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Planejamento? Allyson gasta R$ 18 milhões em aparelhos de ar-condicionado para educação com escolas sem condições de receber o serviço

Na propaganda postada no Instagram que ilustra esta reportagem, o prefeito Allyson Bezerra (UB) conta que já climatizou 42 escolas municipais este ano e promete climatizar 100% este ano ainda.

O que o candidato a reeleição, que faz marketing com uma suposta “Cidade da Educação”, não mostra é a desorganização e falta de planejamento de sua gestão na implantação do serviço.

Um levantamento ao qual o Blog do Barreto teve acesso com exclusividade mostra que em 9 de junho de 2022, a gestão municipal realizou o Pregão Eletrônico nº 2/2022 – SME para a compra de 6 mil aparelhos de ar-condicionado no valor de R$ 18.192.480,00.

Só durante o período de instalação percebeu-se que 51 das 95 escolas municipais de Mossoró não possuíam condições de receber os aparelhos.

Empresa recebeu recursos só por serviços na saúde, mas pagamentos na educação não começaram, apesar da promessa de todas as escolas ficarem climatizadas até o fim do ano (Imagem: reprodução)

Só em 3 de julho deste ano, 25 meses depois da licitação, a gestão de Allyson Bezerra realizou novo certame que resultou na contratação da Empresa IM Engenharia Ltda., para “adequações construtivas para viabilização da climatização de 51 unidades de ensino de Mossoró”.

No Portal da Transparência consta que a empresa ainda não recebeu os pagamentos, o que sinaliza que os serviços ainda não começaram.

A empresa assinou contrato no valor de R$ 3.125.000,00 para realizar os serviços em 51 escolas. O custo médio será de R$ 61,5 mil por colégio.

Contrato só foi assinado 25 meses após a compra dos aparelhos (Foto: reprodução)
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Cidade da Educação? Allyson faz truque de marketing para esconder posição modesta de Mossoró no Ideb

O prefeito Allyson Bezerra (UB) segue a estratégia de transformar fatos negativos em positivos para gerar conteúdo nas redes sociais, uma atitude, somada a predominante ausência de contraponto, que tem sido fundamental para ele ostentar altos índices de popularidade e liderar com folga a disputa pela cadeira mais confortável do Palácio da Resistência.

Um exemplo disso são os números modestos da educação municipal no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb).

Primeiro o prefeito colocou a assessoria de comunicação espalhar um relise, acolhido pela maior parte da mídia de forma acrítica, informando que a gestão de Allyson colocou Mossoró com o melhor Ideb “entre os maiores municípios do RN”, num critério arbitrário em que foram escolhidas cidades com desempenho abaixo de Mossoró.

É mais ou menos como se um vascaíno excluísse os nove primeiros colocados do Campeonato Brasileiro para dizer que o Vasco, que está em 10º na tabela, é o líder da competição.

Allyson gravou vídeo dizendo que o Ideb avançou na gestão dele, mas o Blog do Barreto já tinha noticiado que o índice recuou ao primeiro ano da quarta passagem da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) pela Prefeitura de Mossoró (leia AQUI). “O Ideb da rede municipal de ensino de Mossoró em 2023, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, regrediu ao patamar de 2017. Recuou para 5,6, após ter subido para 5,9 em 2019. Já nos anos finais, o índice é o mesmo de 2017: 4,3”, diz trecho da reportagem.

Recorte do Ideb usado por Allyson omite retrocesso da nota de Mossoró na gestão de Allyson (Foto: reprodução)

Veja o vídeo em que o prefeito faz truque de marketing:

A verdade é que com Allyson, Mossoró ostenta a modesta 20ª colocação nos anos iniciais e 28ª nos anos finais do ensino fundamental (confira as tabelas abaixo).

Pouco para quem tem o segundo maior orçamento para área entre as prefeituras potiguares e anunciou ter como slogan “Mossoró Cidade da Educação”.

A gestão de Allyson tem na educação um dos seus principais problemas. Em junho o Blog do Barreto trouxe duas matérias com base em diferentes relatórios. O primeiro, do TCE apontando que 402 crianças (0 a 3 anos e 11 meses) estão sem escola e outro do MPRN indicando que são 782 estudantes não matriculados na rede municipal de ensino. Sendo 576 crianças em idade de creche e pré-escola (o relatório do TCE é sobre uma faixa etária mais restrita) e 206 do Ensino Fundamental.

Mas no marketing do prefeito Mossoró vive uma revolução na educação.

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Ensino na gestão Allyson recua ao 1º ano do governo Rosalba

Na gestão Allyson Bezerra, a educação municipal em Mossoró amarga um retrocesso de sete anos. É o que mostra os novos indicadores do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Os dados foram divulgados quarta-feira (14), pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

O Ideb da rede municipal de ensino de Mossoró em 2023, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, regrediu ao patamar de 2017. Recuou para 5,6, após ter subido para 5,9 em 2019. Já nos anos finais, o índice é o mesmo de 2017: 4,3.

Ou seja, o nível de ensino na gestão Allyson Bezerra retrocedeu ao primeiro ano de governo Rosalba Ciarlini (2017-2020). Na prática, é um atraso de aprendizado de sete anos.

Principal indicador da educação básica pública e privada, o Ideb varia numa escala de 0 a 10. O índice é calculado a cada dois anos para os anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e médio. O cálculo do índice é feito a cada dois anos. A próxima divulgação da avaliação acontecerá em 2025.

Crianças fora da creche

O recuo no Ideb de Mossoró na gestão Allyson Bezerra se soma a outros graves problemas enfrentados pela rede municipal de ensino, no atual governo.

Relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), divulgado em junho, apontou 402 crianças de 0 a 3 anos e 11 meses sem estão vagas nas creches da Rede Municipal de Ensino.

Um estudo mais ampliado de outro relatório, do Ministério Público, indica que a gestão do prefeito Allyson Bezerra tem números ainda piores se incluirmos crianças acima dessa faixa etária em idade de frequentar creche e ensino fundamental.

São 782 estudantes não matriculados na rede municipal de ensino. Sendo 576 crianças em idade de creche e pré-escola (o relatório do TCE é sobre uma faixa etária mais restrita) e 206 do Ensino Fundamental. São estudantes que buscaram vagas e não conseguiram, ficando no cadastro de reserva.

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Relatório do MPRN mostra números ainda piores que o do TCE: são 782 estudantes sem aulas na gestão de Allyson

Na terça-feira o Blog do Barreto revelou que o relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou 402 crianças de 0 a 3 anos e 11 meses estão vagas nas creches de Rede Municipal de Ensino.

Um estudo mais ampliado de outro relatório, desta vez do Ministério Público, indica que a gestão do prefeito Allyson Bezerra (União) tem números ainda piores se incluirmos crianças acima dessa faixa etária em idade de frequentar creche e ensino fundamental.

São 782 estudantes não matriculados na rede municipal de ensino. Sendo 576 crianças em idade de creche e pré-escola (o relatório do TCE é sobre uma faixa etária mais restrita) e 206 do Ensino Fundamental.

São estudantes que buscaram vagas e não conseguiram, ficando no cadastro de reserva. As escolas com mais crianças e adolescentes no cadastro de reserva são:

1) Escola Municipal Professor Manoel Assis (Doze Anos): 69 solicitações;

2) Escola Municipal Paulo Cavalcante de Moura (Sumaré): 20 solicitações;

3) Escola Municipal Maurício Fernandes da Silva (Paredões): 17 solicitações;

4) Escola Municipal Rotary (Bom Jardim): 17 solicitações;

5) Escola Municipal Niná Ribeiro de Macedo Rebouças (Abolição IV): 11 solicitações.

Já na creche e pré-escola são:

1) UEI Maria Caldas (Sumaré): 119 solicitações;

2) UEI Alice Dias da Silva (Vingt Rosado): 76 solicitações;

3) UEI Elineide de Carvalho Cunha (Planalto Treze de Maio): 63 solicitações;

4) UEI Neusa Xavier Linhares (Nova Mossoró): 32 solicitações;

5) UEI Zezinha Gurgel (Santo Antônio): 31 solicitações.

Na conclusão, o relatório avalia que a gestão de Allyson não está cumprindo as metas da educação. “O Relatório Contábil do Laboratório de Orçamento e Políticas Públicas (LOPP), de 26.04.2024, que infere que a meta 1 do Plano Municipal de Educação (PME)1 está distante de ser cumprida tanto no que diz respeito a creche (cobertura de 15% a 21% entre os anos de 2013 e 2022), quanto a pré-escola (cobertura de 50% a 65% nos anos de 2013 e 2022), permite afirmar que os dados do cadastro de reserva representam a ponta do iceberg”, declarou.

O relatório do MP recomendou a realização de uma audiência ministerial com Secretaria Municipal de Educação (SME) com a presença da 12ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (DIREC) e dos Conselhos Tutelares de Mossoró para discutir medidas para solucionar o problema.

Nota do Blog: e pensar que o prefeito usou o slogan “Mossoró Cidade da Educação”.

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Cidade da educação? Gestão de Allyson deixa 402 crianças em fila de espera por vagas em creches

Um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre a educação nos municípios potiguares apontou que 402 crianças (0 a 3 anos e 11 meses) estão sem acessos nas escolas da rede municipal de ensino de Mossoró.

Uma falha da gestão do prefeito Allyson Bezerra (União) que usava até bem pouco tempo o slogan “Mossoró Cidade da Educação”.

As crianças constam com o status de “fila de espera” em pleno meio do ano conforme o Plano de Fiscalização Anual 2023-2024.

Para piorar a situação, ainda existem 109 vagas não preenchidas nas creches do município.

Mossoró é um dos 22 municípios potiguares a apresentar o quadro de fila de espera.

Das 402 crianças aguardando vagas em creches, 44 delas possuem necessidades específicas.

 

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Artigo

Exagero no marketing na educação pode gerar “Efeito Silveira” sobre Allyson

Ao lançar o programa “Mossoró Cidade da Educação” o prefeito Allyson Bezerra (SD) abriu o flanco para que a área que ele quis tornar vitrine fosse alvo de pedras jogadas pela oposição.

Um bebedouro quebrado, uma janela sem ferrolho, uma carteira avariada e outros problemas seriam usados para superdimensionar a crítica a altura da peça de marketing.

Quem sabe muito bem disso foi o ex-prefeito Francisco José Junior. Ele transformou um avanço razoável no transporte público numa peça de marketing exagerada.

“A espera de anos acabou”, dizia o slogan.

A melhora do que era péssimo poderia ter rendido dividendos políticos acabou tendo um efeito inverso ao esperado colaborando para Francisco José Junior ostentar o status de prefeito com pior avaliação da história de Mossoró.

Com a popularidade nos píncaros da glória, Allyson precisa ficar atento porque Francisco José Junior também sabe o que é bombar no gosto popular.

A denúncia do Ministério Público demonstrando falta de zelo na educação, deixando crianças sem matrículas ou estudando distantes de casa é, como escrevi esta semana, um engasgo no discurso da “cidade da educação”.

O prefeito precisa se ligar no efeito “Silveira”, em alusão ao sobrenome usado pelos mais próximos de Francisco José Junior.

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Denúncia do MP engasga o discurso do marketing da “cidade educação” promovido por Allyson

O prefeito Allyson Bezerra (SD) lançou em 8 de novembro o programa “Mossoró Cidade da Educação”. A promessa era de fazer uma revolução na área com o “maior investimento da história”.

Em março ele fez um estardalhaço na entrega de fardas e material escolar, como se isso fosse uma grande novidade. A diferença é o marketing.

O discurso que transformou o programa em slogan ficou engasgado neste mês de março que se encerra hoje.

A ação civil pública do Ministério Público do Rio Grande do Norte apontou falta de zelo, abandono intelectual e exclusão escolar ao deixar 11 crianças sem escola em 2022 e três matriculadas longe de casa. Os casos formam um recorte de um problema mais amplo que tem provocado evasão escolar em Mossoró.

Some-se a isso a greve dos professores que se arrasta a quase 40 dias sem ter no horizonte uma proposta para reajuste do piso nacional de 14,95%. A gestão alega que já cumpre a lei.

As duas crises somadas engasgam o discurso da “Mossoró Cidade da Educação”.

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Professores fazem cortejo fúnebre do slogan “Mossoró Cidade da Educação”

Os professores em greve realizaram o funeral simbólico do programa “Mossoró Cidade Educação”, peça de marketing da gestão do prefeito Allyson Bezerra (SD).

Durante a manhã desta sexta-feira, 31 de março, um grupo de professores percorreu as principais ruas do centro da cidade, partindo do Ginásio de Esportes, onde o projeto foi lançado com símbolo de uma revolução da educação municipal.

A atividade foi idealizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) e faz parte das ações dos professores da rede municipal de ensino, em greve há 38 dias, completados hoje por falta de propostas concretas para atendimento à pauta de reivindicação da categoria para 2023, principalmente a implementação do Piso Nacional do Magistério, de 14,95% conforme definido por Lei Federal, na carreira dos professores.

O “cortejo fúnebre” contou ainda com apoio maciço da população, que aplaudiu, entoou as palavras de ordem e se colocou ao lado dos professores. “É mais uma ação forte realizada pelos professores e que mostra que há disposição para lutarmos pelos nossos direitos. Outros atos virão, não daremos trégua em busca do que é nosso.” Afirma a professora Eliete Vieira, presidente do Sindiserpum.

Além da crise com os professores, foi protocolada uma ação do Ministério Público que pede uma indenização de R$ 30 milhões para 11 crianças que ficaram sem estudar em 2022 por conta da exclusão digital, três que ficaram matriculadas longe de casa e para o Fundo da Infância e da Adolescência (FIA).

 

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“Cidade da educação”? Professores aprovam greve e culpam prefeito por falta de diálogo

Os professores da Rede Municipal de ensino aprovaram por unanimidade greve da categoria na manhã desta segunda-feira, dia 13.

Os professores querem o cumprimento do reajuste de14,95% no valor do Piso Nacional do Magistério, anunciado pelo Ministério da Educação no final de janeiro.

Um dos pontos que mais irrita a categoria é a falta de diálogo do prefeito Allyson Bezerra (SD), que tem alardeado que fazendo Mossoró a “Cidade da Educação”, mas tem ignorado a categoria. “É no mínimo uma falta de respeito para com os professores este silêncio do prefeito em agendar uma audiência para discutir as pautas apresentadas. Já faz mais de 40 dias que o ofício foi protocolado e até agora nenhuma sinalização. Isso não é aceitável e empurrou a categoria pela deflagração da greve”. Comenta a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum), Eliete Vieira.

Após o final da assembleia os professores foram a porta do Palácio da Resistência protestar.

A greve começa na quinta-feira, dia 23, logo após o carnaval.