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Isolda propõe distribuição gratuita de quentinhas nos restaurantes populares

Isolda propõe distribuição de quentinhas (Foto: Cedida)

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) apresentou requerimento na semana passada pedindo a Secretaria do Trabalho da Habitação e da Assistência Social – SETHAS para que os restaurantes populares do Estado entreguem gratuitamente “quentinhas” à população socialmente vulnerável.

“Nós conversamos com Íris Oliveira, que está na coordenação da SETHAS, e vimos a possibilidade da produção e entrega de quentinhas como uma forma de garantir que as pessoas mais vulneráveis continuem se alimentando. A ideia é que esta distribuição ocorra de imediato!”, diz Isolda.

A medida visa garantir não só alimentação para os vulneráveis, mas também evitar aglomeração dentro do espaço dos restaurantes.

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Caern vai suspender cobrança dos clientes da categoria social

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Cobrança será suspensa em abril (Foto: Web/autor não identificado)

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), diante do cenário atual, decidiu pela suspensão da cobrança dos clientes da categoria social, a partir do faturamento de abril, uma vez que o faturamento de março já está encerrando. A definição segue por tempo indeterminado.

A medida é exclusiva para este perfil de cliente, observando se tratar de um público de baixa renda. Essa faixa de cliente é formada por pelo menos três requisitos da lista abaixo:

  1. Usuário responsável pelo imóvel ser cadastrado em um dos programas sociais do Governo – Requisito Obrigatório.
  2. Imóvel com área construída igual ou inferior a 50 m².
  3. Existir no imóvel apenas um ponto de utilização de água, excetuando os destinados a descargas sanitárias.
  4. Não possuir reservatório elevado.
  5. Estar localizado em área urbana ou rural de baixa renda.

 

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A melhor decisão de Rosalba

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Rosalba tomou a melhor decisão (Foto: Web/autor não identificado)

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) hesitou bastante em cancelar o Mossoró Cidade Junina 2020. Não poderia ser diferente. O evento é o mais importante do calendário local e era considerado um trunfo para sua reeleição. Tinha muita coisa envolvida que iam além dos interesses pessoais e a decisão precisava estar bem amparada.

Não sabemos se vai ter eleição em outubro, mas é certo, conforme as autoridades de saúde que estaremos no pico da transmissão do novo Coronavírus no mês de junho. Competições esportivas como Eurocopa e Copa América já foram adiadas para 2021.

A prefeita não tinha alternativa. Fez o certo e recebeu o reconhecimento da população por isso.

Na enquete da semana passada 78% dos leitores do Blog do Barreto defendiam o cancelamento do evento. Isso mostra que a decisão pegaria bem.

Não é hora para intrigas políticas nem disputas por paternidade de uma decisão tomada nos intramuros do poder. A prefeita levou em consideração dados técnicos e a orientação dos seus conselheiros. Houve muita hesitação em tornar o anúncio oficial, mas decisões como essa não podem esperar.

Rosalba tomou a melhor decisão em sua quarta passagem pelo Palácio da Resistência.

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RN chega a 13 casos de Coronavírus

A Secretaria Estadual de Saúde Pública confirmou mais quatro casos. Com isso, o Rio Grande do Norte passa a ter 13 casos de pessoas contaminadas pelo Coronavírus.

“Os pacientes confirmados na noite deste domingo (22) residem nos municípios de Natal (pacientes do sexo feminino, com 35 e 30 anos, e paciente do sexo masculino, com 30 anos) e de Parnamirim (paciente do sexo feminino, com 71 anos)”, informa a nota divulgada nas redes sociais. A Sesap informa que a partir desta segunda-feira (23) pela manhã, divulgará seus boletins diários no site

A Secretaria Estadual de Saúde Pública confirmou mais quatro casos. Com isso, o Rio Grande do Norte passa a ter 13 casos de pessoas contaminadas pelo Coronavírus.

“Os pacientes confirmados na noite deste domingo (22) residem nos municípios de Natal (pacientes do sexo feminino, com 35 e 30 anos, e paciente do sexo masculino, com 30 anos) e de Parnamirim (paciente do sexo feminino, com 71 anos)”, informa a nota divulgada nas redes sociais. A Sesap informa que a partir desta segunda-feira (23) pela manhã, divulgará seus boletins diários no site http://www.saude.rn.gov.br/.

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Isolda pede antecipação da formatura de alunos do curso de medicina

Deputada sugere antecipação da colação de grau dos alunos de medicina (Foto: Wigna Ribeiro)

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) solicitou a antecipação dos novos formandos do curso de medicina da UERN e a contratação emergencial destes para a atuação nos postos de saúde contra o vírus.

A deputada Isolda está no dialogo com a governadora Fátima Bezerra (PT) e com o reitor Pedro Fernandes para que possa antecipar a conclusão da turma e, assim, os novos médicos atuem no controle do coronavírus de forma imediata. É necessário ressaltar que os alunos já cumpriram todas as disciplinas restando apenas a colação de grau para exercer as funções.

“Esse é o momento de fazermos ações conjuntas de prevenção. Não podemos deixar para tomar medidas depois. Paralelo a isso, estamos atuando na fiscalização e na busca por informações junto à Secretaria de Saúde do Estado (Sesap-RN) e ao governo do Estado para que realizem ações concretas para o controle da doença”, afirma a deputada.

A deputada já propôs projeto de lei que proíbe o aumento abusivo de insumos de proteção ao coronavírus, como também solicitou que o governo do Estado distribua kit merenda aos estudantes carentes do RN.

Veja o requerimento AQUI.

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Médico divulga nota assumindo ser o primeiro caso de Coronavírus em Mossoró

Inavan Lopes é o primeiro caso de Covi-19 registrado em Mossoró (Foto: Web/autor não identificado)

O médico Inavan Lopes divulgou nota em que assume ser o primeiro caso de paciente infectado com Coronavírus em Mossoró.

Ele está internado desde a última quarta-feira no Hospital Wilson Rosado, em Mossoró e alega não ter histórico de viagens recentes.

Infelizmente, por razões totalmente desconhecidas, já que não estive viajando nesses últimos 60 dias, fui acometido de uma virose que terminou se confirmando tratar-se da Covid 19.

Assintomático com as características da patologia, apenas com gripe, desde o início por prevenção, adotei o uso de máscaras e outros formas assépticas de contaminação.

Do mesmo modo, pus-me em isolamento social e quarentena, preconizado pelo Ministério da Saúde.

Peço humildes desculpas pelo eventual transtorno que possa ter causado a alguém. Eu também sou uma vítima desta Pandemia que atormenta a Humanidade.

Como não viajei a lugar nenhum, é crível que não seja o primeiro caso de Mossoró, por ter sido contaminado dentro da cidade.

Agradeço as inúmeras manifestações de solidariedade dos meus Familiares, Amigos e de toda a Comunidade de Mossoró!

Faço um Clamor: vamos tomar todos os cuidados preconizados pela comunidade científica e autoridades sanitárias para conseguirmos vencer esta guerra.

Santa Luzia nos protegerá!

Bom dia a todos e que Deus nos abençoe com sua misericórdia!

Mossoró, 22 de março de 2020.

Inavan Lopes da Silveira.

Nota do Blog: desejo melhoras a Inavan Lopes, pessoa por quem tenho gratidão.

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Um inimigo silencioso que ataca o mundo

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Por Gutemberg Dias*

O Covid-19, ou Coronavírus, vem causando inúmeros problemas à sociedade mundial. É uma ameaça invisível, que mata, sobretudo, por atingir com muita força as estruturas de saúde, principalmente, as públicas, que tem maior demanda, como é o caso do Brasil.

O surto teve seu epicentro na China e hoje quase todos os países do mundo já registraram casos diagnosticados, muitos já com elevados números de óbitos, como é o caso da própria China e da Itália. Este último país, com uma taxa de mortalidade altíssima, muito maior do que a China.

Diante dessa ameaça, o que fazer? Muitas são as informações que circulam nas redes sociais, mas o importante é se ater as informações oficiais dadas pelas secretarias de Saúde dos estados e, também, pelo Ministério da Saúde. Por incrível que pareça, as fakenews continuam ajudando a desinformar nesse momento crítico.

O ministro da Saúde, Luiz Carlos Mandetta, foi claro em entrevista coletiva no dia 20 de março, que os meses de abril e maio devem ser o auge do pico de contaminação no Brasil, estendendo-se em patamares altos até julho, quando a curva começa a ficar estabilizada, e em setembro deve ocorrer a diminuição de novos casos diagnosticados. Ainda foi enfático em dizer que o nosso sistema de saúde tende a entrar em colapso, se as ações de contenção não forem eficazes.

Não serão tempos fácies. Essa doença, que inicialmente no Brasil atingiu a classe mais abastarda, fará nos próximos dias sua aterrisagem no âmbito da população mais carente de nosso Brasil. E, aí sim, teremos uma grande guerra a ser travada, principalmente, para dar a condição dessas pessoas de acessarem os centros de saúde, que o andar de cima tem mais facilidade.

Por isso, não resta dúvida que devemos aderir a esse grande movimento de quebra da corrente de contaminação. Não podemos ser ignorantes ao ponto de não acreditarmos que nada vai nos acontecer. É uma guerra, e ela só será ganha com estratégias e, sobretudo, nosso comprometimento em acatar muitas ações que estão sendo apresentadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais de Saúde.

Não pense que você está imune. Todos nós estamos susceptíveis ao adoecimento, sejam os mais idosos, ou mesmo, os mais jovens. É hora de seguir os protocolos e tratar o isolamento social como uma das grandes alternativas para barrarmos o avanço desse inimigo oculto. Vale lembrar que uma interrupção pelo método do isolamento de 14 dias, só se tem seus resultados 28 dias depois. Vejam que o tempo é nosso maior inimigo nesse caso. Por isso, focar no isolamento social, agora, sem nenhuma dúvida, passa a ser nossa maior arma.

Empresas grandes e pequenas começam a trabalhar no regime de home office, ou seja, o serviço passa a ser em regime de isolamento social. Tem dificuldades? Não resta dúvidas que tem, mas tudo pode ser contornado, com gestão para que as nossas empresas não parem e continuem fazendo o Brasil crescer.

Deixo aqui o apelo a todos que leem esse artigo. Não espere fazer algo contra o Coronavírus depois que ele entrar na sua casa. Vamos juntos lutar contra essa ameaça mundial, que poderá deixar um saldo enorme de mortes.

Destaco aqui a pandemia de gripe (H1N1) nos anos de 1918-1919, na época conhecida como Gripe Espanhola. Estima-se que a doença matou entre 50 e 100 milhões de pessoas e que mais de 500 milhões de indivíduos foram contaminados, correspondendo a 27% da população mundial à época. No Brasil, a gripe Espanhola chegou a matar mais de 35 mil pessoas, inclusive, vitimando o presidente da República, Rodrigues Alves, em 1919. Essa pandemia foi uma das mais letais da história.

Volto a afirmar, para concluir, o que estamos vivendo não é brincadeira. É algo grave e, por tudo que temos hoje de informação, não podemos nos dar à ignorância de achar que o Coronavírus é apenas uma gripe de inverno.

Estou fazendo minha parte junto com minha família. Estou tentando me manter, bem como todos ao meu redor, em isolamento social. Saindo apenas para comprar o básico para a sobrevivência de todos. Conto com cada um de vocês para juntos ajudarmos os guerreiros que fazem a saúde pública e privada no Brasil a ganharem a luta contra esse inimigo oculto, chamado Coronavírus.

*Gutemberg Dias é professor da UERN e empresário.

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A força das panelas e as chances de impeachment

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Bolsonaro cria as próprias crises (José-Cruz/Agência-Brasil)

Por Felipe Berenguer

Parecia um déjà-vu, mas não era. Na última quarta-feira à noite, a antítese: ruas silenciosas e prédios barulhentos. O vazio das vias deu lugar ao piscar de luzes de apartamentos nas principais capitais do país. Os consagrados panelaços voltaram. O tilintar que ajudou a derrubar Dilma mostrou que não tem ideologia, e a curiosa ressignificação dos utensílios de cozinha passou um recado direto a Bolsonaro.

O presidente, de tanto brincar com fogo, se queimou. Diante de uma ameaça séria e invisível, seu comportamento não esteve à altura do cargo. Fez questão de chamar, por repetidas vezes, a reação ao coronavírus de “histeria”. Faltou-lhe sobriedade para olhar, por exemplo, para o caos na Itália. Infelizmente, foi preciso constatar o falecimento de dois cidadãos para que o Planalto mudasse o tom. Como falam por aí: antes tarde do que nunca.

O aprendizado que o Executivo deve levar consigo quando o episódio passar é que com alguns temas não se pode ser negligente. Saúde pública é um deles. Historicamente, a população brasileira sempre cobrou governos sobre a situação da saúde no País.

No caso do coronavírus, em especial, o desafio é ainda maior. Sem ainda nenhum remédio ou vacina para combater a doença, o compromisso de autoridades públicas deve ser redobrado. Somente assim conseguiremos uma mobilização em massa contra o vírus – e, segundo o gráfico acima (disponibilizado pelo site Terraço Econômico), já estamos atrasados. Com a exceção da China, o Brasil tem a curva mais acentuada de número de casos desde o primeiro dia em que se confirmou pelo menos um infectado.

Não restam dúvidas de que o governo federal não tratou, de fato, a crise como crise desde o início. Nesse sentido, Bolsonaro corre o sério risco de ser culpabilizado caso a situação do Brasil saía drasticamente de controle. O panelaço foi um misto de espontaneidade, indignação e desespero. Como assim o presidente do País subestima o coronavírus?

Junto das panelas, vieram os burburinhos de impeachment – nas redes sociais e, reservadamente, nos corredores do Congresso. No curto e médio prazo, ele – o impeachment – não deve acontecer.

Ainda que alguns elementos para o desastre – ausência de coalizão, manifestações contrárias, racha no partido e isolamento de grupos políticos – estejam já presentes, há alguns fortes obstáculos para a queda do presidente.

O primeiro deles é sua popularidade. Com panelas ou sem panelas, Bolsonaro ainda tem cerca de ⅓ de aprovação entre os brasileiros. Com um olho nas próximas pesquisas, há de se admitir que o número é demasiadamente alto para um impeachment. Basta olhar os índices de Dilma e Collor à época da abertura de seus respectivos processos.

Em segundo lugar, o processo de destituição de um presidente é bastante traumático para as instituições. De acordo com o constitucionalista Oscar Vilhena Vieira, o mecanismo de impeachment existe essencialmente para: a) evitar abuso de poder do presidente; b) desincentivar golpes e atentados da oposição contra o chefe do Executivo; e c) corresponsabilizar a sociedade e o Poder Legislativo pela definição dos padrões legais e éticos do exercício presidencial. Levando em consideração o terceiro motivo, parece que sociedade e Legislativo ainda não vêm mais bônus do que ônus em um processo de impeachment nas atuais circunstâncias. Afinal, o julgamento vem acompanhado de acirramento político, radicalização e jogo duro constitucional.

Logo, a decisão de levar adiante o impedimento tende a ser a última das opções e é motivada por paralisia política e/ou grave crise – ambas geralmente criadas pelo governo.

Por fim, há de se destacar a importância do presidente da Câmara no processo. É ele o responsável por aceitar o pedido de impeachment e colocá-lo em votação. Sem sua anuência, o mecanismo não prossegue. Nesse caso, o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já sinalizou algumas vezes que não vê tal possibilidade como uma saída no momento atual. Em caso de dúvidas, é só comparar as atitudes de Maia com as do ex-deputado Eduardo Cunha.

Desse modo, o presidente da Câmara parece focado em superar a crise do coronavírus e conter, na medida do necessário, as escorregadas do Planalto. Em 2019 e 2020, diversos desentendimentos entre os Poderes foram superados por meio dessa postura.

As panelas, porém, deram o recado. Ninguém senta na cadeira da Presidência e se torna intocável. A conjuntura pede seriedade. As forças políticas trabalham para enfrentar os impactos do coronavírus. Em governos fragilizados, ser displicente pode ser duplamente fatal: por despertar a indignação do povo e por fazer com que as mudanças dos ventos políticos sejam difíceis de serem vistas.

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O passageiro Corona

Governo destina recursos para combater COVID-19

Por Julio Gavinho*

Eu não era nascido quando o fluxo de viagens de passageiros entre continentes foi interrompido durante as duas grandes guerras. Todo mundo viajava de navio e, principalmente no Atlântico Norte, a interrupção do trafego entre continentes foi devastadora para as companhias de navegação – que já haviam tomado uma surra do crack de 1930. Mas é claro, haviam exceções.O Serpa Pinto, um “paquete” comprado dos ingleses pela Angolana Companhia Colonial de Navegação foi um navio de passageiros que operou em duas frentes entre 1940 e 1955: trazendo judeus e outros perseguidos pelos Alemães da Europa para a América e levando de volta Alemães expulsos daqui para sua terrinha.

Foi o Vessel que mais viagens fez entre Lisboa, NYC e Rio, parando ali pelo Caribe e também pelo porto de Santos, ficando conhecido pelos epítetos de “Navio da Amizade”, “Navio Herói” e “Navio do Destino”. Adoro epítetos! Alguns navios de grande porte de empresas como a Cunard (requisitados pelo governo britânicos) conseguiram ultrapassar as águas da guerra e com isso, depois de seu término votaram como toda a força para as linhas comerciais – como foi o caso de Queen Mary e Queen Elizabeth. Porém foram apenas alguns: a maioria ficou ancorada nos portos europeus, escondidos dos torpedos germânicos.

Observando entretanto o nosso corajoso Serpa Pinto, em todas as suas viagens, ele sofreu apenas 3 baixas e todas de uma única vez: foi abordado por um U-boat alemão que aguardava ordens de Berlin para torpedeá-lo. As ordens vieram em contrário, reconhecendo sua neutralidade mas, que ironia, o seu médico morreu do coração; o cozinheiro Angolano do navio jogou-se ao mar e foi esmagado entre os dois barcos e um neném com poucos meses, desapareceu. E foi isso. Protegido por uma imensa bandeira lusa pintada em seu casco, tal e qual um amuleto contra o mal; com suas chaminés listradas de verde e vermelho e a bandeira portuguesa ao mastro, recém abraçada pelo povo e sua assembléia em 1910, o Serpa Pinto passou incólume sem apertar mãos, sem máscaras cirúrgicas, sem álcool gel e sem fugir de aglomerações.

Para ele tudo bem, mas para as outras companhias de navegação domiciliadas na própria guerra, o mundo parou por 5 anos. No nosso mundo moderno, uns 90 dias de aeroportos fechados seriam equivalentes a este 5 anos: sabe-se lá quem sobreviveria economicamente, ainda mais com as bolsas caindo a dois dígitos diariamente.

O setor de viagens e turismo, e em particular a hotelaria, inacreditavelmente louvada pelo superministro Paulo Guedes dia 12 de março, terá dificuldades monumentais para se recuperar desta recém declarada pandemia. Aeroportos fechados, congressos e eventos agendados para as Calendas Gregas, voos cancelados em P.A. e para mim, o sinal da besta: a Disney fechando seus parques sem programação de abertura. Tudo isso nos afeta como setor produtivo no meio da testa. É aquele tiro de sniper que nos imobiliza instantaneamente. Claro que nosso clima (em oposição ao fim do inverno europeu) nos ajuda assim como nossa predileção por atividades outdoors como parques, praias e cachoeiras. O calo doído é que nossas viagens internacionais, como diria o Cazuza, “agora é risco de vida!”. Sobra o que então?

Ora, ora! Sobra a extraordinária oportunidade de jogar brasileiros pelo Brasil ou por todo o cone sul. Vai de lua de mel para França? Não, não vai: vá lá no Vale do Maipo e deguste alguns dos melhores vinhos do mundo a preço de Corona… Vai de aniversário para a Italia? Não, não.

Vai! Vá para Mendoza e prove o que o Francis Mallman faz de melhor. O que mais? Jalapão, Deserto de Sal, Lençóis (maranhenses ou baianos), Atacama, Amazonia e o maior arquipélago fluvial do mundo, etc, etc. E por favor, dê uma chance ao Rio de Janeiro que, independente do prefeito cruz-credo, merece nossa visita.

Agora é a hora do super-ministro mostrar a que veio e determinar a ajuda financeira dos bancos de fomento (BNDES, BNB, BASA e BB) a bem precisa ser fomentado: hotéis, pequenas pousadas, transportadores, atrações e MEIs (guias, bares, etc). Não sou nem os convido a ser avestruzes que enfiam a cabeça na terra para não ver ameaças. O Covid-19 é muito grave e tomou proporções mundiais muito rapidamente. Através de poderosos algoritmos chineses, podemos ser informados a tempo da atual situação e do que se avizinha propondo soluções sociais, clinicas e anti-pânico. Mas é obvio que seremos muito menos atingidos aqui do que os irmãos do hemisfério norte que nem tempo de organização tiveram. Não se trata da peste bubônica, mas não podemos descuidar.

E se enquanto isso, nosso setor puder se beneficiar economicamente sem prejuízo de nenhum outro nem de outro destino, vamos lá. Ganhar uns cobres extras é sempre bem vindo.

*É executivo da área de hotelaria com 30 anos de experiência.

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CORONAVÍRUS (COVID-19): Como as Pessoas com Deficiência devem se proteger?

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Por Thiago Fernando de Queiroz*

Temos o conhecimento que essa pandemia tem causado uma mudança enorme em nosso dia-a-dia, medidas extremas estão sendo tomadas para que não haja a contaminação em massa, e, isso ocorre pelo fato de que este vírus é novo, os estudos sobre ele ainda estão sendo realizados. Porém, ações podem serem adotadas para a prevenção.

Ao que concerne as pessoas com deficiência, medidas também devem ser tomadas, com a higienização de órteses e próteses, cadeiras de rodas, lentes de óculos, bengalas, bem como equipamentos e dispositivos de tecnologias assistivas, devendo sempre limpa-las com água e sabão e álcool líquido 70% pelo menos uma vez ao dia ou toda vez que precisar se deslocar em ambiente externo.

Observamos essas informações na nota emitida pela Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), onde divulga orientações úteis para a prevenção da contaminação do vírus na comunidade de pessoas cegas e com baixa visão, e, que podem ser adotadas a todas as pessoas com deficiência ou com necessidades especiais. Segue as orientações:

• É necessária a higienização das bengalas, com água e sabão ou álcool líquido a 70%, uma vez ao dia ou sempre após deslocamento externo;

• A higienização de óculos e lentes também deve ser incorporada aos hábitos diários.

• Quando aceitar ajuda de outras pessoas na rua, pegue no ombro, em vez do cotovelo, porque a recomendação é tossir e espirrar no antebraço;

• Sempre que possível, evite o contato com outras pessoas. Pratique o distanciamento social, evitando apertos de mão, abraços e beijos no rosto. Cumprimente à distância;

• Ao ter contato com outras pessoas na rua, lave o rosto com água e sabão, principalmente o nariz, com água em abundância;

• Evite levar as mãos aos olhos, nariz e boca, pois são locais de alta contaminação;

• Pacientes com doenças oculares devem evitar o contágio, pois ele pode ocasionar o agravamento da doença, principalmente em pessoas com baixa visão.

Passo a passo para a limpeza correta das mãos:

• O tempo ideal para a limpeza das mãos é de, no mínimo, 30 segundos;

• Comece esfregando as palmas das mãos uma na outra, com fricção moderada;

• Lave da mesma forma o dorso das mãos;

• Cruze os dedos das duas mãos e faça movimento de zigue-zague com bastante sabão debaixo d’água;

• Junte as pontas de todos os dedos de uma mão e limpe na palma da outra em movimentos circulares. Repita o processo invertendo as mãos;

• Lave os pulsos;

• Deixe a água escorrer no sentido do pulso para a ponta dos dedos debaixo da torneira;

• Não compartilhe toalhas (principalmente de rosto) e dê preferência ao papel toalha descartável em locais de uso coletivo;

A Nota ainda afirma: “Por fim, ressaltamos a importância de seguir as recomendações do Ministério da Saúde para que a pandemia não se perpetue. ”

Desta forma, vamos seguir as recomendações e buscar ao máximo nos resguardar, isso, para que o período de contaminação passe, e, voltemos a nossa vida normal. Assim, vamos a luta, pois, juntos somos mais fortes!!!

Porém, se alguém tiver alguma dúvida, ligue para o Disque Saúde através do número 136. Maiores informações sobre o COVID-19, veja no site do Ministério da Saúde:

Ministério da Saúde: http://coronavirus.saude.gov.br/ Informação da ONCB: https://www.facebook.com/oncbnarede/ 

*É ex-conselheiro do Conselho Municipal de Saúde – CMS de Mossoró (Representando ONG’s e Pessoas com Deficiência).