Brasil não é mais sobre esquerda versus direita mas sim sobre razão, ciência, versus loucura.

“O debate hoje, que ganhou muito mais notoriedade após a CPI, é entre a racionalidade versus a loucura, a fantasia maligna.  E o maior problema desse conjunto de teses desses malucos é que eles cometem crimes. Estamos no meio de uma pandemia. Está morrendo gente e esse pessoal continua apostando em obscurantismo. Precisamos desmascarar essas teses antes que elas matem muito mais gente”, afirmou.

Para o Senador, mesmo antes do relatório final da CPI, já algo a se comemorar. Segundo ele, a projeção dos enfrentamentos travados na comissão vai alertar a população brasileira sobre o Governo que ela elegeu: “Antes mesmo do relatório o Brasil descobriu que o Governo é louco”, concluiu Jean Paul Prates

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Derrubada de vetos presidenciais reduz desigualdades, afirma Zenaide Maia

Para Zenaide Maia, vetos presidenciais alargavam abismo social no Brasil (Foto: cedida)

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) comemorou a derrubada de vetos presidenciais pelo Congresso, ontem (1°), em benefício de setores prejudicados pela pandemia, como a educação, a cultura e a construção civil.

 “Com a derrubada do veto ao PL 3.477, por exemplo, garantimos R$ 3,5 bilhões para investimentos em internet para alunos e professores das escolas públicas. Isso é de uma importância grande para reduzir as desigualdades educacionais que a pandemia escancarou”, disse a senadora.

Ela  destacou outros vetos derrubados pelos parlamentares: “Com a queda do veto que impedia a prorrogação da Lei Aldir Blanc, R$ 800 milhões em auxílio serão pagos a trabalhadores do setor cultural e, na construção civil, garantimos cerca de 250 mil empregos, pois derrubamos o veto feito à nova lei de licitações que prejudicava o Programa Minha Casa, Minha Vida – rebatizado de Casa Verde Amarela”, explicou Zenaide.

A senadora também apoiou a queda do veto ao PL 2.508/20, projeto que busca garantir o pagamento da cota dupla do auxílio emergencial a quem detém a guarda dos filhos, no caso de famílias lideradas por pais ou mães solo

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Foro de Moscow 13.05.2021 │Datafolha: Lula na dianteira e Bolsonaro definha

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Foro de Moscow 28: JORNALISTAS E AS OFENSAS SEXUAIS DE BOLSONARO

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Chave de 2018 está na cadeia, indica Datafolha

Por Josias de Souza

A nova pesquisa do Datafolha sinaliza que a definição do primeiro turno da sucessão de 2018 passará pela cadeia. Os dados indicam que, se abandonar suas crendices e começar a falar sério, o PT ainda pode influir no jogo. Quase metade do eleitorado (46%) revela alguma propensão para votar num nome indicado por Lula —30% afirmam que farão isso com certeza. Outros 16% declaram que talvez sigam o caminho apontado pelo pajé petista.

Para ter o que comemorar em meio à desgraça, o PT precisaria virar o seu discurso do avesso. De saída, teria de aposentar a mistificação segundo a qual a Justiça brasileira é feita de tribunais de exceção, pois a maioria dos eleitores (54%) acha que o encarceramento de Lula foi justo. De resto, o petismo teria de desembarcar o quanto antes do trem-fantasma em que se converteu a candidatura Lula, pois 62% do eleitorado já se deu conta de que a fantasia descarrilou.

Enquanto o petismo nega a realidade, o eleitorado de Lula começa a migrar por conta própria. Num cenário em que aparece como Plano B do PT, Fernando Haddad herda apenas 3% das intenções de voto atribuídas a Lula. É coisa mixuruca se comparada com as fatias herdadas por Marina Silva (20%) e Ciro Gomes (15%). Até Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin e Joaquim Barbosa beliscam mais votos do legado de Lula (5% cada um) do que o petista Haddad.

Outro dado notável é que um pedaço expressivo do eleitorado do preso mais ilustre da Lava Jato (32%) decidiu fazer um pit-stop. Sem rumo, esse um terço informa que, se tivesse de comparecer às urnas hoje, anularia o voto ou votaria em branco. É gente que parece aguardar por uma sinalização qualquer de Lula.

O Datafolha apresenta o universo total do eleitorado como um bololô dividido em três grandes fatias. A fatia anti-Lula (31% dos brasileiros com direito a voto) continua detestando o PT e ruminando sua aversão a Lula. Nesse nicho, 32% votam na direita paleolítica representada por Jair Bolsonaro.

O pedaço do eleitorado pró-Lula, 100% feito de devotos, não se aborreceria se a divindidade presa em Curitiba pedisse votos para um poste. Como Lula ainda não pediu, pedaços da procissão começam a seguir outros andores, especialmente os de Marina e Ciro. Mas a maioria continua fazendo suas preces diante de um altar vazio.

De resto, existe a fatia da geleia geral (37% do eleitorado), que balança na direção de várias candidaturas. Destacam-se nesse grupo, por ora, os partidários de Bolsonaro e Marina. Mas ambos têm menos votos do que o bloco dos brancos e nulos. Ninguém se anima a votar numa hipotética candidatura de Lula no primeiro turno. Mas muitos não descartariam a hipótese de votar nele num eventual segundo round.

Para efeito de sondagem, o Datafolha incluiu o ficha-suja Lula em alguns cenários pesquisados. No principal, o candidato inelegível do PT amealhou 31% dos votos, seis pontos percentuais a menos do ele colecionava em janeiro. Sem Lula, Marina (entre 15% e 16%) encostou em Bolsonaro (17%). A dupla está tecnicamente empatada. Segue-se um amontado de concorrentes.

Desde 1994, quando Copa e eleições passaram a ocorrer no mesmo ano, os candidatos sabem que, enquanto não for decidido o torneio de futebol, a campanha política é um pesadelo que atrapalha o sonho de erguer a taça. Mas a prisão de Lula obriga o PT a adiantar o relógio.

Numa disputa com muitos candidatos, em que um cesto com menos de 20% dos votos pode levar para o segundo turno um pretendente ao trono, parece claro como água de bica que a herança eleitoral de Lula pode influir nos rumos da disputa. Resta saber se o petismo deseja jogar o jogo ou se vai continuar tentando cavar faltas.