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A venda dos ativos da Petrobras no RN e o triunfo dos fatos

Durantes anos fui voz quase solitária na imprensa potiguar alertando que seria uma péssima ideia vender os ativos da Petrobras no Rio Grande do Norte. Seriam menos empregos, impostos e o custo seria alto para os potiguares.

No dia seguinte à posse do Polo Potiguar pela 3R Petroleum duas medidas foram tomadas: 1) aumento do preço da gasolina e do diesel; 2) fechamento de 1.250 postos de trabalho.

Isso é menos dinheiro circulando na economia do estado e mais lucro para a empresa que não tem a mesma responsabilidade social da Petrobras.

Sua excelência os fatos está se impondo diante da ideologia neliberal que impõe a privatização a qualquer custo.

Nós potiguares estamos sentindo no bolso.

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O silêncio dos entusiastas da saída da Petrobras

Nove aumentos seguidos em menos de dois meses de controle da 3R Petroleum a frente da Refinaria Clara Camarão.

É a gasolina mais cara do Brasil. São R$ 0,19 a mais que a média das refinarias privadas.

Até aqui o quarteto defensor da venda dos ativos da Petrobras no Rio Grande do Norte segue em silêncio. Rogério Marinho (PL), João Maia (PL), Beto Rosado (PP) e Fábio Faria (PP) não tocam no assunto. Este último nem mora mais aqui.

Foi uma venda malfeita, cheia de irregularidades e cuja história ainda pode terminar muito mal. Enquanto isso seus defensores seguem calados.

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Petrobras transfere trabalhadores do RN e Sindipetro inicia rodada de assembleias

A Petrobras avança no abandono do Rio Grande do Norte com transferências em massa de trabalhadores próprios do Estado e o SINDIPETRO-RN mobiliza a categoria com urgência para iniciar uma rodada de assembleias a partir de hoje, 1º de fevereiro.

As transferências de trabalhadores da Petrobras, comunicadas ontem, já haviam sido anunciadas no final do ano passado. Porém, o processo que já havia sido denunciado pela entidade sindical segue com vícios.

A Companhia estabeleceu uma dinâmica junto aos empregados fornecendo aparentemente condições adequadas aos empregados para se instalarem em novas localidades, oferecendo opções para o empregado na transferência (por ordem de prioridade e interesse), dentre outros critérios, agora ignora esse requisito e revolta trabalhadores os remanejando para outros lugares.

Muitas denúncias estão chegando ao SINDIPETRO-RN, não só de desrespeito ao critério de escolha de muitos empregados, mas também de favorecimento para gestores que foram transferidos para localizações e gerências com critérios diferentes dos demais trabalhadores.

De antemão, o Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do RN já articula conversas com autoridades dos governos estadual e federal, além de notificar a empresa das denúncias recebidas, a fim de solicitar uma reunião com a Petrobrás para pedir a suspensão desta ação, que aparentemente quebram as regras feitas pela própria empresa, e se esclareça adequadamente os questionamentos recepcionados na entidade sindical.

A Federação Única dos Petroleiros – FUP, também protocolou na companhia neste dia 31, um documento solicitando a suspensão imediata das transferências de pessoal das áreas à venda. O coordenado geral do SINDIPETRO RN, Ivis Corsino ressalta que “a venda do Polo Potiguar ainda não se concretizou e pode sofrer modificações em razão de vícios e da incapacidade de assumir as operações por parte do comprador, que ainda não apresentou para a vendedora as condições necessárias para assumir as operações desde janeiro de 2022”.

Além desta problemática gerada, esse procedimento representa a saída definitiva da Petrobras do Rio Grande do Norte. A situação denunciada há vários anos e exposta sistematicamente às autoridades estaduais e à nova gestão da PETROBRAS instalada com a recente posse do ex-senador Jean Paul Prates.

Fonte: Sindpetro

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Bolsonado ficará marcado como o presidente que tirou a Petrobras do RN

Esta semana foi revelada a informação de que até abril de 2023 todos os servidores concursados da Petrobras deixarão o Rio Grande do Norte transferidos para outros estados.

Sim. O processo de desinvestimentos da Petrobras no Estado faz parte de uma guinada focada para o Sudeste do país. Os números do Sindpetro mostram que os investimentos no Estado despencaram depois da derrubada da presidente Dilma Rousseff em 2016 (ver números abaixo).

Desde 2019, a Petrobras se negou a divulgar os dados sobre os investimentos no Rio Grande do Norte.

Não adianta dourar a pílula dizendo que a produção está subindo com as empresas privadas. Não é porque privatizou, mas porque estava abandonada desde 2016. Além disso, são menos empregos e salários mais baixos.

Com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) a saída da empresa se acelerou com as vendas de campos maduros. Até mesmo o campo inexplorado de Pitu, já teve 40% de seus ativos postos à venda.

Bolsonaro ficará marcado por ser o presidente que tirou a Petrobras do RN.

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Petrobras deve transferir todos os trabalhadores do RN para outros Estados até abril de 2023

O diretor do Sindipetro e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Pedro Lúcio Góis explicou em postagens no Twitter que até abril do ano que vem não haverá mais nenhum servidor da Petrobras no Rio Grande do Norte.

“Ontem a Petrobrás deu início ao seu Plano de Pessoal para demissão ou transferência dos Petroleiros concursados lotados no RN. A expectativa da estatal é de transferir ou demitir todos os trabalhadores até abril de 2023. O Plano sela a saída da estatal do nosso Estado”, revelou.

Serão mais de 550 trabalhadores transferidos para outros Estados até o ano que vem, no total desde o encerramento dos investimentos da Petrobras serão mais de 10 mil vagas de empregos fechadas.

“Nessa última fase serão afetados mais de 550 trabalhadores próprios, tendo sido transferidos ou demitidos mais de 2800 no total desde o início dos processos de privatização em 2017”, escreveu. “Dentro dos trabalhadores terceirizados serão mais de 4000 postos de trabalho reduzidos nessa última fase, totalizando mais de 10000 desde o início das privatizações”, completou.

Em janeiro a Petrobras assinou contrato de venda de 100% de 22 campos da Bacia Potiguar para a 3R Potiguar S.A., subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A., o que praticamente selou o fim das atividades da estatal no Rio Grande do Norte.

 

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Petrobras vende mais um ativo no RN

A Petrobras, em continuidade ao comunicado divulgado em 27/12/2021, informa que finalizou hoje a venda, em conjunto com a Sonangol Hidrocarbonetos Brasil Ltda. (Sonangol), da totalidade das participações de ambas as empresas no bloco exploratório terrestre POT-T-794, pertencente à concessão BT-POT-55A, localizada na Bacia Potiguar, no estado do Rio Grande do Norte, para a empresa Aguila Energia e Participações Ltda.

O valor total da venda foi de US$ 750 mil, sendo (a) US$ 150 mil pagos na assinatura do contrato, em 27/12/2021 e (b) US$ 600 mil pagos na data de hoje, já considerando os ajustes devidos.

A presente divulgação está de acordo com as normas internas da Petrobras e com as disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto no Decreto nº 9.355/2018.

Essa operação está alinhada à estratégia de gestão de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor e maior retorno à sociedade. A Petrobras segue concentrando cada vez mais os seus recursos em ativos de águas profundas e ultra-profundas, onde tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos, produzindo óleo de melhor qualidade e com menores emissões de gases de efeito estufa.

Sobre a concessão BT-POT-55A

A concessão foi adquirida em 2006 na 7ª Rodada de Licitações de Blocos realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Petrobras detinha 70% de participação e a Sonangol, operadora da concessão, detinha os demais 30% de participação.

O consórcio perfurou dois poços na área, sendo um descobridor de gás e um de delimitação. Não existem compromissos remanescentes do Programa Exploratório Mínimo (PEM) a serem cumpridos.

 

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Desmobilizar a Petrobras é fomentar o atraso

Por Divanilton Pereira*

A dinâmica econômica e histórica do Rio Grande do Norte está condicionada pelos limites típicos da prevalência da atividade primária, seja de subsistência ou exportadora, e de uma baixa incidência da indústria, caracterizando-se pelo baixo valor agregado,  marcada por trabalhos pouco qualificados e mal remunerados,  e ainda  concentrada nos serviços, principalmente os vinculados à cadeia do turismo, à administração pública e ao comércio.

A combalida indústria local representa apenas 9% do PIB Potiguar, sendo esse um indicador econômico que aponta o quadro do subdesenvolvimento Potiguar.

Após a mais recente, a desarticulação da cadeia industrial têxtil no RN, a investida da vez está voltada para a fragilização da petrolífera. Em fato relevante, a Petrobras comunicou, no último dia 28 de janeiro, a assinatura do contrato de venda do Pólo Potiguar, processo que pode concretizar a saída completa da estatal do Rio Grande do Norte. Não se trata apenas da perda de uma empresa, mas de um complexo industrial tecnológico com enorme capacidade de investimento direto. Uma nefasta decisão política que terá, dentre outras consequências, o efeito de retardar ainda mais que a nossa economia saia da armadilha do seu histórico primarismo.

Em nenhuma parte do mundo comemora-se o afastamento de uma grande empresa industrial, sobretudo daquelas, como a petrolífera que detém uma cadeia produtiva com enorme efeito multiplicador, seja na tecnologia, na empregabilidade e no recolhimento de impostos.

Em decorrência dessa privatização, a produção atual está 43,5% menor do que a de 2016, além da perda de 7.000 empregos indiretos e 1.700 próprios, entre transferidos ou desligados. Portanto, um grande impacto econômico e social.

Assim, reitero a minha contraposição a essa política desmobilizadora e conclamo a todos para lutarem por sua reversão, em particular, para que a Petrobras retome o seu papel indutor e aglutinador de todos os agentes da cadeia produtiva petrolífera em nosso estado. Sem essa intervenção estatal, o padrão de investimento ficará aquém do necessário para soerguer essa estratégica atividade econômica.

*É Presidente do PCdoB/RN.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

 

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Petrobras deixa o RN com sociedade bestializada e classe política oscilando entre a omissão e cumplicidade

A Petrobras jogou a última pá de cal em sua história no Rio Grande do Norte na última segunda-feira quando assinou a venda de seus últimos ativos no Estado para a 3R Potiguar S.A.

Diga-se de passagem, os desinvestimentos no RN começaram no Governo Dilma Rousseff que passou a focar no pré-sal, mas o modelo de privatização predatório foi adotado por Michel Temer, adotou o modelo de vendas fatiadas dos ativos estatais sem a necessidade de votação no Congresso Nacional, foi literalmente com o Supremo e tudo, tendo em vista que a corte deu respaldo.

O Governo Bolsonaro acelerou esse processo nos últimos anos. Salvo o senador Jean Paul Prates (PT), outros políticos de esquerda, Sindpetro e raríssimos jornalistas quase ninguém se importou com o processo.

Alguns políticos foram omissos. Outros cumplices. A primeira lista é longa, a segunda é mais curta e dá para citar os maiores entusiastas da saída da Petrobras do RN: Beto Rosado (PP), João Maia (PL), Rogério Marinho (PL), General Girão (PSL) e Fábio Faria (PSD). Este último é filho de Robinson Faria (PSD), ex-governador que quando tomou posse pela terceira vez como presidente da Assembleia Legislativa, em 1º de fevereiro de 2007, prometia lutar por mais investimentos da empresa no RN. Eu estava lá e vi o discurso.

Ficou só nisso.

A sociedade potiguar assistiu a saída da Petrobras bestializada. A passividade deu estímulo aos entusiastas da ideia, desmotivou os que eram contra e tranquilizou os omissos.

A imprensa tratou com naturalidade e não problematizou o assunto. Não comparou números. Só em Mossoró ainda aconteceu algum tipo de debate público graças ao dirigente do Sindpetro/RN Pedro Lúcio Góis que habilmente construiu uma relação de credibilidade com a mídia.

Nem parece que a saída da Petrobrás já desempregou quase 7 mil trabalhadores e transferiu 2.100 concursados com seus altos salários para o Sudeste do país.

As empresas privadas que entraram geraram até o momento geraram pouco mais de 700 empregos.

Dar um “e o PT?” é fácil. Mas com números é difícil contestar. Em 2015 foi R$ 1,435 bi em investimentos no RN. Esse volume foi despencando ano a ano com Michel Temer até chegar em R$ 545 milhões em 2018. Nos três primeiros anos da era Bolsonaro esses dados deixaram de ser revelados.

Falar que a produção vai aumentar é outra falácia. Em 2015 a média de produção era de 59.104 barris/dia e em 2021, já com predominância do setor privado no RN, esse volume estava em 32.633 barris/dia.

Isso sem contar que empresas privadas, por sua natureza, não tem o mesmo compromisso social da Petrobras que colaborou em uma série de projetos.

São menos empregos e também menos impostos. A alta do Dólar não permitiu aos prefeitos perceberam a perda de arrecadação na indústria do petróleo, mas as empresas privadas já se articulam para pagar menos.

A Petrobras pagava a alíquota máxima de 5%. As empresas privadas querem baixar para 1%, a mínima, para mais a frente alterar a variação para entre 0,1% e 1%.

O Rio Grande do Norte pagará caro pela omissão.

Nota do Blog: os números que citamos fora coletados junto ao Sindpetro.

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Petrobras assina venda de ativos do RN

A Petrobras, em continuidade ao comunicado divulgado em 28/01/2022, informa que assinou ontem, 31 de janeiro, com a empresa 3R Potiguar S.A., subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A., contrato para a venda da totalidade de sua participação (100%) em um conjunto de 22 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, juntamente à sua infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural, localizadas na Bacia Potiguar, no estado do Rio Grande do Norte – RN, denominados conjuntamente de Polo Potiguar.

O valor total da venda é de US$ 1,38 bilhão, sendo (a) US$ 110 milhões pagos na presente data; (b) US$ 1,04 bilhão no fechamento da transação e (c) US$ 235 milhões que serão pagos em 4 parcelas anuais de US$ 58,75 milhões, a partir de março 2024. Os valores não consideram os ajustes devidos até o fechamento da transação, que está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Essa operação está alinhada à estratégia de gestão de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor e maior retorno à sociedade. A Petrobras segue concentrando cada vez mais os seus recursos em ativos em águas profundas e ultraprofundas, onde tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos, produzindo óleo de melhor qualidade e com menores emissões de gases de efeito estufa.

Para Rafael Chaves, diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, a conclusão do negócio fortalece a estratégia da empresa. “Estamos realocando os nossos investimentos conforme plano estratégico, em ativos como os campos em águas profundas e ultraprofundas localizados na costa brasileira. Todos se beneficiam de uma indústria mais forte e competitiva. A Petrobras recebeu mais de R$ 7 bilhões para investir em poços na margem equatorial e em Sergipe águas profundas. O polo Potiguar segue operando e recebendo investimentos de um novo investidor. Um Brasil com mais investidores e mais investimentos é um Brasil mais forte.”

De acordo com Ricardo Savini, CEO da 3R Petroleum, “essa aquisição destaca a 3R como uma das maiores produtoras independentes da América Latina, além de conferir à Companhia uma posição consolidadora no mercado de óleo e gás brasileiro. O surgimento e o fortalecimento de players como a 3R fomentam o desenvolvimento da indústria de óleo e gás, além de estimular as economias regional e nacional por meio de diversos canais: impostos, investimentos, geração de emprego e renda, bem como o aquecimento e consolidação da cadeia de suprimentos.”

A presente divulgação está de acordo com as normas internas da Petrobras e com as disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto no Decreto 9.355/2018.

Sobre o Polo Potiguar

O Polo Potiguar compreende três subpolos (Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Ubarana), totalizando 22 Campos, sendo 3 concessões marítimas e 19 concessões terrestres localizadas no Rio Grande do Norte, além de incluir acesso à infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural. As concessões do subpolo Ubarana estão localizadas em águas rasas, entre 10 e 22 km da costa do município de Guamaré-RN. As demais concessões dos subpolos Canto do Amaro e Alto do Rodrigues são terrestres.

A produção média do Polo Potiguar de 2021 foi de 20,6 mil barris de óleo por dia (bpd) e 58,1 mil m³/dia de gás natural. Além das concessões e suas instalações de produção, está incluída na transação a estrutura de refino integrada ao processo de produção de óleo e gás, composta pela Refinaria Clara Camarão, localizada em Guamaré/RN com capacidade instalada de refino de 39.600 bpd.

Sobre a 3R Potiguar S.A.

A 3R Potiguar S.A. é uma empresa com foco no redesenvolvimento de campos maduros e em produção, controlada pela 3R Petroleum Óleo e Gás S.A. (3R Petroleum), companhia listada no Novo Mercado da bolsa brasileira.

Fonte: Gerência de Comunicação da Petrobras

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Petrobras conclui venda de ativos no RN

A Petrobras, em continuidade aos comunicados divulgados em 23/12/2020, 27/08/2021 e 19/01/2022, informa que o Conselho de Administração da Companhia, em reunião realizada hoje, aprovou a venda da totalidade de sua participação (100%) em um conjunto de 22 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, juntamente à sua infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural, localizadas na Bacia Potiguar, no estado do Rio Grande do Norte – RN, denominados conjuntamente de Polo Potiguar, para a empresa 3R Potiguar S.A., subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A.. A celebração do contrato de compra e venda e as etapas subsequentes serão divulgadas ao mercado oportunamente.

O valor total da venda é de US$ 1,38 bilhão, sendo (a) US$ 110 milhões pagos na data de assinatura do contrato de compra e venda; (b) US$ 1,04 bilhão no fechamento da transação e (c) US$ 235 milhões que serão pagos em 4 parcelas anuais de US$ 58,75 milhões, a partir de março de 2024. Os valores não consideram os ajustes devidos até o fechamento da transação, que está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A presente divulgação está de acordo com as normas internas da Petrobras e com as disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto no Decreto 9.355/2018.

Essa operação está alinhada à estratégia de gestão de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor e maior retorno à sociedade. A Petrobras segue concentrando cada vez mais os seus recursos em ativos em águas profundas e ultraprofundas, onde tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos, produzindo óleo de melhor qualidade e com menores emissões de gases de efeito estufa.

Sobre o Polo Potiguar

O Polo Potiguar compreende três subpolos (Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Ubarana), totalizando 22 Campos, sendo 3 concessões marítimas e 19 concessões terrestres localizadas no Rio Grande do Norte, além de incluir acesso à infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural. As concessões do subpolo Ubarana estão localizadas em águas rasas, entre 10 e 22 km da costa do município de Guamaré-RN. As demais concessões dos subpolos Canto do Amaro e Alto do Rodrigues são terrestres.

A produção média do Polo Potiguar de 2021 foi de 20,6 mil barris de óleo por dia (bpd) e 58,1 mil m³/dia de gás natural. Além das concessões e suas instalações de produção, está incluída na transação a estrutura de refino integrada ao processo de produção de óleo e gás, composta pela Refinaria Clara Camarão, localizada em Guamaré/RN com capacidade instalada de refino de 39.600 bpd.

Sobre a 3R Potiguar S.A.

A 3R Potiguar S.A. é uma empresa com foco no redesenvolvimento de campos maduros e em produção, controlada pela 3R Petroleum Óleo e Gás S.A. (3R Petroleum), companhia listada no Novo Mercado da bolsa brasileira.

Fonte: Gerência de Imprensa da Petrobras