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Boletim atualiza dados relacionados ao novo coronavírus em Mossoró

Mossoró tem 1.129 casos confirmados de Covid-19 (Imagem: Reprodução)

O município de Mossoró registra 61 óbitos com confirmação de Covid-19 e tem 1.129 casos da doença, conforme dados do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN) e confirmado pela Prefeitura de Mossoró nesta terça-feira, 2. Ontem, o número de confirmações era 1.110 e havia 58 óbitos confirmados.

Com base no número atual de casos confirmados, a taxa de incidência por grupo de 100 mil habitantes na cidade é de 379,7

O município tem ainda 1.046 casos suspeitos e descartou 897 casos. 19 óbitos estão em investigação.

De acordo com a Prefeitura de Mossoró, 266 pessoas se recuperaram do Covid-19 na cidade.

Em todo o Estado foram confirmados 8.233 casos da doença e 341 pessoas morreram com confirmação da doença.

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São Luiz aguarda repasse de valores para ampliar leitos de atendimento a pacientes com Covid-19

Hospital tem 20 leitos de UTI e capacidade de abertura de novos leitos, mas Apamim afirma que sem repasse não tem com fazer abertura (Foto: web/autor não identificado)

Um erro ocasionado na habilitação de leitos hospitalares para tratamento de pacientes com sintomas do novo coronavírus acarretou atraso no credenciamento desses leitos. Um dos hospitais afetados foi o São Luiz, que tem 20 leitos de UTI em funcionamento em Mossoró, com capacidade de abertura de outros leitos.

Através de nota enviada pela Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN) na sexta-feira passada, 29, a respeito dos leitos habilitados no dia 18 de maio, através da Portaria nº 1.243, a Secretaria afirmou que eles foram habilitados por engano pelo Ministério da Saúde.

De acordo com a nota, a situação foi informada, através de ofício encaminhado pela Sesap e as Secretarias Municipais de Saúde de Natal e Mossoró, ao Ministério da Saúde, explicando que a portaria não correspondia à realidade de leitos de UTI Covid-19 em funcionamento no Estado. Na ocasião, uma nova relação com 56 leitos em funcionamento no RN, já presentes na Portaria nº 1.243, foi informada.

Ainda de acordo com Sesap, o Ministério da Saúde entrou em contato, informando que “a portaria publicada seria tornada sem efeito integralmente e que, concomitantemente, estava sendo realizada a tramitação de uma nova para habilitação de leitos em funcionamento apresentados no documento enviado pelas secretarias estadual e municipais”, diz o texto.

De acordo com a assessoria de comunicação da Associação de Assistência e Proteção a Maternidade e a Infância de Mossoró (APAMIM), entidade responsável pelo gerenciamento unidade hospitalar, em decorrência do erro, não foi realizado o primeiro repasse dos valores aos Hospital por parte do SUS. Esses recursos seriam utilizados para pagar pelo funcionamento dos 50 leitos já abertos na unidade.

Atualmente, o São Luiz possui 20 leitos de UTI exclusivas para o tratamento de pacientes com sintomas do Covid-19, mesma quantidade que o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). Devido o aumento no número de pacientes com sintomas do novo coronavírus, frequentemente as duas unidades têm atingido 100% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva. Uma das alternativas para minimizar a situação é a abertura de novos leitos de UTI no São Luiz.

Segundo a assessoria da Apamim, na sexta-feira passada, a interventora judicial da Associação, Larizza Queiroz, comunicou ao Município e ao Estado que, sem esse aporte financeiro não iria abrir novos leitos, porque não teria como custeá-los em função do erro.

No sábado, o Governo do Estado e a direção da Apamim conversaram e ontem, 1º, a equipe da Sesap e a direção da Apamim estiveram reunidas por videoconferência. De acordo com a assessoria da Apamim, durante a reunião, houve o compromisso de resolver o erro no credenciamento e enviar, do valor devido, o equivalente a R$ 1 milhão. “Só tenho como abrir, se o dinheiro chegar”, afirmou Larizza Queiroz.

Com relação ao repasse desse valor, ontem, o secretário adjunto de Saúde do RN, Petrônio Spinelli, afirmou que na reunião foi decidido que isso seria feito e o Governo está vendo a questão operacional. Segundo ele, os leitos estão sendo recredenciados. “Esse dinheiro vai chegar, mas, por enquanto, vai haver antecipação desse recurso para abrir os leitos”, disse Spinelli, acrescentando que a equipe da área administrativa é quem está vendo a questão operacional.

Nesta terça-feira, a assessoria de comunicação da Sesap afirmou que no dia 22 de maio foi protocolado ofício no Ministério da Saúde, assinado pelo Secretário Estadual Cipriano Maia e secretários de Mossoró e Natal, solicitando revisão da Portaria de habilitação publicada no dia 18 de maio, com republicação considerando os leitos já em funcionamento, que inclui os do Hospital São Luiz.

“Os valores são repassados em parcela única, cujo valor é equivalente ao período de 90 dias. Eles são repassados a qualquer momento após a portaria que habilita os leitos ter sido publicada” afirmou.

Segundo a assessoria, os recursos serão enviados tão logo o Ministério da Saúde habilite os leitos.

Até que isso ocorra, a assessoria da Sesap afirma que, está se buscando realizar uma repactuação em que o município de Mossoró e o Governo do Estado fariam a antecipação dos valores da habilitação.

Por meio de sua assessoria, a Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró afirma que os leitos não foram credenciados por erro do Governo e está aguardando que o Estado corrija o erro para poder credenciar novamente os leitos.

Tarcísio Maia

A Assessoria da Apamim informou que no sábado passado, 30, em conversa com o Governo, a Associação, informou também que o Estado não havia pago o valor de R$ 183 mil, investidos para abrir leitos no Hospital Regional Tarcísio Maia, no período de 3 de abril a 3 de maio.

A assessoria de comunicação da Sesap afirma que os leitos do Hospital  Tarcísio Maia para linha de cuidado a Covid-19 estão todos abertos e que o Estado tem um contrato com a Associação para fornecimento de uma escala de técnicos de Enfermagem, que vem sendo honrada pela Sesap no que se referente ao pagamento.

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Confirmações de Covid-19 aumentam cerca de 50% em uma semana no RN

Secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, anunciou números oficiais de Covid-19 no Estado e falou sobre necessidade de conter as transmissões (Imagem: Reprodução)

O número de casos confirmados do novo coronavírus no Rio Grande do Norte chegou a 8.233 nesta terça-feira, 2, segundo informou o secretário de Saúde do Estado, Cipriano Maia, durante coletiva de imprensa, realizada em Natal. São 2.761 confirmações a mais, o que corresponde a um acréscimo de, aproximadamente, 50,45% do que havia sido registrado há uma semana, quando o boletim epidemiológico da Sesap informava que havia 5.472 casos confirmados.

Desde o início da pandemia, o Estado registrou 341 óbitos com confirmação de Covid-19. São 18 casos a mais do que os que haviam sido informados ontem, 1º, sendo que 14 deles ocorreram nas últimas 24 horas, conforme informou a Sesap e quatro ocorridas em dias anteriores. 68 óbitos estão em investigação.

São 16.364 casos suspeitos, notificados em vários municípios do Estado, e 14.128 casos descartados.

De acordo com o secretário de Saúde, 581 pacientes estão hospitalizados no RN. Desse total, 287 estão em leitos críticos e 294 leitos clínicos de hospitais públicos ou privados.

Nesta terça-feira, 2, às 12h55, de acordo com dados do RegulaRN, a taxa de ocupação dos leitos exclusivos para o tratamento de pacientes com sintomas do novo coronavírus adultos no Estado ficou em 97,4% na Região Metropolitana, com ocupação de 100% dos leitos do Hospital de Campanha de Natal, Hospital Municipal de Natal, Hospital Rio Grande e Hospital da Polícia Militar, 95% de ocupação do Hospital Luiz Antonio e 93,5% do Hospital Giselda Trigueiro.

Na região Oeste a média de ocupação dos leitos era de 95,6%. Em Mossoró, 100% dos leitos do Hospital Regional Tarcísio Maia e 95% dos leitos do Hospital São Luiz e estavam ocupados. Já em Pau dos Ferros, a ocupação do Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade ficou em 80%.

No Seridó, 50% dos leitos do Hospital Regional Telecila Freitas Fontes contavam com internamentos.

A fila de espera por leitos exclusivos para o tratamento de pacientes com sintomas do novo coronavírus contava com 107 pessoas, às 12h59 desta terça. Desse total, 31 esperavam por leitos críticos, sendo 11 pacientes classificados como ‘prioridade 1’ e 20 considerados ‘prioridade 2’. 76 pessoas consideradas ‘prioridade 3’ também aguardavam transferência.

Essa realidade corresponde a um contexto referente a 216 leitos críticos, dos quais 34 estão bloqueados, por razões como manutenção, risco de contaminação e falta de equipamentos, como pode ser verificado no RegulaRN.

O secretário de Saúde comentou que a fila de espera da regulação mostra que, mesmo com a abertura de alguns leitos nos últimos dias não tem diminuído muito essa pressão. Ele também falou sobre a abertura de leitos que já foi realizada, seja nos hospitais do Estado ou com relação ao apoio dados aos municípios.

“Se não contivermos a taxa de transmissão da doença, que se faz a partir do contato proximal entre as pessoas, principalmente, aglomerações, contatos físicos, proximais, enfim. Seja no comércio, seja na fila do banco, isso só contribui para manter uma taxa de contágio alta. Mais pessoas infectadas teremos uma proporção de pessoas graves e entre essas graves, teremos uma proporção que vai demandar leitos de UTI, que não temos como expandir na celeridade que gostaríamos”, comentou Cipriano Maia.

“Temos limites estruturais dos serviços, de equipamentos, de pessoal, de insumos, que não são nada fáceis. De EPI, que tudo isso está em restrição no mercado local, nacional e mundial. Por isso, o apelo reiterado, porque é a única medida de evitarmos mais mortes é diminuirmos a taxa de transmissão, fazermos com que essa curva cresça de maneira mais lenta, como isso já tem sido aqui reiterado, para eu a gente possa evitar mortes, preservar vidas”, acrescentou.

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Mossoró tem 1.110 casos confirmados de Covid-19

boletim epidemiológico divulgado peça Sesap-RN nesta segunda-feira, 1º (Imagem: Reprodução)

O número de casos confirmados do novo coronavírus em Mossoró chegou a 1.110, segundo dados informados pelo boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN), nesta segunda-feira, 1º. Com essa quantidade de casos confirmados, a taxa de incidência por grupo de 100 mil habitantes chega a  373,3.

A cidade registra 58 óbitos com confirmação de Covid-19. Outros 19 óbitos estão em investigação.

De acordo com os dados oficiais da Sesap, há 1.062 casos suspeitos de coronavírus e 897 casos foram descartados.

Há uma semana a cidade registrava 813 casos e 39 óbitos com confirmação de Covid-19.

Em todo o Estado, são 8.008 casos confirmados do novo coronavírus, conforme os dados atualizados informados pela Sesap, e o número de mortes com confirmação da doença chega a 323. 69 óbitos estão em investigação.

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Orçamento do MCJ está contingenciado

Cidade Junina 2020 foi cancelado (Foto: Assecom/PMM)

Em conversa com o Blog do Barreto o secretário municipal de planejamento Aldo Fernandes explicou que os recursos do Mossoró Cidade Junina e do Chuva de Bala no país de Mossoró estão contingenciados.

Ele disse que o orçamento não foi remanejado para a saúde, área mais necessitada por causa da pandemia do novo coronavírus.  “Esse orçamento pode ser usado mais a frente para a saúde ou folha de pessoal, por exemplo”, explicou.

O secretário reforçou a necessidade de diferenciar orçamento de financeiro. O primeiro é a previsão dos gastos/investimentos e o segundo é o dinheiro propriamente dito. “É preciso entender que o orçamento é a projeção de gastos o financeiro é o dinheiro em si”, complementou.

Segundo o secretário, o dinheiro do Mossoró Cidade Junina nem chegou a ser direcionado para o evento. “O orçamento está contingenciado e o dinheiro não está mais disponível para ser investido na cultura”, garantiu.

O Mossoró Cidade Junina e o Chuva de Bala tinham orçamentos previstos na casa dos R$ 7 milhões. O custeio seria por meio de captação de patrocínio, convênio com o Governo Federal e recursos próprios.

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Calar secretário não vai impedir o curso da tragédia provocada pela covid-19 em Natal

Paciente fica na calçada em Parnamirim. Crise se espalha na Grande Natal (Foto: reprodução)

Hoje pela manhã o secretário municipal de saúde do Natal Goerge Antunes mandou a real sobre a crise sanitária na capital do Estado:

“Esqueçam decreto de governadora e de prefeitos. Esqueçam pelo amor de Jesus Cristo e fiquem em casa. Isso é o maior absurdo que a gente pode ver nos dias de hoje, se falar em flexibilização. O povo deve ficar em casa. Os poderes, os governantes, têm que ter a coragem de dizer o que são serviços essenciais nas suas cidades, o que é serviço essencial dentro desse estado, e não abrir comércio da forma como está sendo aberto, chamar o povo para a rua, distribuir máscara para causar sensação de falsa segurança”*.

Nada mais realista que a fala do secretário. Causou pânico? Talvez em quem vive na realidade paralela onde está tudo indo bem.

No início da tarde, notícias davam conta de que o secretário deixaria o cargo. Alguns informaram que pedira demissão. Outros que fora demitido. A se confirmar a última informação dada pelo jornalista Gustavo Negreiros, o secretário fica.

Calado, talvez.

O fato é que o prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB) não gostou da fala de seu auxiliar e num arroubo bolsonarista quis censurá-lo.

O secretário falando ou não, o quadro da saúde na capital é caótico e mesmo assim setores importantes da sociedade defendem a reabertura da economia.

Há quem diga que é fácil pedir isolamento social estando em caso com dinheiro no bolso. Responderia que também é fácil pedir abertura do comércio tendo plano de saúde ou condições de pagar por um leito caso adoeça ou tendo a certeza de quem estará em risco são os seus empregados.

Deixando a retórica de lado, ontem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Nova Esperança em Parnamirim as portas foram fechadas por não ter mais condições de receber novos pacientes. Uma mulher ficou deitada na calçada (ver imagem acima). Esse problema reflete em Natal que é a principal cidade da região metropolitana.

Foi dada a chance de se fazer o isolamento social de forma voluntária. Quem podia e tinha condições de fazer e referiu seguir a vida normalmente é tão responsável quanto a omissão dos governantes que hesitaram em tomar medidas mais duras.

O lockdown vai se tornando uma medida inevitável.

O cenário na capital do Estado mostra que já morreram 104 pessoas por covid-19. Ainda temos 3.394 casos confirmados e 6.469 suspeitos.

Enquanto o prefeito de Natal se preocupa com as entrevistas do secretário os hospitais em Natal estão com superlotação. Na região metropolitana 95% dos leitos estão ocupados.

*Fala extraída do Portal G1.

Texto atualizado em 2 de junho às 17h24.

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Número de infectados pelo novo coronavírus no RN chega a 7.964

Secretário adjunto de Saúde do RN, Petrônio Spinelli, informou dados relacionados ao Covid-19 (Imagem: Reprodução)

O Rio Grande do Norte já confirmou 7.964 casos do novo coronavírus. São 323 mortes com confirmação do Covid-19 no Estado, segundo informou o secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, na entrevista coletiva desta segunda-feira, 1º.

“É um número extremamente triste e que provoca uma reflexão para todos nós que estamos aqui nesse momento”, disse o secretário adjunto de Saúde, se referindo ao número de mortes.

Dos 18 óbitos recentes informados pela Secretaria da Saúde Pública (SESAP-RN), dez foram confirmadas ontem, 31.O total de óbitos em investigação também assusta, são 69 em todo o Estado.

Há ainda 16.573 casos com suspeita de Covid-19 e 14.127 casos foram descartados.

De acordo com o secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, 582 pessoas com sintomas do novo coronavírus estão internadas no Estado, incluindo aquelas que estão em leitos críticos ou clínicos, públicos, privados ou filantrópicos do Estado.

A taxa de ocupação de leitos adultos críticos exclusivos para o tratamento de sintomas do novo coronavírus no Estado é de 95,7% na região Oeste. Em Mossoró, 100% dos leitos do Hospital Regional Tarcísio Maia e 95% dos leitos do Hospital São Luiz estavam ocupados por volta da 13h25 desta segunda, segundo dados do Regula RN.

Durante a coletiva, Petrônio Spinelli afirmou que hoje pela manhã a Sesap se reuniu com a governadora do Estado, com a Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró, com representante da Associação de Assistência e Proteção a Maternidade e a Infância de Mossoró (APAMIM) e do Hospital São Luiz para viabilizar a abertura de dez novos leitos de imediato na região. A reunião, segundo ele, envolveu o Ministério Público.

“Nós fechamos todo o entendimento de destravar. Não só para que o São Luiz apossa avançar criando dez leitos a mais, mas também avançar no sentido do Rafael Fernandes aumentar sua complexidade mais ainda, que é o hospital do Estado que está recebendo paciente Covid, mas a ideia é que o São Luiz cresça o número que nós pactuamos, que chegue até 40 leitos, o pacto inicial era 35 leitos de UTI, esse acréscimo de cinco leitos foi acertado também. Então a ideia é que nós tenhamos no São Luiz até quarenta leitos de UTI (desse total, 20 estão em funcionamento), sendo que dez esta semana ainda. Isso é imprescindível e necessário”, disse.

De acordo com o secretário, também foi ajustado o funcionamento do Hospital de Polícia Militar em Mossoró. O hospital funcionará como retaguarda para leitos de média complexidade não Covid, inclusive com alas de estabilização.

Em Pau dos Ferros, a taxa de ocupação do Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade era de 83,3%.

Na Região Metropolitana, a taxa de ocupação é de 95,7%, com ocupação de 100% no Hospital de Campanha de Natal, Hospital Luiz Antonio, Hospital Giselda Trigueiro, Hospital Municipal de Natal e Hospital Rio Grande. No Hospital da Polícia, 75% dos leitos estavam lotados, conforme dados do RegulaRN.

De acordo com Petrônio Spinelli, há perspectiva de abrir mais leitos no Hospital de Campanha de Natal. Ele afirmou também que a Sesap concluiu o processo de contratação da empresa que vai administrar e montar 20 leitos no João Machado e dez leitos em Macaíba. “É importante que estamos também trabalhando para, ainda esta semana, abrir leitos críticos no João Machado, independente da UTI. Então, a ideia é que a gente venha a ter, pelo menos, 30 leitos críticos no João Machado, sendo que, esperamos que dez esta semana”, disse o secretário adjunto de Saúde, que também mencionou a abertura do Hospital de Campanha de Parnamirim.

Já em Caicó, o percentual de ocupação de leitos do Hospital Regional Telecila Freitas Fontes era de 54,5%.

“Por mais que se abra leitos, existem um crescimento por necessidade de leitos”

Às 13h30, a fila de espera formada por paciente atendidos em unidades dos municípios que aguardavam por leitos exclusivos para o tratamento de pacientes com sintomas de Covid-19 chegava a 114, com 38 pacientes aguardando por leitos de críticos (sendo 15 considerados ‘prioridade 1’ e 23‘prioridade 2’). 76 pessoas consideradas ‘prioridade 3’ esperavam por leitos clínicos, conforme o RegulaRN.

Durante a entrevista, o secretário adjunto de Saúde reforçou que a abertura de leitos de UTI é luta difícil que exige recursos materiais e humanos, que está ficando cada vez mais difícil.

E como tem feito em, praticamente, todas as coletivas de imprensa, Petrônio Spinelli, voltou a chamar a atenção para a necessidade de isolamento e para o fato de que, se esse isolamento não for cumprido, o Estado pode chegar ao colapso.

No domingo, índice de isolamento não chegou a 50%

Dados do Inloco indicam que apenas 49,01% da população Rio Grande do Norte ficou isolada ontem, 31 de maio, um domingo, dia em que os índices costumam ser mais elevados. Em quatro dos cinco domingos do mês passado o Estado teve índice de isolados inferior a 50%. O único domingo que fugiu à realidade, foi o dia 24, quando 52,6% das pessoas se mantiveram isoladas.

O isolamento social é a medida defendida pelas autoridades sanitárias para minimizar a circulação do novo coronavírus, contra o qual ainda não existe vacina ou tratamento comprovadamente eficaz. O percentual indicado é de 70%, mas mesmo em dias de domingo o Estado, a exemplo do restante do País, tem se mantido bem distante desse percentual.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 103 – A REAÇÃO ANTIFASCISTA

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RN ultrapassa 300 mortes por covid-19 e registra mais de 1.800 curados

Sesap apresenta novos números sobre a covid-19 (Foto: Demis Roussos)

O Governo do Rio Grande do Norte anunciou que foram confirmadas mais 37 mortes por covid-19, das quais 11 ocorreram nas últimas 24 horas. Com isso, o Estado chegou a 305 óbitos causados pela doença.

O Estado ainda registra 1.824 pacientes recuperados.

Foram notificados 14.172 considerados suspeitos (menos 734 em relação ao último boletim) e 7.402 casos confirmados (939 a mais do que os casos apresentados ontem).

Na entrevista coletiva concedida hoje na Escola de Governo, o secretário de Estado da Saúde Pública, Cipriano Maia, enfatizou a necessidade de a população se conscientizar e aderir ao isolamento social, para conter a curva do contágio pelo novo coronavírus. “As medidas de proteção são a maneira de proteger a vida e, com isso, fazer valer os decretos, perseguir a meta de redução do contágio e conseguir vislumbrar a retomada das atividades com segurança”, alertou o secretário.

A Subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap, Alessandra Lucchesi, que apresentou o boletim deste sábado, relatou que a maior incidência da doença está entre os jovens, que são potenciais transmissores para a faixa etária que tem ido a óbito, composta pelo idosos. Segundo ela, o processo de transmissão ainda está ocorrendo de forma acentuada no RN.  “Acreditamos que estamos apenas no início da subida da curva. Os números são cada vez mais preocupantes, mas também refletem a aceleração do diagnóstico do Lacen e da parceria com o Instituto de Medicina Tropical da UFRN, que se somam com os testes rápidos dos municípios”, explicou.

O secretário ressaltou o reconhecimento – pelo Estado – da importância dos trabalhadores da saúde no enfrentamento à pandemia e informou que o Governo pagou hoje a insalubridade no percentual máximo de 40% sobre o salário, retroativo a abril. “Outra ação importante nesse sentido é o programa Acolher Saúde, criado para proteger a saúde dos familiares dos profissionais da saúde que estão na linha de frente. Temos cerca de 30 profissionais hospedados no Hotel Barreira Roxa”, disse.

O titular da Sesap-RN também agradeceu ao programa de âmbito nacional, Todos pela Saúde, que tem protagonismo do Banco Itaú. O Governo fez a adesão e tem recebido apoio na implantação da gestão clínica nos hospitais, nos insumos, equipamentos, testes e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). As unidades que integram o programa são: Hospital Giselda Trigueiro, Hospital da Polícia, Hospital Regional Tarcísio Maia e os regionais de Pau dos Ferros e do Seridó.

Existem 548 pessoas internadas nas redes pública e privada do Rio Grande do Norte, sendo 260 em leitos de UTI e unidades semi-intensivas e 288 em leitos clínicos. A internação de pessoas em estado grave mostra a mudança no perfil da epidemia entre grupos e extratos sociais, pois têm mais pacientes internados de gravidade de 1 e 2 na rede pública, no caso 171, do que na rede privada (89).

A taxa de ocupação é de 97% em Natal e em Mossoró, de 75% em Pau dos Ferros e de 40% no Seridó. A fila da regulação tem 93 pessoas, sendo 31 para leitos críticos. “Hoje o hospital municipal de campanha vai abrir novos leitos, o que vai ajudar a reduzir a pressão da demanda. E também abriremos leitos nas demais regiões do Estado durante a semana”, afirmou Cipriano.

Ele finalizou sua participação na coletiva informando que a retomada da “normalidade” já está planejada pelo Governo do Estado, mas é necessário alcançar metas de ocupação de leitos abaixo de 70%, declínio de casos e de óbitos e redução da taxa de contágio. “Quem está em casa e usa máscara quando precisa sair está contribuindo para a retomada da vida normal. Por isso repito aqui o mantra: ‘fiquem em casa, usem máscara’ e encerro na perspectiva de que esse fim de semana seja bem utilizado para reflexão de toda a população sobre a necessidade do isolamento social”.

 

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História de luta e superação de quem venceu o Covid-19

Ana Andreia no retorno para Mossoró após tratamento em Fortaleza – Foto: Cedida

“É algo muito divino. Eu não sei explicar. Não se explica Deus”. A frase é da funcionária pública, Ana Andreia, que é enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e da Central de Regulação do Município. Ela, que conversou com o blog alguns dias atrás, foi uma das primeiras pacientes de Mossoró a apresentar quadro grave de Covid-19. Longe de ser uma razão para minimizar o isolamento social ou a gravidade da doença, a notícia traz a reflexão sobre histórias de luta.

Para chegar à classificação de ‘recuperados’, muitos pacientes enfrentaram um tratamento agressivo, solitário e que, mesmo sendo concluído, ainda impõe desafios.

Ana Andreia contou que os primeiros sintomas começaram no dia 15 de março. Dois dias depois o quadro foi se complicando. Como na época os casos de contágio eram mais entre pessoas que viajaram e ela não havia viajado, suspeitou que estivesse com H1N1. Em seis dias o quadro de saúde já havia se agravado e ao mostrar um raio-x a um amigo, ele orientou que ela realizasse uma tomografia. Na noite dessa mesma data, ela procurou um hospital. Lá, foi colocada no oxigênio e já foi informada de que ficaria em isolamento. A tomografia que realizou apontou uma pneumonia intensa, sugestiva para H1N1 e Covid-19.

A enfermeira contou que foi informada que teria que ir para um leito de UTI, mas como, na época, o hospital em que foi atendida ainda não tinha UTI, foi encaminhada para Fortaleza. A família não pôde acompanhá-la, mesmo que a irmã quisesse muito estar presente.

Na capital cearense, Ana Andreia passou dois dias na Unidade de Terapia Intensiva e depois foi para um apartamento, onde ficou isolada. Os resultados dos exames só chegaram até Andreia quando ela já estava internada. Ela não chegou a ser entubada, mas enfrentou a agressividade da doença.

“Foi doloroso, porque era eu sozinha. Até então, era muito incerto. Para a gente foi um boom, porque eu fui a primeira paciente muito grave”, relembrou.

O período foi marcado por reflexões, e medo. Mas a enfermeira conta que tentou trabalhar o psicológico. “Para mim, o maior trauma era a solidão, o isolamento. Mas que deu para trabalhar a parte espiritual, me voltar totalmente para Deus, pedir para me tirar daquilo e eu fui atendida”, disse.

 

Orações dos amigos e a fé ajudaram durante o tratamento

As orações dos amigos também ajudaram bastante e, durante o período sozinha no hospital Ana Andreia conta que ela, que não era uma pessoa muito religiosa, desenvolveu um vínculo com Deus. “Eu precisava me aproximar de Deus”, disse.

“Isso me fez me aproximar mais de Deus”, reforçou. “Hoje o meu alimento é procurar Deus”, acrescentou.

Durante o tempo de internação, ela também reviu prioridades e disse que está dando mais valor às pequenas coisas. “Eu estava vivendo em função do trabalho e esquecendo a minha vida, a minha saúde”, contou. “Isso fez com que eu reavaliasse tudo. Esse momento de isolamento no hospital eu reavaliei tudo. O perdão, a aproximação da família”, complementou.

Em 3 de abril, Ana Andreia teve sua alta anunciada, sob o compromisso de que daria continuidade à fisioterapia para melhorar a respiração. “É uma alegria imensa você chegar na sua cidade”, lembrou.

Ao chegar em Mossoró, um novo período de isolamento, cumprindo todas as recomendações médicas. Concluído esse período, Ana Andreia retomou o trabalho, mas em outra função, porque o tratamento exigiu muito do organismo. Para se ter uma ideia, 60 dias depois dos primeiros sintomas, quando conversou com o blog, Ana Andreia ainda sentia um pouco de cansaço.

Mas ela contou que, de volta à rotina, o que a deixava triste e com o emocional abalado era o medo que algumas pessoas sentiam de estar na sua presença. Para Ana Andreia, o vírus tanto une as pessoas quanto afasta.

Ana Andreia segue, valorizando os detalhes. “Eu estou tentando viver e curtir a minha casa, coisa que eu não curtia antes”, disse. “Hoje eu estou valorizando o estar dentro de casa e eu estou achando maravilhoso e estou valorizando mais a Deus”, acrescentou.

Isolamento social

A enfermeira também deixa o alerta para que as pessoas cumpram o isolamento social. “Estamos em momento ainda de guerra, meus colegas estão em frente de batalha”, diz ela.