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Malha aérea do RN cresce 169% entre julho e outubro

Movimento no Aeroporto de São Gonçalo do Amarante sobe (Foto: Rayane Mainara)

O turismo no Rio Grande do Norte apresenta sinais positivos de retomada. De acordo com dados da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), a malha aérea do estado apresenta um crescimento de 169%, analisando os meses de julho a outubro. A oferta atual de voos potiguar já corresponde a 63% da malha aérea planejada pré-pandemia para o mês de outubro, considerando apenas os voos domésticos. Os números apresentam um aumento expressivo para o setor e mostram que o Rio Grande do Norte se consolida como destino seguro, em resposta ao trabalho realizado desde o início da pandemia, com a criação do Plano de Retomada do Turismo, os protocolos de biossegurança e aquisição do Selo Safe Travel, chancela internacional do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC).

A partir de outubro, o Rio Grande do Norte estará conectado aos principais aeroportos do sudeste, centro-oeste e nordeste do Brasil, com ligações diretas de Fortaleza, Salvador, Recife, Rio de Janeiro (Galeão), São Paulo (Guarulhos) e Brasília. As principais companhias aéreas nacionais (GOL, LATAM e AZUL) retornaram e ampliaram as operações no estado. O Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves também volta a receber o voo Natal/Lisboa/Natal, com aproximadamente 50% da malha programada, para este período, antes a pandemia.

Para a secretária de turismo do Estado, Ana Maria da Costa, este é o momento de investir em promoção do destino. “Destinar recursos para a divulgação do Rio Grande do Norte é fundamental, no governo da professora Fátima Bezerra, foi possível incluir o turismo no orçamento estadual. Estamos confiantes na retomada deste setor que movimenta uma cadeia de 52 segmentos e emprega milhares de pessoas”, ressaltou.

Ações de promoção

O Governo do Estado por meio da secretaria de Turismo (Setur) e da Empresa de Promoção Turística Potiguar (Emprotur) lançaram nesta terça-feira (22) a campanha Visite o Rio Grande do Norte, voltada para o fortalecimento do turismo regional. A ação de marketing abrange onze estados: RN, PB, PE, CE, AL, BA, SE (RJ, SP, MG e DF). Pesquisas apontam que a atividade turística, neste momento de retomada, ocorrerá primeiramente em viagens curtas, feitas de carro, com uma média de até 600 km de distância da residência, principalmente aos finais de semana e feriados.

Os meios de hospedagem dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte, também apresentam números positivos de ocupação. De acordo com o Departamento de Inteligência e Pesquisas da Emprotur, o estado registrou 91%, a taxa de ocupação média, durante o último feriado prolongado (07 de setembro). Foram analisados hotéis das cidades de Natal, Mossoró, Tibau do Sul/Pipa, São Miguel do Gostoso, Galinhos, Touros, Maxaranguape, Baía Formosa e Martins.

O turista local é predominante, seguido dos estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará, com tempo médio de dois dias de permanência. Esse movimento confirma algumas expectativas sobre a retomada do turismo, itinerários mais curtos (distância e permanência) e mercados de proximidade. Outro fator positivo na pesquisa é a presença de turistas de São Paulo e Minas Gerais, que mesmo em menor volume, indicam que o turismo nacional dá sinais de retomada.

Entre as ações de promoção e marketing planejadas para o último trimestre de 2020 e para 2021, destacam-se ações promocionais com companhias aéreas, campanhas nos canais de vendas das maiores operadoras do país, participação em feiras de turismo, captação de voos charters, ações promocionais nos shoppings das cidades de Mossoró/RN e Campina Grande/PB. Está prevista ainda a vinda de jornalistas, fotógrafos e influenciadores nacionais para viverem a experiência potiguar. E para fomentar o mercado de eventos, outro importante segmento dentro da cadeia do turismo, a Setur preparou um tarifário promocional de comercialização do Centro de Convenções de Natal com até 40% de desconto.

Eventos

Mais um impulso à economia e ao turismo potiguar, foi o anúncio da retomada gradual para o setor de eventos corporativos e de convenções, autorizado pelo Governo do Estado a partir desta terça-feira (22). A portaria publicada em edição extraordinária do Diário Oficial do Estado, na segunda-feira (21), estabelece um cronograma com cinco fases para a retomada.

A primeira fase libera uma frequência máxima simultânea de até 100 pessoas nos eventos. A fase seguinte permite, a partir de 06 de outubro, que os eventos possam ter até 400 pessoas; a fase três, no dia 20 de outubro, permite até 700 pessoas. Já no dia 03 de novembro, a fase quatro alcança até mil pessoas. E a última fase do cronograma, no dia 17 de novembro, permitirá até três mil pessoas, mas apenas para eventos em ambientes abertos.

O cumprimento do cronograma de retomada está condicionado aos indicadores da pandemia do coronavírus no RN. Caso a Secretaria de Saúde detecte uma tendência de crescimento da doença, após a liberação das atividades, as fases podem ser adiadas ou reestabelecidas fases anteriores.

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RN tem 17% de pessoas desocupadas

A taxa de desocupação no Rio Grande do Norte alcançou, em agosto, o maior percentual desde maio: 17%. Isso significa que 235 mil pessoas estão em busca de trabalho no Rio Grande do Norte. Com o resultado, o estado tem uma das cinco maiores taxas de desocupação do Brasil. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid19 de agosto.

No início da pesquisa, em maio deste ano, a taxa de 12,3% representava 173 mil pessoas desocupadas no Rio Grande do Norte. Portanto, 62 mil potiguares a mais passaram a pressionar o mercado de trabalho ao longo desse período. No Nordeste, Bahia (18%) e Maranhão (18%) superam o estado potiguar e lideram o ranking nacional.

Enquanto a taxa de desocupação cresce mensalmente, o número de pessoas que não procuram trabalho “em razão da pandemia ou porque não havia trabalho na localidade, mas gostariam de trabalhar” diminui. Em julho, eram 449 mil pessoas; em agosto, a quantidade de pessoas nessa situação diminui para 404 mil. Essas pessoas compõem um dos grupos que estão fora da força de trabalho, porque não têm ocupação nem tomaram providência efetiva para retornar ao mercado.

Afastamento do trabalho

O número de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho em razão do distanciamento social teve uma queda de 40% no Rio Grande do Norte. Em julho, eram 140 mil trabalhadores, mas agosto esse número chegou ao menor nível desde o início da pesquisa: 84 mil. Isso corresponde a 7,4% da população ocupada.

O estado possui a segunda maior proporção de trabalhadores afastados da região Nordeste, atrás apenas de Alagoas (8,2%). No Brasil, esse tipo de afastamento ainda atinge 5% dos trabalhadores.

 

Número de estudantes com atividades cresce no RN, mas está abaixo da média nacional

O número de estudantes com atividades em agosto aumentou em relação ao mês anterior. Em julho, 61% dos estudantes receberam alguma atividade escolar. Isso corresponde a 508 mil estudantes. Em agosto, a proporção aumentou para 69%, o que representa 581 mil estudantes.

Mesmo com o crescimento, o Rio Grande do Norte apresenta média de estudantes com atividades abaixo da nacional (80,4%) e do Nordeste (74%). Os estados da região que têm as maiores médias de estudantes com atividades são Paraíba (87%), Pernambuco (83%) e Ceará (83%). A pesquisa abrange estudantes de ensino fundamental, médio e superior.

 

Procura por atendimento cai 60% no RN

O número de pessoas com mais de um sintoma de covid-19 e que foram a um estabelecimento de saúde caiu 60% em agosto na comparação com o mês anterior. Em julho, 20 mil pessoas com sintomas conjugados foram em busca de atendimento. Em agosto, foram 8 mil.

Fonte: IBGE

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Governo apresenta plano de recuperação econômica do RN

Fátima apresenta RN Cresce + (Foto: Sandro Menezes)

O Governo do RN lançou nesta segunda-feira, 21, o Programa RN Cresce + um plano multisetorial de incentivo à retomada e crescimento da economia com ações de curto, médio e longo prazo.
As medidas envolvem as Secretarias de Estado da Tributação (SET), do Desenvolvimento Econômico (Sedec), do Turismo (Setur) e da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) com ações nas áreas da agropecuária, turismo, mineração, indústria, geração de energia, transportes e comércio, e prevê incentivos fiscais, desburocratização, melhoria no ambiente de negócios e novos investimentos para a geração de emprego e renda. As propostas integram projetos de Lei e decretos de adequação da legislação vigente e precisam ser aprovadas pela Assembleia Legislativa.

“As medidas que tomamos hoje são para ter mais empregos e trabalho no Rio Grande do Norte. As iniciativas criam ambiente favorável aos negócios, com processos mais simples, com desburocratização para as mais diversas atividades. A maioria das ações são de curto prazo, respeitando as regras protetivas por que a pandemia não acabou. O RN tem pressa”, afirmou a governadora Fátima Bezerra em ato na Escola de Governo em Natal.

Ela destacou que “o plano de reaquecimento da economia foi possível graças ao acerto das ações do Governo na pandemia. Oferecemos assistência de saúde eficiente à população, adotamos medidas sanitárias rigorosas e tivemos sucesso nas decisões de fechar e abrir a economia no momento certo. Quero reafirmar que, diálogo, negociação e parceria são marcas deste Governo. Exercemos a democracia, sempre em defesa da vida, da cidadania e olhando para a atividade econômica”.

Fátima Bezerra ressaltou que o plano é para todas as regiões e municípios e pessoalmente irá ao interior dialogar e mostrar o plano para que todo o Estado possa se beneficiar. Conclamo empresários e empresárias do RN para que somem e acreditem. O plano não é promessa, é realidade. Confio que a Assembleia Legislativa irá analisar e aprovar rapidamente as medidas. Vamos todos fazer como o grupo Guararapes, que aprova as medidas e anuncia que vai abrir até outubro mais 1.367 empregos em nosso Estado”.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, disse que as medidas dão sequência a outras tomadas desde o início da administração para tornar o RN mais competitivo visando o crescimento econômico e o bem estar social. Titular da secretaria de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, explicou que as medidas também vão dar oportunidade aos contribuintes para regularizar dívidas com ICMS e IPVA via refis ainda este ano. Outras medidas promovem a redução do ICMS do sal marinho e isenção de taxas da Jucern para novas empresas. “As medidas chegam para fazer crescer o número de empregos e oportunidades de renda no RN”.
Guilherme Saldanha, secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca informou que o Governo inicia a execução do maior programa de perfuração e instalação de poços de captação de água da história, com 700 unidades. Outra medida é a reforma e operação dos abatedouros de Ceará Mirim e Lajes, além da entrega do selo Sisbi – Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal a 50 queijeiras, o que irá permitir a comercialização em todo o país.

A agricultura familiar também ganha incentivos. O segmento responde por 2/3 da ocupação no campo e envolve 700 mil pessoas no RN. Os projetos da Emater somam R$ 20 milhões em investimentos este ano e serão ampliados nos próximos dois anos. Segundo o secretário do Desenvolvimento e Reforma Agrária, Alexandre Lima, “as medidas fortalecem a agricultura familiar e a reconhecem como agente econômico ativo”.
Representando a Assembleia Legislativa, o deputado Kleber Rodrigues considerou que “as propostas do RN Cresce Mais são robustas e terão nosso apoio para apreciação e votação rápida. Parabenizo a Governadora pelo empenho e dedicação de toda equipe pelo programa que não só beneficia a classe produtiva, mas também o trabalhador”.

O presidente da Federação do Comércio do RN (Fecomércio) Marcelo Queiroz disse que reconhece “o trabalho e empenho do Governo no apoio e incentivo ao setor produtivo. Tenho certeza que vamos dar a resposta necessária e superar dificuldades”.

Hildebrando Andrade, coordenador do MST, disse: “a gente se sente incluído nos projetos do Governo. Este é um momento mais que especial por que inclui a agricultura familiar, trabalhadores do campo e da cidade”.

Mais 1.369 empregos

Presidente do grupo Guararapes, Flávio Rocha participou do ato de forma virtual e considerou o RN Cresce + “um marco para recuperar nossa capacidade competitiva. Renova capacidade de luta para disputar espaço na economia neste momento pós-Covid-19. O RN tem vocação natural para a cadeia têxtil, podemos transformar a nossa realidade levando prosperidade para o Estado. Anuncio agora que vamos gerar mais 1.369 empregos a partir de outubro. A governadora conte conosco neste novo momento de retomada da economia”.

MEDIDAS DE INCENTIVOS

● Tributação: programa de refinanciamento de dívidas (REFIS) para débitos até julho de 2020; Lei Geral do Simples Nacional para incentivo à pequena empresa; lei para estender parcelamento de empresas em recuperação judicial; postergação do credenciamento de ofício até dezembro/2020 para dilatação do prazo de pagamento do ICMS antecipado; prorrogação da certidão negativa até dezembro/2020; prorrogação até dezembro/2020 da inclusão nos Regimes Especiais de empresas com débito até agosto, sendo quitados até o fim do ano; isenção de taxas para empresas abertas até dezembro/2020.

● Indústria: classificar indústria têxtil como relevante no PROEDI

● Petróleo: diferimento do ICMS do petróleo nas operações internas

● Turismo: manutenção do benefício para empresas aéreas, sem contrapartida, até dezembro/2020; prorrogação da redução do ICMS de energia para setor hoteleiro até dezembro/2021; convênio SET-Setur-Emproturn via Nota Potiguar;

● Comércio: retirada de vinhos na substituição tributária para melhorar competitividade das empresas locais; retirada de autopeças da substituição tributária.

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Guararapes vai sair do RN? Flávio Rocha afirma que não e anuncia geração mais de mil empregos

Flávio Rocha anuncia mais investimentos da Guararapes no RN (Foto: reprodução/Blog do Barreto)

Em vídeo gravado hoje o empresário Flávio Rocha pôs fim aos boatos que surgiram logo após o anuncio do fechamento da fábrica da Hering no Rio Grande do Norte de que a Guararapes deixaria o Estado.

Flávio não só reforçou a permanência dos seus negócios no Rio Grande do Norte como elogiou a governadora Fátima Bezerra (PT) e anunciou 1.300 novas vagas de emprego no Estado.

Confira o vídeo:

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Por que a Hering está deixando o RN?

Hering está deixando o RN (Foto: divulgação)

A Hering anunciou que está fechando a fábrica no Rio Grande do Norte. Logo começou uma gritaria de setores da imprensa, que inclusive aplaudiram a venda dos campos maduros da Petrobras que resultará em menos empregos e impostos.

Mas por que a empresa está saindo do Estado? Pesquisamos e constatamos que a Hering vem passando por uma grave crise que se agravou com a pandemia do novo corona vírus.

No final de maio já havia registros que a marca teria tido uma de 89,2% em seus lucros no primeiro trimestre (https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2020/05/28/lucro-da-cia-hering-desaba-89-no-1-tri-com-fechamento-de-lojas.htm).

Ainda no final de maio a empresa decidiu encerrar as atividades da marca PUC, de moda infantil (https://www.nsctotal.com.br/colunistas/pedro-machado/hering-decide-tirar-a-marca-infantil-puc-do-mercado).

Não foi só no Rio Grande do Norte a empresa decidiu fechar fábricas. Em agosto a de Anápolis (GO) anunciou que estava encerrando suas atividades (https://portal6.com.br/2018/08/11/apos-21-anos-fabrica-da-hering-esta-encerrando-as-atividades-em-anapolis/).

Mas não é só por causa da pandemia que a empresa está mal das pernas. Ano passado já havia registros na queda de seus lucros (https://www.terra.com.br/economia/cia-hering-lucro-liquido-e-ebitda-recuam-mais-de-20-no-2-trimestre,b510b4a9f0c4a7bfe5999861f9cdfce609zizq1d.html).

Hoje a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) divulgou nota explicando que a saída da empresa se deu por um reposicionamento do mercado e se comprometendo em atrair novos clientes para as oficinas de costura do interior potiguar.

Segue abaixo:

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Governo lança programa de incentivo ao crescimento econômico

Projeto envolveu várias secretarias (Foto: Daniel Herrera)

O Governo do RN lança nesta segunda-feira (21), às 11h, na Escola de Governo, o Plano RN Cresce +, de incentivo à retomada e crescimento da economia potiguar, com ações de curto, médio e longo prazo.

Estão envolvidas as Secretarias de Estado da Tributação (SET), do Desenvolvimento Econômico (Sedec), do Turismo (Setur) e da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape).

O plano prevê uma série de incentivos fiscais, desburocratização e melhoria no ambiente de negócios, com vistas em novos investimentos para a geração de emprego e renda. São medidas que envolvem agropecuária, turismo, mineração, indústria, geração de energia, transportes e comércio, entre outras.

Devido ao evento do lançamento do plano, excepcionalmente, nesta segunda-feira, 21, não haverá coletiva de imprensa na Escola de Governo com a atualização de dados da Covid-19.

SERVIÇO
Lançamento do plano RN Cresce +
Data: 21 de setembro, segunda-feira, às 11h
Local: Escola de Governo Cardeal Dom Eugênio Sales, Centro Administrativo, Natal-RN

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Pandemia, economia brasileira e o Auxílio Emergencial

Coronavoucher: governo prorroga auxílio emergencial por mais 2 meses

Por Pollyanna Rodrigues Gondin*

O Auxílio Emergencial, comumente conhecido como “coronavoucher”, teve seus valores atualizados. Esse benefício foi instituído pela Lei nº 13.982 em 2 de abril de 2020, com a finalidade de diminuir os efeitos econômicos e sociais da pandemia, dando assistência a trabalhadores informais que perderam renda em razão da crise. Seu valor inicial foi de R$600,00, sendo pagas cinco parcelas neste valor. No dia 1 de setembro, este benefício foi atualizado e o Governo Federal decidiu pelo pagamento de mais quatro parcelas de R$300,00.

Você deve estar se perguntando: este valor é suficiente para suprir as necessidades sociais e econômicas de um país em desenvolvimento como o Brasil? O governo brasileiro em um primeiro momento quis “salvar” a economia e forneceu um auxílio de R$600,00. Esse auxílio foi suficiente? Significa que neste momento, a economia brasileira está melhor possibilitando a queda do valor desse auxílio? E os gastos governamentais, devem ser cortados, justificando o menor valor no auxílio?

Bem, essas questões são um pouco peculiares, mas de modo geral, o que temos é uma possível recessão pela frente, já sinalizada pela queda de 9,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo semestre deste ano. Para além disso, é importante mencionar que a taxa de inflação está em 2,31%, valor abaixo da meta de 4%, o que demonstra que a demanda brasileira segue enfraquecida. Menor salário, reflete em menor consumo. Com o consumo menor, as empresas produzem menos, e consequentemente, demitem mais funcionários. Isso mencionando questões econômicas, que é o que tem gerado grande debate. Aliado a isso, temos um alto índice de infectados e mortos, demonstrando que as medidas adotadas até o momento não salvaram a economia e nem mesmo a saúde da população.

Apesar disso, poderia se argumentar que ao reduzir a taxa de juros Selic para 2%, o governo tem como finalidade estimular o consumo da população e investimento produtivo das empresas (crédito mais barato). Entretanto, como consumir sem dinheiro? Assim, aliar políticas expansionistas para aumentar o consumo é um caminho que deveria ser adotado. Políticas fiscal e monetária deveriam ser aliadas, propiciando a possibilidade da população manter seu consumo e fazer frente a suas necessidades.

Deste modo, o novo valor do auxílio é suficiente? Podemos afirmar que não. Ah, mas o governo não deve controlar seus gastos? Neste momento de crise, o governo poderia sim, deixar suas metas fiscais em segundo plano para socorrer a economia e a população de fato. É o que já foi feito em outros momentos da história mundial. Mas, e a inflação? Se possuímos capacidade produtiva ociosa, ou seja, se existem pessoas desempregadas, ao aumentar seus gastos na economia, o governo não irá causar aumento descontrolado dos preços. Assim, aumentar o valor do auxílio poderia melhorar o consumo, diminuindo os efeitos econômicos que têm sido drásticos no nosso país.

*É economista e professora do Centro Universitário Internacional Uninter.

 

Este artigo não representa a mesma opinião do blog. Se não concordar, faça um rebatendo que publique como uma segunda opinião sobre o tema.

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Comércio varejista do RN cresce acima da média nacional

O volume de vendas do comércio varejista potiguar cresceu 6,2% em julho deste ano. O resultado superou a média do Brasil (5,2%) no mês. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE.

 

A maioria das unidades da federação apresentaram crescimento no volume de vendas em julho em relação ao mês anterior, o que se verificou em 21 das 27 UFs. Do total, 13 unidades cresceram mais que a média do Brasil.

Em comparação com o mesmo período de 2019, entretanto, as vendas do varejo permanecem negativas no Rio Grande do Norte. No acumulado de janeiro a julho, o resultado de 2020 também é inferior ao mesmo período de 2019.

Em relação a julho de 2019, o volume de vendas de julho de 2020 teve uma variação negativa de 2,6%. Essa foi uma das três maiores retrações do Brasil ao lado da Bahia (- 2,7%) e de Sergipe (- 3,9%).

Varejo ampliado

O comércio varejista ampliado do Rio Grande do Norte também cresceu mais que a média nacional: 9,5% em julho em comparação a junho. A média brasileira foi de 7,2%. O volume de vendas variou positivamente em 25 das 27 unidades da federação. Além do varejo, o comércio varejista ampliado é composto pelos segmentos de material de construção e “veículos e motocicletas, partes e peças”.

Síntese de Julho

Comércio

Período

Varejo

Varejo ampliado

Volume de vendas

Receita nominal

Volume de vendas

Receita nominal

Julho/junho

6,2%

7,1%

9,5%

9,8%

Julho 2020/julho 2019

– 2,6%

2,4%

– 2,4%

2,6%

Acumulado 2020

– 7,8%

– 3,1%

– 9,7%

– 5,1%

Acumulado 12 meses

– 4%

0,1%

– 5,1%

– 1,1%

Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal do Comércio

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RN tem segunda maior queda no setor de serviços do país em julho

O volume de serviços do Rio Grande do Norte teve redução de 1,3% em julho na comparação com junho, a segunda maior do Brasil. Outros cinco estados apresentaram retração em no mês: Ceará (- 2,5%), Mato Grosso (- 0,9%), Bahia (- 0,9%), Piauí (- 0,8%) e Acre (- 0,5%).

As demais unidades da federação tiveram crescimento do volume de serviços em julho, o que resultou no crescimento da média do Brasil (2,6%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE.

Na comparação com julho de 2019, o volume de serviços do Rio Grande do Norte teve uma queda de 28,4%, a maior do Brasil. Nessa análise, 25 unidades da federação tiveram variação negativa, enquanto a retração média brasileira foi de 11,9%.

No acumulado de janeiro a julho, o Rio Grande do Norte segue a tendência de queda nacional em relação ao mesmo período de 2019. Com retração de 16,9%, o estado potiguar teve a quarta maior queda entre as unidades da federação. Apenas Alagoas (-19,0), Bahia (-18,0) e Piauí (-17,8) tiveram quedas mais acentuadas. Rondônia foi o único estado que apresentou variação positiva, 3,9%. Nesta análise, o Brasil acumula perda de 8,9%.

Na série histórica dos acumulados do ano (janeiro a julho) do Rio Grande do Norte, o estado também registrou o resultado mais negativo no acumulado do ano desde 2012, início da PMS.

Síntese do RN: julho de 2020

Serviços

Período

Volume de serviços

Receita nominal de serviços

Julho/Junho

– 1,3%

– 1,1%

Julho 2020/julho 2019

– 28,4%

– 25,9%

Acumulado 2020

– 16,9%

– 14,3%

Acumulado 12 meses

– 9,4%

– 7,3%

Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal de Serviços

 

 

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Secretário aponta recuperação da arrecadação do ICMS no RN

Aldemir apresenta números positivos da economia do RN (Foto: José Aldenir/Agora RN)

Nas redes sociais o secretário de planejamento Aldemir Freire apontou que o Governo do Rio Grande do Norte voltou a arrecadar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) num patamar anterior ao da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.

Apesar deste bom resultado a cota do RN no Fundo de Participação dos Estados (FPE) teve queda de 13,3%.

Ele aponta que o Rio Grande do Norte vem registrando índices de recuperação nas vendas do comércio varejista acima da média nacional.

Para ele isso é fruto da estratégia de priorizar a saúde das pessoas durante a pandemia (o Rio Grande do Norte é o Estado que mais reduziu óbitos no país) sem descuidar da economia.