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Pesquisa aponta alto risco para candidatura de Carlos Eduardo Alves

CARLOS
Palanque pesado proposto para Carlos Eduardo tem 70% de rejeição

Até 7 de abril o prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves tem uma decisão importante a tomar: renunciar ou não ao cargo que ocupa na capital do Estado. A comparação com a Wilma de Faria de 16 anos atrás é inevitável. Mas o cenário é totalmente adverso.

Naquela época, quando Wilma arriscou disputar o Governo do Estado deixando o próprio Carlos Eduardo no lugar dela, o cenário era totalmente diferente. A então prefeita era bem avaliada na capital e isso serviu de impulso e discurso para ela no interior. A “Guerreira” apresentou-se como o velho travestido de novo embalando e vencendo.

Há ainda um fator simbólico: Wilma nasceu em Mossoró e passou parte da juventude em Caicó, isso lhe dava discurso para entrar com aceitação nas regiões onde era menos conhecida.

Além disso, ela ainda tinha as estruturas das prefeituras de Natal e Parnamirim, respectivamente a primeira e a terceira do Estado.

Agora o que Carlos tem? A estrutura de uma Prefeitura de Natal combalida, que ficaria sob a batuta de um Álvaro Dias (MDB) envolvido em escândalos como os fantasmas da Assembleia e o apoio de aliados desgastados como Garibaldi Alves Filho (MDB) e José Agripino Maia (DEM).

Além disso, Carlos Eduardo Alves prometeu seguir com o mandato até 31 de dezembro. A renúncia para disputar o Governo é péssima para a imagem dele em um cenário de eleitor mais atento e exigente.

Não se trata apenas de mera opinião, mas informações materializadas nos números da Pesquisa Seta divulgada ontem pelo Blog do BG. Apenas 11,6% dos entrevistados aprovam uma eventual renúncia do prefeito para disputar o Governo do Estado. Outros 34,8% reprovam a decisão e 53,6% são indiferentes.

No entanto, essa indiferença não se converte em votos. As intenções de voto dele estão em 8,1%, muito baixo para quem está há mais de 30 anos na política e governa a capital do Estado pela quarta vez. Mas esse mau desempenho tem explicação: 57,3% dos natalenses reprovam a gestão de Carlos Eduardo. Em outro item da pesquisa ruim e péssimo somam 55% sendo 44,7% avaliando a gestão como péssima e 10,3% colocando como ruim.

Tudo isso pesa contra o prefeito de Natal. Além de tudo ele teria, no cenário atual, um palanque pesado com José Agripino e Garibaldi Filho, os nomes mais rejeitados para o Senado (ver AQUI).

Não por acaso 70,4% dos entrevistados rejeitam a parceria Garibaldi/Agripino/Carlos Eduardo. Apenas 17,3% apoiam a união entre os políticos tradicionais. Outros 12% não souberam ou não quiseram opinar.

É um sinal claro da decadência dos grupos Alves e Maia exposto nas eleições de 2014 quando o esvaziado palanque de Robinson Faria (PSD) e Fátima Bezerra (PT) levou a melhor.

Todos os recados do eleitor no passado e no presente são ruins para a postulação de Carlos Eduardo. Se tudo der certo para ele em outubro teremos um fenômeno político novo a ser estudado.

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Disputa por duas vagas no Senado é campo aberto para novidades na política potiguar

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Na soma de primeiro e segundo voto para o Senado (que oferta duas vagas esse ano) nenhum candidato chegou a 15% na pesquisa do Instituto Seta divulgada hoje pelo Blog do BG e 98 FM de Natal. É um sinal claro que o eleitor está aberto às novidades para esse cargo.

Na soma de primeiro e segundo voto Zenaide Maia (que sexta se filia ao PHS) tem 11,62%), seguida por José Agripino (DEM) com 11,23% e Garibaldi Alves Filho (MDB) que alcança 10,52%. Detalhe: essa é a primeira pesquisa que mostra que se as eleições fossem hoje o senador do MDB não seria eleito.

Não enxergo motivos para Zenaide Maia comemorar. Ela equilibra com os velhos caciques num cenário de baixa intenção de voto. A diferença é que ela se encontra em viés de alta por ser menos conhecida. Ele tem potencial para crescer. Os outros dois terão que lidar com rejeição. Agripino tem 13,1% e Garibaldi 9,9%.

Como este ano são dois votos para Senado, as pesquisas somam 100% de votos para primeiro voto e mais 100% para segundo voto. O trio de “favoritos”, juntos, somam 33,37%. É um percentual muito baixo para quem está podendo ser citado duas vezes.

Enquanto isso, o item ninguém/branco/nulo chega a 50.60% no primeiro voto mais 65.23% no segundo voto. É um campo vastíssimo para um novo nome ocupar.

A pergunta agora é: quem?

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José Agripino tem reeleição dependente da candidatura de Carlos Eduardo

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José Agripino é o cacique do RN com mais dificuldades em 2018

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Garibaldi e Agripino podem continuar aliados, mas em palanques diferentes

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Garibaldi e Agripino rabiscam engenharia política para serem reeleitos

Os senadores Garibaldi Alves Filho (MDB) e José Agripino Maia (DEM) quebram a cabeça para serem eleitos juntos como em 2010. Pode sair uma estratégia complexa como a mistura de água e óleo que juntou dois lados de uma mesma moeda política na década passada.

Para entender isso basta ler duas notícias verdadeiras, que se completam, mas tratadas em Natal, graças a limitação do jornalismo declaratório que não explica aos leitores o contexto da informação.

No Blog do BG foi informado que Garibaldi não vai reeditar a dobradinha com José Agripino em 2018. Veja um trecho da matéria: “O que teria levado a posição do senador do MDB são as reuniões com lideranças políticas e com parlamentares que tem mostrado que uma dobradinha dos dois senadores com vários mandatos coloca à reeleição de ambos em risco além de deixar o palanque vulnerável devido às investigações, e o tempo que ambos estão na política causando um desgaste natural”.

Logo em seguida o jornalista Heitor Gregório, da Tribuna do Norte, trouxe declarações de Garibaldi negando rompimento. Abre aspas para o senador do MDB: “Nós já temos uma aliança com o DEM e a tendência é continuar”.

As duas notícias estão corretas e não se desmentem. Pelo contrário, se complementam. Repare que em nenhum momento Garibaldi desmente o Blog do BG nem garante dividir o mesmo palanque com Agripino. Na lógica do senador não é preciso estar formalmente na mesma coligação para ser aliado. Ficar em palanques diferentes pode ser uma boa jogada para suavizar as candidaturas oligárquicas.

Para compreender o caso é preciso visitar a história recente da política potiguar para entender que na aliança entre Garibaldi e Agripino tudo pode acontecer, inclusive eles já fizeram dobradinha em coligações diferentes, mas ocupando o mesmo palanque. Em 2018, pode acontece exatamente outro paradoxo: serem aliados em palanques adversários. Tudo dependerá da ocasião.

Isso mesmo!

Em 2010, a coligação do DEM com PMN tinha Rosalba Ciarlini candidata ao Governo, Robinson Faria de vice e Agripino ao Senado. A segunda vaga à Alta Câmara não foi preenchida. Eram tempos de PMDB de Henrique Alves (que estava no palanque de Wilma de Faria e Iberê Ferreira de Souza) e PMDB de Garibaldi (que estava com Rosalba).rosalba-baner-tres

O PMDB formou uma coligação com PR e PV nas disputas proporcionais, preenchendo apenas uma vaga para o Senado com Garibaldi e sem candidato ao Governo. Dentro desse trio partidário, cada um foi para o palanque mais conveniente e no final todo mundo se juntou após Rosalba tomar posse como governadora.

Garibaldi nunca rompeu com Henrique e isso era bem claro na campanha. Estavam formalmente juntos mesmo em palanques diferentes. Por que não pode acontecer com agora entre Garibaldi e Agripino?

Vale lembrar que na relação entre Garibaldi e Agripino embora estável politicamente nem sempre os juntou no mesmo palanque.

Mais uma vez volto à história para explicar. Após mais de 20 anos em lados diferentes da mesma moeda da nossa política oligárquica, Garibaldi e Agripino dividiram o mesmo palanque no segundo turno das eleições de 2004 em Natal. Luiz Almir acabou derrotado por Carlos Eduardo Alves que apesar do sobrenome estava afastado politicamente da família e alinhado com a então governadora Wilma de Faria.

A vitória de Carlos Eduardo foi um recado para os velhos caciques. Estava rompido o status quo da política potiguar que antagonizou Alves e Maia e reproduzia essas disputas em praticamente todos os municípios do Estado desde a ditadura militar. Para sobreviver politicamente era preciso um cruzamento entre bicudos e bacuraus, assim eles se uniram em 2006. O resultado levou Rosalba Ciarlini ao Senado e a projetou para ser governadora quatro anos depois. Mas Garibaldi conheceu a primeira derrota eleitoral da carreira na famosa “surra de saia” para Wilma de Faria.

Em 2008, mesmo aliados, Agripino e Garibaldi ficaram em palanques diferentes. O primeiro apoiou Micarla de Sousa e o segundo, à contragosto, esteve alinhado com Fátima Bezerra. Em 2012, Garibaldi apoiou Hermano Morais e Agripino Rogério Marinho.

De 2006 para cá, os velhos caciques só estiveram formalmente na mesma coligação em 2006 e 2016. Está claro que os dois podem muito bem ficarem em palanques diferentes sem necessariamente agirem como adversários.

Na política tudo é possível.

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Articulações políticas isolam José Agripino

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Quem diria? Que o senador José Agripino, presidente nacional do DEM, algoz de Dilma Rousseff, influente no governo de Michel Temer e político dos mais importantes do Rio Grande do Norte entraria o ano de 2018 excluído das negociações políticas.

Fragilizado com alta rejeição nas pesquisas e ameaçado por Zenaide Maia (PR) na disputa pelo Senado, Agripino não tem visto o nome vinculado a nenhuma das chapas que vem sendo montadas nas negociações políticas.

Há quem aposte que o senador está menos enfraquecido do que se imagina. Há quem garanta que ele forma um grupo de prefeitos no atacado e está deixando as negociações no varejo para quando as eleições estiverem mais próximas.

Na mesma proporção, mas em sentido inverso, se conversa discretamente sobre a possibilidade de sequer ser candidato a reeleição numa improvável resignação que lhe levaria a uma candidatura a deputado federal num rebaixamento político. Difícil acreditar nessa hipótese.

Até aqui ele tem se apegado à candidatura do prefeito de Carlos Eduardo Alves (PDT) ao Governo do Estado formando um palanque exageradamente tradicional, mas que pode ter um Garibaldi Alves Filho (MDB) se desgarrando e a má vontade do líder do rosalbismo Carlos Augusto Rosado resistindo em formar uma parceria política com tantos algozes de 2014.

Esta caminha para ser a eleição mais difícil para José Agripino. Mas não subestimem sua capacidade de superação. Quem apostar todas as fichas contra o líder demista pode se arrepender.