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Garibaldi avisa que segue na vida pública

Garibaldi segue na política (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Aos 71 anos o senador Garibaldi Alves Filho (MDB) avisou em artigo publicado em vários veículos de comunicação da capital que segue na vida pública.

Governador do Rio Grande do Norte duas vezes, ex-presidente do Senado, senador de três mandatos, prefeito de Natal e deputado estadual em quatro oportunidades, Garibaldi ainda pode disputar eleições.

Ele também foi presidente do Senado entre 2008 e 2009.

Nas últimas eleições ele foi o quarto colocado com 376.199 votos não conseguindo a reeleição.

Em 2022 Garibaldi terá 75 anos.

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Agripino e Garibaldi se despedem do Senado sem autocrítica

Agripino e Garibaldi não descartam voltar

Os senadores José Agripino Maia (DEM) e Garibaldi Alves Filho (MDB) se despediram do Senado com discursos emocionados em que falaram que seguem na vida pública.

Faltou autocrítica.

O povo rejeitou a dupla que liderou a política potiguar por mais de 30 anos. Garibaldi ficou num humilhante quarto lugar e Agripino foi rebaixado a condição de suplente de deputado federal.

Nos discursos so faltaram chamar o povo do Rio Grande do Norte de ingrato.

“Tenho orgulho de dizer que a minha trajetória representou o cumprimento de todos os compromissos que assumi com os cidadãos, desde o princípio, sobretudo os do meu estado. De forma suprapartidária, sempre coloquei o Rio Grande do Norte em primeiro lugar”, disse Garibaldi.

“Minha vida pública é pautada pela correção, seriedade e pelo serviço prestado, seja nas causas do meu estado, seja nas causas do Brasil. Agora, os caminhos da pátria passam pela terra de cada um de nós e, para mim, será sempre o Rio Grande do Norte”, declarou Agripino.

A julgar pelos discursos o tempo pós-eleição não serviu para os senadores refletirem pelas omissões e indiferenças em relação aos interesses do povo potiguar.

Mas deixam nas entrelinhas que querem voltar.

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Reforma da previdência é trunfo para derrotados da bancada federal. General os classifica como “zumbis”

Os membros da bancada federal do Rio Grande do Norte derrotados nas eleições 2018 apostam numa aproximação com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ocupar espaços necessários na administração para ganhar sobrevida política.

O trunfo é a reforma da previdência.

O presidente eleito quer aprovar a medida ainda em 2018, mas admite que essa possibilidade é difícil.

Hoje o futuro chefe da casa civil Onyx Lorenzoni se reunirá com líderes do Congresso Nacional para discutir o assunto.

José Agripino (DEM) já cotado para assumir o Departamento de Obras Contra as Secas (DNOCS). Rogério Marinho (PSDB) também apareceu lembrado para cargos na futura administração.

O senador Garibaldi Alves Filho (MDB) por enquanto não foi lembrado para nada.

Os derrotados em 2018 sabem que se a reforma da previdência ficar para o ano que vem eles serão completamente ignorados.

ZUMBIS

No Twitter o general Eliezer Girão Monteiro (PSL), deputado federal eleito, zombou dos derrotados de 2018. A declaração foi repercutir no Blog Diário Político (ver AQUI). ““Que a velha política está morta. Os caciques tradicionais não reeleitos parecem zumbis perambulando pelo Congresso e os fichas sujas reeleitos sabem que não irão muito longe”, declarou.

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Uma votação no Senado que explica a eleição do RN

O Senado aprovou por 41 x 16 o aumento de 16,38% para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Procuradoria-Geral da República (PGR). Os salários da elite do funcionalismo público sobem de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil gerando um efeito cascata em todas as esferas de poder.

Do Rio Grande do Norte, dois senadores votaram a favor da proposta: José Agripino (DEM) e Garibaldi Alves Filho (MDB). O primeiro tentou ser eleito deputado federal, mas ficou na segunda suplência da coligação. O segundo tentou a reeleição terminando num humilhante quarto lugar.

Só Fátima Bezerra (PT) votou contra a medida. A petista foi eleita governadora com a maior votação da história do RN para a chefia do executivo estadual.

Os oligarcas mostram mais uma vez que não entendem a necessidade de se manter em sintonia com os anseios populares.

A votação resume explica com requintes de crueldade o resultado eleitoral do Rio Grande do Norte.

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Garibaldi e Agripino e a velha roupa colorida

Garibaldi e Agripino ficarão sem mandato por decisão do eleitor pela primeira vez

“Você não sente nem vê

Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo

Que uma nova mudança em breve vai acontecer

E o que há algum tempo era jovem e novo, hoje é antigo

E precisamos todos rejuvenescer”

Na música Velha Roupa Colorida o genial Belchior trava uma dialética entre o velho e o novo. Ouvindo ela no carro hoje enquanto me dirigia ao trabalho lembrei de que quando pesquisava os jornais dos anos 1980 para o trabalho, que resultou no livro Os Rosados Divididos, que os então jovens e promissores Garibaldi Alves Filho e José Agripino Maia apareciam como o futuro do Rio Grande do Norte.

Agora faz apenas cinco dias que eles conheceram a segunda derrota de suas respectivas carreiras e pela primeira, por decisão do eleitor, vez ficarão sem mandato em mais de 30 anos.

Há 40 anos eles eram o novo, a renovação da história política das famílias Alves e Maia que já dividiam a política no Rio Grande do Norte. Garibaldi sucedeu o tio Aluízio, ex-governador, em carisma popular.

A força de Aluízio se dividiu em dois herdeiros Garibaldi com as qualidades citadas acima e o filho Henrique Alves ficando com a reconhecida capacidade de articulação.

José Agripino deu um toque de juventude e fôlego ao clã Maia herdando a estrutura política montada durante a ditadura militar pelo pai, Tarcísio.

As carreiras de Agripino e Garibaldi são praticamente idênticas. Os dois foram prefeitos de Natal sendo o primeiro biônico em 1979 e o segundo eleito pelo voto popular em 1985.

Ambos foram governadores duas vezes. 

Agripino eleito em 1982, favorecido pelo voto vinculado, e em 1990 derrotando o primo Lavoisier Maia no segundo turno. Garibaldi eleito e reeleito em 1994 e 98 nesta última impondo a única derrota eleitoral de “Jajá” até domingo.

Líder da oposição e presidente nacional do DEM nos governos petistas, Agripino foi eleito senador em quatro oportunidades (1986, 1994, 2002 e 2010). Garibaldi em outras três (1990, 2002 e 2010) sendo presidente do Senado entre 2007 e 2008.

Garibaldi ainda foi ministro da previdência, um dos mais bem avaliados, inclusive.

Mas o que levou os dois principais líderes políticos do Rio Grande do Norte a uma derrota humilhante como a do último domingo? A letra de Belchior da abertura deste artigo diz muito: “o que há algum tempo era jovem e novo, hoje é antigo e precisamos todos rejuvenescer”.

Agripino e Garibaldi não perceberam ao longo dos últimos anos que uma nova mudança ia acontecer e não se atualizaram. Se mantiveram presos às velhas práticas de sempre apostando tudo na velha política de compadrio, distribuição de emendinhas para segurar apoios de prefeitos que mais parecem mendigos em busca de recursos federais nas portas dos gabinetes do Congresso Nacional.

A eleição de 2014 deu um recado ignorado pela dupla com as derrotas de seus aliados para Governo e Senado para uma chapa reduzida sob a batuta de Robinson Faria (PSD) e Fátima Bezerra (PT).

Agripino, principalmente, e Garibaldi, um pouco menos, se distanciaram do povo potiguar, não assumiram bandeiras importantes. O primeiro dedicou os últimos oitos anos a destruir o PT focando-se numa atuação que deixou muito de lado os interesses do Rio Grande do Norte. O segundo se acomodou no carisma, no um milhão de votos que recebeu em 2010 e na fama de maior eleitor do sofrido elefante.

Nenhum dos dois moveu uma palha no processo de desinvestimento da Petrobras. Assistiram passivamente o desastre acontecer, apenas para citar uma das grandes pautas do Estado.

Quando 2018 se iniciou eles finalmente já estavam cientes de que teriam pela frente uma eleição complicada. A dupla eleita separada em 2002 e em dobradinha (ou voto casado) em 2010 tinha percebido que seria difícil. Em janeiro, Garibaldi em entrevista no programa Conversa de Alpendre da TCM disse que teria pela frente a eleição mais difícil da vida.

Agripino encontrou na necessidade de tornar o palanque oligárquico menos pesado a saída honrosa para o rebaixamento político à Câmara Federal, mas mesmo assim não deu. Recebeu apenas 64.678 votos e acabou ficando na segunda suplência de deputado federal em sua coligação. A humilhação nas urnas surpreendeu a todos que esperavam que ele fosse um dos mais votados.

É como outro trecho da música que abre este texto:

“No presente, a mente, o corpo é diferente

E o passado é uma roupa que não nos serve mais

No presente, a mente, o corpo é diferente

E o passado é uma roupa que não nos serve mais”

Garibaldi e Agripino foram roupa nova nos anos 1970 e 80 vestindo-se de verde e vermelho, dividindo bacuraus e bicudos pelo Rio Grande do Norte. As roupas se misturaram na máquina de lavar da política que lhes deu uma sobrevida na década passada, mas roupa que ficou colorida ao se misturar e envelheceu e não servia mais para os potiguares que exigem novas práticas e mais atenção dos seus representantes.

Como diz Belchior em outra letra célebre “o novo sempre vem” mesmo para quem sempre amou o passado como o eleitor potiguar.

 

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Garibaldi “leva” surra de saia e de farda com direito a “uma bengalada”

Garibaldi: de maior eleitor do RN à derrota acachapante

O eleitor do Rio Grande do Norte decidiu mudar a forma de representação no Senado. Isso começou em 2014 quando preteriu Wilma de Faria, candidata pela via conservadora, e elegeu Fátima Bezerra. Agora consolida a mudança de perfil de seus senadores ao eleger Capitão Styvenson (REDE) e Zenaide Maia (PHS).

O senador José Agripino (DEM) foi eliminado nas pesquisas e trocou a reeleição pela candidatura a deputado federal que terminou fracassada.

Já Garibaldi Alves Filho (MDB) levou uma surra de saia e de farda com direito a uma bengalada de Geraldo Melo (PSDB) que com 83 anos de idade se desaposentou da política após 12 anos e empurrou o emedebista para o quarto lugar.

O eleitor potiguar decidiu mudar o perfil dos seus representantes e Garibaldi e Agripino sucumbiram com isso.

Garibaldi, outrora maior eleitor do Rio Grande do Norte, sentiu na pele.

Confira os números para o Senado no RN

 

Capitão Styvenson (REDE): 745.827 (25,63%)

Drª Zenaide Maia (PHS):  660.315 (22,69%)

Geraldo Melo (PSDB): 382.249 (13,14%)

Garibaldi Filho (MDB): 376.199 (12,93%)

Antônio Jácome (PODE): 307.399 (10,57%)

Alexandre Motta (PT): 242.465 (8,33%)

Magnólia Figueredo (SD): 114.055 (3,92%)

Telma Gurgel (PSOL):  23.846 (0,82%)

Dr Joanilson (DC): 15.418 (0,53%)

Levi Costa (PRTB): 14.709 (0,51%)

Ana Celia (PSTU): 8.233 (0,28%)

Professor Lailson (PSOL): 7.420 (0,26%)

Napoleão (REDE): 7.166 (0,25%)

João Morais PSTU: 4.291 (0,15%)

Jurandir Marinho PRTB: 0 (0,00%)

Votos: 3.932.900

Votos válidos:  2.909.592 (73,98%)

Brancos: 264.393 (6,72%)

Nulos: 745.686 (18,96%)

Abstenções: 406.098 (17,12%)

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Grupo de Sandra está próximo de definir segundo voto para o Senado

Como em 2010, grupo de Sandra dará segundo voto a Garibaldi

As mágoas aos poucos vão sendo deixadas de lado e as inimizades ponderadas em nome dos interesses em comum. Assim o grupo da vereadora Sandra Rosado (PSDB) não se perdeu no caminho da volta e deve anunciar apoio ao senador Garibaldi Alves Filho (MDB) que tenta a reeleição.

Segundo voto como em 2010.

As negociações estavam emperradas desde as convenções por conta de mágoas passadas e pela parceria política da família Alves com a presidente da Câmara Municipal Izabel Montenegro (MDB), que ora é “amiga de infância” ora “inimiga mortal” do sandrismo.

Mas tudo aos poucos foi sendo deixado de lado. É questão de tempo o anúncio do apoio a Garibaldi que levaria o segundo voto do grupo.

O primeiro voto sempre foi de Geraldo Melo (PSDB).

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Garibaldi falta a debate para não ter que se explicar

Garibaldi ir ao debate seria ruim. Não ir é pior (Foto: autor não identificado)

Hoje teremos um debate histórico envolvendo candidatos ao Senado. Um momento ímpar na política potiguar que será transmitido pela TCM em parceria com a Band Natal. É a hora em que o eleitor poderá comprar propostas e ouvir as satisfações de quem tem mandato.

Mas o senador Garibaldi Alves Filho (MDB) decidiu não ir ao debate. Tudo bem que ele seria o principal alvo dos adversários, mas e daí? Quem entra na política precisa ser capaz de encarar desafios.

Garibaldi está na política desde 1970 quando se elegeu pela primeira vez deputado estadual. Esteve na Assembleia Legislativa entre 1971 e 1985 quando foi eleito prefeito de Natal. Foi governador duas vezes e está no terceiro mandato de senador.

Por que cargas d’água um homem com tanta bagagem temeria um debate com outros candidatos ao Senado? Para não ter que explicar-se?

A segunda pergunta responde a primeira.

Candidato ao Senado mais desgastado e rejeitado, Garibaldi não quer ser obrigado a se explica porque votou a favor da reforma trabalhista, nem porque apoiou o teto de gastos ou porque esteve alinhado 100% com o impopular Michel Temer, presidente acidental imposto após o impeachment tabajara com a colaboração do “Gari”.

Nada mais antigo do que um político que não quer se explicar. Ir ao debate traria problemas para Garibaldi. Não ir traz muito mais.

Vai ser criticado sem poder se defender.

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Zenaide flerta com o voto útil contra oligarquias

Zenaide pode tirar proveito do voto útil

Cada pesquisa desenha uma polarização entre a deputada federal Zenaide Maia (PHS) e o senador Garibaldi Alves Filho (MDB) na disputa pela segunda vaga ao Senado. A tendência é de que o capitão Styvenson Valentim (REDE) siga se desgarrando das duas postulações.

Já tinha escrito (ver AQUI) que essa possibilidade é real e que num confronto direto entre Zenaide e Garibaldi a deputada levaria vantagem por conta do discurso contra as reformas de Temer que ele teve posições 100% opostas as do emedebista.

Outro ponto que deve surgir nos próximos dias é o surgimento do voto útil. Com o quadro de acirramento, o eleitor que antipatiza com as oligarquias e quer ver Garibaldi derrotado migraria o voto para Zenaide como forma de eliminar o emedebista.

O eleitor costuma deixar a definição do voto para o Senado mais para a reta final das eleições. Além disso, parte considerável do eleitorado ainda não sabe que possui duas opções de voto.

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Garibaldi lamenta decisão da Justiça Eleitoral

Por meio de nota o senador Garibaldi Alves Filho (MDB) lamentou a decisão da Justiça Eleitoral que liberou um vídeo que o satiriza nas redes sociais (ver AQUI).

Confira a nota

NOTA

 

A defesa do candidato Garibaldi Filho respeita a decisão proferida pelo TRE/RN, em grau de recurso, mas segue se filiando ao posicionamento da Juíza Auxiliar, que entendeu serem irregulares as propagandas que maculem a honra dos candidatos. A autorização do STF ao uso de paródias não pode ser um subterfúgio ao uso desmedido deste artifício no período eleitoral. O candidato Garibaldi pauta sua campanha em regras morais, que não maculam a honra dos demais candidatos e repudia qualquer conduta que possua tal conotação.