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21 municípios com menos de 50 mil habitantes registraram mortes por Covid no RN

Todas as regionais de Saúde do RN já registraram óbitos (Imagem: Reprodução)

Dos 28 municípios onde foram registrados os 84 óbitos com confirmação de Covid-19 no Rio Grande do Norte, 21 têm menos de 50 mil habitantes, segundo a população estimada para 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há registros de mortes em todas as regionais de Saúde.

Com base nos dados que constam no boletim epidemiológico divulgado pela Secretária da Saúde Pública do Estado (SESAP RN) ontem, 8, apesar do maior número de óbitos ter sido registrado nas duas maiores cidades do Estado, Natal (19) e Mossoró (20), 14 cidades com menos de 15 mil habitantes, conforme estimativas do IBGE, também perderam pacientes para o coronavírus.

É o caso de Alexandria, Alto do Rodrigues, Carnaúba dos Dantas, Cerro-Corá, Encanto, Grossos, Lagoa de Pedras, Montanhas, São Rafael, São Tomé, Serra Negra do Norte, Taboleiro Grande, Taipu e Tenente Ananias. Algumas dessas localidades, inclusive, registraram mais de um óbito.

Em Encanto, que tem uma população estimada em 5.638 pessoas, duas pessoas perderam a vida por complicações decorrentes do coronavírus; em Serra Negra do Norte outras duas pessoas morreram vítimas do Covid, o município tem uma população de 8.078 pessoas; Tenente Ananias é outro município pequeno, são 10.786 pessoas, onde ocorreram dois óbitos.

As confirmações são reflexo do que a Sesap vem alertando há dias sobre a circulação do vírus em todo o território do Estado.

Segundo o Boletim da Sesap, os 28 municípios que registraram as 84 mortes por Covid são: Assú (3), Alexandria (1), Alto do Rodrigues (1), Apodi (2), Areia Branca (1), Caguaretama (4), Carnaúba dos Dantas (1), Ceará-Mirim (2), Cerro-Corá (1), Encanto (2), Grossos (1), Ipanguaçu (2), Lagoa de Pedras (1), Macaíba (3), Montanhas (1), Mossoró (20), Natal (19), Nísia Floresta (1), Parnamirim (5), São Gonçalo do Amarante (3), São José de Mipibu (1), São Rafael (1), São Tomé (1), Serra Negra do Norte (2), Taboleiro Grande (1), Taipu (1), Tenente Ananias (2), Touros (1).

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Deputada cobra ao ministro da saúde cronograma do envio de recursos para o RN

Bonavides faz cobrança a ministro (Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Natália Bonavides (PT/RN) participou de audiência pública da Comissão Externa que acompanha as ações de combate ao coronavírus no Brasil, juntamente com o ministro da Saúde, Nelson Teich.

Durante sua fala, a parlamentar cobrou do ministro maiores informações sobre a situação do país e um cronograma funcional sobre o envio dos recursos dos estados, além da liberação dos respiradores comprados pelo Governo do Rio Grande do Norte que ainda não foram entregues, mesmo havendo decisão judicial favorável. “Cobramos a divulgação periódica dos leitos habilitados e que o Ministério se manifeste para que os respiradores adquiridos pelo governo do Rio Grande do Norte possam ser liberados urgentemente, pois no RN nós vivemos um agravamento contínuo dessa crise, os casos quadruplicaram nas últimas semanas e os respiradores mecânicos são essenciais para a instalação de novas UTIs no RN”, destacou a parlamentar.

O ministro não respondeu a deputada ao ser questionado sobre os respiradores.

 O Governo do Estado teve decisão judicial favorável ao recebimento de respiradores que serão utilizados no tratamento de pacientes potiguares com o Covid-19. São 14 respiradores comprados pela gestão estadual junto à empresa Intermed Equipamento Médico Hospitalar LTDA.

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Principal hospital de referência do RN no combate ao covid-19 está lotado

Hospital considerado referência para o tratamento da Covid-19 no Rio Grande do Norte, o Giselda Trigueiro está com todos os seus leitos destinados aos pacientes infectados pelo coronavírus ocupados. A informação foi divulgada pelos médicos fisioterapeutas Rômulo Jorge Galvão e Saint-Clair Bernardes, que atuam exatamente nas Unidades de Terapia Intensiva da unidade hospitalar, durante reunião da Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. O colegiado voltou a se reunir por meio de webconferência na tarde desta sexta-feira (08).

O Giselda possui 126 leitos, sendo 25 destinados exclusivamente para pacientes com Covid-19, todos com respirador. Segundo Rômulo, as vagas estão todas ocupadas, porém apenas 5 pacientes estão entubados – são os chamados casos mais graves da doença. Os demais estão recebendo suplementação de oxigênio. Porém, a expectativa é que os casos mais leves aos poucos deem espaço para que o local se dedique apenas aos pacientes em situação mais agravada.

De acordo com Rômulo, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) está transferindo os pacientes que não possuem a Covid-19 do Giselda para o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), forma encontrada de abrir mais leitos para o tratamento destes casos. Porém, parte dos recursos humanos também terão que ser deslocados, o que poderá causar um desfalque de profissionais no hospital referência.

Saint-Clair destacou que uma das grandes conquistas obtidas pelo Giselda em meio a atual pandemia foi a implementação do atendimento de fisioterapia durante 24 horas na unidade. O médico esclareceu que são estes os profissionais habilitados a lidar com a questão dos respiradores e ao tratamento das sequelas que estes aparelhos podem causar nos pacientes. “Esse trabalho 24 horas é muito importante porque é uma doença que tem alta gravidade, e nos momentos agudos aqueles que tiverem o manejo inadequado no respirador, podem ficar com sequelas físicas. O fisioterapeuta também é responsável por reabilitar esses pacientes”, disse.

O deputado Sandro Pimentel (Psol) questionou aos especialistas se a situação atual enfrentada pelos profissionais tem causado medo, diante do risco de contrair o coronavírus. “Hoje é uma situação preocupante. Estamos na frente de batalha dessa pandemia. São reportagens, são colegas adoecendo, óbitos de pacientes e isso nos causa medo. Mas a nossa força, nosso intuito de salvar os pacientes, é maior. Supera tudo. Se não estivermos aqui, quem irá cuidar da população? Nossa força supera nosso medo. Nosso objetivo é salvar vidas”, respondeu Rômulo.

“O medo é frequente. São procedimentos do dia a dia, onde o profissional está de frente com o paciente. A taxa de profissionais de saúde infectados é muito grande. A doença tem um poder de transmissão antes de apresentar sintomas. Muitos profissionais estão se infectando e transmitindo para colegas e pacientes. Então é uma situação preocupante”, disse Saint-Clair.

O deputado Tomba Farias (PSDB) voltou a cobrar do Governo do Estado mais resolutividade nas questões envolvendo os profissionais de saúde. “A prioridade número um precisa ser os profissionais, porque sem vocês não vamos a lugar nenhum. É preciso proteger a vida desses profissionais. E estamos dependendo do Governo providenciar equipamentos de proteção, dar garantias para o trabalho”, disse.

Presidente da Comissão, o deputado Kelps Lima (SDD) destacou sugestão que encaminhou ao Governo do Estado para que fosse criado um seguro de vida temporário para os profissionais que estão trabalhando na linha de frente no combate ao coronavírus. O parlamentar enfatizou que, além dos médicos, também é preciso destacar enfermeiros, seguranças e trabalhadores terceirizados dos hospitais. “Estão todos sob risco de vida. Imagine com o desarranjo econômico que se avizinha, o que pode acontecer com suas famílias. Então, nossa sugestão seria criar um seguro de vida temporário”, completou.

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Modelos matemáticos explicam necessidade do isolamento social

Linha verde (esquerda) mostra números confirmados de casos de Covid e linha azul (direita) número de óbitos confirmados e projeções (Gráfico cedido pelo professor José Dias)

Sem vacinas ou medicamentos comprovadamente eficazes no enfrentamento ao coronavírus, o isolamento social é principal meio para impedir o avanço do Covid-19 e diminuir o número de mortes. É o que revelam também os modelos matemáticos, ferramentas usadas, sobretudo, ante a inexistência de testagem em massa.

Gráfico elaborado ontem, 7, pelo professor e pesquisador do Departamento de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), José Dias do Nascimento, mostra números de casos confirmados do Covid-19 no Estado, projeções baseadas no atual índice de isolamento, e o cenário de inação, que poderia refletir uma situação ainda mais grave no RN, caso medidas de distanciamento social não fossem adotadas. O diagrama foi projetado para o boletim epidemiológico desta sexta-feira, 8.

De acordo com o professor, com o isolamento atual o Estado, que ontem havia confirmado 76 mortes por Covid, pode chegar a 88 ou 105 mortes até o dia 10 ou 15 deste mês, um dado entristecedor. Em um cenário de projeção de inação, conforme o diagrama, o número poderia ser superior a 20 mil, possibilidade ainda mais grave. Os números diminuem à medida que o isolamento aumenta.

A linha verde do gráfico à esquerda é baseada nos dados da Secretaria da Saúde Pública do RN (SESAP RN), que segundo boletim epidemiológico, tinha até ontem 1.739 casos confirmados do novo coronavírus. Já a linha azul do gráfico à direita mostra o número de mortes com confirmação da doença até ontem, 7, e as projeções que podem se confirmar na próxima semana, caso o índice de isolamento permaneça igual, como explica o professor.

De acordo com o pesquisador, o nível da subida da linha, que até agora não ocasionou o esgotamento do sistema de saúde, ocorre por causa dos decretos que estabelecem medidas restritivas.

Ele esclarece que dada a ausência de testagem em massa, não há como precisar a realidade da doença no Rio Grande do Norte. Nesse caso, os modelos matemáticos são a ferramenta para ajudar a analisar a situação.

Segundo ele, o avanço demonstrado no gráfico está dentro da subida esperada até a próxima semana e os dados ajudam informando o tempo necessário à preparação dos leitos.

De acordo com José Dias, é preciso prudência, pois a precisão dos números é maior para o período de até cinco dias à frente, por isso os dados são analisados constantemente.

Com relação ao cenário de inação, o professor esclarece que eles mostram uma projeção sobre o que poderia ter ocorrido, caso nada tivesse sido feito, mas afirma que esses números já foram deixados para trás.

O pesquisador comenta que o resguardo e a força coletiva da população do Rio Grande do Norte impediu a configuração das linhas catastróficas desenhadas nesse cenário de inação.

Até ontem, a realidade estava entre os 1.739 casos confirmados e os cerca de 92 mil casos possíveis em um cenário de inação, conforme o gráfico. O pesquisador afirma que o modelo matemático prevê uma realidade mais próxima à linha verde. Ainda de acordo com o cenário de projeção de inação no RN, se nada tivesse sido feito o Estado teria algo em torno de 20 mil mortes. José Dias argumenta que o fato dessa projeção não se concretizar é, em partes, porque uma parcela da população acredita que o perigo existe e está tomando as precauções.

Ele lembra que se o isolamento continuar como está a linha vai permanecer crescendo nesse padrão, se houver desrespeito ao isolamento o crescimento da linha aumenta e se mais pessoas aderirem ao isolamento ela baixa.

Apesar da situação ser menos grave do que a projeção do cenário de inação, o pesquisador comenta que a questão não está resolvida, que não se trata de uma ‘gripezinha’ e reforça que se o isolamento baixar a curva vai subir.

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Deputados apresentam propostas ao Governo

Na sessão plenária por videoconferência desta quinta-feira (7), os deputados mais uma vez alertaram para a gravidade da pandemia e fizeram algumas sugestões e cobranças ao governo estadual. O deputado Gustavo Carvalho (PSDB) criticou o fato do Detran estar cobrando juros nas parcelas de IPVA atrasadas e sugeriu a prorrogação da data para pagamento ou a retirada dos juros.

“A cobrança é de juros abusivos. O governo, além de não ter sensibilidade para as dificuldades que estão sendo enfrentadas por todos, cobra um juro exorbitante sobre a tarifa”, criticou o parlamentar, que citou o caso de uma parcela no valor de R$ 744 reais, paga com 21 dias de atraso e juros de quase R$ 70.

Outra crítica do deputado foi quanto ao não pagamento, até o momento, do piso do magistério aos trabalhadores da Educação. O deputado disse que está havendo uma inversão de valores, quando o Sindicado dos Trabalhadores em Educação (Sinte) envia ofício para o Gabinete Civil para que as negociações acerca do piso sejam paralisadas, conforme o secretário de Planejamento, Aldemir Freire informou aos parlamentares.

Gustavo Carvalho sugeriu ainda que o governo estadual auxilie financeiramente os municípios, a exemplo do que o Governo Federal vem fazendo com os Estados. “O secretário afirmou que a compensação está sendo fundamental para os estados, então por que não faz o mesmo com os municípios, em relação ao Fundo de Participação dos Munícipios (FPM) como pedimos”, defendeu.

O deputado Vivaldo Costa (PSD) chamou a atenção para o aumento de casos da Covid-19 no RN e no País, com o Brasil estando em 6º lugar entre os que têm mais casos de Coronavírus. Vivaldo, no entanto, disse que muitos gestores estão se desentendendo politicamente, quando o momento é grave e requer união.

“A gente liga a TV e vê o governador de São Paulo, João Dória, ou o do Rio de Janeiro, Wilson Witzel brigando com o presidente Jair Bolsonaro e não é hora de briga”, ponderou o deputado. Vivaldo Costa afirmou que a governadora Fátima Bezerra vem recebendo críticas, mas está fazendo o melhor. “Fátima tem uma equipe séria e competente, com cientistas, pessoas estudiosas e da UFRN, então cada medida que vai tomar, como o isolamento social, tem base científica”, afirmou o deputado.

Líder do governo na Casa, o deputado George Soares (PL) apresentou sugestão para que o Executivo, ao acatar sugestões dos parlamentares em forma de projetos de lei, passe a dar crédito ao autor da ideia.

Mossoró

A cobrança por mais transparência da prefeitura de Mossoró foi destaque no pronunciamento da deputada Isolda Dantas (PT).  Para a parlamentar, “a prefeita usa as redes sociais para se apropriar das ações do governo e dizer que a prefeitura é quem está fazendo”. Segundo Isolda, falta a informação de que a parceria é com o Governo do Estado. “A governadora nunca esquece de dizer a parceria com a prefeitura, mas o contrário não acontece”, destacou Isolda. A parlamentar cobrou da prefeitura “que seja mais enérgica”, pois Mossoró está respondendo por um grande percentual de infectados e mortos. “As medidas deviam estar sendo mais severas, a classe trabalhadora que faz a roda girar precisa dos leitos quando adoecer”, afirmou.

“Sugiro que a prefeitura tenha mais transparência e seja honesta com os acontecimentos e com o que tem sido feito lá em Mossoró, falar da abertura dos leitos do Tarcísio Maia sem citar o governo é ocultar sua presença e no mínimo desonesto”, criticou.

Distribuição de máscaras

A contratação, pelo governo, de pequenas fábricas para a confecção de cerca de 7 milhões de máscaras para serem distribuídas à população foi um dos assuntos que o deputado Francisco do PT destacou. O parlamentar enalteceu a iniciativa tanto pela questão econômica, beneficiando os pequenos empresários e costureiros, quanto do ponto de vista da proteção da população diante da Covid-19.

“Quero ressaltar a iniciativa, pois o governo demonstra sua preocupação com a vida e o povo potiguar. Mais máscaras serão entregues aos municípios carentes. Fica o meu agradecimento por essa iniciativa do programa RN Mais Protegido e aos trabalhadores que estão ajudando nessa parceria com a mão de obra instalada nessas oficinas de costura, ajudando a manter os empregos e rendas”, disse.

Com relação às recentes cobranças para que o governo estadual implante o piso do magistério, o deputado também afirmou ser a favor e disse que a governadora Fátima Bezerra tem total interesse em implantar esse direito. “Quem cobra do governo, tem que cobrar também de todas as prefeituras, independente de qual seja o partido. O Sinte tem sido mais duro com o Estado do que com a prefeitura de Natal, pois não decretou greve, então vamos ser mais coerentes”, disse o parlamentar.

O deputado Sandro Pimentel (PSOL) solicitou que todos os projetos que já tramitaram pelas Comissões do Legislativo do RN sejam apreciados pelo Colegiado de Líderes. “Temos muitos projetos importantes e é preciso que o colegiado se reúna para analisar as matérias que deverão ir a plenário”, disse.

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Uso do transporte coletivo despenca 92% em Mossoró

Professor Erick Amaral (Foto: Edilberto Barros)

A pandemia de covid-19 continua severa também no transporte coletivo. Em Mossoró, o total de passageiros despencou 92,31% no mês passado, ante abril de 2019. Caiu de 223.782 para 17.123. Já a média diária desabou de 7.460 para 570 pessoas. Dessas, quase a metade (42%) usufrui de gratuidade (idoso, estudante e pessoa com deficiência).

O cenário só agrava a crise econômica do setor, o que requer ação urgente para evitar o colapso. A avaliação é do professor Eric Amaral, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), doutor em Engenharia de Transportes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O especialista observa que a redução da mobilidade, decretada pelos governos sem contrapartida, afetou quase de morte as empresas de ônibus nas cidades brasileiras.

“O equilíbrio econômico-financeiro, estabelecido em contrato entre prefeituras e empresas de ônibus, foi severamente afetado, e medidas emergenciais para promover o retorno desse equilíbrio devem ser tomadas, imediatamente”, defende.

Agravante

No caso de Mossoró, a alta gratuidade (quase o dobro da média nacional) piora a situação. “Quem está pagando para que outras pessoas andem de ‘graça’ nos ônibus são os próprios usuários. Ou seja, as pessoas mais pobres estão pagando para que idosos, estudantes etc. possam andar de ônibus, não havendo, portanto, nenhuma justiça social”, avalia.

Para haver justiça social, segundo ele, a sociedade como um todo deveria pagar as gratuidades no transporte público. “Mais do que nunca, o pagamento das ‘gratuidades’ pela Prefeitura seria fundamental para que o transporte pudesse sobreviver a esse período excepcional”, diz.

Eric Amaral acrescenta: “Há a necessidade urgente que um subsídio seja feito por parte dos entes públicos e que façam os repasses equivalentes ao número de passageiros transportados gratuitamente”.

Emergência

Segundo ele, assim como Mossoró, todas as outras cidades com transporte público necessitarão de medidas emergenciais dos entes públicos, para evitar o colapso financeiro do serviço e das empresas de ônibus.

“Cabe ao poder público garantir as condições para que o serviço seja prestado. Nesse sentido, faz-se necessário que o ente público restabeleça o equilíbrio econômico-financeiro, o que pode ser feito de várias maneiras. A mais imediata seria o aporte de um subsídio, para que o serviço pudesse ser mantido durante esse período excepcional”, conclui.

Preocupação

Concessionária do transporte coletivo urbano por ônibus em Mossoró, a Cidade do Sol reforça o alerta do especialista e confirma ser real o risco de colapso. “Mossoró precisa de medidas urgentes para desonerar o transporte. Subsídio público e isenção de ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) são fundamentais para isso”, diz a empresa, em nota.

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Mossoró registra 20º óbito por Covid-19

Cidade registra mais uma perda decorrente do coronavírus (Imagem: Reprodução)

 

Nesta sexta-feira, 8, Mossoró confirmou o 20º óbito de paciente com coronavírus. O caso ocorreu no Hospital Regional Tarcísio Maia, segundo informou a assessoria de comunicação da Prefeitura.

De acordo com as informações, trata-se de uma jovem de 18 anos, com obesidade, que havia sido internada no dia 23 de abril e testou positivo para Covid-19.

Como a jovem faleceu na manhã de hoje, o óbito não foi divulgado no boletim epidemiológico da Secretária da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP RN).

Mossoró é a cidade com maior número de mortes por Covid no Estado. O primeiro óbito ocorreu no dia 28 de março.

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RN ultrapassa 80 mortes por Covid e tem mais de 1.800 casos confirmados

Secretário adjunto de Saúde do RN, Petrônio Spinelli informa números referentes ao Covid no Estado e volta a fazer apelo por isolamento social (Imagem – Reprodução)

O Rio Grande do Norte passou de 76 para 81 óbitos confirmados em decorrência das complicações do novo coronavírus e chegou a 1821 casos confirmados da doença. Os dados constam no boletim epidemiológico da Secretária da Saúde Pública do Estado (SESAP RN) desta sexta-feira, 8, e foram informados pelo secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, em mais uma coletiva de imprensa para atualização das medidas de combate ao Covid, em Natal.

Os cinco óbitos incluídos no boletim de ontem para hoje se referem a um paciente de 85 anos, com comorbidades residente em Natal, um paciente de 68 anos com comorbidades e em tratamento oncológico residente em Parnamirim, uma paciente de 73 anos, com comorbidades que morava em Assú, um paciente de 35 anos sem comorbidades confirmadas residente na cidade de Encanto e um paciente de 35 anos que residia em Serra Negra do Norte.

Outros 25 óbitos estão em investigação e indicam que o RN pode ter ultrapassado os 100 óbitos por Covid, segundo comentou o secretário adjunto de Saúde. “Se você soma esses números você vê que, provavelmente, nós já passamos de 100 óbitos. Esperamos a notificação oficial, mas aquilo que a gente vem dizendo, a maioria desses óbitos que estão em investigação são de pessoas que têm sintomas e boa parte delas está confirmando, realmente Covid”, disse Spinelli.

Segundo o secretário, há 6.188 casos suspeitos e 5.277 descartados. Mas ele lembrou que existe uma subnotificação e que os números refletem apenas os testes realizados.

Os dados indicam que 662 pessoas estão recuperadas.

Antes de apresentar os números, Spinelli reforçou, mais uma vez, a importância do isolamento social. “Eu quero começar essa entrevista deixando claro, o nosso foco, tem que ser de todos nós, de todos, inclusive aquelas pessoas que estão ansiosas pela flexibilização. Elas mais do que ninguém têm que ajudar no isolamento social, não pode estimular gente a ir para a rua. Então, quero refazer o apelo e refazer a proposta de pacto com todos, com a imprensa, com o empresariado, com população, com prefeituras, com os órgãos. Vamos garantir o isolamento social”, pediu Spinelli.

Ocupação hospitalar

O quadro de ocupação de leitos em hospitais públicos do Estado ou com a participação do Estado já mudou de ontem para hoje. Nessa quinta-feira, a assessoria de comunicação da Sesap apresentou um cronograma com os números de leitos com pacientes, mas de acordo com o secretário adjunto de Saúde, o quadro já mudou radicalmente. Mesmo assim, a demanda permanece maior em Mossoró e Natal.

“Nos estamos em uma situação de pressão de leito muito forte em Natal e em Mossoró. Quero dizer que em Mossoró nós entramos, praticamente com ocupação de 100% dos leitos e em Natal nós estamos também em uma situação muito próxima disso”, informou Spinelli.

Abertura de leitos

Segundo o secretário adjunto de Saúde, na Região Metropolitana o Estado vai emprestar equipamentos para a abertura de 14 leitos com respiradores no Hospital Municipal de Natal. “Esperamos que consiga segurar o final de semana sem colapso na Região Metropolitana”, afirmou Petrônio Spinelli.

Apesar disso, ele considera que fica claro a próxima semana com pressão será iniciada com pressão.

Ainda na Região Metropolitana, o secretário afirmou que, provavelmente, serão abertos mais dez leitos no Hospital da Polícia Militar e, com a chamada pública realizada pelo Estado, espera abrir 30 leitos, sendo 20 no Hospital João Machado e dez em Macaíba. “Essa chamada pública prevê que esses leitos possam ter instalação mais próxima e o mais rápido possível”, afirmou.

O secretário afirmou que serão abertos leitos de UTI no Hospital Maria Alice até segunda-feira, 11, com sete leitos de pediatria, fora os da observação. “Nós vamos ter no Maria Alice até segunda-feira dez leitos para crianças”, disse.

Também existe uma negociação envolvendo a Prefeitura de Parnamirim e os municípios do Agreste para abertura de leitos de UTI em Parnamirim.

Já em Mossoró, Petrônio Spinelli afirmou que de hoje até amanhã serão abertos dez leitos de UTI no Hospital São Luiz e que uma equipe da Sesap presente na cidade avalia se há possibilidade de abrir outros leitos. “O que vai nos permitir, de certa forma, enfrentar o final de semana pela demanda que está acontecendo”, acrescentou.

De acordo com Spinelli, em Pau dos Ferros e Caicó a pressão diminuiu e há vagas nos hospitais destinados ao tratamento de pacientes com sintomas de Covid.

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60 dos 120 leitos críticos para tratamento de Covid no RN estão ocupados; ocupação é maior nos leitos gerais

Dos 120 leitos críticos dos hospitais do Estado, 80 são gerais e 59 têm internamentos (Imagem: Reprodução)

Dos 120 leitos críticos do SUS em funcionamento no Rio Grande do Norte em hospitais do Estado ou que tem participação do Estado para tratamento de pacientes com sintomas de Covid-19, 60 estão ocupados, segundo dados da assessoria de comunicação da Secretaria da Saúde Pública do Estado (SESAP RN). Os dados se referem ao balanço feito às 7h desta quinta-feira, 07.

O número até pode parecer pequeno e dar a impressão de que o Rio Grande do Norte está em uma situação confortável, quando observado em sua totalidade. Porém, há diferença na ocupação por regiões. Além disso, boa parte dos leitos vagos são em unidades especializadas. Para se ter ideia, do total de leitos, 80 são gerais e 59 desses estão ocupados.

No detalhamento por regionais, segundo dados da Sesap, dos 40 leitos críticos existentes na II Regional de Saúde em Mossoró, 27 são gerais e 25 deles estão ocupados – o Hospital Regional Tarcísio Maia tem 16 dos seus 17 leitos ocupados e o Hospital São Luiz tem nove dos seus dez leitos ocupados. Os treze leitos vagos no momento do balanço da Sesap se referem a especialidades – dez leitos maternos na APAMIM e três pediátricos no Hospital Wilson Rosado.

Na VII Regional de Saúde em Natal são 49 leitos críticos, sendo 32 gerais e desses 32 apenas cinco estão vagos. O Hospital Giselda Trigueiro tem 21 dos 25 leitos com pacientes e seis dos sete leitos do Hospital da PM também estão ocupados. Os outros 17 leitos estão divididos entre o Hospital Santa Catarina, com cinco leitos de obstetrícia (um deles ocupado), Hospital Deoclécio Marques, com sete leitos de ortopedia (nenhum ocupado), e Hospital Rui Pereira, com cinco leitos para atendimento cardiovascular (nenhum ocupado).

As outras duas regionais de saúde que contam com leitos para tratamento de pacientes com sintomas de Covid são a VI e a IV. A VI, localizada em Pau dos Ferros, tem apenas quatro leitos gerais no Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade e um deles está ocupado. Já a IV Regional de Saúde, tem 17 leitos gerais no Hospital Regional do Seridó, em Caicó, dos quais seis estão com pacientes, e dez leitos de obstetrícia no Hospital Mariano Coelho em Currais Novos (nenhum ocupado).

De acordo com a assessoria de comunicação da Sesap, três dos hospitais da PM estão em manutenção e a Secretaria está na corrida pela abertura de novos leitos.

Nota: Os dados se referem, como informado na matéria, a informações coletadas pela Sesap às 7h desta quinta-feira, 7.

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Secretário informa que lockdown ainda não está nos planos

Petrônio explica posição do Governo (Foto: Elisa Elsie)

O secretário adjunto de saúde do Estado Petrônio Spinelli faz contato com o Blog do Barreto para informar que o lockdown ainda não está nos planos do Governo.

De acordo com o secretário houve uma confusão na interpretação do que ele declarou. “Nós ou mexemos no isolamento social ou a tendência é endurecer, mas é plano do Governo é fazer o decreto funcionar e trabalhar as flexibilizações”, explica.

Conforme Spinelli é necessário entender que o cenário de lockdown será evitado se as pessoas cumprirem o isolamento social. “Se a gente não mexer nos índices de isolamento social a tendência é endurecer, mas não é plano do Governo. Temos que ficar no alerta e conscientizar que também depende dela”, acrescenta.

A palavra do idioma inglês lockdown significa “confinamento” e no contexto da pandemia indica o bloqueio de circulação de pessoas nas ruas. Países como Itália e Espanha adotaram a medida extrema para conter o avanço do novo coronavírus. São Luís do Maranhã e dez cidades do Pará decretaram o bloqueio total.