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O ser ou não ser de Carlos Eduardo

Eis a questão! Largar Ciro Gomes (PDT) e o seu desempenho pífio nas pesquisas e fazer o que eleitores de Lula esperam de um aliado: apoio ao ex-presidente ou converter ao longo de setembro a estagnação em desidratação de votos?

Carlos até aqui está devendo uma fala contundente que gere uma onda positiva junto ao eleitorado lulista. O pedetista tem titubeado.

Lula é o político com maior potencial de transferência de votos no Rio Grande do Norte e as pesquisas da pré-campanha mostraram isso.

Carlos Eduardo fez o “L” de Lula em Caicó (Foto: cedida)

Em Caicó ele até ensaiou um tímido “L” de Lula (ver acima).

Em entrevista à Band RN, manifestou voto em Lula de forma dúbia. Não ficou realmente clara a posição (ver no vídeo acima).

Ser ou não ser apoiador de Lula é o que separa Carlos Eduardo da arrancada necessária para impedir que o deputado federal Rafael Motta (PSB) o atropele no campo progressista.

Vale lembrar: segundo a pesquisa Seta, 51% dos eleitores não estão como votos fidelizados para o Senado. Na média das pesquisas de agosto são 43% dos eleitores sem candidatos para a Alta Câmara divididos entre bancos, nulos e indecisos.

É muita gente sem candidato. É muita gente admitindo mudar de voto. É uma eleição em aberto e Carlos titubeia em engatar a marcha rumo ao óbvio.

Eis a questão!

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Rafael diz não existir água que lave “sujeira” que Rogério fez com o trabalhador brasileiro e que Carlos Eduardo assistiu a reforma calado

O candidato do PSB ao Senado, Rafael Motta afirmou, em entrevista ao programa “12 em Ponto” da 98 FM, que não há água do Rio São Francisco capaz de lavar a sujeira que Rogério Marinho, candidato de Bolsonaro a senador, fez com o trabalhador brasileiro. Rafael se refere à atuação de Rogério na criação das reformas trabalhista e previdenciária.

“Ele tem muito a se explicar. Não adianta ficar colocando as águas do São Francisco, porque ele pode pegar todas as águas para lavar ele que não vai tirar a sujeira que ele fez com o trabalhador brasileiro”, afirmou Rafael Motta.

Questionado sobre a repercussão da reforma trabalhista, Rafael declarou que por onde anda pergunta quem tem carteira de trabalho assinada. “Se eu contar assim, 1% ou 2% levantam a mão”, afirmou ele.

Rafael reafirmou seu compromisso com a manutenção dos direitos dos trabalhadores. “Eu fiz a minha parte e votei contra. Se tivesse me calado, como Carlos Eduardo fez, eu não estava nesse périplo em relação ao Senado justamente para derrotar ele. Minha maior omissão seria deixar que um deles entrasse no Senado. Meu papel é este: mostrar quem é cada um e dizer que a gente está defendendo o trabalhador brasileiro”, declarou Rafael.

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Carlos Eduardo pede reconsideração para juiz determinar afastamento de Motta

O ex-prefeito do Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) entrou com um pedido de reconsideração ao juiz eleitoral auxiliar Daniel Cabral para que reveja a decisão que negou liminar a ação que reivindicava a proibição do deputado federal Rafael Motta (PSB) colar a imagem dele na da governadora Fátima Bezerra (PT).

A alegação é que não se trata de violação do direito de ir e vir, mas de cumprimento da Lei Eleitoral que impede que candidatos adversários estejam nos mesmos locais em movimentações de rua.

Veja-se que não se trata do “direito de ir e vir”. Todos podem exercer esse direito plenamente. Porém, a única exceção é para aqueles que são candidatos em pleitos eleitorais e pretendem realizar atos em hora e lugar coincidentes. A lei eleitoral expressa que todos os candidatos tem esse direito de “ir e vir”, desde que não coincida dois eventos políticos de adversários na mesma hora e local. Esta é a hipótese dos autos: existe o “direito de ir e vir” para dois candidatos de coligações diferentes possam realizar seus eventos no mesmo dia e local?”, questionou o advogado Erick Pereira que assina a ação.

Ele também reforçou o pedido para que Rafael se abstenha de fazer propaganda colando a imagem de Fátima. “Na hipótese destes autos há desvirtuamento dos meios utilizados e modulação dos fatos em desconformidade com os arranjos político-partidários definidos durante as convenções das agremiações e já apresentados à Justiça Eleitoral. Remarque-se, RAFAEL MOTTA não integra a Coligação recorrente para estar pedindo votos como se a ela pertencesse em suas próprias manifestações”, declarou.

Confira o pedido Reconsideração – invasao de espaco -mov politicas

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Rogério é vaiado no próprio comício

No último sábado, 27, o ex-ministro Rogério Marinho (PL) foi vaiado no encerramento de um comício na cidade de Jucurutu, onde conta com o apoio da principal liderança política da cidade, o deputado estadual Nelter Queiroz (PSDB).

Confira:

https://twitter.com/Barreto269/status/1564285582376947717

Rogério é alvo de críticas por ter sido relator da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados e articulação da reforma da previdência no governo de Jair Bolsonaro (PL).

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A propulsão de Rafael Motta

Por João Paulo Jales dos Santos*

Quem diria que a governadora Fátima Bezerra (PT) estaria numa situação tão delicada com seu companheiro de chapa ao Senado, o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT). O pedetista se tornou um entrave para a campanha governamental, ofuscando uma largada que mostra a governadora melhorando seu desempenho, aumentando as chances de vitória em 1º turno. Sinais de que o acordo PT-PDT seria complicado de aplicar no decorrer da caminhada eleitoral reluzia no farol da pré-campanha.

A governadora não tinha uma robusta aprovação popular para sustentar um nome tão controverso como Carlos. Fátima não possui o mesmo passe que seus correligionários Wellington Dias (candidato ao Senado, licenciado do Governo do Piauí), Camilo Santana (também candidato ao Senado, licenciado do Governo do Ceará) e Rui Costa (governador da Bahia) tem para sustentar uma candidatura que não passou pelo crivo de toda coligação. Dias, Santana e Costa gozam de governos com boa aprovação popular, o que fazem ter cacife junto à população para bancarem seus poucos conhecidos candidatos aos Governos de seus estados. Fátima enfrentou uma pré-campanha onde o descompasso entre aprovação e reprovação de seu mandato era o fator que elevava dúvidas sobre uma reeleição em 1º turno.

A petista tem que assistir duas realidades que mostram o quanto pouco fôlego tinha para afiançar a senatorial de Carlos. Dos prefeitos, teve que aceitar o denominado voto ‘farinho’, não tem como sustentar seu senadorável, que após a derrota de 2018 cuidou de sumir do mapa político.  No ninho petista, nem perante sua base consegue impor o nome do pedetista, onde é latente a lembrança do voto que Carlos deu em 2018 a Bolsonaro e a empáfia com que chegou na casa governista, gerando ainda mais desconfiança entre a militância da legenda.

Carlos depende exclusivamente da militância do PT para tocar sua empreitada, vide que não arregimentou nesses últimos anos um grupo político para lhe dar arrimo.  No entanto, com uma militância que não toca nem em seu nome, a candidatura do pedetista se encontra num entrave, podendo respingar na reeleição da governadora. O acordo que juntou a petista e o ex-prefeito já era por si só confuso, em prática vem se mostrando aquilo que já surgia como alerta, mas que a governadoria enxergava como contornável.

Carlos pedir voto para Ciro Gomes (PDT), estando junto a uma governadora lulista, causa enorme desagrado nas bases do PT. Ciro Gomes é malquisto pelos petistas que enxergam que sua candidatura visa tão somente atrapalhar a eleição de Lula (PT) já em 1º turno, visão que nada tem de errônea. Ciro não vai admitir, mas é visível, e confessado entre seus aliados mais íntimos, que o ex-governador cearense nutre profunda mágoa com o PT, que em 2018 não abriu mão da candidatura de Fernando Haddad (PT) para lhe apoiar, num cenário onde pesquisas mostravam que Ciro era o nome mais competitivo contra Bolsonaro (PL) no 2º turno. Tendo rompido com seus irmãos Cid Gomes (PDT) e Ivo Gomes (PDT) e com Camilo Santana, ao lançar o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT) ao Governo do Ceará, interrompendo uma aliança de quase 2 décadas com o PT, não seria problema nenhum para Ciro judiciar contra Carlos Eduardo, caso este não cumpra equanimemente o que fora acordado com o alto escalão da cúpula pedetista. Com uma candidatura que já começa mal na largada, criando arsenal contra si mesmo, uma querela com Ciro Gomes afunda ainda mais a chance de vitória de Carlos Eduardo.

A coligação Fátima-Carlos enfrenta um problema de timing, não seria no contexto deste pleito que essa união seria bem recebida, falta sinergia entre os dois. A governadora fica num outro impasse porque não pode criar desavenças contra Rafael Motta (PSB), colocando a militância do pessebista contra seu projeto de reeleição. Na dobradinha que faz com Carlos, vai faltando até mesmo comunicação entre as equipes. A ação protocolada para afastar Motta, com uso de força policial, das manifestações de Fátima, é uma ação de um candidato que politicamente está grogue. A ação além de prejudicial a Carlos, impacta a governadora, tumultuando as parcerias que Fátima tem com os prefeitos que votam ‘farinho’. O pedetista ainda causou a proeza de pôr em evidencia o nome de Rafael, ainda bastante desconhecido do eleitorado, equipando ainda mais a campanha de Motta, já que a ação foi rejeitada pela Justiça Eleitoral.

A peça judicial fez com que Rafael fosse assunto em grupos de redes sociais e em emissoras de rádio, salientando um dos maiores ativos que o deputado possui a seu favor, o voto que dá a Lula. Vai chegando ao conhecimento das massas lulista, da capital ao interior, que Rafael está com Lula, enquanto Carlos está com Ciro Gomes. Colar rapidamente sua imagem com Lula é tudo que Rafael precisa para facilitar ainda mais sua arrancada nas pesquisas.

A senatorial de 2022 tem características semelhantes às de 2006 e 2018, que quebraram protocolos convencionais, tendo como marca as várias nuances que definiram aquelas contendas. Rosalba Ciarlini (à época no extinto PFL), vencedora do pleito em 2006, iniciou a pré-campanha em 3º lugar. Fernando Bezerra (à época no PTB), era o incumbente, líder de Lula no Senado Federal, que tinha o arrimo de mais de 100 prefeitos. Num jogo de bastidores movido com sagaz habilidade, Rosalba explorou aos limites as falhas de Bezerra, neutralizando e conquistando apoios de prefeitos que fecharam com o senador, ultrapassou Geraldo Melo (PSDB), amealhando os votos de Geraldo e dos indecisos, terminando por impor a Fernando Bezerra a derrota que o tiraria para sempre da cena pública.

Em 2018, Garibaldi Filho, o senador de 1 milhão de votos no pleito de 2010, buscava reeleição. Com centena de prefeitos lhe dando bases e aporte do MDB nacional, a vitória do velho Gari era tida, por muitos, como garantida. Já em meados de agosto, o midiático policial militar Styvenson Valentim (que estava filiado à REDE), assumiu a liderança, de onde não mais saiu. Geraldo Melo (PSDB), com dezenas de prefeituras à sua disposição, despontava na pré-campanha como nome viável a conquistar a 2ª vaga. Coube a Zenaide Maia (na ocasião no PHS), surpreender e ficar com a vaga que foi cravada a Melo. O gap (diferença), que Zenaide impôs a Geraldo (3º colocado) e Garibaldi (4º colocado), não foi mensurado pelas inúmeras pesquisas.

Rosalba, Styvenson e Zenaide movimentaram as disputas de 2006 e 2018, virando o jogo em derrotas que lhes pareciam certas. É o mesmo movimento que Rafael Motta vai iniciando neste pleito. É a sua candidatura a responsável por cativar uma corrida que tinha tudo para ser anêmica. A pesquisa IPEC em parceria com a Inter TV Cabugi, a com maior grau de credibilidade na miríade de pesquisas jorradas na mídia potiguar, mostrou Motta com 14%, tecnicamente empatado com Rogério Marinho (PL), 17%, Carlos com 27%, é indício de que o pedetista atingiu seu teto de votos. Ao aparecer com 14%, com uma pré-campanha que teve pouco tempo para garantir mais capilaridade de adesão, Rafael assusta seus dois principais adversários. Marinho, já não bastasse carregar o fardo de ser o senador de Bolsonaro, se vê envolto em suspeitas sobre superlativo aumento de seu patrimônio, tendo que se esquivar dos casos de corrupção que pipocam no Ministério do Desenvolvimento Regional, que presidia até bem pouco tempo.

Outro número que causa tormenta em Carlos e Rogério nos números do IPEC, é o considerável número de votos branco/nulos/indecisos, 33%. Eles sabem que essa expressiva fatia é o principal capital político que tem o poder de catapultar Rafael à liderança. Até mesmo o pouco tempo que o deputado terá na propaganda eleitoral em rádio e TV, tem o poder de ser neutralizado por um bom trabalho nas redes sociais, importantes canais de massificação da informação.

Dando uma guinada numa trajetória que se iniciou no direitista Partido Progressista (PP, hoje denominado Progressistas), quando de sua eleição à vereança em Natal em 2012, Rafael assusta à esquerda, pelo PT temer a ascensão de um esquerdista fora das hostes da legenda, e à direita, receosa com um nome que possa atrair as forças do centro à direita. É uma questão de tempo que a emaranhada corrida ao Senado no pouco politicamente relevante Rio Grande do Norte chegue às manchetes da grande mídia nacional e atraia a atenção da cúpula petista e maior dedicação da cúpula do PSB.

Como parar Rafael Motta? A pergunta que inquieta os marketings de Carlos Eduardo e Rogério Marinho parece ser o prenúncio daquilo que passou longe das conjecturas traçadas à centro-esquerda e à extrema-direita, a propulsão do deputado que preparou um mandato na Câmara com condições para alcançar aquilo que muitos com desdém tratavam há 4 meses, sua vitória ao Senado Federal.

*É Graduado em Ciências Sociais pela UERN. 

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

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Baronato nacional investe na campanha de Rogério

Conhecido como articulador das reformas da previdência e trabalhista, Rogério Marinho (PL) ganhou fama de se um destruidor dos direitos dos trabalhadores e amigo dos empresários.

Não é por acaso que ele é queridinho dos empresários e isso se reflete em uma campanha rica e cheia de doações dos CPFs mais ricos do país.

Esta semana o Agora RN expôs que alguns dos empresários mais ricos do país ajudaram na campanha do candidato ao Senado.

Flávio Rocha, Élvio Rocha e Lisiane Rocha, todos filhos de Nevaldo Rocha, fundador do grupo Guararapes, doaram R$ 66 mil cada um para a campanha de Marinho.

Até o fechamento desta reportagem, o representante do bolsonarismo na disputa pela vaga potiguar no Senado tinha recebido R$ 969.810,00, sendo a maior doação de R$ 460 mil feita por Sérgio Henrique Andrade de Azevedo, filho de Flávio Azevedo, dono da Tribuna do Norte e um dos homens mais ricos do Rio Grande do Norte.

Flávio é o primeiro suplente do ex-ministro.

A segunda maior é de Rubens dos Santos, R$ 200 mil.

O baronato investe em Marinho porque sabe que ele sendo eleito senador será representante de suas bandeiras que são redução de direitos trabalhistas e cortes em gastos sociais.

Diga-se de passagem, é legítimo que empresários invistam em candidatos que defendam seus interesses como é legítimo mostrar que isso acontece.

O (e)eleitor faz as suas escolhas.

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Carlos cria uma crise que pode afundar a própria campanha

A decisão do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) de acionar a Justiça Eleitoral para impedir que o deputado federal Rafael Motta (PSB) se associe a governadora Fátima Bezerra (PT) abriu uma crise sem precedentes na política potiguar.

É um caso de aliado que busca esvaziar o palanque da aliada.

A ação é totalmente descabida tanto juridicamente (não há como impedir um político de declarar voto a outro candidato) quanto politicamente devido ao efeito bumerangue contra o próprio Carlos.

A tentativa de colar a ação como sendo da coligação não colou e o próprio staff da governadora tratou de negar publicamente que tinha conhecimento dos planos de Carlos Eduardo.

Dos bastidores emerge a informação de que a governadora ficou insatisfeitas com Carlos. Ao Diário do RN, o presidente do PT Junior Souto, tratou de dizer que o apoio de Motta é bem-vindo.

A fala aumentou a fervura da crise obrigando Fátima a emitir uma nota em que reforçou o apoio a Carlos.

A ação é estúpida porque a governadora recebe o apoio de Motta como também o de muitos prefeitos que votam nela e no ex-ministro Rogério Marinho (PL), na famosa chapa “Farinho”.

Por que diabos ela iria rejeitar o apoio de Motta?

Ainda assim a governadora vinha reiterando que o candidato dela é Carlo Eduardo e que não há espaço para dubiedade no palanque dela.

Diga-se de passagem, a dubiedade no palanque fica para a conta do ex-prefeito que almeja o voto petista apoiando Ciro Gomes (PDT) na disputa presidencial.

A nova iniciativa jurídica de Carlos Eduardo, cuja liminar foi negada ontem, se soma a uma série de fatos negativos em sua campanha em um momento em que ele está estagnado nas pesquisas enquanto Rogério Marinho e Rafael Motta crescem lentamente.

A pesquisa Seta (ver AQUI) mostrou que menos da metade dos eleitores que declaram votar em alguém para o Senado consideram a decisão definitiva. Some-se a isso o alto grau de indecisos na disputa.

Com esses números e a quantidade de fatos negativos que se somam, provocar uma crise para chamar de sua a essa altura do campeonato é uma péssima ideia.

Foi aberta uma avenida para a estagnação das intenções de voto se converter em desidratação eleitoral.

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Ação de Carlos contra Rafael provoca mal-estar com Fátima

A ação do ex-prefeito do Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) tentando impedir que o deputado federal Rafael Motta (PSB) de colar a imagem dele na da governadora Fátima Bezerra (PT) causou um mal-estar dentro do ninho governista.

A iniciativa foi sem consultar a governadora e os partidos da federação formada por PT, PC do B e PV. “não foi tratada com nenhum partido da federação que integra a chapa majoritária”, disse o presidente estadual do PT Junior Souto ao Diário do RN.

O petista precisou vir a público e dizer que o apoio de Motta é bem-vindo. “O apoio do deputado Rafael Mott a à governadora é muito bem-vindo”, acrescentou.

A ação foi vista como um gesto antipático e gerou várias críticas da militância de esquerda nas redes sociais.

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Carlos Eduardo entra na Justiça para impedir Rafael Motta de colar imagem dele na de Fátima

O ex-prefeito do Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) acionou a Justiça Eleitoral para impedir que o concorrente dele ao Senado, o deputado federal Rafael Motta (PSB), não possa colar a imagem dele como apoiador da governadora Fátima Bezerra (PT), que tenta a reeleição.

A ação resulta da irritação por Motta ter cumprido agenda ao lado de Fátima na cidade de São Gonçalo do Amarante, quarto maior colégio eleitoral do Rio Grande do Norte.

“Ora, Rafael Motta NÃO É O CANDIDATO DA COLIGAÇÃO REPRESENTANTE, de forma que a presença dele nos atos da COLIGAÇÃO

termina por CONFUNDIR O ELEITOR que pode, desavisadamente, acreditar que este na verdade é o candidato da Coligação, o que não é real.Trata-se de desvirtuamento da atividade propagandística que tem o potencial de confundir o cenário partidá rio e político-ideológico, com acinte às regras do jogo eleitoral”, argumenta a ação assinada pelo advogado Erick Pereira.

A ação pede também que se evoque o poder de polícia para impedir que Motta se faça presente em eventos ao lado de Fátima. Além de uso da imagem da petista em propagandas em geral.

A ação vem em um momento em que Carlos Eduardo se encontra estagnado nas pesquisas com registro de crescimento de Rafael Motta e do ex-ministro Rogério Marinho (PL).

Nota do Blog: esta ação é inacreditável!

Confira a representação contra Rafael Motta

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Campanha de Carlos Eduardo é um festival de fatos negativos

Na parcial da média das pesquisas de agosto, Carlos Eduardo Alves (PDT) permanece com os mesmos 24% de julho. Em um mês o candidato não saiu do canto enquanto seus principais adversários cresceram.

O ex-ministro Rogério Marinho (PL) saiu de 17% para 20% e Rafael Motta (PSB) ganhou dois pontos percentuais saindo de 9 para 11%. Ainda faltam outros institutos apresentarem novos números este mês, mas o sinal amarelo está ligado.

Carlos Eduardo não acompanhou a governadora Fátima Bezerra (PT) que está com 40% na média das pesquisas enquanto seus principais adversários Styvenson Valentim (PODE) e Fábio Dantas (SD) possuem números semelhantes aos de Rogério e Motta, respectivamente 18% e 11% na média das pesquisas.

A dificuldade para crescer se dá pelo fato da campanha de Carlos Eduardo ser uma sucessão de fatos negativos. A começar pela situação delicada de precisar dos votos lulistas ao mesmo tempo em que não pode se desgarrar de Ciro Gomes, presidenciável do PDT, sob pena de perder a legenda.

Carlos resolveria a situação empolgando a militância petista declarando voto em Lula, coisa que não pode fazer antes de 2 de outubro. Para piorar a situação a esposa dele, Andrea Ramalho, se deixou fotografar com a camisa com o slogan “prefiro Ciro”, acirrando os ânimos.

Carlos tem encontrado dificuldades para agregar apoios, boa parte dos prefeitos e vereadores do interior que não estão com Rogério Marinho estão fechando com Rafael Motta. O pessebista também tem conquistado a simpatia da militância de esquerda, o que desagrega o poder de mobilização da candidatura do ex-prefeito.

De quebra, o pedetista fez movimentos desastrosos no âmbito jurídico como entrar com ações contra a 96 FM e não soube calcular uma ação contra Rogério Marinho envolvendo o orçamento secreto e o tratoraço.

Sim, as duas anomalias desequilibram o pleito, mas o tempo de discutir o assunto já passou. Como bem assinalou o cientista social Daniel Menezes no Blog O Potiguar: Carlos pode ter razão, mas tratar do assunto no meio do processo eleitoral atrapalha.

Aspas para o analista político:

“O orçamento secreto, além dos casos de corrupção que estão pipocando pelo país, cria assimetria não republicana na contemplação de recursos. O problema para CE é que este discurso é ruim do ponto de vista da urgência eleitoral. Se apontar as prefeituras que foram beneficiadas, ele será acusado de atacar os munícipes da cidade. Se não demonstrar, fica parecendo que acusa de Rogério Marinho de trazer recursos para o RN. O tema só pode ser debatido sem o avizinhar da campanha e com bastante calma, para que os cidadãos do RN percebam que, além da carência de critérios técnicos o que leva a baixa eficiência na aplicação do dinheiro público, para uma cidade receber muito, outra teve que receber pouco ou nada”.

O problema da ação foi de timming político.

Resultado: Rogério emplacou a narrativa que Carlos age contra os prefeitos e 110 deles assinaram uma nota dura contra o pedetista.

Politicamente a ação é desastrosa.

Já faz uma semana que a campanha começou oficialmente e Carlos Eduardo não gerou nenhum fato positivo e acumula problemas.

A estagnação não é por acaso.

O sinal amarelo está bem acesso. Ou ele brinda o eleitor com um fato novo ou a coisa desanda de vez.