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Filme potiguar concorre a Palma de Ouro de Cannes

Sideral concorre na categoria curta-metragem (Foto: divulgação)

O curta-metragem “Sideral”, premiado na Lei Aldir Blanc RN –  Edital Fomento à Cultura Potiguar 2020, lançado pelo Governo do Estado do RN e Fundação José Augusto na Categoria “Auxilio Produção” dentro do segmento Audiovisual, é o primeiro filme norte-rio-grandense na história a concorrer à Palma de Ouro no Festival de Cannes.

A produção integra a Seleção Oficial de Curtas-Metragens da edição de 2021, sendo um dos dois representantes brasileiros na competição oficial do mais importante festival de cinema do mundo.

O projeto foi realizado com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal, CNC – Centre National du Cinéma et de l’Image Animée. O Festival de Cannes acontece entre os dias 6 e 17 de julho de 2021, no Palais des Festival, na cidade de Cannes, na França.

Crispiniano Neto, diretor geral da Fundação José Augusto, avalia: “A Lei Aldir Blanc no Rio Grande do Norte lançou dez editais, premiou 2800 projetos e concedeu mais 906 auxílios emergenciais. Com um volume de benefícios desta envergadura poderia parecer que privilegiamos a quantidade, mas aqui está a prova da qualidade da produção. A cultura potiguar ganha muito com a presença deste documentário em Cannes”.

Rodado em Ceará-Mirim e Parnamirim

Filmado nas cidades de Natal, Ceará-Mirim e Parnamirim, “Sideral” é o novo trabalho do diretor Carlos Segundo em parceria com a Casa da Praia Filmes. Esta é a primeira vez que um filme potiguar concorre à Palma de Ouro no Festival de Cannes, integrando a Seleção Oficial de   Curtas-Metragens da edição de 2021.

“Sideral” é uma ficção que se desenvolve em torno do histórico dia do lançamento do primeiro foguete tripulado brasileiro na base aérea de Natal e como isso afeta a vida de Marcela, Marcos e seus dois filhos.

Sobre a obra, Carlos Segundo, professor titular no curso de Audiovisual da UFRN, comenta: “Sideral é um filme que passeia de forma sutil por diferentes temas, podendo ainda ser considerada uma obra tragicômica. O filme transita entre os campos poético e realista, conseguindo com isso convergir elementos técnicos e estéticos de uma forma muito singular. É uma obra que só poderia ter sido realizada aqui”.

Genuinamente potiguar

Com produção brasileira de Mariana Hardi e de Pedro Fiuza, através da Casa da Praia Filmes, “Sideral” foi parcialmente financiado pela Lei Aldir Blanc do estado do Rio Grande do Norte. É um filme genuinamente do RN com equipe e elenco de profissionais potiguares, estrelado por Priscilla Vilela e Enio Cavalcante.

Para Hardi: “É um orgulho imenso sermos selecionados no mais importante festival de cinema do mundo, produzindo com recursos locais, além de equipe técnica e artística formada por pessoas que já trabalham no mercado do audiovisual potiguar e que têm construído suas carreiras aqui. É um atestado do nosso potencial, capacidade e sustentabilidade”.

Importância da Lei Aldir Blanc RN

Para Pedro Fiuza a indicação do filme à Palma de Ouro também é um marco histórico e uma chance de refletirmos sobre investimentos em arte e cultura: “Em meio a uma pandemia e frente a várias crises, foi possível realizar o filme, evidenciando a importância da Lei Aldir Blanc e do investimento em cultura no país. Isso nos mostra que o Rio Grande do Norte e o Brasil têm toda a qualidade profissional e artística e que, se reconhecidos por políticas públicas e pela sociedade, também serão reconhecidos internacionalmente. Estamos fazendo história com essa seleção inédita para o RN, mas nossa obra não tem fronteiras artísticas e por isso podemos dizer que também somos o Brasil em Cannes.”

“Sideral” é uma coprodução internacional entre as empresas brasileiras Casa da Praia Filmes, O Sopro do Tempo e a francesa Les Valseurs, repetindo a parceria do longa “Fendas”, também dirigido por Segundo e lançado em 2019 no FID Marseille (o longa-metragem tem previsão de estreia comercial na França no final de julho de 2021). A estreia comemora ainda os dez anos da Casa da Praia Filmes, produtora fundada e sediada em Natal.

Produtora

Fundada em 2011 em Natal/RN, faz filmes pensando em cinema artístico, político e crítico. Em 10 anos lançou 15 obras incluindo 07 curtas e 01 longa, com destaque para “Sideral” (74º Festival de Cannes), “Fendas” (30º FID Marseille; 43ª Mostra de São Paulo) e “Vai Melhorar” (31º Curta Kinoforum; indicado ao 20º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro). Também trabalha outros formatos como dramaturgia audiovisual para teatro, tendo o Grupo Carmin como maior parceiro, com destaque para o espetáculo “A Invenção do Nordeste” (31º Prêmio Shell).

Fonte: Assecom/RN

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Mandato de Isolda organiza oficina com treinamento para prestação de contas da Lei Aldir Blanc

O mandato da deputada estadual Isolda Dantas em parceria com Ronaldo Costa, Coordenador de Editais e Crispiniano Neto, Presidente da Fundação José Augusto (FJA), realizou a 1ª oficina de Prestação de Contas da Lei Aldir Blanc. A partir da iniciativa da deputada cerca de 100 agentes culturais de Natal, Mossoró e Currais Novos,  pôde tirar dúvidas e ter acesso a orientações básicas para os procedimentos de prestação de contas  dos projetos participantes dos editais e chamadas públicas realizadas pelo Estado do RN.

Com a aplicação dos recursos da Lei no Rio Grande do Norte, a Fundação José Augusto, lançou editais destinando R$ 32 milhões para auxílio emergencial específico às categorias artísticas. O plano de aplicação foi elaborado pelo Comitê Estadual Gestor dos Recursos – criado por decreto pela governadora Fátima Bezerra – da Lei Federal de Emergência Cultural, aprovada em 29 de junho deste ano, que ficou conhecida como Lei Aldir Blanc.

O plano de aplicação previa R$ 15 milhões distribuídos como renda mensal aos trabalhadores da cultura a serem pagas em 3 parcelas no valor de R$ 600 para cada beneficiário. O valor de R$ 17,13 milhões foi para custeio de editais, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural e para o fomento da economia criativa e economia solidária. “A pandemia trouxe redução da atividade econômica e os setores da Cultura e do Turismo foram dois dos mais afetados. Sempre fui sensível a este setor, inclusive, como parlamentar. Eu sei como é difícil acessar recurso público, mas nós temos que continuar lutando por mais recursos. Gostaria de lembrar que o meu mandato está a disposição para contribuir com a prestação de contas, com os artistas, com a cultura do Rio Grande do Norte”, afirmou a deputada.

Lista de editais liberados e valores aplicados pelo Governo do Rio Grande do Norte:

Prêmio Cultura Popular de Tradição – Valor: R$ 3,01 milhões

Programa de Apoio a Microprojetos Culturais – Valor: R$ 4,08 milhões

Formação e Pesquisa – Troca de Saberes à Distância – Valor: R$ 1,5 milhão

Projetos Culturais Integrados e Economia Criativa – Valor: R$ 1,3 milhão

Prêmio Sabores, Saberes e Fazeres – Valor: R$ 700 mil

O presidente da Fundação José Augusto, órgão responsável pela política cultural do Estado, Crispiniano Neto, parabenizou a deputada pela iniciativa em facilitar a prestação de contas e lembrou que o mandato de Isolda tem sido muito propositivo à cultura do RN.

Nota Potiguar

Isolda solicitou em sessão virtual da Assembleia Legislativa que os recursos do programa Nota Potiguar sejam direcionados para o Fundo Estadual de Cultura a ser investido na elaboração de projetos culturais.

“A pandemia impôs dificuldades gigantescas para nossos artistas e é preciso mais apoio para a cultura”, concluiu a deputada.

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Fundação José Augusto prorroga inscrições para editais da Lei Aldir Blanc

Editais têm inscrições prorrogadas (Foto: Elisa Elsie)

A Fundação José Augusto (FJA) prorrogou até 12 de novembro as inscrições para cinco editais da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (Lei Federal nº14.017/2020).

Os interessados terão até a próxima quinta-feira (12/11) para inscrever seus projetos nos editais Prêmio Cultura Popular de Tradição; Projetos Culturais Integrados e Economia Criativa; Programa de Apoio a Microprojetos Culturais; Formação e Pesquisa – Troca de Saberes à Distância; e Prêmio Sabores, Saberes e Fazeres. As Inscrições serão feitas através de um e-mail criado para cada edital, disponibilizados no site www.cultura.rn.gov.br.  O resultado final será publicado em 7 de dezembro.

A prorrogação do prazo foi motivada pela necessidade de aumentar a mobilização dos potenciais proponentes, garantindo uma participação mais ampla e inclusiva dos segmentos artístico-culturais do RN. Ao todo são dez editais lançados pelo Governo do RN para a Lei Aldir Blanc, totalizando a destinação de recursos no valor de R$ 18,871 milhões.

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Parceria entre MPF e Governo do Estado rende economia de R$ 4 milhões aos cofres públicos

O Ministério Público Federal (MPF), o governo do Rio Grande do Norte e o Tribunal de Contas estadual (TCE/RN) identificaram, em uma primeira análise, mais de 2,4 mil pedidos irregulares para recebimento da renda básica emergencial, auxílio destinado a trabalhadores da cultura. O resultado é uma economia de mais de R$ 4 milhões aos cofres públicos, apenas um mês após a assinatura de termo de cooperação entre os órgãos.

Das mais de 5,3 mil requisições da renda básica, aproximadamente 45% foram pedidos indevidos. A principal irregularidade detectada foi de trabalhadores que já recebem o auxílio emergencial, que se repetiu em 75% dos pedidos indeferidos, correspondentes a 37% de todos que requisitaram o benefício. Além disso, aproximadamente 500 pessoas são servidores públicos e mais de 100 tiveram rendimento em 2018 superior ao permitido. Vale ressaltar que cerca de 200 requerentes incorreram em mais de uma irregularidade simultaneamente.

O procurador da República Fernando Rocha destaca que esse é apenas o resultado inicial da apuração a partir da análise da ferramenta criada. “Além desses quase 50% já apurados, há possibilidade de identificação de outros requerentes que não têm o perfil para obter o benefício. Nesses casos, é provável que outros benefícios sejam negados por incompatibilidade. Tudo isso de forma célere e segura, evitando prejuízo milionário aos cofres públicos”, explicou.

A identificação dos casos foi possível com o desenvolvimento de um painel de Business Intelligence (BI) – sistema de informação com inteligência artificial – específico para o cruzamento e análise de dados dos beneficiários. Integram o sistema as bases de dados da Fundação José Augusto (FJA), secretarias do Planejamento e Finanças, da Administração, da Tributação e da Administração Penitenciária, Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), Departamento Estadual de Trânsito – Detran/RN, TCE/RN, além da Caern e Cosern.

Também será disponibilizada uma página em que o requisitante poderá consultar o status do pedido e, se for o caso, verificar os motivos da negativa.

Renda básica 

O auxílio específico para os trabalhadores do setor cultural está previsto na Lei Aldir Blanc (Lei 14.017, de 29 de junho de 2020). Podem receber o benefício de ao menos três parcelas de R$ 600 os profissionais do setor que tiveram as atividades paralisadas durante a pandemia. O valor é o dobro para mulheres provedoras de família. É necessário ter mais de 18 anos e renda pessoal de até meio salário mínimo, ou renda familiar de até três salários. Profissionais que já receberam o auxílio emergencial não poderão acumular os benefícios.

Fonte: MPF

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Prazo de inscrições de propostas para a Lei Aldir Blanc termina amanhã

Edital 005 tem R$ 1.337.000,00 em prêmios (Foto: Secom/PMM)

O prazo para a apresentação de propostas e documentações dos projetos artísticos-culturais, que concorrem aos prêmios do edital 005, se encerra nesta terça-feira, 13. Devido aos prazos, neste feriado de 12 de outubro, a Secretaria Municipal da Cultura realizou atendimento especial, com objetivo de atender à demanda da Lei Aldir Blanc.

O horário excepcional de expediente é uma oportunidade para que a classe artística não fique sem participar. “Nós estamos aqui justamente para tirar dúvidas, esclarecer o que for preciso e dar esse auxílio aos artistas para que eles possam desfrutar dos benefícios da Lei”, destacou a técnica da Secretaria de Cultura, Joriana Pontes.

O artista plástico Marcos Fernandes de Oliveira destacou que ficou sabendo do benefício da Lei Aldir Blanc e veio até o Teatro Dix-huit Rosado, onde está funcionando temporariamente a Secretaria Municipal de Cultura, para mais informações sobre o processo. “Vim procurar informações sobre qual seria a documentação correta. Ainda estou com algumas coisas faltando, mas já vou providenciar. A expectativa é ser selecionado e contemplado”, disse.

O valor das premiações referentes ao edital 005 é de R$ 1.337.000,00, para um total de 221 prêmios, nas áreas de artes visuais, literatura, tecnologias digitais, patrimônio cultural, cultura popular, música, ciências, audiovisual e formação.

Fonte: Secom/PMM

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Governo e Prefeitura de Mossoró se preparam para cumprir Lei Aldir Blanc

Governadora lançou ontem programação da Lei Aldir Blanc (Foto: Sandro Menezes)

A Lei Aldir Blanc de socorro aos artistas já está em vigor e começa a ser cumprida pelo Governo do Rio Grande do Norte e Prefeitura de Mossoró.

O Governo anunciou que dos R$ 32 milhões destinará R$ 17,13 milhões para o custeio dos editais. O restante dos recursos, cerca de R$ 15 milhões, será distribuído como renda mensal aos trabalhadores da cultura no Estado, que serão pagas em três parcelas no valor de R$ 600,00 a cada beneficiário por meio da Plataforma Mais Brasil e do sistema BB Gestão Ágil.

É preciso que os recursos cheguem rapidamente aos beneficiários. Cadastramos 5 mil pessoas físicas. Em primeiro lugar vamos pagar o auxílio emergencial em três parcelas de R$ 600,00. Outra parte dos recursos serão aplicadas na promoção de apoio e incentivo cultural. O prazo para aplicação é até dezembro próximo. Vamos dar celeridade, com toda segurança, para evitar distorções e fraudes. Agradeço aos órgãos de controle e ao Ministério Público pela colaboração nesta área”, declarou a governadora Fátima Bezerra (PT).

Já a Secretaria Municipal de Cultura programou para hoje reunião no Palácio da Resistência e coletiva de imprensa para tratar sobre os editais do inciso III da Lei Aldir Blanc.

Aproximadamente R$ 1 milhão de reais e serão destinados aos editais que vão selecionar projetos culturais. O restante dos quase R$ 2 milhões serão para o auxílio aos profissionais de cultura.

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Assembleia realiza debate sobre aplicação da Lei Aldir Blanc no RN

A Assembleia Legislativa do RN debateu, na manhã desta sexta-feira (28), a aplicação e destinação dos recursos oriundos da Lei Aldir Blanc no Rio Grande do Norte. Pontos como os critérios, prazos, cobertura, participação popular e outros, foram abordados em audiência pública realizada através de videoconferência e transmitida ao vivo pela TV Assembleia (canal 51.3 da tv aberta). Para o deputado Ubaldo Fernandes (PL), que promoveu a discussão entre secretários de Cultura do Estado e da Prefeitura Municipal de Natal, além de representantes de associações e entidades culturais interessadas no tema, é preciso esclarecer as dúvidas na aplicação dos recursos a serem aplicados pela gestão no RN.

“Sabemos que o segmento da cultura é um dos mais prejudicados pela pandemia. Esse auxílio será de grande importância, mas precisamos acompanhar e explicar melhor sobre como os artistas poderão ter acesso a esses recursos e como serão contemplados. Temos que tirar a dúvida que todos têm, que é como será feita a partilha”, destacou o parlamentar.

Representando o Comitê Estadual da Lei Aldir Blanc, o controlador-geral do Estado, Pedro Lopes, destacou a participação do RN na construção dessa Lei e explicou suas linhas de ação. “A pandemia trouxe problemas na geração de empregos e o que acontece no RN acontece em todo o mundo. Estamos na fase de enfrentamento dessa causa e a lei nacional tem um tijolo do nosso governo e toda sua equipe. Quero salientar que o projeto envolve três ações: a renda básica emergencial, o subsídio mensal para manutenção de espaços artísticos e culturais e a publicação de editais para aquisição de bens e serviços”, pontuou.

O coordenador de projeto na articulação institucional da Fundação José Augusto, Aluízio Matias dos Santos, citou, entre outros pontos, o anseio dos trabalhadores da cultura. “É importante que o governo faça a articulação com todos os municípios do RN para que nenhum fique sem receber esse recurso e seus trabalhadores, consequentemente, fiquem sem receber”, disse.

A atenção que vem sendo dado às pessoas que receberão o auxílio, visando a contemplação das pessoas que realmente sejam do setor cultural, foi explicado pelo presidente da Fundação José augusto, Crispiniano Neto. “Já temos mais de quatro mil cadastrados, mas no primeiro pente fino, caíram em torno de 600. Isso porque tem gente que não está enquadrada nos critérios”, explicou.

Dácio Galvão, presidente da Fundação Capitania das Artes (Funcart), fez um panorama geral dos trabalhos em torno dos assuntos pertinentes à lei e falou da “possibilidade de até o dia 10 ou 11 de setembro, ter o dinheiro na conta dos beneficiados para poder alavancar o processo de ação efetiva de ação junto aos trabalhadores da cultura”.

Miris Barbosa de Oliveira, Tatiana Fernandes e Rodrigo Bico também participaram do debate. Presidente da Fundação de Cultura Dona Militana de São Gonçalo do Amarante, Miris destacou que o município vai receber R$ 718 mil e a articulação para se chegar a um consenso sobre as aplicações desses recursos. “Nossa preocupação é que ele chegue ao destino final: os artistas e instituições que estão sendo afetadas nesse momento de pandemia”, disse.

Tatiana Fernandes, fundadora-membro da Comissão Executiva do Fórum Potiguar de Cultura, destacou a cultura como “um direito básico da população” e apontou a necessidade da cultura ser tratada como um setor produtivo. “Pouco se fala sobre o que nosso segmento tem para o desenvolvimento econômico do Estado”, disse.

Rodrigo Bico, representando a Rede Potiguar de Teatro, questionou a brevidade dos prazos. “Como o diálogo está sendo trabalhando para dar celeridade e para que os resultados sejam divulgados, os artistas contratados e os objetos sejam entregues sem sufoco em um período compreendido entre 25 e 31 de dezembro, por exemplo”, disse. O representante da Liga de Quadrilhas do Rio Grande do Norte, Rafael Alves, e o assessor da deputada Eudiane Macedo, Nicolau Neto, destacaram a importância da Lei e dos debates, mas chamaram a atenção para os debates saírem das discussões e se transformarem em ações efetivas.

O diretor de Políticas Culturais, Josenilton Tavares, a Chefe do Núcleo de Audiovisuais e Novas Mídias, Anayde Targino, e Odinelha Targino, diretora de Programas, Projetos e Eventos Culturais, todos da Funcarte, também participaram do debate.

A Lei Federal nº 14.017/2020 – que recebeu a denominação de Lei Aldir Blanc – foi publicada no final de junho e dispõe sobre ações emergenciais destinadas ao setor cultural, a serem adotadas durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo n°6, de 20 de março passado.

Com a aprovação da Lei Aldir Blanc para cultura, o Rio Grande do Norte vai receber recursos de incentivo aos artistas, grupos e espaços culturais, o valor médio estipulado para o RN foi de R$ 32,5 milhões. Além desse recurso destinado ao estado, os municípios do RN também receberão valores vindos diretamente da União para cada cidade. Os recursos deverão contemplar os segmentos por meio de renda emergencial mensal; por subsídio mensal para manutenção de espaços culturais; e ações de incentivo à produção cultural.

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Profissionais do ramo de eventos pedem socorro

Profissionais aguardam apoio do poder público (Foto: cedida)

Um grupo de profissionais que trabalham com eventos fez duas manifestações no último final de semana. A primeira foi na sexta-feira à noite e a segunda no sábado pela manhã.

O grupo reivindica o retorno das atividades de forma gradual, a derrubada do veto do projeto que destina 10% dos recursos do Mossoró Cidade Junina para eventos culturais e transparência na aplicação dos recursos de Lei Aldir Blanc. Além de agilidade na celebração de parcerias com o poder público.

Há 100 dias que a classe artística de Mossoró definha com a suspensão das atividades em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Muitos não puderam ir às manifestações por falta de condições para deslocamento.

O manifesto não envolve apenas artistas da linha de frente como músicos e cerimonialistas, mas também trabalhadores dos bastidores que fazem a montagem dos palcos, fotógrafos, cinegrafistas e cozinheiros.

Confira as fotos das duas movimentações na galeria abaixo.