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Equipamentos para mecanizar agricultura familiar no RN começam a chegar da China

O dia 16 de janeiro de 2024 vai ficar marcado na história da agricultura familiar do Rio Grande do Norte e do Nordeste. Será o símbolo da transição entre um modo de produção rudimentar e um novo modo de produção tecnificado, pois marca a chegada do primeiro lote de máquinas agrícolas adaptadas à agricultura familiar.  De 25 de janeiro a 03 de fevereiro de 2024, o Governo do RN, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf), realizará uma jornada de eventos para celebrar a Parceria Brasil-China para Mecanização Agrícola da Agricultura Familiar.

O primeiro contêiner, que chegou nesta terça-feira (16), em Apodi (RN), trouxe 14 objetos, entre trator de esteira, cultivador, plantadeira, colheitadeira e semeadoura de alta precisão, além de equipamentos como arado de disco e um reboque para trator. Ao todo são esperadas 29 máquinas, que serão testadas no Rio Grande do Norte por cerca de 150 famílias do Oeste, onde se concentra boa parte dos cerca de 50 mil empreendimentos agrícolas familiares do Estado. “Hoje é um dia histórico porque marca o primeiro contêiner do primeiro lote de máquinas chinesas que vêm para contribuir para a tecnificação e a modernização da agricultura familiar do Rio Grande do Norte e da Região Nordeste”, enfatizou Alexandre Lima.

Coordenador da Câmara Temática da Agricultura Familiar (CTAF), do Consórcio Nordeste, e secretário titular da Sedraf-RN, ele acompanha esse processo desde 2020, quando teve início o debate sobre os baixos índices de mecanização na agricultura familiar, sobretudo no Nordeste brasileiro, resultando na formalização de uma parceria em 2022, com assinatura de um memorando de entendimentos. “Estamos em Apodi preparando o terreno para um novo tempo, que veio para mudar a realidade do campo e potencializar ainda mais a produção de alimentos saudáveis”, aponta Lima.

Nesta importante etapa, que é o lançamento do campo de testagem, a agenda da Parceria Brasil-China começa em Apodi (RN) no dia 25/01 (quinta-feira), com a realização do Seminário de Formação para Mulheres; tem seu ponto alto no dia 02/02 (sexta-feira), com visita ao campo de testagem, na comunidade Baixa de Dentro, e Ato Público no entorno da Lagoa de Apodi; e continua no dia 03/02 (sábado) com reuniões com movimentos sociais e visita à UERN, para discussão de possível acordo de cooperação.

A Parceria Brasil-China reunirá, além da comitiva chinesa, delegações do Governo Federal, em especial do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar (MDA), dos governos dos estados nordestinos, das universidades públicas e institutos federais, dos sindicatos rurais e imprensa. “Será um grande momento de celebração a este novo tempo. Primeiro nós reconhecemos a agricultura familiar como produtora de alimentos saudáveis; em seguida trabalhamos para incentivar sua entrada nos mercados públicos e privados; e agora estamos prontos para incentivar o aumento da produção, por meio da mecanização da agricultura familiar”, assegura o secretário.

A Parceria Brasil-China é um movimento liderado pelo Consórcio Nordeste, sendo executado no Rio Grande do Norte pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf-RN). Os demais entes que compõem esta iniciativa são: Universidade Agrícola da China (CAU), Instituto Internacional de Inovação de Equipamentos Agrícolas e Agricultura Inteligente (IIIEAAE), Associação Internacional para a Cooperação Popular (IAPC/BAOBAB) e Associação dos Fabricantes de Maquinaria Agrícola da China (CAAM).

Também integram a missão o Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar (MDA); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (Fapern); Cooperativa da Agricultura Familiar Xique Xique; IFRN (Campus Natal e Apodi); Prefeitura Municipal de Apodi; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apodi (STTR), bem como as empresas Zhejiang Sifang Group Corporation – Zhejiang Sifang; Debont Corp – Debont; Chongqing Shineray Agricultural Machinery Co. Ltd. – Shineray; Zoomlion Agriculture Machinery Co. Ltd. – Zoomlion; Guangxi Hepu Huili Machinery Co. Ltd. – Huili; e Hebei Yihang Amperex Technology Limited – Yihang.

AGENDA – 25/01 a 03/02:

  • 25 e 26/01 – Manhã e tarde – STTR Apodi- Formação para Mulheres – Sedraf, IAPC, MDA.
  • 27/01 a 01/02 – Manhã e Tarde – IFRN Apodi – Formação Montagem e Testagem – Empresas chinesas.
  • 02/02 – Tarde – Visita ao campo de testagem – Comunidade Baixa de Dentro – Ato Político na cidade.
  • 03/02 – Manhã – Apodi – STTR Apodi – Ato com Movimentos Sociais na Agricultura Familiar.
  • 03/02 – Tarde – Mossoró – UERN – Discussão para Instalação do Centro de Inovação e Tecnologia para Mecanização Agrícola.
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Uso de tecnologia na agricultura familiar do RN é tema de reunião em Brasília

O professor da UFERSA, Nildo Dias, esteve esta semana em Brasília em uma reunião com a Diretora de desenvolvimento e consolidação de projetos de assentamento do INCRA Rosilene Rodrigues, a subsecretaria do MDA mulher, Conceição Dantas, e o Secretário de Agricultura Familiar do RN Alexandre Lima.

A principal pauta da reunião foi o desenvolvimento de um projeto sobre tecnologias socioambientais para o uso coletivo de atividades domésticas associadas às práticas sustentáveis de reuso da água, energia renovável e produção familiar.

Segundo o professor Nildo Dias, a principal meta do projeto será a construção de lavanderias ecológicas para uso coletivo pelas mulheres de Assentamento e Quilombolas tendo em vista a autonomia das mulheres em uma atividade produtiva. A água utilizada nas lavanderias será tratada e, posteriormente, aproveitada na irrigação de fruteira que serão cuidadas pelas mulheres.

“Para o funcionamento das máquinas e demais demandas energéticas das lavanderias será reutilizado a energia solar – uma energia limpa” destacou o professor.

Além dessa ação produtiva para as mulheres, também, está previsto um programa residência agrícola exclusivamente para mulheres recém-formadas em cursos de ciências agrárias ou a fins que possam atuar nas ações do projeto.

A execução do projeto está prevista para iniciar a partir de setembro de 2023, sendo previsto orçamento de 1 milhão no primeiro ano do projeto.

 

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SEDRAF/RN se posiciona de forma estratégica na retomada de investimentos em agricultura familiar no Brasil

O Rio Grande do Norte e o Nordeste estão em ritmo de compartilhamento de experiências exitosas na área da agricultura familiar. Nesta semana em que a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (SEDRAF) completou quatro anos de criação, com base na Lei Complementar 649/19, o secretário Alexandre Lima participou do evento “Diálogos sobre máquinas e tecnologias voltadas para a agricultura familiar”, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), e apresentou as tratativas feitas até agora pelo Consórcio Nordeste para avançar a mecanização agrícola na região, responsável por quase 50% dos empreendimentos de agricultura familiar do Brasil.

“Tive a honra de representar o Consórcio Nordeste na reunião interministerial, que discutiu a retomada do Programa Mais Alimentos. Mais uma importante política pública que será retomada pelo Governo Lula. Agradeço ao Ministro Paulo Teixeira pelo convite”, declarou o gestor. Segundo o MDA, o evento selou um pacto para a retomada da política de incentivo à produção e ao acesso a máquinas específicas para as agricultoras e agricultores familiares, que começou a ser desenhado nesta quarta-feira (10), em Brasília.

A reunião contou com participação dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), empresas públicas, movimentos sociais, universidades, instituições financeiras e representantes da indústria nacional de máquinas e implementos agrícolas.

REFERÊNCIA NACIONAL

Na semana passada, Lima participou na capital maranhense do Seminário Nacional da Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural, promovido pela Secretaria de Estado Agricultura Familiar (SAF-MA). Na ocasião, o secretário fez apresentação sobre o PECAFES (Programa Estadual de Compras Governamentais da Agricultura Familiar e Economia Solidária), um dos pilares do Programa Estadual Mais Mercados, que em quatro anos foi o arcabouço para a aquisição de mais de R$ 36 milhões da agricultura familiar.

De 2019 a 2023, o Estado do Rio Grande do Norte tem se tornado referência nacional no tocante às políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar, desde a criação da SEDRAF-RN, oficializada no dia 10 de maio de 2019. A pasta executa um conjunto de ações voltadas à inclusão produtiva da mulher e do homem do campo, contribuindo para aquecer a economia rural e melhorar a qualidade de vida das famílias agricultoras.

A celebração dos quatro anos de criação da secretaria ocorreu logo após a segunda visita da equipe do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), reafirmando o protagonismo das políticas públicas implantadas desde o primeiro ano de governo da professora Fátima Bezerra. Por meio da SEDRAF, sigla que está se tornando comum aos ouvidos de milhares de famílias agricultoras do Rio Grande do Norte, o governo estadual está dando um novo ritmo ao campo, possibilitando o acesso à terra, novas tecnologias, crédito e aberturas de mais mercados.

“Iniciamos com ações pioneiras, à exemplo do Programa Estadual de Sementes Crioulas. Em seguida, seguimos com estratégias de mercado e criamos o PECAFES, e avançamos bastante nas iniciativas de inclusão produtiva, tendo como carro-chefe o Projeto Algodão Agroecológico Potiguar. Hoje, podemos dizer que as ações expandem para o campo da segurança hídrica, com a perfuração de 120 poços no estado, e na pesquisa e inovação, por meio dos editais que lançamos com a FAPERN. Além disso, estamos na expectativa de um novo tempo, a chegada de um novo modelo agrícola, que será configurado com a mecanização adaptada à agricultura familiar no Nordeste brasileiro”, declarou o secretário Alexandre Lima.

As ações executadas pelo Governo do RN têm contribuído decisivamente para que a agricultura familiar continue a cumprir a sua vocação de produzir alimentos saudáveis para o povo potiguar.  A secretaria organiza sua atuação em cinco eixos estratégicos: Inclusão Produtiva Sustentável, Acesso a Mercados, Governança Fundiária, Segurança Hídrica e Pesquisa e Inovação.

Com a criação da SEDRAF, o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte – EMATER-RN – passou a ser vinculado à secretaria. Este fato possibilitou a formação de uma aliança que está sendo fundamental para a missão de fortalecer a agricultura familiar potiguar, a fim de contribuir para o desenvolvimento rural do Rio Grande do Norte.   Todas as políticas e ações da Secretaria e do Instituto estão contidas nos sites das instituições e nos perfis das redes sociais. Siga SEDRAF-RN e EMATER-RN no Instagram, Twitter, Facebook e Youtube. Acompanhe: www.sedraf.rn.gov.br;  www.emater.rn.gov.br.

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Fátima entrega poço tubular com sistema de energia solar em Mossoró

“É o Rio Grande do Norte inserido na modernidade energética”. A avaliação é da governadora Fátima Bezerra sobre a entrega de mais um poço tubular com sistema solar. O evento aconteceu na tarde desta terça-feira (09), na Comunidade Arisco, que fica a 22 km do município de Mossoró. O sistema de energia solar instalado nos poços bombeia a água sem gastos com conta de luz. Além de ajudar na plantação, também ajuda na pastagem dos animais.

“Essa não é uma agenda qualquer, de forma nenhuma. Estamos falando de 120 famílias que passam agora a ter a garantia de segurança hídrica e autonomia energética, sem gastos com conta de energia, para que continue o seu processo de produção”, afirmou a chefe do executivo estadual ao lembrar que a agricultura familiar é capaz de assegurar a segurança e a soberania alimentar da população, sendo responsável hoje por 70% dos alimentos que são consumidos pela população brasileira.

O poço foi entregue com sistema de captação e bombeamento de água movido à energia solar, caixa d’água para 5 mil litros e bebedouro para animais.

Para o secretário estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Alexandre Lima, “a instalação dos poços contribui para manter a população das comunidades rurais no campo e produzindo”, sendo considerado pelas famílias agricultoras como um grande incentivo que a agricultura familiar precisa: apoio em forma de estrutura para que as famílias possam trabalhar e produzir melhor.

“De forma inovadora no Rio Grande do Norte, pela primeira vez, estamos perfurando poços, todos com energia solar. Serão 120 poços com esse sistema”, explicou Alexandre. O investimento previsto para instalação dos 120 poços é de R$ 7.172.502,00, sendo a maior parte em recursos próprios.

No Nordeste, 66% por cento das propriedades da agricultura possui até 10 hectares, e a região possui quase 50% do total das propriedades rurais do Brasil.

“A primeira moradora que chegou à comunidade foi dona Tereza, há 48 anos. Então ficaram pisando em cima dessa água o tempo todo e carregando água na carroça. Agora, graças a Deus, está aqui o resultado. Só temos a agradecer à governadora por esse benefício direto às famílias da comunidade”, agradeceu o presidente da Associação dos Moradores do Sítio Arisco, Francisco Cândido Costa, conhecido como Tinga.

Em Mossoró são três poços desse tipo que o governo está implantando: Arisco, Guajará e Olga Benário, situadas na zona rural.  Os primeiros poços entregues estão instalados nas comunidades Barra da Espingarda e Umbuzeiro, em Caicó, beneficiando 156 famílias.

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Chineses virão ao Nordeste apresentar tecnologia para mecanizar agricultura familiar

Especialistas em desenvolvimento de máquinas agrícolas de pequeno porte, da Universidade Agrícola da China (CAU), retribuirão a visita recebida pela comitiva brasileira e virão ao Nordeste brasileiro no mês de julho de 2023. “Ainda neste ano, no segundo semestre, receberemos uma comitiva chefiada pela professora Yang Minli, formada por pesquisadores da Faculdade de Engenharia da CAU. A missão vai possibilitar a testagem de algumas máquinas pelas famílias agricultoras, garantindo assim a viabilidade da utilização do maquinário nos empreendimentos familiares do Nordeste”, declarou Alexandre Lima, coordenador da Câmara Temática da Agricultura Familiar, do Consórcio Nordeste, órgão que articulou a agenda no país oriental, e titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, do Rio Grande do Norte.

A mecanização agrícola adaptada à realidade da agricultura familiar no Nordeste brasileiro é uma pauta que vem sendo discutida desde 2020 pela Câmara Temática, que reúne gestores e gestoras dos nove estados da região. Com as recentes visitas realizadas na China, país que se destaca pelo alto índice de mecanização agrícola com máquinas de pequeno porte, o secretário considera que muito em breve as famílias agricultoras nordestinas já estarão inseridas dentro de uma nova perspectiva de produtividade, em modo sustentável. Para tanto, serão firmadas parcerias com instituições locais de ensino e pesquisa como Fundação de Amparo e Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação do RN (FAPERN), Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).

O gestor informou ainda que foi iniciado um diálogo no sentido de viabilizar a instalação de fábrica na região Nordeste, que teria como principal característica a utilização de aproximadamente 80% de conteúdo nacional (ele se refere ao percentual de peças e insumos fabricados no Brasil). “Estamos buscando que a mecanização se efetive no Nordeste para que a agricultura familiar possa cada vez mais produzir alimentos saudáveis, que tem sido sua principal contribuição para a sociedade, visto que já produz atualmente cerca de 70% dos alimentos saudáveis que são consumidos pela população brasileira”, afirmou.

Lima se refere às máquinas de pequeno porte poupadoras de mão de obra, como é o caso de motocultivadores, microtratores, roçadeiras, plantadeiras e semeadeiras, que possibilitam a inserção de mulheres e jovens na atividade laboral do manejo com a terra, e terão o papel fundamental de contribuir para fixar toda a família agricultora no campo.

MISSÃO OFICIAL

Alexandre Lima viajou para China no dia 11 de abril e retornou ao Brasil na última quinta-feira (20). Nos primeiros dias no país oriental, principal parceiro econômico do País, o gestor acompanhou a governadora Fátima Bezerra e integrou a comitiva presidencial, liderada pelo presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva. No final de semana, no dia 16, ele visitou a fábrica de tratores Sifang, uma das maiores fabricantes mundiais de motocultivadoras. “São produzidas mais de 60 mil máquinas, que são exportados para mais de 50 países”, informou.

Na segunda-feira (17), o secretário prosseguiu a agenda específica da agricultura familiar nesta missão oficial à China, quando foram realizadas visita às empresas Zoomlion e Debont Corp., ambas detentoras de tecnologias agrícolas especializadas em processos de produção modernos. A cooperação com a China visa superar o baixo índice de mecanização agrícola na agricultura familiar, especialmente do Nordeste, onde, segundo o IBGE (2017), somente 2,3% da agricultura familiar possui mecanização; 0,5% das propriedades nordestinas possuem algum tipo de equipamento para semear e só 0,2 % utilizam algum tipo de equipamento para colher o que produzem.

No ano passado, foi assinado o Memorando de Entendimento, entre o Consórcio Nordeste, o Instituto Internacional de Inovação de Equipamentos Agrícolas e Agricultura Inteligente, a Associação dos Fabricantes de Maquinaria Agrícola da China – CAAM e a Associação Internacional para a Cooperação Popular – IAPC. Nesta viagem, que contou com a participação do dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e membro do IAPC, João Pedro Stédile, foi consolidada a intenção de cooperação entre os países, que conta também com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

COMITIVA ESTADUAL

Na terça-feira (18), com a presença da governadora Fátima Bezerra, a comitiva estadual visitou a Universidade Agrícola da China – CAU, para conhecer as iniciativas da instituição em apoio à agricultura familiar. Na ocasião, a governadora Fátima Bezerra destacou que, em setembro de 2022, através do Consórcio Nordeste, o Governo do RN assinou acordo com a CAU que permitiu iniciar a troca de experiências com a instituição e o governo chinês. Ela registrou que o objetivo é ampliar e fortalecer parcerias técnico-científicas para modernização da agricultura familiar no Rio Grande do Norte. “É muito importante o Brasil estreitar essa relação com a CAU, que tem transformado a agricultura familiar com mecanização e tecnologia para o campo”.

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No RN, ministro se compromete em fazer parcerias com o Nordeste

Já estava anoitecendo quando o Ministro Paulo Teixeira chegou ao Sítio Alegria, localizado na comunidade Passagem Comprida, no município de Bom Jesus, distante 52 km da Capital, para conhecer as unidades produtivas da família Franco de Oliveira, cuja produção traduz a importância da agricultura familiar para promoção da segurança alimentar e combate à fome, por meio da produção de alimentos saudáveis em base agroecológica. Mesmo atrasado, por ter perdido o voo, ele fez questão de cumprir a primeira agenda marcada para sua primeira passagem pela terra potiguar, como titular do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Agradecendo o convite do secretário estadual de desenvolvimento rural e agricultura familiar Alexandre Lima, o ministro Paulo Teixeira disse: “me comprometo em associar-me ao Consórcio do Nordeste, em estar presente às discussões sempre que necessário, a buscar o retorno da reforma agrária com políticas de assistência técnica, mecanização do campo, a permanência da juventude no campo, entre outras ações com foco no fortalecimento de nossa agricultura familiar, para alimentar o povo brasileiro com fartura e qualidade”, disse o ministro.

Por volta das 15h30, a governadora recebeu a equipe do Ministério do Desenvolvimento Agrário, acompanhada dos secretários de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf), Alexandre Lima; do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), Íris Oliveira; do diretor-presidente da Emparn, Rodrigo Maranhão; dos diretores do Idiarn e da Emater, Mário Manso e César Oliveira, respectivamente.

O Rio Grande do Norte, por meio do Consórcio Nordeste, passou a sediar a partir desta segunda-feira (06) uma série de discussões acerca das ações propostas pela Câmara Temática da Agricultura Familiar (CTAF), que compõem o Programa de Alimentos Saudáveis (PAS-NE). Os encontros propostos para a agenda ministerial são uma iniciativa do Consórcio Nordeste e da CTAF, órgão consultivo que une os noves estados da região para promover o fortalecimento da agricultura familiar. Coordenada pelo Rio Grande do Norte, a CTAF conta com a liderança da governadora Fátima Bezerra e do secretário Alexandre Lima (Sedraf).

Durante a visita, a governadora e os presentes fizeram um tour na propriedade, inspecionando de perto os benefícios que chegaram à comunidade, e a feira da Cooperativa da Agricultura Familiar e Solidária do Potengi (Coopotengi), que trouxe uma mostra de suas produções, com diversas delícias da agricultura familiar.  “Alegria de, na condição de governadora, estar recebendo a equipe do Ministério do Desenvolvimento Agrário, num reconhecimento do trabalho e de nosso compromisso com a retomada com as políticas públicas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar”, pontuou a governadora Fátima Bezerra.

Cícera Franco, agricultora familiar, foi uma das mulheres fortes que teve a oportunidade de explicar, à governadora e demais presentes, a importância das iniciativas para mudança de vida de sua comunidade.  “É desse plantio que tiramos o sustento da família, é através de nosso trabalho que vimos como nós mulheres somos fortes. Tudo isso só foi possível graças às políticas públicas que nosso Governo tem tido o cuidado de direcionar a todos nós”, comemorou a agricultora.

“Aqui estamos numa agenda não do RN, mas de todo Nordeste do Brasil, região que mostra todos os dias, na prática, como ter uma agricultura familiar forte neste país”, disse Alexandre Lima, responsável pelo encontro, que completou: “gostaria de agradecer aos diversos colegas de nossa equipe de Governo e de outros importantes colegas da Consórcio Nordeste presentes, que têm em comum a luta pelo fortalecimento das cadeias produtivas da agricultura familiar”, pontuou.

Também estiveram presentes o deputado federal Fernando Mineiro, as deputadas estaduais, Divaneide Basílio, Isolda Dantas, os deputados estaduais Francisco Medeiros e Ubaldo Fernandes; a presidente da Contraf, Josana Lima, o diretor da Contag, Manoel Cândido; o presidente da Fetarn, Erivam do Carmo; e ainda parlamentares municipais do território Potengi, diretores e diretoras sindicais, e gestores e gestoras das pastas de agricultura familiar do Rio Grande do Norte e dos estados nordestinos

Benefícios para a comunidade

Durante a visita foi entregue à comunidade um poço tubular dotado de energia solar que, além de estar alinhado com as boas práticas ambientais, vem promovendo redução de custos. Também foi visitada uma unidade produtiva com sistema de mecanização com microtratores adaptada à agricultura familiar e utilizada por mulheres rurais.

Na agenda, o Governo do RN ainda contemplou o lançamento da licitação para a construção de uma Unidade de Beneficiamento de Ovos Caipira; entrega de cheques de microcrédito na modalidade CredMais para mulheres e jovens da comunidade; e a entrega de quatro ensiladeiras adquiridas pelo Projeto Governo Cidadão por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (SAPE), para apoiar ações do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Três serão encaminhadas às regionais da EMATER-RN nos municípios de São Paulo do Potengi, Riachuelo e São Tomé. A quarta unidade será utilizada por membros da Coopotengi.

A iniciativa integra as ações voltadas à Agroecologia e Convivência com o Semiárido, que se referem ao incentivo e fortalecimento da pecuária sustentável. As máquinas estão sendo utilizadas em modo compartilhado por agricultores e agricultoras familiares que estão tendo seus trabalhos otimizados.

Os equipamentos agrícolas têm a função estratégica de transformar plantas forrageiras, seja capim, milho ou sorgo, em silagem, garantindo a alimentação de diversos rebanhos animais, principalmente no período seco ou no inverno, quando a oferta de pastagem é reduzida. A ação faz parte do total de 43 ensiladeiras adquiridas pelo Governo Cidadão, com recursos estaduais viabilizados junto ao Banco Mundial, como parte do Projeto de Fortalecimento da Pecuária Leiteira implantado pelo Governo Cidadão no total de R$ 798 mil.

Governo Cidadão: Fortalecimento da agricultura familiar

A agenda ministerial está sendo acompanhada por uma equipe do Banco Mundial – a especialista sênior em agricultura, Marie Paviot, e o consultor Wilson Dias. O Poder Executivo estadual já ultrapassou, apenas via Governo Cidadão/Banco Mundial, a aplicação de R$ 90 milhões em projetos com foco no fortalecimento da Agricultura familiar.  Somente em Projetos de Iniciativas e Negócios Sustentáveis (PINS) envolvendo organizações produtivas da agricultura familiar, em parceria com a Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE RN), o Executivo estadual aplicou – por meio do Projeto Governo Cidadão – mais de R$ 60 milhões em  iniciativas que englobam manipulação, processamento e/ou beneficiamento de produtos de arranjos produtivos locais prioritários como apicultura, cajucultura, fruticultura irrigada, leite e derivados e aquicultura (pesca).

Em parceria com a Secretaria de Estado do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas), as ações diversas de apoio financeiro e técnico aos Empreendimentos Econômicos Solidários e da Agricultura Familiar, incluíram a execução de 40 subprojetos que vão desde serviços de confecção de roupas até minifábricas de beneficiamento de polpa de frutas, entre outras. O montante investido chega a R$ 11,4 milhões.

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Foro de Moscow 21 mar 2022 – O que está por trás da suposta candidatura de Ezequiel?

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Governo lança Projeto Algodão Agroecológico Potiguar

O Projeto Algodão Agroecológico Potiguar, lançado nesta quarta-feira (22), na Escola de Governo, em Natal, pelo Governo do Rio Grande do Norte, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf) e Emater-RN (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural), resgata a memória afetiva do outrora chamado “ouro branco” ao mesmo tempo em que contribui para a geração de renda de forma justa para todas as famílias envolvidas nas etapas de produção. A governadora Fátima Bezerra, que em sua infância na cidade de Nova Palmeira (PB) ajudava aos pais na colheita do algodão, ressaltou ainda a o aspecto da certificação orgânica, que agrega valor a esta nova era do algodão potiguar.

“O algodão era a maior riqueza que nós tínhamos naquela época, no semiárido nordestino. Atualmente, estamos vivendo uma batalha pela descarbonização do planeta. Nesse contexto, o Rio Grande do Norte tem exercido um protagonismo no campo das energias renováveis, de modo que o algodão agroecológico tem tudo a ver com esse momento que estamos vivendo, de contínua luta para a preservação do planeta, e ainda contribui para o fortalecimento da agricultura familiar”, destacou a chefe do Executivo estadual.

Ela parabenizou o compromisso e o engajamento da equipe de governo, liderada pelo secretário Alexandre Lima (Sedraf) e o diretor da Emater-RN (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural), César Oliveira, que transformou uma simples ideia no projeto que está possibilitando a retomada da cotonicultura potiguar, que em tempos áureos foi responsável pelo recolhimento de aproximadamente 40% do ICMS potiguar.

O projeto foi gerado há quatro meses, quando foi lançado o desafio pela governadora, de pronto encampado pela Sedraf, executora do projeto, e Emater, responsável pelas capacitações e ATER – Assistência Rural e Extensão Rural. Na primeira fase, o algodão será cultivado em 500 hectares de terra, abrangendo 08 territórios potiguares (Alto Oeste, Sertão de Apodi, Seridó, Assú, Mossoró, Mato Grande, Trairi e Potengi) e 39 municípios, beneficiando diretamente 354 famílias rurais. A primeira fase deve gerar cerca de 250 toneladas de fibra natural, que representará um giro de aproximadamente R$ 1 milhão.

O algodão potiguar será cultivado em regime consorciado, principal característica da técnica agroecológica, de modo que concomitantemente à produção da fibra, será produzida a mesma quantidade das outras culturas, tais como milho, feijão e gergelim, conforme destacou o secretário Alexandre Lima. “Podemos considerar que esta experiência já está sendo exitosa, porque estamos resgatando a memória afetiva, agregando elementos de sustentabilidade, que resulta em justiça social e justiça econômica”, afirmou, ao apresentar o projeto para a plateia composta em sua maioria por famílias de agricultores e agricultoras familiares.

O Projeto tem como principais objetivos fomentar a cadeia produtiva de base agroecológica, cuja característica principal é o manejo correto do meio ambiente, e promover o acesso ao mercado de forma justa. Para tanto, foram realizadas diversas visitas das equipes de ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural, coordenadas pela Emater. “Eu não poderia deixar de destacar o empenho do coordenador Alessandro Nunes, da Sedraf, e da extensionista Adriana Américo, que em tão pouco tempo foram a campo e mobilizaram todas essas famílias que estão participando do projeto”, afirmou o diretor César Oliveira.

O senador Jean Paul Prates, um dos articuladores do projeto de Lei Emergencial Assis Carvalho II (que prevê auxílio-emergencial aos agricultores/as familiares no contexto da pandemia); a deputada estadual Isolda Dantas, autora de duas leis importantes para o fomento da agricultura familiar no Rio Grande do Norte (Pecafes e Sementes Crioulas); além do secretário extraordinário Fernando Mineiro, presente à ocasião em que foi lançado o desafio para o desenvolvimento do projeto do algodão, enalteceram bastante a iniciativa que vai gerar renda, estimular a economia rural, e trazer de volta o “ouro branco”, sendo que agora agregado ao alto valor da certificação agroecológica.

MERCADO JUSTO

O Projeto Algodão Agroecológico Potiguar garante a aquisição de toda a produção gerada no Rio Grande do norte, processo que será intermediado pelas entidades parceiras: Instituto Casaca de Couro, Diaconia, Central Justa Trama, Acopasa, Rede Xique Xique e Norfil, que farão o provimento de sacaria, bem como o beneficiamento da fibra.

Representando o Instituto Casaca de Couro, sediado no estado da Paraíba, Maysa Motta Gadelha enalteceu a iniciativa do governo norte-rio-grandense, agradeceu confiança pela parceria firmada e garantiu que o mercado está aberto à proposta: “vamos transformar o algodão potiguar orgânico em um algodão cobiçado no mundo todo”, disparou.

O presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais do RN (Fetarn), Manoel Cândido, não escondeu a emoção ao ressaltar a importância “da volta do ouro branco potiguar”. Na plateia, a agricultora Josefa Maria de Jesus, 57 anos, mais conhecida por Helena, natural da comunidade quilombola Boa Vista dos Negros, de Parelhas, ouvia atentamente e voltava no tempo de criança e juventude, quando trabalhava com os pais na lavoura do algodão. Contempladas pelo projeto, ela não vê a hora de começar a colher os primeiros flocos da fibra que lhe remetem a sua ancestralidade. “Sou filha, neta e bisneta de agricultores”, disse.

Participaram do evento representantes dos municípios Caiçara do Rio dos Ventos, Várzea, Apodi, Jaçanã, Florânia, Jucurutu, Touros, Baraúna, São Rafael, Monte das Gameleiras, Fernando Pedroza e Apodi. Também estavam presentes o secretário de estado Guilherme Saldanha (Agricultura e Pesca/Sape); o diretor Rodrigo maranhão (Emparn); o ex-deputado estadual da Paraíba, Renato Gadelha, atual secretário agricultura de Campina Grande; o diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti; as representantes da Unicafes, Fátima Torres (Cecafes) e Neneide Lima (Rede Xique-xique), além de gestores e gestoras municipais de agricultura e lideranças de movimentos sindicais e sociais.