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Natália se sobressai em debate diante de um Paulinho nervoso e tendo como principal proposta ser antipetista

O debate desta segunda-feira, 14, na Band RN colocou frente a frente duas gerações, dois estilos de fazer campanha e dois tipos alternativas totalmente diferentes de fazer política que estão no segundo turno para prefeito de Natal.

De um lado um Paulinho Freire (UB) com a máquina azeitada da Prefeitura de Natal e todo o aparato midiático local, do outro Natália Bonavides (PT) com a máquina nem tão azeitada assim do Governo do Estado e um carisma retumbante.

No debate, essas coisas desaparecem. É o confronto de história, propostas e retóricas.

Neste ponto Natália se sobressaiu diante de um Paulinho nervoso e acuado que se limitou a ofertar antipetismo e mais do mesmo que o seu padrinho político Álvaro Dias (Republicanos) já oferta.

Natália conseguiu desmontar a farsa em torno do projeto que cria excludente de ilicitude para quem comete pequenos roubos, uma iniciativa que visa apenas dar segurança jurídica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) que adota o princípio da insignificância e evita que uma mãe, que num ato de desespero roubou uma lata de leite para o filho, seja presa.

Paulinho capciosamente misturou a proposta com roubo de celular. Natália esclareceu a história, apresentou uma proposta que coíbe roubos de celulares e emparedou Paulinho que votou para libertar o mandante do assassinato de Marielle Franco, o deputado federal Chiquinho Brazão.

Só por isso, Natália já seria vitoriosa. Mas ela se saiu bem na questão da engorda quando demonstrou que o problema não está na obra em si, mas na metodologia de fazer qualquer jeito adotada por Álvaro Dias a ponto de iniciar os trabalhos na ordem inversa ao que foi orientado pelo parecer técnico fazendo Paulinho passar pano para soberba do prefeito.

Em outro momento ela se saiu bem quando Paulinho tentou arrancar dela o compromisso de fazer uma emenda de R$ 20 milhões caso ele seja eleito. Natália lembrou que manda emendas para Natal e Álvaro não executa as obras e perde os recursos.

A síntese do debate foi de um Paulinho acuado, antipetista e pouco propositivo diante de uma Natália confiante que para cada crítica tinha uma proposta para apresentar.

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Polícia Legislativa investiga uso de comissionados da Prefeitura de Natal para campanha de fake news contra Natália

A Polícia Legislativa abriu investigação contra funcionários comissionados da Prefeitura de Natal que têm realizado ataques e espalhado fake news sobre Natália Bonavides, candidata a prefeita da capital potiguar. Como é deputada federal, Natália solicitou a atuação da polícia legislativa, do Congresso Nacional, no caso.

O Gerente de Patrimônio Imaterial e Arte Urbana da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), Ridalvo Felipe de Lucena, e a Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe), Maria Goretti Pereira Alves, são os alvos da investigação.

Os dois compartilharam em grupos do WhatsApp informações falsas sobre Natália, além de ataques pessoais à candidata. Mais mensagens enviadas através do aplicativo e em redes sociais por outras pessoas também estão sendo analisadas pela Polícia Legislativa e mais gente pode ser processada.

Desde o início da campanha para a Prefeitura de Natal, Natália Bonavides vem sofrendo ataques nas redes sociais. A prática tem se intensificado desde o início do segundo turno.

Disk denúncia

Após a intensificação dos ataques e disseminação de fake news, Natália passou a divulgar um número do WhatsApp para recebimento de denúncias (84-9.9181.1075).

A candidata também utiliza o seu site de campanha para receber as denúncias. Todo o material está sendo analisado.

 

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Pesquisa Quaest coloca Paulinho e Natália tecnicamente empatados

G1RN

Pesquisa da Quaest divulgada nesta segunda-feira (14), a primeira após o fim do primeiro turno em Natal, mostra Paulinho Freire (União) com 45% das intenções de voto e Natália Bonavides (PT), com 39%. Os candidatos aparecem empatados no limite da margem de erro, que é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Os números se referem à pesquisa estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos aos entrevistados.

Veja os números da pesquisa estimulada

Veja os dados da pesquisa estimulada – aquela em que os nomes dos candidatos são apresentados ao eleitor no momento da entrevista. Os votos são totais, ou seja, brancos, nulos e indecisos não são excluídos da pesquisa.

  • Paulinho Freire (União): 45%
  • Natália Bonavides (PT): 39%
  • Branco/nulo/não vai votar: 13%
  • Indecisos: 3%

A pesquisa, encomendada pela Inter TV Cabugi, foi realizada entre 11 e 13 de outubro e entrevistou 852 pessoas acima de 16 anos na cidade de Natal. O nível de confiança é de 95%. O registro na Justiça Eleitoral tem o protocolo RN-03945/2024.

Pesquisa espontânea

A Quaest também pesquisou a intenção de votos espontânea, aquela em que os nomes dos candidatos não são apresentados aos eleitores pelos entrevistadores.

  • Paulinho Freire (União): 38%
  • Natália Bonavides (PT): 31%
  • Indecisos: 25%
  • Brancos/nulos/não vai votar: 6%

Decisão do voto

76% dos entrevistados disseram que estão totalmente decididos a votar, enquanto 23% disseram que o voto pode mudar. Já 1% não soube ou não quis responder.

Em relação à decisão dos votos dos eleitores de cada candidato, a margem de erro é de 5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Entre os eleitores de Paulinho Freire (União):

  • totalmente decidido a votar (81%)
  • o voto ainda pode mudar (18%)
  • não soube ou não quis responder (1%)

Entre os eleitores de Natália Bonavides (PT):

  • totalmente decidido a votar (75%)
  • o voto ainda pode mudar (24%)
  • não soube ou não quis responder (1%)

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Depois de tentar derrubar site de Natália que recebe denúncias de fake news, campanha de Paulinho quer retirar do ar anúncios que divulgam disk denúncia

Depois de a Justiça negar o pedido de Paulinho Freire (UB) para retirar do ar o site de Natália Bonavides (PT) que recebe denúncias de fake news, a campanha do candidato agora procurou o Poder Judiciário para tentar derrubar o vídeo-anúncio em que ela mostra os ataques que vem sofrendo e divulga o número que está recebendo as denúncia desses crimes.

Nesta sexta-feira (11), a Justiça Eleitoral negou a Paulinho Freire o pedido de retirar do ar o site da campanha de Natália Bonavides, um dos principais canais de divulgação do disk denúncia contra fake news que a candidata vem sofrendo.

Após a derrota judicial, Paulinho acionou novamente a Justiça. O objetivo agora é tirar do ar os anúncios do perfil de Natália no Instagram em que ela fala sobre os ataques que vem sofrendo e divulga o número de contato para denúncia.

O caso ainda será julgado.

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O óbito político de Carlos Eduardo, o furacão Natália e Paulinho como o novo cavaleiro da direita.

Por Fernando Alves*

Quem acreditava há um mês atrás em um cenário morno, com poucas novidades na política potiguar e do Nordeste, deve ter se  surpreendido com o resultado das eleições de ontem, no primeiro turno, para prefeito em Natal.

Na verdade, a passagem para o segundo turno de Paulinho Freire, da União Brasil e da candidata do PT, Natália Bonavides, não é tão novidade em relação às tendências ou à curva de ascendência que já se comprovava nas pesquisas anteriores, realizadas por diversos institutos.

Como era de se esperar, com juventude e muito carisma, a candidata do PT transformou uma brisa em furacão ao ascender nas pesquisas na semana anterior ao pleito e ter figurado, até mesmo, em primeiro lugar em uma delas.

Porém, o que mais surpreende é a derrota fragorosa de um franco favorito no começo de todas as sondagens: o ex-prefeito Carlos Eduardo, que, representando a oligarquia e mesmo tentando esconder o sobrenome, marca com a sua derrota no primeiro turno, mais um revés e talvez o último suspiro para as famílias tradicionais  da política, que, durante décadas ou quase meio século, dominaram o RN.

Não foram suficientes três mandatos de prefeito, nem mesmo o apoio dos meios de comunicação, uma vez que o candidato  do PSD é sócio e proprietário de um dos maiores veículos de comunicação do Estado e do Jornal Tribuna do Norte. Parecia que Carlos Eduardo estava a nadar de braçada de volta ao Palácio Felipe Camarão, após ter sido derrotado para o Senado, com o apoio da governadora Fátima Bezerra, por Rogério Marinho, nas eleições de 2022.

Mas não foi isso que aconteceu. O autointitulado “Cabeção”, acabou perdendo a eleição no primeiro turno para uma deputada e ex-vereadora em franca ascensão na política (nacional, não apenas potiguar), e que vem marcando uma sucessão de sucessos em suas empreitadas políticas, seja por ter se elegido uma das mais votadas para a vereadora em 2016, como uma das mais votadas para a deputada, tanto em 2018 como em 2022, e agora chegando ao difícil segundo turno da eleição na capital potiguar.

Tido outrora, como alguém que tinha um teto de votos imbatível, na verdade Carlos Eduardo mostrou que o seu teto era de vidro. Teto esse que anteriormente calculado em 30% acabou não se sustentando entre os 20 a 21%, que garantiram assim a subida da deputada federal do PT e também a ascensão do candidato hoje da nova direita, chamado Paulinho Freire.

Paulinho é velho conhecido da política potiguar, uma vez que foi sucessivamente, na década de 1990, vereador e presidente da Câmara Municipal. É também um dos proprietários da produtora Destaque, empresa que praticamente criou o Carnatal, uma das maiores micaretas do país. Mas Paulinho surge como novidade este ano, apesar de não ser nada novo, pela sua guinada ideológica, uma vez que um candidato que outrora se mantinha em cima do muro e procurava ter uma postura mais moderada, parece ter abraçado de vez o bolsonarismo, com sua retórica extremamente reacionária, sobretudo manifestando racismo religioso denunciado em sua propaganda eleitoral, uma vez que um de seus vídeo de campanha chegou a debochar com canções de religiões de matriz africana. O candidato mais votado do primeiro turno agora se consolida como a real opção da extrema-direita na capital potiguar.

É importante recordar que Paulinho também já foi vice-prefeito de  Natal, na desastrosa gestão da ex-prefeita do Partido Verde, Micarla de Souza, revelada uma das piores da história da capital, em termos de má gestão, de descalabro administrativo e financeiro.

Paulinho sabe que lucra com a polarização, polarização essa que se foi rasa no primeiro turno será proeminente em todo o Brasil no segundo turno, uma vez que tanto Lula quanto Bolsonaro apostam suas fichas na polarização das eleições municipais, especialmente nas capitais no segundo turno. Nesse sentido, Paulinho soa como a opção para o voto bolsonarista, radicalizando cada vez mais o seu discurso, falando cada vez mais em Deus, família e tradição, bem como em pátria e pautas moralizadoras. Paulinho parece desenvolver, calculadamente, cada vez mais um discurso que parece música para os ouvidos reacionários do eleitorado do capitão inelegível.

Paulinho Freire surge, portanto, como a alternativa do eleitorado conservador quer o mais do mesmo, pois  parte da população quer, lucra ou se acomoda com  a manutenção das desigualdades. Ora, para um segmento elitista e provinciano que não está nem aí para o desenvolvimento, a modernidade ou transformação social, defender uma mudança real de gestão na cidade seria tão somente “papo de comunista”.

A deputada federal e candidata, Natália Bonavides, tem então um desafio colossal, imenso, que não foi sequer obtido pela atual governadora Fátima, quando, em 1996, por uma pequena diferença de votos, quase conseguiu-se eleger prefeita de Natal. Dessa vez, Natália, uma política jovem, experiente e carismática, representando uma nova  geração de políticos, habituados com as redes sociais, terá dificuldade grande de conseguir obter o fato histórico de fazer com que o Partido dos Trabalhadores consiga, pela primeira vez em sua história, ganhar a eleição na capital.

São pouquíssimos dias para a eleição e a conclusão de uma campanha no segundo turno sempre tem sobressaltos, uma vez que a data já se aproxima no último domingo de outubro. Mas serão, sim, dias eletrizantes, com muita militância, muita panfletagem, muitas carreatas, muita mobilização nas ruas e também muito conflito ideológico e talvez até mesmo conflito de classes que deve se estabelecer em Natal nos próximos dias, em um cenário imprevisível, que somente irá se definir no final do mês.

Que o final desse processo eleitoral na terra de Câmara Cascudo e Newton Navarro  possa, finalmente, no Rio Grande do Norte, e em especial, em Natal, saber quem será a grande novidade na prefeitura ao final do mês: se com a esquerda renovada de Natália ou com a direita recauchutada de Paulinho Freire.

*É delegado e já disputou vaga de deputado federal pelo PT.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Justiça nega pedido de Paulinho Freire para derrubar site de Natália que recebe denúncias de fake news

A Justiça negou nesta sexta-feira (11) o pedido do candidato Paulinho Freire para derrubar o site de campanha da candidata a prefeita de Natal Natália Bonavides. A plataforma é um dos principais canais de recebimento de denúncias de notícias falsas da campanha de Natália.

A Justiça negou o pedido do candidato e manteve o site no ar. Para derrubar o endereço digital de Natália, Paulinho Freire alegou que a candidata a prefeita não informou à Justiça Eleitoral o endereço do site.

No entanto, a Justiça julgou que a plataforma não deveria sair do ar.

Leia a decisão AQUI

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Carlos Eduardo acusa Paulinho de fake news e elogia Natália, mas anuncia neutralidade

Portal 98 FM

O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PSD), que ficou em 3º lugar no 1º turno das eleições deste ano, anunciou que ficará neutro no segundo turno da disputa na capital potiguar. Em coletiva de imprensa na sede do PSD na tarde desta sexta-feira (11), ele orientou que seus eleitores votem de acordo com a “consciência”.

O segundo turno da eleição em Natal será disputado em 27 de outubro entre Paulinho Freire (União Brasil) e Natália Bonavides (PT).

O ex-prefeito, que ficou fora do 2º turno, disse ter conversado com a governadora (PT) e com o deputado federal Fernando Mineiro (PT), mas que não foi convencido a votar em Natália Bonavides no segundo turno.

Durante a coletiva, ele declarou que não conseguiu ir ao segundo turno porque foi vítima de uma campanha de desconstrução promovida pela candidatura de Paulinho Freire e não tinha tempo na propaganda eleitoral para reagir.

“Eles começaram uma campanha de desconstrução de imagem, e eu não tinha como enfrentar com 8 inserções diárias e 1 minuto de programa. A campanha do candidato do União Brasil foi uma campanha de fake news, mentira, distorção de fatos, uma campanha de desconstrução de imagem. E isso atingiu, porque a gente não teve como reagir, não tinha tempo de reagir. Toda essa campanha nos leva a estar justificando essa posição”, afirmou Carlos Eduardo.

O candidato elogiou a postura de Natália Bonavides, adversária que o tirou do segundo turno.

“A campanha da candidata não teve uma coisa sistemática, literal. Teve críticas pontuais, mas ela apresentou propostas. Diferente do outro candidato, em que o marketing se dedicou mais a uma campanha de desconstrução através da mentira, através da fake news e tudo o mais. A gente viu isso: fatos distorcidos. E a gente simplesmente ficava com as mãos atadas, porque eram 8 inserções contra 49”, enfatizou.

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Aliada de Paulinho admite voto em Natália no segundo turno

A vereadora de Natal Margarete Régia (Republicanos) avalia mudar a opção de voto no segundo turno. Depois de ter apoiado Paulinho Freire (União Brasil) no primeiro turno, ela agora estuda votar em Natália Bonavides (PT). A votação será realizada em 27 de outubro.

A parlamentar diz que deverá mudar a opção do voto no segundo turno por estar insatisfeita com o tratamento que recebeu da majoritária no primeiro turno. Ela chegou a dizer à reportagem que se sentiu “prejudicada” pelo prefeito Álvaro Dias (Republicanos).

Margarete Régia é irmã do ex-deputado estadual Albert Dickson e foi candidata à reeleição neste ano. Após obter 2.158 votos, ela não conseguiu renovar o mandato. Ela atribui o baixo desempenho à falta de apoio dado pelo partido e pela gestão de Álvaro Dias.

Segundo ela, além de não repassar recursos suficientes do fundo eleitoral para a sua campanha, Álvaro Dias não cumpriu compromissos administrativos, como o atendimento de demandas apresentadas pelo seu mandato – o que poderia ter contribuído para sua reeleição.

Ela cita que destinou emendas parlamentares para pavimentação asfáltica da Avenida Apucarana, no bairro Potengi, e para a construção de praças nos conjuntos Alto da Torre e Sorocaba – nenhuma atendida por Álvaro. Ela afirma que foi enganada durante toda a campanha com a promessa de que receberia o suporte do partido e da gestão.

“O prefeito Álvaro Dias não foi correto comigo, deixando um acordo de trabalho administrativo a desejar. O fundo eleitoral, só depositaram R$ 8 mil. Me enganaram até as últimas horas da eleição. Além de terem passado a informação errada à direção nacional do partido, trocando a minha cor, para me prejudicar”, declarou Margarete.

Em 2024, o Republicanos registrou a candidatura da vereadora como pessoa “branca”. Quatro anos antes, em 2020, ela havia sido registrada como “parda”. Caso o registro de cor fosse mantido neste ano, ela poderia ter recebido mais recursos para fazer a campanha.

Uso da máquina

Margarete reclama de tratamento desigual dentro do partido. Em 2024, o Republicanos elegeu quatro vereadores, todos bastante ligados a Álvaro Dias: os ex-secretários Irapoã Nóbrega e Daniel Rendall, o atual vereador reeleito Kleber Fernandes e o comunicador Léo Souza.

Segundo ela, cada candidato recebeu à disposição a estrutura de cargos de uma secretaria: Educação para Daniel Rendall; Serviços Urbanos (Semsur) para Irapoã; Saúde para Léo Souza; e Urbana para Kleber Fernandes. Isso sem falar no apoio de cargos da Assistência Social para Sônia do Nova Natal, que ficou na suplência do Podemos.

A vereadora diz, inclusive, que estuda levar a denúncia de utilização da máquina em prol de candidatos ao conhecimento do Ministério Público.

“Os prediletos (do prefeito) tiveram a máquina pública à disposição, vergonhosamente usada. Mas votei em Paulinho e o nosso grupo também, sem nunca ele ter me procurado. Só que fui usada levianamente como escada”, destacou a parlamentar.

Por causa da situação, ela diz estar aberta a conversar com Natália Bonavides e poderá mudar a opção do voto. Uma conversa com a candidata do PT deverá acontecer até o fim desta semana para definir o apoio político.

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Média das pesquisas da véspera da eleição aponta segundo turno em Natal

Na véspera da eleição três institutos divulgaram pesquisas com os números de Natal, cidade com uma espantosa vastidão de sondagens eleitorais.

Foram dois institutos de nível nacional (AtlasIntel e Quaest) e um estadual (Seta). As três pesquisas trouxeram números bem diferentes com cada um dos três trouxe um candidato diferente na liderança.

Na AtlasIntel, quem lidera é a deputada federal Natália Bonavides (PT). Já na Quaest, o também deputado federal Paulinho Freire (UB) está na frente. Já no Seta, quem ainda está na dianteira é Carlos Eduardo Alves (PSD).

Em todas as pesquisas há empate técnico nas duas primeiras colocações com o terceiro colocado desgarrado do limite da margem de erro.

Confira os números:

Candidato Quaest AtlasIntel Seta Média
Paulinho 37% 34,4% 34,96% 35,45%
Carlos Eduardo 35% 27,1% 35,43% 32,47%
Natália 25% 34,6% 28,43% 29,34%
Rafael Motta 3% 2,7% 1,16% 2,86%
Nando Poeta 0 1,1% 0 0,36%
Heró 0 0 0 0
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Análise

Debate da Intertv é marcado por estratégia de invisibilizar Natália e bate-boca entre Carlos Eduardo e Paulinho Freire

Assisti atentamente o debate promovida pela Intertv Cabugi, afiliada da Rede Globo, e, a despeito do regulamento modorrento, chamou atenção a estratégia dos candidatos homens de excluir a deputada federal Natália Bonavides (PT) da discussão.

Se pudessem, Carlos Eduardo Alves (PSD), Paulinho Freire (UB) e Rafael Motta (Avante) só discutiriam entre si. Um é ex-prefeito, o outro deputado federal e o último já foi deputado federal.

Em todos os blocos, Natália só foi perguntada quando já não havia outra opção para o adversário porque a regra garantia que todos recebessem ao menos uma pergunta por bloco. Logo de cara percebi a estratégia de evitar a candidata.

Faz sentido! Paulinho, Rafael e Carlos têm o mesmo DNA político em Natal. Já foram aliados entre si e, em algum momento, fizeram parte da gestão.

De 2012 para cá Carlos foi eleito e reeleito com Álvaro Dias (Republicanos) sendo seu vice. Álvaro se tornou prefeito quando Carlos renunciou para ser derrotado por Fátima Bezerra (PT) na disputa pelo Governo do Estado em 2018. Paulinho foi vice-prefeito, chegou a assumir a Prefeitura de Natal interinamente e foi aliado de Carlos e Álvaro quando presidente da Câmara Municipal por seis biênios consecutivos. Paulinho é o candidato do atual chefe do executivo.

Motta foi secretário de esportes de Álvaro.

Só Natália está no contraponto com condições morais de não se responsabilizar em nenhum grau pelos problemas de Natal na mesma proporção dos outros.

Por isso, no terceiro bloco, quando os candidatos poderiam responder duas perguntas, ela só respondeu a uma porque o adversário não podia mais perguntar aos outros.

Além da estratégia de invisibilizar Natália, espécie de intrusa nos sonhos da elite natalense que espera um segundo entre Carlos e Paulinho, acabou gerando um “momento Pablo Marçal”, candidato de extrema direita que vem promovendo baixarias em São Paulo, quando a dupla de queridinhos do Plano Palumbo bateu boca por causa da obra da engorda de Ponta Negra, assunto que vinha tendo papel marginal até então no debate.

Paulinho, na maior cara de pau, acusou Carlos por causa da falha no projeto executado na gestão do padrinho dele, Álvaro Dias. Carlos saiu do sério e os dois entraram em discussão que obrigou a Intertv a chamar o intervalo comercial.

Natália cresceu nas pesquisas e tornou a eleição de domingo imprevisível na capital e a estratégia dos candidatos refletiu isso.