Categorias
Artigo

Petróleo e transição energética: um compromisso da Petrobras com o futuro

Por Jean Paul Prates*

Iniciamos o ano de 2023, em um cenário de grandes transformações, com esperança no futuro e cientes de nossa responsabilidade frente às necessidades do país. Na Petrobras, estamos assumindo o compromisso com o atendimento prioritário da demanda brasileira por petróleo, gás e combustíveis; e ao mesmo tempo precisamos intensificar o investimento em energias renováveis. Queremos liderar a jornada rumo à transição energética – que é imperiosa para o futuro do nosso planeta.

Não há contradição alguma nesse duplo esforço. Vamos manter o protagonismo da Petrobras em petróleo e gás, enquanto trabalhamos para construir um novo futuro. É como transitar por dois caminhos entrelaçados, que mais à frente culminam em uma única via. Não há como escolher um ou outro trajeto de forma exclusiva. O percurso mais equilibrado exige a caminhada em ambos os lados, enquanto pavimentamos a transição para um destino singular de forma segura e definitiva.

Mesmo as projeções mais otimistas de agências internacionais e da indústria do setor de energia indicam a coexistência do petróleo e das fontes renováveis nas próximas décadas, com os combustíveis fósseis dando segurança para que a transição ocorra de forma sustentável.

Dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), no cenário net zero, de transição mais acelerada, apontam para uma demanda mundial de cerca de 20 milhões de barris de petróleo por dia em 2050.  Isso corresponde a 1/5 da demanda mundial atual, mas é também quase dez vezes a produção da Petrobras em 2022, o que nos dá a certeza de que nosso petróleo será necessário para o mundo no futuro.

Também sabemos que a maior parte do petróleo que dará segurança à transição energética do país nas próximas décadas não virá de campos em produção hoje. O petróleo que será consumido em 2050 ainda precisa ser descoberto. É por isso que vamos intensificar investimentos em exploração e produção de novas fronteiras promissoras, como a Margem Equatorial, além de novos projetos no pré-sal e re-exploração de bacias produtoras.

Faremos isso em total acordo com nossa ambição de neutralizar as emissões operacionais em prazo compatível com o estabelecido pelo Acordo de Paris. É necessário fazer o uso racional de energia, com eficiência energética e  descarbonização dos processos, avançando também pela cadeia produtiva.

Ao mesmo tempo, vamos aplicar a experiência e a excelência técnica da Petrobras no desenvolvimento de bioprodutos e em novas fronteiras de energia renovável,  em busca de oportunidades para diversificação das nossas operações. Nosso objetivo é transformar a Petrobras em uma empresa integrada de energia, alavancada pelas atividades petrolíferas. Temos perfil, porte e trajetória compatíveis com esse desafio. As parcerias estratégicas também serão fundamentais nesse caminho.

Nossas operações em águas profundas e ultra profundas nos colocam em posição privilegiada para a geração de energia eólica offshore, inclusive de forma integrada à produção de petróleo e gás. Somos grandes produtores de gás natural, o combustível de transição para o hidrogênio. Vamos converter nossas unidades de refino em bio-petro-gás refinarias, onde processaremos combustíveis de nova geração.

Vamos seguir, de forma responsável e transparente, com um diálogo aberto com a sociedade, retomando a presença da Petrobras em todas as regiões do país, por meio da regionalização de ecossistemas de referência, valendo-nos do nosso conhecimento único das potencialidades brasileiras. Seja no Rio Grande do Norte, sediando as atividades operacionais de energia eólica offshore, seja em Pernambuco, com a produção de diesel com conteúdo renovável advindo de óleo vegetal do interior do semiárido, ou na Amazônia com atividades de sequestro de carbono; criando desta maneira um ecossistema no entorno de cada sede operacional.

É esse o nosso compromisso com o futuro: trabalharemos para que a Petrobras siga sua rota na indústria de petróleo e gás, mas também trilhe novos caminhos, perseguindo a descarbonização, acelerando a diversificação rentável e liderando a jornada para uma transição energética justa e sustentável.

*É Presidente da Petrobras, Advogado, Mestre em Economia e Gestão de Petróleo, Gás e Motores e Mestre em Política Energética e Gestão Ambiental.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

Categorias
Matéria

Rogério celebra farra dos acionistas da Petrobras as custas do sacrifício do consumidor

A Petrobras teve o maior lucro percentual entre as petrolíferas do mundo em 2022. Foram US$ 34,4 sendo 27,2% de receitas.

O senador Rogério Marinho (PL) foi ao Twitter celebrar: “Os números mostram a diferença da Petrobras da gestão para a Petrobras da corrupção. O Brasil não quer a volta das velhas práticas”.

O problema é que para chegar a estes números a Petrobras adota o Paridade de Preço de Importação (PPI), um sistema usado em países que importam todo o petróleo que consomem.

Não é o caso do Brasil.

Esse lucro da Petrobras foi as custas de sacrifícios impostos aos brasileiros que recebem em Real e pagam os combustíveis em Dólar.

O Governo de Jair Bolsonaro (PL) priorizou os acionistas minoritários da Petrobras e isso fez o preço da gasolina chegar a R$ 8. Para baixar os preços, às vésperas das eleições, o então presidente zerou os impostos federais e quebrou o pacto federativo interferindo no ICMS dos Estados, prejudicando políticas públicas.

Tudo para preservar os acionistas minoritários da Petrobras.

Rogério celebra o sacrifício da sociedade em nome da elite financeira.

Categorias
Matéria

Petrobras suspende vendas de ativos. Polo Potiguar está incluso

Embora o Conselho de Administração ainda necessite avaliar o pedido do Ministério de Minas e Energia para suspender as vendas de ativos, internamente, de acordo com fontes do Blog do Barreto, a Petrobras já suspendeu qualquer tratativa para venda de ativos que estejam em fase de assinatura (signing) ou fechamento (closing) de contrato.

A medida vale pelos próximos 90 dias.

A medida atinge em cheio os planos de venda do Polo Potiguar que inclui as atividades petrolíferas do Canto do amaro, Alto do Rodrigues e Ubarana, além da Refinaria Clara Camarão.

Categorias
Matéria

Governo pede suspensão de venda de ativos da Petrobras. Polo Potiguar está incluso

O Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, pediu a suspensão das vendas de ativos da Petrobras pelo período de 90 dias.

Entre os ativos está incluso o Polo Potiguar, que reúne 22 campos de Petróleo nas áreas do Canto do amaro, Alto do Rodrigues e Ubarana.

A 3R Petroleum estava preparando para fazer a compra por R$ 500 milhões.

A suspensão da venda dos ativos solicitada pelo Governo Federal atende a necessidade de reavaliação Política Energética Nacional atualmente em curso.

A suspensão das vendas dos ativos será analisada pelo Conselho de Administração da Petrobras.

Categorias
Matéria

Potigás fecha parceria com a Petrobras

Após mais de um ano sem poder contar com a Petrobras para o fornecimento de gás natural para o Rio Grande do Norte, a Potigás fechou contrato de oito anos com a Estatal que é a maior produtora de gás natural do Brasil. A partir desta quarta-feira, 1º de março, a Petrobras irá fornecer 40 mil metros cúbicos de combustível por dia, volume que subirá para 100 mil metros cúbicos diários em janeiro de 2024.

A Petrobras havia abandonado o fornecimento de gás para as distribuidoras do Nordeste, tendo optado por não participar da Chamada Pública realizada pela Potigás em 2021.  Esse cenário foi revertido a partir de tratativas entre a presidência da Companhia Potiguar de Gás e a Petrobras, garantindo segurança no suprimento de gás para o Rio Grande do Norte através de um parceiro tão estratégico.

Para Marina Melo, diretora-presidente da Potigás, é uma notícia extraordinária para a Companhia e para os consumidores de gás natural do Estado: “É um contrato de extrema importância por tudo que a Petrobras representa para o nosso país e porque isso significa segurança no fornecimento de gás, tranquilidade no abastecimento do nosso mercado, garantia de que podemos seguir aumentando nossa rede e mantendo nossas tarifas”, afirma.

Categorias
Foro de Moscow

Foro de Moscow 24 fev 2023 – Jean e Lula: como fica o imposto da gasolina?

Categorias
Matéria

Jean cumpre primeira agenda como presidente da Petrobras no RN

O ex-senador Jean Paul Prates cumprirá a primeira agenda no Rio Grande do Norte na condição de presidente da Petrobras. No final da manhã de hoje ele visitará sede da empresa em Natal.

Jean será recepcionado pela governadora Fátima Bezerra (PT). Os dois terão reunião reservada antes da agenda pública.

À tarde, 15 horas, o presidente da Petrobras vai se reunir com a força de trabalho da empresa, e apresentar o novo gerente geral da unidade, que abrange RN e CE, Marcelo Corsini.

Categorias
Matéria

Petrobras transfere trabalhadores do RN e Sindipetro inicia rodada de assembleias

A Petrobras avança no abandono do Rio Grande do Norte com transferências em massa de trabalhadores próprios do Estado e o SINDIPETRO-RN mobiliza a categoria com urgência para iniciar uma rodada de assembleias a partir de hoje, 1º de fevereiro.

As transferências de trabalhadores da Petrobras, comunicadas ontem, já haviam sido anunciadas no final do ano passado. Porém, o processo que já havia sido denunciado pela entidade sindical segue com vícios.

A Companhia estabeleceu uma dinâmica junto aos empregados fornecendo aparentemente condições adequadas aos empregados para se instalarem em novas localidades, oferecendo opções para o empregado na transferência (por ordem de prioridade e interesse), dentre outros critérios, agora ignora esse requisito e revolta trabalhadores os remanejando para outros lugares.

Muitas denúncias estão chegando ao SINDIPETRO-RN, não só de desrespeito ao critério de escolha de muitos empregados, mas também de favorecimento para gestores que foram transferidos para localizações e gerências com critérios diferentes dos demais trabalhadores.

De antemão, o Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do RN já articula conversas com autoridades dos governos estadual e federal, além de notificar a empresa das denúncias recebidas, a fim de solicitar uma reunião com a Petrobrás para pedir a suspensão desta ação, que aparentemente quebram as regras feitas pela própria empresa, e se esclareça adequadamente os questionamentos recepcionados na entidade sindical.

A Federação Única dos Petroleiros – FUP, também protocolou na companhia neste dia 31, um documento solicitando a suspensão imediata das transferências de pessoal das áreas à venda. O coordenado geral do SINDIPETRO RN, Ivis Corsino ressalta que “a venda do Polo Potiguar ainda não se concretizou e pode sofrer modificações em razão de vícios e da incapacidade de assumir as operações por parte do comprador, que ainda não apresentou para a vendedora as condições necessárias para assumir as operações desde janeiro de 2022”.

Além desta problemática gerada, esse procedimento representa a saída definitiva da Petrobras do Rio Grande do Norte. A situação denunciada há vários anos e exposta sistematicamente às autoridades estaduais e à nova gestão da PETROBRAS instalada com a recente posse do ex-senador Jean Paul Prates.

Fonte: Sindpetro

Categorias
Matéria

“O que viabilizou as fontes renováveis do meu Rio Grande do Norte foi exatamente a evolução tecnológica”, diz Jean em evento internacional

Ao discursar na abertura da o workshop mundial do Programa de Aceleração do Empreendedorismo Regional (REAP) do Massachussets Institute of Technology (MIT), realizada ontem no Rio de Janeiro o presidente da Petrobras Jean Paul Prates destacou a importância da inovação tecnológica para fazer do Rio Grande do Norte uma potência de energia eólica.

No evento, intitulado MITReap in Rio, realizado no Museu do Amanhã, Jean disse que os investimentos ajudaram a desenvolver a energia eólica. “Pesquisa, tecnologia e inovação têm que estar entranhado como atividade fim dessas empresas nossas. Não vai ser de outra forma que a gente vai chegar ao consumidor. Não vai ser de outra forma que a gente vai armazenar energia. Não vai ser de outra forma que a gente vai buscar energias renováveis e viabilizar essas energias renováveis. O que viabilizou as fontes renováveis do meu Rio Grande do Norte foi exatamente a evolução tecnológica”, comentou.

“O que se dizia da energia eólica há 20, 30 anos atrás? Que era inviável, que era coisa de maluco, que era caro demais. O que aproximou isso dos leilões com competitividade para ganhar hoje da biomassa, do gás natural e ser a segunda maior fonte de energia do Brasil disputando com a energia solar? Foi exatamente a evolução tecnológica e as inovações”, acrescentou.

Jean ainda reforçou que é necessário trocar experiências com outros países e aceitar investimentos sem ser subserviente. “É essencial que a gente não se feche”, frisou.

Categorias
Matéria

Conselho da Petrobras aprova Jean Paul Prates para presidente da empresa

Nicola Pamplona

Folha de S. Paulo

O conselho de administração da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (26) a nomeação de Jean Paul Prates à presidência da estatal. Ele já renunciou a seu mandato no Senado, que se encerraria em fevereiro, o que deve agilizar a posse.

A Petrobras ainda não informou o resultado da reunião, mas a Folha apurou que a aprovação foi por unanimidade, mesmo que o colegiado hoje seja formado majoritariamente por pessoas alinhadas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A expectativa é que Prates comece a anunciar ainda esta semana nomes que comporão a diretoria da empresa, em um esforço para agilizar a avaliação pelo comitê interno que analisa os currículos dos indicados à administração da companhia.

Segundo a Petrobras, Prates já tomou posse como presidente da companhia e como membro do conselho de administração. Os mandatos aprovados nesta quinta vão até o dia 13 de abril, quando vencem os mandatos da atual administração.

Será renovado em assembleia geral de acionistas em abril, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve renovar também o conselho de administração da estatal, hoje composto por seis indicados de Bolsonaro, quatro representantes dos acionistas minoritários e representante dos trabalhadores.

A nomeação de Prates nesta quinta foi facilitada pela renúncia do presidente anterior, Caio Paes de Andrade, que havia sido indicado por Bolsonaro e deixou a empresa para assumir secretaria no governo de São Paulo.

Por enquanto, há dois principais nomes cotados para a diretoria da empresa, que também participaram da equipe de transição: o economista William Nozaki, do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis; e Maurício Tolmasquim, que comandou a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) em gestões petistas.

A aprovação do nome foi comemorada pelos sindicatos de empregados da companhia, que tiveram fortes embates com os presidentes da estatal durante o governo Bolsonaro.

Colega de Prates na equipe de transição do governo, o coordenador-geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar disse que sua nomeação é “mais uma demonstração do compromisso do governo com o povo brasileiro e a soberania nacional”.

“A aprovação de Jean Paul Prates para a presidência da Petrobrás representa o início de uma nova era em direção ao crescimento e à retomada do papel da empresa como indutora do desenvolvimento econômico e social do país”, afirmou, em nota.

Prates assumirá a Petrobras logo após o primeiro reajuste no preço da gasolina no governo Lula, anunciado nesta terça, decisão criticada pela FUP (Federação Única dos Petroleiros), que indicou representante para a equipe de transição do governo eleito.

Ele defende mudanças na política de preços da empresa, eliminando o conceito de paridade de importação, que simula quanto custaria para trazer os produtos do exterior e foi implantado no governo Michel Temer (MDB).

O novo governo quer ainda uma Petrobras mais focada no investimento do que na remuneração aos acionistas, retornando para segmentos abandonados em gestões anteriores, como fertilizantes, petroquímica e energias renováveis.

Em 2022, a Petrobras fechou o primeiro trimestre como a maior pagadora de dividendos do mundo, reflexo de uma política de enxugamento de investimentos e custos, aliada à escalada das cotações internacionais do petróleo após o período mais crítico da pandemia.

Em novembro, um dia depois de divulgar o quarto maior lucro já registrado por uma empresa no país, as ações da companhia despencaram em Bolsas de Valores, diante de temores sobre incertezas políticas e de alterações na política de remuneração ao acionista.