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Policiais civis aceitam proposta do Governo e encerram greve

Os Policiais Civis se reuniram em Assembleia Geral na tarde desta quinta-feira, 25, e deliberaram por uma proposta apresentada pelo Governo do Estado em relação à pauta salarial. A categoria aceitou o que foi posto, no entanto, condicionou o acordo à implantação do auxílio-alimentação, haja vista que as outras forças da Segurança Pública já recebem.

Também foi deliberado que as delegacias voltam a funcionar no expediente regular. Entretanto, as Diárias Operacionais de serviço extraordinário seguirão paralisadas até que acordo com o Executivo seja concretizado e assinado.

De acordo com Nilton Arruda, presidente do SINPOL-RN, os percentuais oferecidos pelo Governo, que têm uma média de 7% entre as classes da Polícia Civil, estão muito abaixo das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos. Mesmo assim, houve um entendimento da categoria pela aceitação.

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Mesmo com decisão judicial desfavorável, policiais civis decidem manter greve

Após mais um dia de mobilização, os Policiais Civis deliberaram pela continuidade do movimento deflagrado nesta semana. Na noite desta quarta-feira, 24, a categoria se reuniu em Assembleia Geral e decidiu por reabrir apenas os plantões durante o resto da noite e madrugada.

A categoria enfrenta uma decisão do desembargador Dilermando Mota determinando o retorno ao trabalho.

A expectativa dos Policiais Civis é que o Governo do Estado finalmente apresente uma resposta em relação à pauta de valorização da categoria. A delegada-geral da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, assumiu compromisso de se reunir diretamente com a governadora Fátima Bezerra e discutir o pleito da categoria, o que gera uma expectativa de nova proposta.

Diante da ausência de retorno a respeito da reunião foi deliberado pelos policiais civis a continuidade da mobilização nesta quinta-feira.

“A luta seguirá firme até que a governadora tenha um gesto de reconhecimento aos policiais civis. O que está sendo pedido é justo e, inclusive, o Governo já concedeu para outras categorias da Segurança Pública. Então, agora só falta a vontade política da chefe do Executivo para encerrarmos esse movimento”, destaca Nilton Arruda, presidente do SINPOL-RN.

 

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Policiais civis aprovam paralisação de 24 horas

Decisão foi tomada em Assembleia (Foto: cedida)

Os policiais civis e Servidores da Segurança se reuniram em Assembleia Geral, na última sexta-feira, 31, na sede do SINPOL-RN, e deliberaram por uma paralisação de 24 horas nesta terça-feira, dia 4 de fevereiro, em protesto contra a reforma a Previdência.

A diretoria do SINPOL-RN expôs para as categorias que existe uma articulação nacional, comandada pela Cobrapol, para conseguir emplacar emendas na PEC Paralela da reforma da Previdência federal, de forma a garantir alguns ajustes que amenizem os prejuízos causados aos policiais civis e outros agentes da Segurança Pública.

Dentro desse movimento nacional, haverá uma paralisação de policiais civis em todo o Brasil neste dia 4 de fevereiro. Aliado a isso, servidores do Rio Grande do Norte também fazem uma paralisação nos dias 3 e 4 por causa da reforma da Previdência estadual.

A diretoria colocou em deliberação e a categoria decidiu participar da paralisação da terça-feira, 4, somando-se tanto ao movimento nacional quanto à luta estadual. Neste dia, os policiais civis e servidores da Segurança devem se concentrar na sede do SINPOL-RN, a partir das 8h.

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SINPOL acusa Governo de propor redução salarial e anuncia protesto

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Policiais estão insatisfeitos (Foto: Cedida)

Os Policiais Civis do Rio Grande do Norte farão um grande protesto, nesta sexta-feira, 25, a partir das 8h, em resposta a uma proposta apresentada pelo Governo do Estado que implica em redução salarial da categoria. Além disso, os Agentes e Escrivães farão uma entrega simbólica dos distintivos em protesto.

Nesta quinta-feira, 24, o SINPOL-RN teve uma reunião com o Gabinete Civil na qual estava programada a apresentação de uma contraproposta aos pleitos de reestruturação da carreira dos Policiais Civis. “Para nossa surpresa, o Governo que se diz dos trabalhadores fez a pior proposta da história do Sindicato dos Policiais Civis e acredito que a pior proposta que qualquer outro Governo já tenha feito. Foi nos proposto uma reformulação na carreira que acarreta em redução salarial para algumas classes de Agentes e Escrivães”, comenta Nilton Arruda.

O presidente do SINPOL-RN explica que: “quando a gente pega a estrutura de quanto um policial ganha atualmente e compara com o que foi proposto nas projeções do Governo, é identificado em alguns casos redução de até R$ 400 no salário e aproximadamente 800 policiais seriam atingidos”.

Logo após a reunião com o Gabinete Civil, o SINPOL-RN reuniu os Policiais Civis em Assembleia Geral e apresentou o que foi posto pelo Governo. Por unanimidade, a categoria rejeitou e deliberou por realizar um grande protesto nesta sexta-feira. “Vamos todos com um pires na mão mostrar à sociedade que o Governo do Estado não valoriza a Polícia Civil e, pior ainda, nos oferece uma proposta pra diminuir o que ganhamos”, destaca. Os Policiais Civis também farão um ato de entrega simbólica dos distintivos.

Nilton Arruda lembra que desde o dia 23 de julho existe um termo de compromisso assinado entre o Governo do Estado e o sindicato estabelecendo o fim de outubro como limite para conclusão das negociações de reestruturação. “Nós esperávamos que tivéssemos o mesmo tratamento que tem sido dado a outras forças da segurança. Mas ao que parece, para a governadora Fátima Bezerra, os Policiais Civis não são dignos de terem seu trabalho reconhecido”.

Texto: Assessoria SINPOL-RN

 

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Policiais suspendem paralisação

Policiais terão nova rodada de negociação com o Governo (Foto: cedida)

Os Policiais Civis do Rio Grande do Norte se reuniram em Assembleia Geral, na manhã desta segunda-feira, 21, e decidiram suspender o movimento de paralisação que havia sido deliberado no último dia 7. A categoria cobra a conclusão das negociações com o Governo do Estado referente ao projeto de reestruturação da carreira.

A Diretoria do SINPOL-RN explicou que os trâmites voltaram a andar na última semana, tendo sido realizadas duas reuniões com o Governo do Estado. “Existe um prazo, assinado em documento, estabelecendo o dia 31 de outubro como limite para conclusão desse processo. Como as negociações estavam paradas, a categoria entendeu por deliberar a paralisação. Agora, com a retomada dos diálogos e trabalhos técnicos, foi decidido pela suspensão do movimento”, explica Nilton Arruda.

O presidente do SINPOL-RN ressalta que, apesar disso, os Policiais Civis continuam mobilizados no sentido de cobrar o andamento célere das negociações para que o prazo estabelecido no termo de compromisso seja cumprido.

“Temos praticamente uma semana para construir um entendimento satisfatório e esperamos que o Governo honre com sua palavra. A reestruturação da carreira do policial civil é urgente. Estamos lutando por dignidade e reconhecimento dos nossos direitos”, completa Nilton Arruda.

Com a deliberação pela não continuidade da paralisação, as delegacias da Polícia Civil funcionam normalmente nesta segunda-feira. Um novo encontro entre o SINPOL-RN e Gabinete Civil acontecerá na quarta-feira, 23. Já no dia seguinte, quinta-feira, 24, os Policiais Civis voltam a se reunir na sede do Sindicato, a partir das 8h.

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Policiais Civis encerram paralisação após acordo com governadora

Os Policiais Civis e Servidores da Segurança se reuniram em Assembleia Geral, na manhã desta quarta-feira, 24, e decidiram suspender a paralisação que teve início nas primeiras horas do dia. A categoria cobrava abertura de diálogo com o Governo do RN para tratar a pauta de reivindicações.

Na tarde desta terça-feira, 23, o SINPOL-RN foi recebido pela governadora Fátima Bezerra. A reunião durou algumas horas e resultou na assinatura de um termo de compromisso do Governo do Estado para início das discussões da pauta de reivindicações. Isso será feito através de um grupo de trabalho que será formado na próxima semana.

Além disso, o Governo se comprometeu em implantar imediatamente as promoções e progressões que já estão publicadas, mas que ainda não são pagas aos Agentes e Escrivães. Também ficou acertado que a equipe do Executivo dará celeridade aos demais processos de promoção que estão parados na Secretaria de Administração.

“Nós fizemos a explanação para a categoria de todos os detalhes dessa reunião com o Governo durante Assembleia Geral na manhã desta quarta. Em seguida, colocamos em deliberação se deveríamos ou não continuar a paralisação. Os Policiais Civis e Servidores da Segurança deliberam pelo retorno às atividades”, comenta Nilton Arruda.

Com isso, de acordo com o presidente do SINPOL-RN, todas as delegacias voltam a ter funcionamento normal já na tarde desta quarta-feira.

Nilton Arruda lembra que a governadora Fátima Bezerra também se comprometeu em realizar o concurso público para a Polícia Civil, uma das pautas do SINPOL-RN, nos próximos meses, com previsão de lançamento do edital até o final deste ano.

“Agora, esperamos que o que foi acordado seja concretizado e possamos evoluir com a pauta de reivindicações, pois essa é uma necessidade urgente. Já na próxima semana, na quinta-feira, dia 1 de agosto, temos agendada a primeira reunião do grupo de trabalho”, destaca o presidente do sindicato.

Sobre os salários atrasados, o Governo do Estado novamente alegou que depende de entrada de recursos extraordinários e, por isso, não pode estabelecer um calendário para quitar as folhas em aberto. Contudo, a governadora Fátima disse que os salários do mês corrente continuarão sendo pagos dentro do próprio mês.

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Polícia Civil do Rio Grande do Norte: uma instituição em processo de extinção

Por Nilton Arruda*

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) é uma instituição que vem sendo sucateada há anos, seus profissionais trabalham em delegacias com condições estruturais totalmente adversas, salários atrasados, sem equipamentos adequados e com sobrecarga de demandas. Há dez anos sem realizar concurso público, a PCRN possui um dos menores efetivos do Brasil. Estamos em 23º no ranking em comparação com os 27 estados da federação (fonte: COBRAPOL).

A proporção ideal de policial/habitante é relativa, os contextos socioculturais envolvidos como credibilidade da força policial e níveis de violência variam em todos os lugares, a quantidade de policiais necessária em Tóquio, considerada a capital mais segura, não é a mesma de Natal que é uma das cidades mais violentas do mundo. Em análise aos contextos e peculiaridades locais em 2010 foi instituído através da Lei Complementar 417/2010, que o efetivo policial civil necessário ao RN era 5.150 policiais, e hoje contamos com um efetivo de 1.398. Em 2010, o estado do RN era um dos mais seguros do Brasil, ao contrário de hoje.

Estudos realizados por duas universidades em Santa Catarina (UFSC e UNISUL), que envolvem a atividade policial civil, demonstram que 60% do efetivo estava acometido por síndrome de burnout, caracterizando a atividade como de estresse excessivo e demonstrando não haver diferença significativa entre o policial operacional de rua e aquele que faz atividade de atendimento ao público e coleta de oitivas, referentes a atividades internas. Fadiga e sobrecarga de trabalho são uns dos itens desencadeadores da síndrome.  O efetivo policial civil de SC é maior que do RN.

A PCRN não possui um sistema informatizado que possa garantir otimização do efetivo e uma melhor eficiência na resolução dos crimes, o que também impede a mensuração dos resultados dos trabalhos produzidos demonstrando a produção individualizada por área, por delegacia e por policial. A falta de sistemas informatizados adequados também gera uma subnotificação dos crimes, ausência de informação sobre a criminalidade em diversas áreas e ausência de compartilhamento de informações entre as forças de segurança no Estado. Soluções simples para esta situação existem, mas a burocracia e a inscíssima por parte dos gestores da nossa instituição relativa a políticas de tecnologia, impedem a implantação de sistemas inteligentes.

Qual a efetividade na resolução de crimes que PCRN tem? A resposta é complexa por não haver dados confiáveis, devido à falta de um sistema informatizado e gerenciável na instituição. A média nacional de resolubilidade de crimes de homicídios dolosos (intenção de matar) é de 6%, conforme dados oficiais da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública. Possivelmente nosso índice seja igual ou pior, pois temos uma das policias mais deficitárias do país em relação a efetivo. A impunidade impera no Estado do Rio Grande do Norte.

Nosso Estado possui uma das maiores taxas de mortes do sexo feminino no Brasil, de 2015 até agosto de 2018 foram 270 mortes, sendo 71 por razão de gênero. No ranking nacional, o estado potiguar figura na quarta posição com o maior crescimento de mulheres assassinadas, conforme relatório do Observatório da Violência no RN (OBVIO). A maioria desses crimes aconteceu no período noturno e finais de semana. Por motivo do baixo efetivo as delegacias especializadas de atendimento à mulher (DEAM), não apuram lesão corporal, ameaça, importunação ofensiva ao pudor, injuria, calúnia e difamação mesmo tendo motivação de gênero (não sendo em sede de violência doméstica); nem tentativa de feminicídio e nem feminicídio. Não há no nosso estado nenhum atendimento especializado a mulher no período noturno e nos fins de semana, as DEAMs fecham a noite por falta de efetivo. No período de maior vulnerabilidade da mulher, ela irá encontrar as portas da Polícia Civil do RN fechadas.

Quais políticas e atitudes o Ministério Público tem realizado em prol da instituição PCRN no sentido de fortalecê-la? Qual o apoio em prol de um concurso público e da aquisição de ferramentas que possam qualificar a investigação na luta contra a impunidade? Por que não ajudar a fortalecer uma instituição que pode promover a justiça e proteger a sociedade? “Nenhuma pergunta é tão difícil de responder quando aquela cuja resposta é óbvia”, Bernard Shaw. O Ministério Público do RN, instituição rica, sólida e bem estruturada, deveria atuar de forma mais contundente na busca do fortalecimento da polícia investigativa, com intuito de diminuir os índices de impunidade e criminalidade no nosso estado.

Muitos policiais se submetem a mais de 70 horas semanais de carga horária, para terem uma complementação salarial em diárias operacionais. O salário em início de carreira de agentes e escrivães é de R$3.755,48, temos um dos piores salários do Brasil, 24º do ranking entre estados. Os policiais civis sofrem há mais de dois anos com regulares atrasos salariais.

Com todas estas adversidades o termo herói não é adequado para o policial civil do RN, pois o herói sempre possui dotes extraordinários, sobre-humanos para superação dos problemas contando com o apoio e admiração de todos. O melhor termo é obstinado, pois mesmo com limitação de forças sendo cobrado, desmotivado, emocionalmente esgotado, e muitas vezes punido segue inflexível no cumprimento de suas missões.

*É presidente do SINPOL/RN

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RN tem um dos menores efetivos da Polícia Civil no Brasil

O Rio Grande do Norte está no 23º lugar em um ranking de policial civil por habitante feito entre os estados brasileiros (veja tabela acima). Atualmente, são 1.400 Policiais Civis para uma população de 3.479.010, o que deixa o Estado com uma proporção de um policial para cada 2.485 habitantes.

Os dados são alarmantes e atrapalham investigações favorecendo a impunidade aos criminosos.

Outro problema sério diz respeito à falta de estrutura da Polícia Civil do Rio Grande do Norte. “A PCRN não possui um sistema informatizado que possa garantir otimização do efetivo e uma melhor eficiência na resolução dos crimes, o que também impede a mensuração dos resultados dos trabalhos produzidos demonstrando a produção individualizada por área, por delegacia e por policial”, frisou Nilton Arruda, presidente do SINPOL/RN.

Com informações da Assessoria de Comunicação do Sinpol/RN

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