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Deputado do RN é suspenso do partido
Está no Congresso em Foco: o deputado federal General Girão está suspenso das funções parlamentares dentro do PSL. A medida o atingiu e mais 11 parlamentares entre eles Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.
A lista é formada por: Bibo Nunes (RS), Carlos Jordy (RJ), Caroline de Toni (SC), Daniel Silveira (RJ), Filipe Barros (PR), Cabo Junio Amaral (MG), Hélio Lopes (RJ), Márcio Labre (RJ), Sanderson (RS) e Vitor Hugo (GO).
Os parlamentares atingidos pela medida ficaram ao lado do mandatário nacional na crise envolvendo ele e o presidente nacional do PSL Luciano Bivar (PE).
Os deputados já pediram autorização ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar o PSL.
Ao Blog do Barreto, General Girão comentou a decisão: “Processo de autofagia da representatividade democrática, por conta de atitudes ou diferenças pessoais. Estou usando da minha experiência de vida para tentar sensibilizar os envolvidos na busca de uma solução que considere como fator decisivo a vontade dos nossos Eleitores”.
Há poucos meses a tia do deputado federal Beto Rosado (PP), a prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini (PP), criticava a governadora Fátima Bezerra (PT) por prejudicar a arrecadação dos municípios com o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI).
Para isso usou-se todas as armas possíveis até mesmo admitir que estava atrasando salários, um tabu durante todo mandato de Rosalba.
Pois bem! Agora Beto Rosado endossa a bravata do presidente Jair Bolsonaro de zerar os impostos sobre combustíveis caso os governadores também zerem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em cima do produto.
Qualquer pessoa medianamente bem informada sabe que nenhum governador fará isso por se tratar da principal fonte de arrecadação dos Estados. Mesmo assim, Beto correu para as redes sociais para fazer tag desafiando Fátima Bezerra. Tudo, claro, para fazer média com Bolsonaro. Horas após de soltar a tag no Instagram ele esteve acompanhando o vereador Cícero Martins (PSL) na entrega do título de cidadão natalense ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP).
Nada é por acaso.
A bravata de Beto também afaga uma classe média sedenta por gasolina mais barata e em parte antipetista. Outros políticos também fazem lá suas bravatas à esquerda e à direita.
Mas o que chama a atenção de Beto é que a proposta dele respinga na gestão da tia. Segundo levantamento feito pelo jornalista Magnos Alves (Portal do Oeste) a Prefeitura de Mossoró perderia R$ 26 milhões/ano de ICMS pagos na aquisição de combustíveis. Isso é quase quatro vezes mais que os cerca de R$ 7 milhões de perdas anuais causadas pelo PROEDI ao erário municipal.
A Agência Saiba Mais mostrou que o Governo do Estado perderia R$ 855 milhões. Já os municípios perderiam R$ 285 milhões.
A postura de Beto mostra bem a política como ela é.
Por Reinaldo Azevedo
Sim, a Câmara dos Deputados tem de cassar o mandato de Eduardo Bolsonaro porque:
1: ele quebrou o decoro parlamentar. A previsão está na Constituição, e o detalhamento está no Código de Ética e Decoro Parlamentar;
2: para mandar um recado a Jair Bolsonaro. É preciso dizer a ele: “Esta Casa não tem medo de seus arreganhos autoritários”.
Não há nenhuma razão objetiva, de resto, para inferir que o jogo de radicalização estrelado pelos irmãos Carlos e Eduardo não seja combinado com o pai.
Dados os respectivos conteúdos, especular sobre um novo AI-5 é muito mais grave do que proibir a compra, por órgão federal, de um jornal em particular — a Folha — ou de ameaçar seus anunciantes privados, como fez Bolsonaro.
É mais grave porque, viesse o tal ato, a perseguição à imprensa independente seria ainda pior e mais ampla. Ocorre que, além do conteúdo, é preciso ver a estatura do cargo.
Eduardo é deputado. Em tese, ao menos, a sua interferência no governo, como líder do partido do PSL na Câmara, se dá na esfera da pressão político-partidária.
Já o pai é presidente da República e demonstra, mais uma vez, que pode usar o cargo para, na sua intenção original ao menos, punir desafetos, adversários, oponentes e, não poderia ser diferente, a imprensa livre.
Notem: Eduardo fez uma especulação, que agrediu, sim, um valor constitucional e o Código de Ética da Casa. Jair foi além: ele agiu. E pôs a força do seu cargo para tentar pressionar anunciantes.
Ora, a perseguição sistemática à imprensa livre é um dos elementos do AI-5 sonhado por Eduardo, não é mesmo?
Custa muito a um presidente que atua com esse desassombro tirânico fazer uma dobradinha com os porras-loucas da família para intimidar as instituições — a começar do próprio Congresso?
Da mesma sorte, não acredito na inocência — nem nas desculpas — do presidente no episódio doas leões machos que se acariciam depois de vencer as hienas. E, entre elas, está o Supremo.
Trata-se de uma escolha.
Fica-se com a impressão de que a família decidiu atacar para se defender. A reportagem levada ao ar na terça pelo Jorna Nacional é mera desculpa. Como resta claro, Bolsonaro já sabia que seu nome havia aparecido na investigação do caso Marielle.
A virulência da reação, no entanto, pode apontar para outros temores, ainda desconhecidos do distinto público.
A Câmara dos Deputados tem de cassar o mandato de Eduardo porque a quebra do decoro é evidente, escancarada, arreganhada. Mas também tem de fazê-lo para mandar um recado ao Palácio do Planalto: “Não ouse ir além das suas sandálias”.
É mentira! Os Bolsonaros não temem um “chilaço” no Brasil — até porque não há o menor indício de que algo parecido possa acontecer.
Tudo indica que a escalda da radicalização busca criar uma bolha para proteger a família daquilo que a deputada Joice Hassemann (PSL-SP), que é um deles, chamou de “o que fizeram no Verão passado”.
Não se trata apenas de pôr limites a Eduardo e a Carlos. É preciso pôr limites em Jair. Os limites da Constituição.
Uma das formas eloquentes de fazê-lo é cassando Eduardo, sim! Até porque ele quebrou o decoro. A punição terá um caráter didático.
Por Bruno Boghossian*
Antes de fugir da imprensa pelos corredores do Câmara, o deputado Eduardo Bolsonaro deu sua primeira contribuição como líder do PSL. O filho do presidente pegou o microfone e lançou no plenário uma teoria da conspiração. Misturou os protestos no Chile e no Equador com a Coreia do Norte e o vazamento de petróleo na costa brasileira.
Potencial ex-futuro embaixador, ele sentenciou que as manifestações em Santiago e Quito são uma maquinação da ditadura venezuelana para desestabilizar governos do continente. Repetiu, ainda, a tese de que o óleo que banha as praias nordestinas é fruto desse mesmo complô.
O bolsonarismo costuma buscar refúgio nas lentes ideológicas para mascarar suas frustrações. Desta vez, o filho do presidente foi longe: reproduziu uma teia de perseguições criada nas redes sociais e compartilhou um vídeo publicado pelo líder da extrema direita do Chile –deixando bem claras suas afinidades.
Ainda que os protestos nas ruas chilenas e equatorianas tenham óbvios contornos políticos, eles refletem mais uma crise de representatividade e um cansaço com os governantes de maneira geral do que um conluio global típico da Guerra Fria.
Os apuros enfrentados por Evo Morales após mudar a regra do jogo para disputar mais uma reeleição na Bolívia juntam as pontas. O resultado das urnas está sob contestação, e o esquerdista se tornou alvo de manifestantes que certamente não são financiados pelos socialistas.
A exaustão dos eleitores não é um fenômeno de 2019. O bolsonarismo, aliás, se alimentou desse sentimento, gestado por aqui desde a primeira metade desta década. Eduardo só descreve os episódios recentes pelo viés da ideologia porque pretende tirar proveito político desse delírio.
A ameaça da esquerda é o eixo principal dessa espiral de alucinações, que serve para disfarçar até os insucessos do governo. “Não fiquem surpresos se mais instabilidade vier por aí”, disse Eduardo, jogando para inimigos externos a culpa por problemas que ainda nem existem.
*É jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É mestre em ciência política pela Universidade Columbia (EUA).
O vice-presidente Hamilton Mourão estará em Natal na próxima segunda-feira, 16, para participar do Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA). Quem também estará na capital potiguar é o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara de Deputados, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
O filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) fará palestra abordando o tema “Oportunidades para o investidor estrangeiro no atual governo”.
O evento será organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias Alemães (BDI).
Estarão presentes líderes do setor empresarial e representantes dos dois governos para discutir oportunidades de cooperação e de estreitamento das relações econômicas entre os dois países.
O 37º EEBA é realizado com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) e ocorre entre 15 e 17 de setembro, no Centro de Convenções de Natal (CCN).
Estão confirmados para a abertura oficial do evento, na segunda-feira (16), às 9h, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, presidente da BDI, Dieter Kempf, presidente da FIERN, Amaro Sales, secretário de Negociações Bilaterais no Oriente Médio, Europa e África do Ministério das Relações Exteriores, Kenneth da Nóbrega, vice-ministro de Economia e Energia da Alemanha, Thomas Bareiss e a governadora do Estado do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra.
Serviço
37º Encontro Econômico Brasil Alemanha
Data: 16 de julho de 2019, a partir das 9h
Local: Centro de Convenções de Natal (CCN)
Via Costeira Sen. Dinarte Medeiros Mariz, 6664-6704 – Ponta Negra, Natal
Outras informações: (61) 3317-9880
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) acabou de relatar no Twitter que o deputado federal do RN passa por delicada cirurgia cardíaca.
Confira:
Segundo revelou o jornalista Carlos Santos o procedimento está acontecendo no Incor em São Paulo.
Girão que foi secretário de segurança nas gestões de Rosalba Ciarlini (PP) no Governo do Estado e Prefeitura de Mossoró exerce o primeiro mandato de deputado federal.
Ele foi eleito com 81.640 votos em 2018.
O que caracteriza a extrema direita? Dentre outras está o empenho no isolamento de minorias como negros e gays, mas também no preconceito escrachado contra as mulheres.
Nos últimos anos, por meio de programas sensacionalistas da Rede TV e memes nas redes sociais, o bolsonarismo expressado pelo deputado federal Jair Bolsonaro ganhou tanta força que fez de seu maior ícone um candidato competitivo a ponto de ser líder nas pesquisas que excluem o nome do ex-presidente Lula.
Bolsonaro e seus meninos (o deputado estadual fluminense Flávio, o vereador carioca Carlos e deputado federal por São Paulo Eduardo) formam uma dinastia extremista cuja pregação nas redes sociais e em entrevistas repete chavões tão simplórios quanto nocivos à quem preza pela liberdade.
Quando a polêmica explode sempre fazem questão de negar que sejam homofóbicos, racistas e machistas. O recurso retórico da “brincadeira” é sempre a ferramenta verbal para justificar aberrações que se repetem.
Nesta semana, Jair Bolsonaro foi denunciado por racismo por se referir de forma jocosa a comunidades quilombolas. O filho dele, Eduardo, está enrolado em outra denúncia por crime de ameaça registrada por prints do aplicativo Telegram. O alvo era a jornalista Patrícia Lélis.
Os dois agora são alvos de ação da Procuradoria-Geral da República no Supremo Tribunal Federal (STF). Certamente seus apoiadores irão minimizar dizendo que ele não responde a escândalos de corrupção. Mas não custa nada lembrar que Bolsonaro admitiu desvio de finalidade do auxílio moradia para fins sexuais. Não deixa de ser corrupção.
No meio da discussão que se converteu em ação no STF, Eduardo Bolsonaro expôs toda a educação recebida do pai e respeito as instituições ao mandar Patrícia Lélis enfiar a “Justiça no c…”.
As falas e ações dos Bolsonaros tem ajudado na propaganda negativa e aos poucos a sociedade brasileira vai vendo que esse papo de “mimimi” e “vitimismo” não pode servir de justificativa para o preconceito nosso de cada dia.
Todo mundo pode dizer uma besteira ou se exceder em algum momento da vida, mas a família Bolsonaro já extrapolou todos os limites e isso ganha contornos ainda maiores quando se trata de uma extremista dinastia política.
Agora, os Bolsonaros irão entender que a Justiça (por mais desacreditada que esteja atualmente) não serve para ser enfiada em nenhum orifício corrugado.