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Prefeitura garante que mudança em lei não prejudica professores, mas não se pronuncia sobre descumprimento de acordo

Por meio de nota a Prefeitura de Mossoró disse que as mudanças aprovadas no Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos professores da rede municipal de ensino não prejudicam os professores.

A manifestação não aborda o descumprimento do acordo de não modificar o plano nem justifica a ausência de diálogo prévio com o Sindicato dos Servidores Públicos de Mossoró (Sindserpum).

Confira a nota:

GARANTIA DE DIREITOS E REAJUSTE DOS PROFESSORES DE MOSSORÓ

 

A Prefeitura Municipal de Mossoró esclarece que o Projeto de Lei aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal, nesta quarta-feira (30), garante os direitos já estabelecidos na Lei Complementar Nº 070/2012, que trata do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) do magistério.

Destaca que o Projeto de Lei aprovado não muda o que já se tinha na Lei Complementar Nº 070/2012 e na Lei Complementar 072/2012 no que diz respeito a direitos. Pelo contrário, garante o reajuste salarial de 33,67% concedido pela Prefeitura (33,24% referente ao piso nacional do magistério, acrescido de 0,42%, correspondente ao restante do piso do ano de 2019 não cumprido pela gestão passada). Além disso, mantém direitos e garantia de reajuste salarial igualitário para todos os níveis e classes da carreira, conquistas essas da categoria que se mantém inalterados. Por sua vez, a disposição da gestão municipal em garantir o percentual restante de 0,42% de 2019 é mais um ato de reconhecimento e valorização da categoria de professores de Mossoró.

A LC nº 070, de 26 de abril de 2012 – PCCR do magistério, diz no § 2º, de seu art. 6º: “§ 2º O Nível I, de que trata o artigo 7º, inciso I, terá Classe Única, cujo vencimento é fixado no anexo I, ficando extintas as demais classes desse nível”. Logo, extinguiu as dez classes que existiam no PCCR anterior (Lei nº 2.249, de 1 de dezembro de 2006) e cria a classe única para o nível médio.

A LC nº 72, de 25 de maio de 2012, que altera a redação da LC nº 070/12, muda a nomenclatura de Classe Única para Classe 10, sem, todavia, recriar as classes anteriormente existentes, consoante se observa no § 2º, de seu art. 6º: “§ 2° A Classe Única Nível I, de que trata o artigo 7º, inciso I, passa a ser designada de Classe 10. (Redação dada pela Lei Complementar n° 072, de 2012)”.

A LC nº 174, de 30 de março de 2022 (Lei do reajuste dos professores), mantém o mesmo padrão que já existia na LC nº 070/12 e LC Nº 072/12, conforme se observa no § 1º do art. 6º: “§ 1º A carreira de nível médio, sem progressão funcional e em extinção, será representada pelo Nível I e organizada em classe única, denominada Classe 10, com remuneração própria e limitada à respectiva carreira”.

Verificando os valores constantes no Anexo I da LC nº 174/22, verifica-se que também foi seguido o mesmo padrão remuneratório previsto na LC nº 070/12 e LC Nº 072/12, conforme se observa abaixo, quando a última parcela do reajuste acordado for paga para professores de 30h, por exemplo:

Salário básico da Classe Única (Classe 10) do Nível I: R$ 4.436,97

Salário básico da Classe 10 do Nível II: R$ 6.211,76

Logo, permanece a diferença de 40% entre o salário da Classe 10 do Nível I e da Classe 10 do Nível II e o Professor do nível médio que se graduar, nos termos do § 3º com redação dada pela Lei Complementar nº 174/22, poderá migrar imediatamente para a classe 10 do nível II e ter, automaticamente, 40% de aumento do seu salário base.

Portanto, temos a garantia da segurança jurídica a todos os professores através das tabelas salariais e garantia de reajustes futuros que continuam no mesmo padrão de valorização salarial conquistado pela categoria. No final da carreira, os professores terão salário base de R$ 16.150,57 para 40/h e R$ 12.112,93 para 30/h, acrescidos dos quinquênios – o que faz a carreira de professor do município de Mossoró ser mais valorizada do que a dos docentes das universidades públicas.

A equipe jurídica que elaborou o projeto de lei fica à disposição da categoria de professores para fazer qualquer esclarecimento e explicação e, consequentemente, tranquiliza que o PCCR dos professores será cumprindo integralmente como é observado nas tabelas salariais.

Mossoró-RN, 31 de março de 2022

Secretaria Municipal de Educação

Consultoria Geral do Município

Procuradoria Geral do Município

Prefeitura Municipal de Mossoró

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Reajuste dos professores é aprovado na Comissão de Finanças e Fiscalização da Assembleia

Uma luta dos professores lotados na pasta da Educação do Rio Grande do Norte está próxima de ser confirmada. Hoje (23), o projeto de reajuste do piso do magistério foi aprovado na Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF) da Assembleia Legislativa. A Lei Complementar que reajusta os vencimentos básicos dos cargos públicos de provimento efetivo de professor e de especialista em educação continua tramitando na Casa.

A matéria, relatada pelo deputado Nelter Queiroz (MDB) encartou emendas apresentadas pela Comissão, com o intuito de melhorar a proposta original encaminhada pelo Governo do Estado. O percentual de atualização do valor do piso salarial é de 33,24%.

A proposição almeja reajustar os vencimentos básicos atribuídos aos titulares dos cargos públicos de provimento efetivo de Professor e de Especialista de Educação, do quadro funcional do Magistério Público Estadual, disciplinados pela Lei Complementar Estadual nº 322, de 11 de janeiro de 2006, com efeitos financeiros retroativos a 1º de janeiro de 2022, em cumprimento à Portaria nº 67, de 4 de fevereiro de 2022, do Ministério da Educação, referente à atualização do valor do piso salarial nacional dos profissionais do magistério da educação básica pública no percentual de 33,24%.

De acordo com o Projeto aprovado, que agora segue para a votação final no Plenário da Assembleia Legislativa, os valores constantes do Anexo Único passam a vigorar com efeitos financeiros a partir de 1º de janeiro de deste ano.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), pediu prioridade no encaminhamento da matéria por entender a importância do reajuste do piso do magistério para os professores do Rio Grande do Norte.

A Comissão também aprovou Projeto de Lei 3413, de iniciativa do Ministério Público, que dispõe sobre a mudança dos códigos, bem como a criação de serviços na tabela do Fundo de Reaparelhamento do Ministério Público do RN.

Na exposição de motivos que encaminhou o Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa, a Procuradora-Geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Elaine Cardoso de Matos Novais Teixeira registrou que a matéria mostra-se necessária e de acordo com a norma vigente, que dá conta da padronização dos códigos do Fundo de Reaparelhamento do Ministério Público (FRMP) com os da tabela de serviços do Fundo de Desenvolvimento da Justiça(FDJ), do Fundo de Compensação do Registrador Civil das Pessoas Naturais (FCRCPN) bem  como da uniformização das respectivas faixas, estando, ainda, os impostos apresentados nos anexos ao Projeto, corrigidos nos termos do artigo 15 da Lei 9.419.

Participaram da reunião os deputados Tomba Farias (PSDB), Nelter Queiroz, Isolda Dantas (PT), Hermano Morais (PSB), José Dias (PSDB), Getúlio Rêgo (DEM) e Coronel Azevedo (PSC).

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Análise

Kelps acusa o golpe por análise do Blog do Barreto e mostra mais uma vez a própria incoerência

O Blog do Barreto na última terça-feira postou uma análise sobre o silêncio do deputado estadual Kelps Lima (SD) após o prefeito Allyson Bezerra (SD) encontrar dificuldades para pagar o piso nacional dos professores alegando questões jurídicas (ver AQUI).

Pois bem!

Após o prefeito entrar em acordo com os professores para pagar o piso de forma parcelada o deputado gravou um vídeo fazendo referência à postagem do Blog como “turma do PT”.

Kelps celebra um acordo que Allyson fez em condições semelhantes ao que a governadora Fátima Bezerra (PT) com parcelamento a perder de vista (ver AQUI).

Kelps sentiu o peso da contradição que pairou sobre seus ombros e o registro de seu silêncio.

Para confirmar o que escrevemos, ele voltou a falar após Allyson fazer o acordo.

Um diferencial, nas palavras de Kelps, é que a governadora encarou uma greve. Vale lembrar que os professores estavam com um indicativo de greve aprovado e que a categoria em Mossoró não sofre as mesmas pressões políticas em nível estadual.

Com um ar triunfante de quem acha que está saindo por cima, Kelps voltou a posar de paladino da moral citando o desempenho dele na CPI da pandemia na Assembleia Legislativa onde não fez nada além de pirotecnia e vazar informações sigilosas.

O Blog incomoda o deputado porque aponta suas contradições e incoerências.

A propósito: o deputado, que tem base eleitoral em Natal, tem o que dizer sobre o prefeito Álvaro Dias (PSDB) que não atualiza o piso dos professores desde 2020 e ainda não deu uma palavra sobre os 33,25%?

Diferente de Kelps essa pagina reconhece as dificuldades que envolvem pagar um reajuste dessa magnitude e parabeniza Allyson e Fátima por terem buscado e conseguido costurar um acordo com os professores.

Kelps escolhe ter dois pesos e duas medidas em sua incoerente cruzada em busca do voto bolsonarista.

Por fim deixo o vídeo em que Kelps elogia Allyson por ter feito algo parecido com o que Fátima fez. Pena que ele não teve a honestidade intelectual de registrar que o Blog noticiou o acordo (confira AQUI).

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Sem categoria

Procurador afirma que impacto dos 33% do piso é de R$ 44 milhões/ano e que prefeito apresentará proposta amanhã

O procurador-geral do Município informou que se o reajuste do piso nacional dos professores for aplicado na íntegra terá um impacto de R$ 44 milhões/anona folga de pagamento da Prefeitura de Mossoró.

Ao Foro de Moscow ele disse que os professores já estão contemplados em relação ao piso nacional da categoria de R$ 3.845,63, o que não garante o reajuste de 33,24%.

No entanto, ele disse que o prefeito Allyson Beserra (SD) vai apresentar proposta aos professores na reunião de amanhã com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserpum).“Proposta vai ter. Está na cabeça dele. A decisão será dele que é o agente que é votado”, disse. “Será uma decisão com base na realidade”, complementou.

A reunião programada para amanhã tem a expectativa de uma proposta a ser apresentada pelo prefeito.

Confira o vídeo

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Sinte rejeita nova proposta do Governo e professores entram em greve

Os trabalhadores e trabalhadoras em educação da rede estadual de ensino deliberaram na tarde desta segunda-feira (14), em assembleia virtual, com a participação de mais de mil pessoas, pela deflagração da greve por tempo indeterminado.

A assembleia rejeitou, por cerca de 90% de seus participantes, a proposta apresentada pelo Governo do Estado em que não aplica o percentual de reajuste dos 33,24% na horizontalidade da carreira, provoca um achatamento salarial e assim burla o cumprimento da Lei do Piso nacional do Magistério.

A categoria também legitimou uma comissão de negociação composta por dirigentes do SINTE/RN e trabalhadores da base, que elaborarão uma contraproposta para apresentar ao governo que respeite a horizontalidade e aplique o percentual igual para ativos e aposentados.

“Companheiros e companheiras em educação, nesta segunda tivemos assembleia estadual e a nossa categoria rejeitou a proposta apresentada pelo governo e deflagrou a greve. Agora é organizar a categoria e construir a luta”, disse o coordenador geral do SINTE/RN, professor Rômulo Arnaud.

Novas Assembleias

O SINTE/RN terá nova assembleia estadual com a categoria na próxima quinta-feira (17), às 14h e a Regional Mossoró na quarta-feira (16), às 8h da manhã, sendo todas as duas atividades de forma presencial e respeitando todos os protocolos sanitários de proteção contra a Covid-19.

Veja a proposta que o Governo do Estado apresentou na tarde desta segunda-feira

  1. Do piso: aplicar, em reais, a partir de janeiro para quem recebe menos que o valor R$ 3.845,63, proporcional a 30h (cerca de 8.000 servidores);

 

  1. Do percentual para aqueles que não foram contemplados com o piso, será aplicado para ativos, inativos e pensionistas, da seguinte forma:

 

2.1   para os servidores que recebem valor inferior a R$ 3.843,63, serão aplicados percentuais que variam até 33,24%, de forma a garantir o Piso Nacional, a partir de janeiro de 2022. 

 

2.2   Em março, 13% para todos que não receberam aumento em janeiro/22.

 

2.3   Em dezembro, o complemento dos 33,24%. E, parcela variável entre 0% e 17,91%, a depender da parcela recebida em janeiro ou março.

  1. A parcela relativa ao mês de dezembro proposta está condicionada ao acordo legal com Tribunal de Contas do Estado e o Tribunal Regional Eleitoral.

Governo afirma que proposta está dentro do limite suportável pelo Estado

Durante a audiência com os professores os membros do Governo afirmaram que a proposta apresentada atingiu o limite do suportável pelo Estado.

“Os cálculos foram feitos dentro dos valores suportáveis no orçamento. E contempla ativos, inativos e pensionistas com pagamento integral dos 33,24% a todos em dezembro, mediante acordo assegurando a legalidade junto ao TRE e TCE”, informou o controlador-Geral do Estado, Pedro Lopes.

O secretário-chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves, explicou que a proposta garante o piso, como determinou a governadora Fátima Bezerra, sendo 13% para todos a partir de janeiro. Quem está acima do piso, R$ 3.840, receberá 13% a partir de março e será completado os 33,24% para todos em dezembro, completando o reajuste condicionado a acordo a ser firmado com o Tribunal de Contas do Estado e com o Tribunal Regional Eleitoral, em virtude da legislação eleitoral proibir alterações salariais nos três meses antes e posteriores às eleições.

Secretária-adjunta do GAC, a professora Socorro Batista reforçou que a proposta garante que nenhum professor ficará abaixo do piso. Ela também enfatizou que o escalonamento permitirá tempo ao Governo para avaliar as situações legais para o pagamento integral, inclusive de retroativos em virtude das imposições legais em ano eleitoral.

O secretário de Educação Getúlio Marques disse que “o Governo não discute direitos e o que é certo e legítimo da categoria. Mas também está preocupado com os alunos que há dois anos estão prejudicados pela pandemia e uma greve agora prejudicaria ainda mais”.

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Allyson afirma que Bolsonaro faz gentileza com chapéu alheio em reajuste do piso dos professores e promete proposta para próxima semana

O prefeito Allyson Bezerra (SD) em entrevista ao radialista Gilson Cardoso na 105 FM reclamou da forma como o presidente Jair Bolsonaro (PL) tratou o reajuste do piso nacional dos professores em 33,24%.

Para o chefe do executivo municipal o Bolsonaro fez caridade com o chapéu alheio já que não aumentou o Fundeb e são as prefeituras e governos estaduais que vão ter que se virar para pagar. “Sabe aquele negócio se faz chapéu alheio? O Governo poderia ter dito que iria dar dez, 40%… já repassar o dinheiro…”, ironizou.

Ele disse ainda que já está trabalhando para cumprir o piso. “Ontem tive uma reunião com a equipe econômica e estamos trabalhando para ver como implementar”, frisou.

Allyson estimou que na próxima semana já deva ter uma proposta para apresentar aos professores. “Mesmo o governo não mandando esse valor estamos trabalhando para garantir esse reajuste”, declarou.

Confira o trecho da entrevista: