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Governadora reconduz procurador de contas do TCE ao cargo

A governadora Fátima Bezerra oficializou nesta sexta-feira (29) a recondução de Luciano da Silva Costa Ramos ao cargo de Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). A nomeação será publicada no Diário Oficial do Estado deste sábado (30) e marca o quarto mandato do procurador no posto.

Durante o anúncio, Fátima Bezerra destacou a trajetória de Luciano Ramos e a relevância do trabalho conjunto entre o Executivo e o Ministério Público de Contas.

Luciano Ramos foi aprovado, por unanimidade, no plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte em 10 de setembro, após indicação confirmada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A aprovação ocorreu por meio de decreto legislativo, encaminhado para nomeação pela governadora.

O procurador já exerceu o cargo em outros três mandatos, nos períodos de 2013-2014, 2015-2016 e 2022-2022. Durante sua trajetória, também presidiu o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público de Contas (CNPGC) e atuou como vice-presidente da entidade para a região Nordeste em 2016.

Com a nomeação oficializada, o Conselho Superior do Ministério Público será informado para providenciar a posse de Luciano Ramos, que assumirá para um novo biênio. O Ministério Público de Contas do Rio Grande do Norte foi instituído em 1973 e atua como fiscal da lei na defesa da ordem jurídica e no controle das contas públicas.

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Gastos de Allyson para promoção pessoal nos tempos de deputados chamam atenção do TCE e provocam discussão de acordo para mudanças de regras na Assembleia

Os gastos do prefeito Allyson Bezerra (UB) com a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), conhecida como verba de gabinete, nos tempos de deputado estadual chamaram atenção dos técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE)

Uma auditoria realizada no biênio 2021/22 da Diretoria de Administração Direta (DAD) do TCE apontou que o então deputado gastou R$ 170.200,00 da verba indenizatória do gabinete de forma considerado indevida.

Isso ocorreu em 2020, ano em que se candidatou a prefeito. Os técnicos identificaram uso de recursos públicos para “a publicidade e propaganda pessoal do parlamentar”.

“Quanto às despesas ressarcidas com divulgação da atividade parlamentar, embora classificadas nas prestações de contas como contratação de consultoria, foi possível verificar despesas com prestação de serviços de “marketing visual, criação de artes e divulgação das ações do mandato, gerenciamento e impulsionamento de conteúdo em redes sociais, clipagem de notícias em rádios, programas de TV e sites”, bem como ‘serviços técnicos de criação de artes e identidade visual’ e de ‘clipagem de notícias em emissoras de rádios sobre assunto de interesse público e do mandato parlamentar’”, diz o relatório.

“Além disso, em ambas as naturezas de despesas assinaladas, observou-se, outrossim, situações em que o material gráfico e/ou o serviço de divulgação da atividade parlamentar não se encontram acompanhados da devida comprovação material da aquisição/serviços contratados”, complementou.

Seriam R$ 58.600,00 gastos com material gráfico e outros R$ 111.600,00 com despesas em consultoria, pesquisa e trabalhos técnicos.

Ao longo daquele ano Allyson recebeu R$ 265.752,81 de verba de gabinete.

Todos os 24 deputados daquela legislatura foram analisados, mas o caso de Allyson foi o que chamou atenção.

Na defesa, Allyson jogou a culpa para o presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB) por ser o ordenador de despesas da casa. “Alega que as despesas objeto da representação possuíam adequação com a LOA e LDO do período; e, que o defendente só passou a utilizar a verba após o devido empenho. Ademais, relata que realizava a devida prestação de contas mensal para a Procuradoria Administrativa com intuito de ser ressarcido dos devidos valores. E que os gastos foram aprovados em todos os meses e remetidos para a Coordenadoria de Planejamento e da Execução Orçamentária e Financeira, que procedeu com o ressarcimento considerando a aprovação da prestação de contas”, diz trecho do parecer que traz os argumentos da defesa.

O procurador-geral de contas Luciano Ramos entendeu que não era caso de ressarcimento ao erário, mas de aplicação de multa. O parecer discorda dos apontamentos dos técnicos da DAD/TCE que indicavam a necessidade de que o atual prefeito de Mossoró fizesse o ressarcimento aos cofres públicos.

A ação foi suspensa por 90 dias para construir o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) entre o MP de Contas e a Assembleia Legislativa para regulamentar as regras para a contratação de serviços técnicos e de divulgação parlamentar pela verba de gabinete.

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CCJ da Assembleia aprova recondução de Luciano Ramos para procurador-geral do MP de Contas

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, aprovou pela quarta vez, o nome de Luciano da Silva Costa Ramos para mais um mandato como Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado. O procurador eleito para o biênio 2023/2024, depois de ter cumprido outros dois biênios (2014/2014 e 2015/2016), foi reconduzido agora para o biênio 2025/2026.

“Pela quarta vez me submeto a essa sabatina. Será sempre uma honra vir a essa Casa dialogar”, disse o procurador, ao responder questionamentos dos deputados Hermano Morais (PV), Francisco do PT e Ubaldo Fernandes (PSDB), na sabatina que contou ainda com a presença dos deputados Adjuto Dias (MDB), Isolda Dantas (PT) e Galeno Torquato (PSDB).

“Doutor Luciano já é bem conhecido pela sua condução e dedicação como representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas”, disse o deputado Hermano Morais, presidente da CCJ, após ouvir um balanço do atual biênio, que segundo o procurador, focou na redução do tempo de processos.

Ao ser questionado pelos parlamentares, Luciano Ramos explicou que o maior desafio do cargo é o controle de despesas com pessoal por parte do Executivo. “Há algum tempo o Estado está acima e sem condições de baixar”, disse o procurador, que também entende como desafio de mais um biênio, a gestão de estoque de processos, que ainda é muito grande.

Com a aprovação da Comissão de Constituição e Justiça, o nome de Luciano Ramos segue para apreciação do plenário.

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MP de Contas vai acompanhar situação de calamidade administrativa de Mossoró

Procuradora de Contas vai acompanhar decreto de calamidade financeira e administrativa (Foto: reprodução)

O Ministério Público de Contas através da procuradora Luciana Ribeiro Campos vai realizar Procedimento Instaurátorio Prévio (PIP) para acompanhar a situação administrativa e financeira da Prefeitura de Mossoró.

O decreto assinado pelo prefeito Allyson Bezerra (SD) no dia 2 de janeiro aponta que os gastos com folha de pessoal devem chegar a 57,50% do orçamento se colocando acima do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Na portaria publicada hoje no Diário Eletrônico do Tribunal de Contas do Estado (TCE) a procuradora Luciana Ribeiro Campos reforça que o MPC tem histórico positivo em ajustes de gestão do gasto com pessoal em outros municípios.

Matéria do jornalista Magnos Alves mostrou quem em 2020 Mossoró arrecadou R$ 200 milhões a mais que em 2019, apesar dos problemas causados pela pandemia covid-19 (ver AQUI). Ainda assim Rosalba Ciarlini (PP) entregou a gestão a Allyson Bezerra (SD) sem quitar a folha de pagamento.

Confira a Portaria N.º 01/2021:

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Prefeitura garante redução de valores nos contratos de limpeza urbana

Sob suspeita do MP de Contas, Prefeitura alega redução de custos (Foto: Assecom/PMM)

Por meio da Assessoria de Comunicação a Prefeitura de Mossoró garante que o processo licitatório 05/2017 que definiu a empresa responsável pela limpeza urbana de Mossoró resultou em redução de custos na ordem de 35,26%.

Em relatório do Ministério Público de Contas publicado no Blog de Carlos Santos foram apontados indícios de fraudes e danos ao erário.

Confira o texto da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Mossoró:

A Prefeitura de Mossoró apresenta informações sobre o processo licitatório 05/2017 de concorrência para limpeza urbana de Mossoró. O Município deu início a licitação para contratação de empresa especializada com o objetivo de dar transparência e qualificar o serviço ofertado à população. É importante ressaltar que o último processo licitatório em Mossoró havia ocorrido em 2010, ou seja, há oito anos o Município não realizava um processo de concorrência desse tipo.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura elaborou projeto básico de concorrência e, antes de publicizar o edital, convocou audiência pública para debater o tema. As discussões envolveram Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público e a população, que teve participação ativa em todo o processo, além da participação de entidades de classe e universidades. O debate resultou na elaboração de planilha orçamentária de identificação de todos os serviços, finalizando com o projeto básico de engenharia necessário para a licitação.

Sobre os contratos emergenciais firmados, eles foram necessários até que fosse finalizada a licitação, obedecendo os trâmites fundamentais para término do processo, respeitando os prazos recursais para as empresas apresentarem as contrarrazões.

Os valores firmados foram calculados a partir de um estudo técnico elaborado por engenheiro com ART, que é a anotação de responsabilidade técnica para que esse profissional registre seus serviços. O montante foi calculado observando fatores como o crescimento da área urbana, ampliação de atividades de manutenção e limpeza, que ocorreu em decorrência do início do período chuvoso, além do incremento em função de dissídio coletivo da categoria de profissionais da limpeza. Com isso, a Prefeitura firmou contrato observando todos os aspectos para que a cidade possa contar com um serviço satisfatório.

Redução no valor mensal – É importante ressaltar que o projeto básico apresentado em 2016 foi de R$ 4.180.787,22 por mês para execução do serviço. Já a atual administração reduziu o projeto em 2017 para R$ 2.873.942,46. Isso corresponde a uma redução referente a 35,26% no valor mensal do contrato.

A Comissão responsável pela licitação explica ainda que a informação de que foi dado um novo prazo para uma das empresas apresentar balanço patrimonial é inverídica.

A Prefeitura confirma ainda que o processo licitatório foi realizado com lisura e probidade, obedecendo todos os trâmites estabelecidos por lei, conforme explicitado anteriormente.

Todas as ações movidas pelas empresas participantes em face das decisões da Comissão Permanente de Licitação foram julgadas improcedentes pela Justiça.

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MP de Contas aponta fraude em licitação para limpeza urbana em Mossoró

Blog Carlos Santos

O Ministério Público de Contas do RN (MPC-RN), por meio da Procuradora Luciana Campos, verificou graves indícios de que a empresa contratada no ano de 2018 para a prestação de serviço de limpeza urbana de Mossoró, a Construtora Vale Norte Ltda, da Bahia, foi irregularmente favorecida na licitação. Os números sem atualização apontam que mais de R$ 217 milhões estão envolvidos nesse negócio nebuloso e de bastidores fétidos.

Constatou, salvo prova em contrário, que a Prefeitura permitiu a flexibilização das normas do Edital para que somente uma das interessadas apresentasse, fora do prazo de habilitação, documento diverso do exigido das demais empresas quanto à capacidade econômica. A empresa vencedora da licitação, por flexibilização da administração mossoroense apenas a ela direcionada, apresentou documentos relativos ao exercício de 2017, enquanto as demais licitantes apresentaram com base no ano de 2016.

Sem essa medida, ao que indiciam os documentos dos autos, a empresa considerada vencedora do certame sequer teria sido habilitada.

A situação foi toda narrada pelo Blog Carlos Santos numa série de matérias, apontando indícios de fraude. O provável favorecimento à Vale Norte, numa sequência criminosa de dispensas de licitações, elevaram preço dos serviços em mais de 52% ao longo de pouco mais de dois anos.

O ex-prefeito Francisco José Júnior (sem partido) e a atual prefeita Rosalba Ciarlini (PP) aparecem em evidência nesse enredo.

Acrescenta-se que há indicativos nos autos de que os Demonstrativos de Resultado do Exercício (DRE) apresentados pela empresa vencedora não incluíam diversos custos do serviço. Pode ser citado como exemplo o quesito encargos trabalhistas, que representam grande percentual das despesas sobre a responsabilidade da contratada.

Em face disso, não só restaram dúvidas quanto à realidade financeira da empresa quanto se visualizou a necessidade de grandes alterações do preço do contrato ao longo de sua execução, o que pode gerar graves danos ao erário.

Como se demonstrou na Manifestação Ministerial, a exclusão dos custos do DRE, “em uma provável tentativa de tornar mais atrativos os lucros dos exercícios em avaliação, esconde o real desempenho econômico da empresa, deixando de atestar a realidade dos fatos e se tornando completamente ineficaz para fins de comprovar a sua produtividade e a exequibilidade da proposta”.

A licitação foi realizada após diversas contratações que apresentam indícios de outras irregularidades, atestou o MPC-RN, conforme esta página publicou em incontáveis postagens. Segundo a procuradora, esse novelo de contratações começou a ser desfiado em 2011, quando então era prestadora de serviço a empresa Saneamento Ambiental Ltda (SANEPAV).

Para ler mais sobre o assunto acesse o Blog de Carlos Santos AQUI.