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Prefeito ensaia recuo sobre terreno para passagem de adutora

Política é um jogo de xadrez que exige paciência e habilidade. Quando se é muito afoito para emparedar o outro lado, uma reação de quem sempre ficou acuado pode provocar estragos mesmo quando na outra ponta está alguém mais enfraquecido.

Veja o caso do embate o prefeito Allyson Bezerra (União) do alto de sua popularidade e a Caern, debaixo da desmoralização de quem massacra os mossoroenses, há anos com péssimos serviços.

O prefeito achou que bastava receber o presidente da Caern Roberto Sérgio Linhares, negar a cessão do terreno para a passagem da adutora Apodi Mossoró alegando uma perseguição política inexistente e vender a versão de que no encontro ele posou de deputado estadual de oposição cobrando melhorias no serviço de abastecimento d’água da cidade.

Não contava, Allyson, que Roberto daria uma entrevista revelando a atitude do prefeito. A conversa foi no Foro de Moscow há uma semana. Quando o assunto foi repercutido no Blog do Barreto, logo a Prefeitura de Mossoró divulgou uma nota (leia AQUI) negando que a cessão do terreno esteja descartada e que as diligências estão em curso, mas em momento algum desmente a história contada por Roberto Sérgio.

O blog apurou que depois da repercussão negativa para o prefeito o diálogo foi retomado discretamente e há perspectivas de avanço para que o terreno finalmente seja cedido e a obra da adutora transcorra dentro da normalidade institucional. É um investimento de R$ 100 milhões que visa diminuir a dependência de Mossoró dos poços que quando quebram geram o caos no abastecimento.

Como escrevi há uma semana o xeque-mate foi dado e ao recuar o prefeito também ganha, mas o povo ganha muito mais!

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Caern suspende abastecimento na comunidade da Maísa

A Caern vai realizar nesta quarta-feira (11) uma manutenção emergencial no poço da Comunidade da Maísa, localizada na zona rural de Mossoró.

A estrutura apresentou problemas elétricos e, para a execução do serviço, será necessário suspender temporariamente o abastecimento para a comunidade.

O trabalho deve ser concluído até o final da noite desta quarta-feira (11) e, após a religação do poço, o abastecimento será retomado de forma gradativa e normalizado num prazo de até 48 horas.

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Temendo o impacto eleitoral da resolução do problema histórico da água em Mossoró pela Caern, Allyson politiza cessão terreno

Por Daniel Menezes*

A Caern irá investir 100 milhões de reais para resolver definitivamente o problema da água de Mossoró através da adutora Apodi-Mossoró. A segunda maior cidade do RN é basicamente abastecida por poços e ficará menos dependente deles com a obra. As faltas de abastecimento momentâneas ficarão no passado.

Ocorre que a Caern depende de um terreno para que a adutora faça a devida passagem. Após reunião com a prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, o diretor presidente da Caern Roberto Linhares recebeu primeiro uma tentativa de trocar o terreno por perdão de uma dívida que Mossoró tem com a companhia, o que caracterizaria uma venda. Depois veio a negativa. Linhares alega que o terreno já fora cedido por acordo de lei estadual de 2013, mas a prefeitura de Mossoró disse em nota que o pedido ainda vai ser avaliado pelas secretarias competentes. O atraso na conclusão do equipamento gera um prejuízo mensal de 1,8 milhão por reajustes contratuais, conforme Linhares.

Ora, caro leitor, estamos falando de um problema histórico da cidade e a obra deve ficar pronta no final de 2024. Com isso, o governo do RN teria uma forte bandeira para apresentar aos mossoroenses no pleito de 2026. Seria uma vitrine e tanto. E, já em 2024, a intervenção estaria próxima do fim com muitas imagens e com o prefeito de Mossoró, disputando a sua reeleição possivelmente contra uma pleiteante do PT, o partido da governadora Fátima Bezerra, a deputada estadual Isolda. Não é segredo para ninguém que ele, além da reeleição em 2024, já trabalha para alçar voos maiores em 2026.

É a vitrine o real motivo do incômodo para o prefeito Allyson e por isso dificulta a realização da adutora. Não há outra razão para tanto. O processo de politização passa pelo desgaste da conquista, para que a resolução do problema da água fique em segundo plano.

A questão é que a obra é inevitável. O prefeito não tem como segurar todos os terrenos da cidade. E ele terá de lidar com a entrega daquilo que a população de Mossoró precisa por parte do governo estadual.

Allyson Bezerra é bem avaliado e caminha para a reeleição. Ocorre que, se politizar demais atividades administrativas, se confiando em seu capital eleitoral, pode terminar dificultando aquilo que hoje é aparentemente fácil.

*É cientista social, professor da UFRN e editor do Blog o Potiguar.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Allyson adota estratégia da década retrasada para confronto com a Caern de olho em narrativa para reeleição

Na década retrasada, Mossoró vivia como hoje problemas de abastecimento d’água, e a então prefeita Fafá Rosado (na época no PFL que virou DEM e atualmente é o União Brasil) se preparava para a reeleição buscava um tema se blindar dos adversários.

Fafá gozava de boa popularidade e estava longe de estar a frente das articulações políticas de seu grupo. Quem tocava isso era o irmão e chefe de gabinete Gustavo Rosado.

A Prefeitura de Mossoró, que já tinha renovado o contrato de concessão com a CAERN em 2005, ameaçava romper o acordo por causa da crise abastecimento. O assunto tomou conta das manchetes da mídia parceira e colocava a Fafá como defensora do povo.

A então governadora Wilma de Faria (na época no PSB) vinha de uma tentativa de construção de convivência institucional com Fafá. Tinha firmado com ela uma parceria que resultou no prolongamento da Avenida Rio Branco, com destaque para a construção da Praça da Convivência, uma das heranças da gestão de Fafá.

Mas a candidata de Wilma era a então deputada estadual Larissa Rosado (na época no PSB). Então bater na Caern era bater no governo Wilma e por tabela em Larissa.

Por mais insano que fosse, ameaçar romper o contrato, que está vigente até 2025, era pura estratégia política. Fafá tinha uma reeleição pela frente e a sua principal líder política, a então senadora Rosalba Ciarlini (DEM) se preparava para disputar o Governo em 2010 fazendo oposição ao esquema político de Wilma.

Agora o prefeito Allyson Bezerra (União), conhecido pelo estilo modernoso das redes sociais, adota uma tática da década retrasada. Após fazer uma crispação com o Governo do Estado tratando de uma dívida que não se sustentou nos fatos e resultou na revelação de uma dívida milionária do município com a Caern, o prefeito se viu nas cordas no debate público.

Na semana passada, ele recebeu o presidente da Caern Roberto Sérgio Linhares. Na pauta um pedido de liberação de um terreno para a construção de dois reservatórios elevados para receber águas da adutora Apodi Mossoró. O pedido foi negado. O prefeito chegou a sugerir a troca da cessão pelo perdão da dívida, o que se configuraria numa venda. Trata-se de uma obra de R$ 100 milhões que visa acabar a dependência de Mossoró do serviços de poços para o abastecimento d’água.

Temendo a repercussão negativa, o prefeito recorreu ao vereador Francisco Carlos (Avante). Nos tempos de Fafá, Francisco Carlos era conhecido como “super secretário” devido a quantidade de poder que acumulou. O parlamentar resgatou a estratégia da década retrasada e logo propôs antecipar a discussão sobre a concessão da Caern em Mossoró.

A tática é a mesma. Se nos anos 2000 não colou juridicamente, não vai colar nos anos 2020 por causa da Lei Complementar Estadual 682/2021, que estabelece que o serviço de concessão é negociado pela microrregiões e Mossoró está inclusa na Microrregião Central Oeste. Não cabe ao prefeito decidir sozinho pela antecipação.

A tática pode ser velha, mas a legislação é nova.

A ideia é confrontar o Governo do Estado com a tática da década retrasada de olho na eleição do ano que vem quando o prefeito pode enfrentar a deputada estadual Isolda Dantas do PT da governadora Fátima Bezerra e do presidente Lula da Silva.

Allyson sonha se reeleger com facilidade em 2024 como trampolim para disputar o Governo do Estado em 2026. Se Fafá fez por ela e Rosalba, Allyson faz por ele em dose dupla.

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“Um gestor de Mossoró não pode agir com o fígado”, diz Isolda sobre recusa de Allyson em ceder terreno para Caern

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) foi a entrevistada de hoje (6) no Programa Foro de Moscow e teceu duras críticas ao Prefeito Allyson Bezerra no que se refere a sua relação com o Governo do Estado e os entraves que o líder do executivo municipal tem criado para a realização de obras estaduais em Mossoró.

Em relação à polêmica com a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern), em que a prefeitura negou a cessão de um terreno para as obras da adutora Apodi-Mossoró ( saiba mais sobre isso AQUI e AQUI),a deputada foi incisiva e destacou que o prefeito tem agido “com o fígado” e de forma “politiqueiro”.

“O presidente da Caern nunca usou esse tema da dívida como forma de barganha. A prefeitura usou essa questão de forma politiqueira e se Allyson prejudicou o povo do Santo Antônio com a negativa do terreno para construir o IERN, prejudicou milhares de pessoas atrasando as obras da Caern (…) O prefeito já resolveu antecipar sua campanha de forma descarada e está prejudicando o povo de Mossoró”

Confira o trecho completo com as declarações de Isolda. A fala começa aos 36 minutos até 44’14

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Prefeitura rebate falas do presidente da Caern, mas não confirma doação de terreno para passagem de adutora

A Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) rebateu as falas Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN)  Roberto Sérgio Linhares, em entrevista ao programa Foro de Moscow na tarde de hoje (5). A entrevista foi repercutida pelo Blog do Barreto mais cedo (Veja AQUI).

Segundo Linhares, a demora e a negativa da Prefeitura em ceder terreno para passagem da adutora Apodi-Mossoró causará um prejuízo de R$ 1.8 milhão por cada mês de espera. “Não houve autorização do município para a cessão do terreno e isso faz com que uma obra que a CAERN retomou, investindo 100 milhões de reais para resolver o problema da situação de Mossoró com água fique atrasando (…) para cada mês em que eu atraso essa obra é  R$ 1.8 milhão de reajustamento. Dinheiro público sendo jogado fora!” afirmou o presidente da CAERN

Em nota, a PMM confirmou que recebeu a solicitação da CAERN,  mas que o pedido está em tramitação, dentro das secretarias competentes.

“Nos dias 11 e 13 de setembro, a Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Municipal de Governo e Procuradoria Geral do Município (através dos Despacho 2- 9.957/2023 e Despacho 3-10.014/2023 e Despacho 3- 10.016/2023) respondeu à demanda remetendo-a à Secretaria Municipal de Urbanismo, Meio Ambiente e Serviços Urbanos e Consultoria Geral do Município, conforme o que compete a cada unidade, para adoção das medidas cabíveis, dando os devidos encaminhamentos nos órgãos internos”, destaca a nota.

Sem confirmar se o terreno será ou não cedido para as obras, a PMM aproveitou para criticar a CAERN.

“A Prefeitura destaca, ainda, a urgência da concepção e apresentação de plano emergencial com providências por parte da Caern para sanar a falta de água em Mossoró, que prejudica milhares de famílias mossoroenses. O referido plano solicitado pela Prefeitura também foi tema discutido à exaustão na referida reunião do dia 29 de setembro, mas até agora sem a devida regularização do desabastecimento na cidade”.

Confira a nota na íntegra

NOTA

A Prefeitura Municipal de Mossoró esclarece a toda a população mossoroense a respeito de solicitação feita pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) ao Município o seguinte:

Nos dias 5 e 6 de setembro de 2023, a Caern solicitou à Prefeitura de Mossoró a adoção de medidas necessárias para a desapropriação de terreno destinado à construção de obra, licenciamento ambiental e cessão de uso de terreno destinado à obras de abastecimento.

Nos dias 11 e 13 de setembro, a Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Municipal de Governo e Procuradoria Geral do Município (através dos Despacho 2- 9.957/2023 e Despacho 3-10.014/2023 e Despacho 3- 10.016/2023) respondeu à demanda remetendo-a à Secretaria Municipal de Urbanismo, Meio Ambiente e Serviços Urbanos e Consultoria Geral do Município, conforme o que compete a cada unidade, para adoção das medidas cabíveis, dando os devidos encaminhamentos nos órgãos internos.

No dia 27 de setembro, a Prefeitura enviou Ofícios nº 756/2023-GP/PMM e Nº 757/2023-GP/PMM, direcionados à Caern informando que as solicitações da mesma quanto ao terreno para construção de obra e licenciamento ambiental se encontravam em andamento no Município, como também convidando a diretoria da Companhia para reunião, na qual seriam tratados assuntos de interesse comum das duas instituições, reunião esta que acontecera em 29 de setembro, no Palácio da Resistência, na qual foi discutido amplamente sobre o andamento de todas as solicitações.

A Prefeitura Municipal de Mossoró esclarece que todas as solicitações feitas pela companhia estão tendo o devido encaminhamento nas secretarias responsáveis, como está documentalmente comprovado através dos trâmites administrativos, conforme preza o devido processo legal na Administração Pública, logo não restando dúvida quanto à disposição para o diálogo e contribuição com as questões de interesse público.

A Prefeitura destaca, ainda, a urgência da concepção e apresentação de plano emergencial com providências por parte da Caern para sanar a falta de água em Mossoró, que prejudica milhares de famílias mossoroenses. O referido plano solicitado pela Prefeitura também foi tema discutido à exaustão na referida reunião do dia 29 de setembro, mas até agora sem a devida regularização do desabastecimento na cidade.

A Prefeitura Municipal de Mossoró convida a Caern ao diálogo pautado na civilidade institucional e administrativa a fim de que alcancemos o bem comum do povo de Mossoró.

Mossoró-RN, 05 de outubro de 2023

Prefeitura Municipal de Mossoró

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Negativa de Allyson em ceder terreno gera um prejuízo de R$ 1,8 milhão para cada mês de atraso na entrega da adutora, revela presidente da Caern

O Presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN)  Roberto Sérgio Linhares, em entrevista ao programa Foro de Moscow na tarde de hoje (5), revelou que a negativa da Prefeitura de Mossoró em ceder um terreno para a CAERN  para construção da adutora Apodi-Mossoró está causando um  prejuízo de R$ 1.8 milhão mensais em cada mês de atraso sem a entrega da obra.

“Não houve autorização do município para a cessão do terreno e isso faz com que uma obra que a CAERN retomou, investindo 100 milhões de reais para resolver o problema da situação de Mossoró com água fique atrasando (…) para cada mês em que eu atraso essa obra é  R$ 1.8 milhão de reajustamento. Dinheiro público sendo jogado fora!” afirmou o presidente da CAERN

Ele explicou que a negativa de Allyson foi justificada por motivações políticas e pessoais. “ O Prefeito alegou que a dívida de Mossoró com a CAERN não era justa e que só havia sido ajuizada por questões pessoais e eleitorais (…) Na verdade “oficiamos Mossoró e outros 77 municípios desde 2019 de que as dívidas com a  Caern seriam cobradas. Esse é um procedimento padrão”, explicou Roberto Sérgio Linhares

Confira o trecho com as declarações do presidente da CAERN. A explicação tem início em 13’30 min

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 05 out 2023 – A execução do irmão de Sâmia Bonfim

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Alysson Bezerra nega terreno para CAERN construir reservatório d’água.

Blog Na Boca da Noite

A gestão Allyson Bezerra (União Brasil) parece disposta a seguir com a “arenga” com a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). Embora a concessionária venha buscando estabelecer uma relação amistosa com o município, o prefeito Alllyson não parece ter a mesma disposição.

Uma reunião foi realizada na semana passada entre as duas instituições e um dos objetivos era atenuar os atritos existente na relação da empresa com a prefeitura de Mossoró. Apesar do encontro ter acontecido, o tão sonhado cachimbo da paz não foi fumado entre as partes.

A reunião contou com a presença do presidente da CAERN, Roberto Sérgio, e do prefeito Alysson Bezerra, além de auxiliares de ambas as partes. A Caern solicitou essa reunião para tentar melhorar a relação institucional, e na oportunidade apresentou várias demandas, entre elas a liberação de autorização para realização de obras nas ruas e avenidas de Mossoró.

De acordo com informações obtidas pelo Portal Na Boca da Noite, existem pedidos que já passam dos setenta dias e espera e a prefeitura de Mossoró não libera a Caern para realizar obra.

Com esse atraso, a concessionária precariza o abastecimento de água em diversos bairros da cidade.

O pior, no entanto, ainda está por vir: a Caern solicitou à prefeitura de Mossoró a doação de um terreno para a construção de dois reservatórios elevados para receber a água da adutora Apodi-Mossoró, e o prefeito Allyson Bezerra negou o pedido.

O chefe do Executivo municipal balançou a cabeça negativamente ao ouvir o pedido, ignorando que os reservatórios vão contribuir para melhorar o abastecimento d´água no município.

Pouco tempo depois, ao perceber o erro cometido, cometeu mais um. Disse que doaria, mas sob condição. “Só faço a doação se a Caern dispensar a dívida que a prefeitura tem com vocês”, afirmou o prefeito. Allyson faz que não entende que nas condições propostas por ele não é doação e sim venda.

O prefeito não se sensibilizou com a proposta mesmo sendo informado dos investimentos que a Caern está fazendo na cidade. Somente com relação à adutora Jerônimo Rosado, o Governo do Estado, por meio da Caern, está investindo mais de R$ 100 milhões em obras para ampliar o sistema de abastecimento de água em Mossoró e região Oeste. Além disso, também estão sendo feitos investimentos na adutora Apodi-Mossoró; construção de dois poços sendo um no Bela Vista e outro no Rincão; e o novo sistema de abastecimento das Abolições e nos serviços do Poço 11.

Enquanto o prefeito Allyson Bezerra segue com picuinhas com a Caern, a população de Mossoró sofre com o abastecimento precário em algumas comunidades.

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Caern intensifica fiscalização para combater fraudes em todo o Estado

Em média, cerca de 20% dos imóveis em que há intervenção de uma ação de fiscalização da Caern retornam à situação de conta ativa, a pedido do cliente. Isso demonstra que esses imóveis estavam realmente recebendo a água de forma ilegal, por meio de ligações clandestinas, após terem sido suprimidas ou cortadas. Esse é um dos resultados do trabalho intenso de fiscalização, que irá cobrir todas as cidades atendidas pela Caern.

Em outubro do ano passado, por meio de processo licitatório, a companhia contratou uma empresa terceirizada para executar o serviço de fiscalização. O contrato abrange todos os municípios, tem prazo de vigência de cinco anos, e nesse prazo irá fiscalizar 100% das ligações cortadas e dos imóveis suprimidos dos municípios em que a Caern opera o sistema. O contrato contempla a sondagem com georadar, a fiscalização propriamente dita, com escavação, retirada de irregularidade, se houver, e a recomposição do pavimento, de paralelepípedo e asfalto, onde precisar.

De outubro de 2022 até junho deste ano, foram feitas 17 mil ações de fiscalização. Nesse período, houve fiscalização em Natal, Assú, Caicó, Currais Novos, Tibau, Felipe Guerra, Riachuelo, Macaíba, Parnamirim, Pendências, Alto do Rodrigues e Caraúbas.

Em julho, além de mais ações na capital, o trabalho chegou também em Parelhas e Pau dos Ferros. Em agosto, foi a vez de Lagoa Nova, Itaú, Rodolfo Fernandes e Severiano Melo.

PERDAS – Com a intensificação da fiscalização, a Caern não só combate as perdas de faturamento da companhia, como também corrige e desestimula fraudes que prejudicam o sistema na totalidade, pois não são quantificadas, afetando o equilíbrio do abastecimento. O consumidor ainda pode ser um agente colaborador nesse trabalho, fazendo com que denúncias sobre esse tipo de crime sejam informadas pelos canais de atendimento. As denúncias são anônimas, preservando-se a identidade do denunciante.

Durante o trabalho de campo, ao constatar a irregularidade, a companhia aplica multas e faz a suspensão no fornecimento de água. A multa pode variar de acordo com o cálculo do acumulado atrasado. Furto de água é crime e é passível de prisão.

O desvio de água provoca perdas para a companhia. Conforme dados oficiais do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em 2021 as perdas de faturamento da Caern eram de 41,71%. Ainda segundo o SNIS, as perdas totais em dezembro de 2022 chegavam a 49,78%.