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Petrobras não vai deixar o RN. Presidente da estatal explica como será a permanência

Governadora recebeu informações do presidente da Petrobras (Foto: Robson Araújo)

A venda dos últimos ativos da Petrobras no Rio Grande do Norte não significará o fim da presença da estatal no Estado. É o que explicou à governadora Fátima Bezerra (PT) em reunião por videoconferência o presidente da empresa, Roberto Castello Branco.

Ele disse que a Petrobras manterá investimentos no Rio Grande do Norte em pesquisa e exploração de águas profundas e ultraprofundas, como o campo de Pitú.

Castello Branco informou que o investimento será de R$ 150 milhões na área que foi posta à venda e R$ 270 milhões que serão gastos na operação e no custeio das áreas pelo período de dois anos, tempo estimado para a conclusão da transição da venda. “Não sairemos do Rio Grande do Norte, vamos seguir o plano de desinvestimento previsto, entretanto, seguiremos investindo na exploração de águas profundas e ultraprofundas que é o nosso foco e manteremos a produção durante todo o período de transição, além da garantia de que não haverá demissões”, esclareceu.

A governadora comentou a decisão da Petrobras:

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Deputado cobra empenho da classe política para retomar investimentos da Petrobras no RN

Em pronunciamento na sessão remota desta quinta-feira (30), da Assembleia Legislativa, o deputado Francisco do PT chamou a atenção para a queda dos investimentos da Petrobras na região Nordeste e no Rio Grande do Norte. Segundo o parlamentar, o desinvestimento da empresa no estado potiguar tem impactos negativos na a economia e sociedade norte-rio-grandense.

“No auge da produção da Petrobras aqui no Estado, havia um investimento de aproximadamente R$ 1,9 bilhão por ano. Hoje esses investimentos giram em torno de R$ 600 milhões. Uma queda drástica que caracteriza um processo de desinvestimento e retirada da Petrobras do nordeste brasileiro, especialmente aqui do Rio Grande do Norte”, alertou Francisco.

O deputado voltou a cobrar a união e empenho da classe política do Estado e do Nordeste, bem como de diversos setores da sociedade, em favor da retomada dos investimentos da empresa na região. “Todas as forças políticas do Rio Grande do Norte hão de reconhecer a importância histórica da Petrobras para o Estado”, disse Francisco.

Ao final do pronunciamento, o deputado anunciou e convidou a sociedade a participar da mobilização que será promovida nesta sexta-feira (31), nas redes sociais, pela permanência das atividades da empresa no Nordeste brasileiro e retomada dos investimentos.

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Petrobras dá mais um passo para deixar o RN

Campos de Redonda e Ponta do Mel foram vendidos (Foto: Web/autor não identificado – Imagem meramente ilustrativa)

Por meio de comunicado a Petrobras informa que finalizou ontem a venda da totalidade da sua participação em dois campos de produção terrestres. Ambos são em Ponta do Mel e Redonda, localizados no Município de Areia Branca.

Os campos da Bacia Potiguar foram vendidos para a Central Resources do Brasil Produção de Petróleo Ltda por US$ 7,2 milhões para a Petrobras, com pagamento a ser realizado ao longo de 18 meses. A empresa já detinha direitos de exploração nos campos por meio de contratos com cláusula de risco assinados com a Petrobras no ano de 1982.

No comunicado a Petrobras diz: “Essa operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em águas profundas e ultra-profundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos”.

Em outras palavras: foco no pré-sal.

Produção

Os campos de Ponta de Mel e Redonda tiveram produção média de petróleo no primeiro semestre de 2020, foi de cerca de 493 bbl/dia.

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Petrobras assina venda de campos de águas rasas do RN

Venda rendeu US$ 1,5 milhão (foto meramente ilustrativa)

A Petrobras assinou hoje com a OP Pescada Óleo e Gás Ltda., subsidiária integral da Ouro Preto Óleo e Gás S.A., contrato para a venda da totalidade de sua participação nos campos de Pescada, Arabaiana e Dentão localizados em águas rasas da Bacia Potiguar (Polo Pescada), no estado do Rio Grande do Norte.

O valor da venda é de US$ 1,5 milhão, a ser pago em duas parcelas: (a) US$ 300 mil na assinatura do contrato; e (b) US$ 1,2 milhão no fechamento da transação, sem considerar os ajustes devidos.

O fechamento da transação está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A presente divulgação está de acordo com as diretrizes para desinvestimentos da Petrobras e com as disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto no Decreto 9.355/2018.

Essa operação está alinhada à estratégia de otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em águas profundas e ultra profundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos.

Sobre o Polo Pescada

O Polo Pescada compreende três campos de águas rasas: Pescada, Arabaiana e Dentão, localizado no estado do Rio Grande do Norte. A Petrobras é operadora dos três campos com 65% de participação e a OP Pescada Óleo e Gás Ltda. detém os 35% restantes em consórcio. A produção média do Polo Pescada de janeiro a junho de 2020 foi de aproximadamente 260 barris de óleo por dia (bpd) e 190 mil m3/dia de gás.

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Projeto potiguar para fabricação de ventiladores pulmonares é selecionado para financiamento da Petrobras e IBP

Projeto receberá apoio de R$ 100 mil (Crédito da foto: Assessoria FIERN)

Saiu o resultado da seleção pública de projetos para produção de ventiladores pulmonares mecânicos – uma iniciativa da Petrobras em parceria com o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Bicombustíveis (IBP). O comitê técnico selecionou quatro projetos da fase intermediária de fabricação dos ventiladores e, entre eles, o “Caninga– ISI-ER”, do Senai-RN.

O projeto vencedor é um protótipo de um respirador mecânico invasivo, equipamento utilizado no tratamento de pacientes com Covid-19. Foi desenvolvido pelos técnicos e engenheiros do Senai-RN em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), responsável pela fase de testagem clínica, e também com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que atua na etapa de documentação do projeto para aprovação e licenciamento junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Os outros projetos vencedores da seleção pública foram o modelo “3D Breath” da empresa ArcelorMittal Brasil; o “VExCO” da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além do “Frank 5010” da Universidade de Caxias do Sul em parceria com Meditron.

De acordo com o edital, a fase intermediária consiste na passagem dos chamados testes “in vitro” (testes de desempenho com uso de pulmão artificial) para os testes “in vivo” (com animas e seres humanos), ao passo que a fase de produção é a etapa seguinte de fabricação dos ventiladores. Cada projeto selecionado receberá R$ 100 mil em recursos financeiros para continuação do desenvolvimento, com acompanhamento técnico de especialistas da Petrobras e do IBP. O objetivo da iniciativa é acelerar a fabricação desses equipamentos, escassos no mercado brasileiro e essenciais ao tratamento de pacientes graves com Covid-19.

“Com quatro projetos, aumentam as chances de sucesso da produção de ventiladores menos complexos e mais baratos para tratamento emergencial da Covid-19 em curto prazo”, afirmou o líder da iniciativa na Petrobras, Luiz Paschoal.

Abertas as inscrições para segunda onda da seleção pública

Para a fase específica de produção de ventiladores, como nenhum projeto apresentou registro junto à Anvisa na primeira onda, a Petrobras e o IBP decidiram abrir as inscrições para a segunda onda da seleção pública, em busca de novos candidatos qualificados para o início da fabricação dos equipamentos. Universidades, empresas e instituições de ciência e tecnologia de todo Brasil podem inscrever seus projetos até o dia 24/06, desde que apresentem registro prévio junto à Anvisa. O edital está disponível no site do IBP (https://www.ibp.org.br/chamada-publica-ventiladores-pulmonares).

“Na primeira onda da seleção pública, tivemos dezenas de inscritos, mas infelizmente nenhum apresentou registro junto à Anvisa. É uma chancela fundamental para garantirmos a segurança dos projetos”, disse Luiz Paschoal. Nessa fase, um projeto será selecionado e receberá R$ 1,1 milhão em recursos financeiros para seu desenvolvimento.

Estrutura Científica de Resposta da Petrobras

A seleção pública é mais uma iniciativa da Estrutura Científica de Resposta (ECR) da Petrobras voltada para o combate ao coronavírus. O objetivo é reunir competência técnica em parceria com empresas, universidades e instituições de ciência e tecnologia para formular soluções viáveis e rápidas no enfrentamento à pandemia.

A Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica (SBEB) e o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) estão apoiando a iniciativa e participam da avaliação e seleção dos projetos – em conjunto com o IBP e a Petrobras.

Fonte: Gerência de Imprensa da Petrobras

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Petrobras já demitiu mais de mil funcionários em 2020 somente no RN

Petrobras cada dia mais distante do RN (Foto: Thinckstock)

A Petrobras demitiu 1.328 funcionários de suas empresas terceirizadas no Rio Grande do Norte somente este ano. Os dados, levantados pelo Sindipetro, são de registros entre 1º de janeiro e 10 de junho.

No início do ano eram 6.032 funcionários terceirizados no Estado. Agora são 4.704. No final de 2018 eram 6.779, o que mostra que os ritmo das demissões aceleraram no Rio Grande do Norte.

Mas o problema não é de hoje. É uma tendência que reflete o desinvestimento da estatal no Rio Grande do Norte nesta década. Em 2011, 13.151 profissionais terceirizados prestando serviços em terras potiguares.

O diretor licenciado do Sindipetro, Pedro Lúcio Góis, explicou que a questão envolve o enfrentamento da pandemia e simboliza a retirada da Petrobras do RN.

Confira o comentário em áudio abaixo:

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Por via das dúvidas corra para o posto de gasolina

Pode faltar combustível nos postos do Brasil já na próxima semana. A informação foi dada em vídeo (ver abaixo) gravado por Deyvid Bacelar, da Comissão de Negociação da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Já são 13 de greve com pouquíssima cobertura da mídia tradicional. A liderança do movimento quer reverter as demissões em massa na Petrobras e garantir preços justos para o gás de cozinha, gasolina e diesel.

A direção da Petrobras vem se recusando a negociar com a categoria.

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Petroleiros protestam na BR 110

Manifestação paralisou estrada que liga Mossoró a Areia Branca

Petroleiros do Rio Grande do Norte protestaram nesta quarta-feira, 12, na BR-110 que liga Mossoró a Areia Branca. A paralização começou às 5h e faz parte do calendário da greve nacional dos petroleiros que teve início em 01/02. A manifestação foi encerrada às 8h30 e foi acompanhada pela Polícia Rodoviária Federal, a qual não declarou abusos na iniciativa.

O protesto teve como objetivo conscientizar a sociedade sobre o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho pela Companhia, denunciar a demissão e transferência de trabalhadores, próprios e contratados, além de impedir o desmonte e venda de ativos em todo o Sistema Petrobrás.

Em Mossoró a mobilização reuniu cerca de 300 trabalhadores terceirizados e petroleiros Petrobrás, além da participação de membros das centrais sindicais CUT e CTB, Movimento Sem Terra(MST), Marcha Mundial das Mulheres, SINTE-RN Regional, SINAI e do mandato da Deputada Estadual, Isolda Dantas.

Pedro Lúcio afirma que Petrobras desmobiliza ativos no RN

De acordo com o secretário geral do SINDIPETRO-RN, Pedro Lúcio, a Petrobrás colocou à venda oito refinarias no país e tem desmobilizado todos os seus ativos noRN. “O presidente da Companhia, Roberto Castelo Branco, informou em 2019 que o foco dos investimentos no Espirito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, enfraquecendo a produção no Nordeste e provocando mais demissões e enfraquecendo a economia de estados e munícipios”.

Para o coordenador geral do SINDIPETRO-RN, Ivis Corsino, a Petrobrás comunicou na fabrica de fertilizantes em AraucárianoParaná que vai demitir todos os trabalhadores concursados e terceirizados. “São mais de mil trabalhadores paranaenses que serão colocados na rua diante do desinvestimentos da Petrobrás. No Rio Grande do Norte já são 8 mil trabalhadores desempregados dentro do sistema e mais de 80 mil empregos indiretos que foram encerrados”, informa o dirigente.

Gás pelo preço justo

O Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte anunciou a venda de botijão de gás por R$ 40, o equivalente à metade do preço cobrado atualmente. A ação será realizada na manhã da sexta-feira (14), em frente à sede da Petrobras em Natal, no bairro de Cidade da Esperança. A iniciativa vem sendo realizada em outros estados com sucesso. O objetivo é explicar à população as razões da greve da categoria iniciada em 1º de fevereiro. O movimento já paralisou 91 unidades de 13 estados do país.

Texto: Sindipetro/RN.

Fotos: Deivson Mendes

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Governo diz não ter desistido da Petrobras, mas o problema é que a estatal desistiu do RN

Antenor Roberto fala sobre a saída da Petrobras do RN (Foto: Wigna Ribeiro)

O governador em exercício Antenor Roberto (PC do B) ao participar do Mossoró Oil&Gas Expo – IV Fórum Onshore Potiguar disse que o Governo do Estado não desistiu da Petrobras.

Vamos às palavras de Antenor:

“A governadora Fátima tem uma posição muito clara, fez isso na reunião dos governadores do Nordeste em Natal, de que não desistimos da Petrobras”.

O problema é estarmos num processo que não depende de palavras, mas de ação. O desmonte da Petrobras no Rio Grande do Norte é um processo iniciado no começo desta década, ainda no governo Dilma Rousseff (2011/2016).

A estatal vem saindo de forma silenciosa para priorizar o Pré-sal e os nossos campos maduros estão sendo entregues à iniciativa privada.

O Governo não pode aceitar passivamente da saída da Petrobras. Isso é fato.

O trabalho é convencer a estatal a não desistir do Rio Grande do Norte.

Não o inverso.

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SINDIPETRO e mais de 50 entidades lançam a campanha “Pelo Povo Potiguar, a Petrobras fica no RN”

Entidades se unem em favor da permanência da Petrobras (Foto: Artur Varela)

O Brasil vivencia a maior tragédia em termos de estabilidade social. A afirmativa é do geólogo e ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, responsável pela descoberta das enormes reservas de Pré-sal, em 2007, Guilherme Estrella, no lançamento da Campanha “Pelo Povo Potiguar, a Petrobras fica no RN”, realizado na manhã desta segunda-feira, 25.

Promovida pelo SINDIPETRO-RN, em parceria com FUP, CTB e mais de 50 entidades do campo institucional, sindical e dos movimentos sociais, a iniciativa pretende estabelecer um diálogo entre os mais diversos segmentos da sociedade e desenvolver uma corrente atuante para formular ações que garantam a presença da Petrobrás no Rio Grande do Norte.

Palestra

Reunidos no auditório Otto Brito de Guerra, prédio da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), estudantes, professores, juristas, geólogos, trabalhadores petroleiros e de outras categorias profissionais, parlamentares e lideranças dos movimentos sociais e sindicais, tiveram a oportunidade de discutir o papel estratégico da Petrobrás na economia do Estado, do Brasil e da geopolítica mundial a partir da visão de uma testemunha privilegiada.

Conhecido por sua firme e intransigente postura em defesa da soberania nacional e afirmação da empresa brasileira de capital nacional, Guilherme Estrella avalia que o caráter estatal da Petrobrás garante a responsabilidade sobre o desenvolvimento nacional, emprego e a atuação em benefício da sociedade onde ela opera. “E essa campanha pela permanência em estados produtores de petróleo, como o Rio Grande do Norte, é fundamental, pois a saída impacta negativamente em toda a sociedade, no equilíbrio social e no entrosamento com a universidade brasileira”, ressaltou.

Para Estrella, “juntando todo o sistema da Petrobrás, no RN a parte terrestre, dá para você entregar energia no mercado brasileiro a preços baratos que aumente a competitividade da indústria brasileira, não só internamente, mas fazendo com que os produtos industrializados importados caiam de preço”.

Pré-sal

Ao detalhar todo o processo que levou à descoberta do petróleo em águas profundas, Guilherme Estrella ressaltou que todos os méritos são da petroleira brasileira e opina a importância do caráter público da Companhia. “Uma empresa privada não faria o que a Petrobras fez”, afirma ele.

Na visão do geólogo, a energia, referindo-se ao petróleo e gás natural, é ponto central da soberania de qualquer nação importante no mundo, como o Brasil. Dessa forma, o Estrella denunciou as tentativas de desconstrução não só da Petrobrás, mas do Brasil.

Ele se refere ao Pré-sal brasileiro como “uma das mais importantes e estratégicas riquezas da nossa pátria, absolutamente indispensável para que o Brasil, como nação soberana e detentora real de autonomia de decisão, se desenvolva social, econômica, tecnológica e politicamente”.

“Nós saímos de uma situação absolutamente dependente em 2002 para uma situação de soberania absoluta em termos de energia e de construção de uma infraestrutura energética para o desenvolvimento industrial brasileiro”, completou.

Guilherme Estrella afirma que Petrobras tem compromisso com o desenvolvimento nacional

Soberania

Ao falar sobre a atual conjuntura política vivenciada pelo país, o geólogo avaliou que o cenário implica a necessidade de se pensar estrategicamente, para não pôr em xeque a soberania nacional. “Estamos a assistir um profundo período de mudanças. É necessário que o Brasil enfrente um processo de construção firme e irreversível desta sua nova, inusitada e inalienável missão. Dentro desta perspectiva, o efetivo controle, a gestão e a operação de produção de energia no país devem estar nas mãos do Estado Nacional e de empresas genuinamente brasileiras”, ressaltou.

Estrella abordou, na ocasião, a importância da trajetória firmada a partir de 2003 na Petrobras, para tirar o país de uma posição de dependência para uma posição de país soberano. “O Brasil passa de um simples observador da cena mundial para um protagonista geopolítico mundial no século XXI”, afirmou.

“Assumimos a diretoria e ficou muito claro que a Petrobrás teria que reassumir o seu papel de condutora do setor petrolífero nacional, hegemonicamente, como era antes”, afirmou. “Mudamos de um país dependente, em 2002, para um país completamente autossuficiente, e não momentaneamente, autossuficiente para todo o século 21, em termos de combustível, com condições de ganhar autossuficiência em outras áreas.”

Na avaliação de Estrella, os extraordinários resultados empresariais da Estatal na última década, como de resto ao longo de seus mais de 60 anos, “desmascaram e põem a nu os reais objetivos desta campanha lesa-pátria em que insistem os poderosos defensores de interesses não brasileiros na tentativa de desestabilizar a Petrobras e o Brasil”.

Carreira

Guilherme Estrella entrou na Petrobrás em 1965, como geólogo de poço de petróleo na área de Exploração e Produção (E&P). Mais tarde, em 1977, quando era gerente de Exploração da Braspetro no Iraque, foi um dos responsáveis pela descoberta do gigantesco campo de Majnoon naquele país — que na época se estimava que produziria mais de 1 milhão de barris por dia. Anos depois, o Iraque foi invadido e ocupado por tropas estrangeiras por causa do campo de Majnoon.

Estrella se aposentou em 1993, mas foi convidado no primeiro ano do governo Lula, em 2003, para assumir o cargo de diretor da área de E&P, quando a Estatal começava a abraçar grandes projetos e deixar de lado a política do governo anterior, que era voltada para um esforço de redução da participação da empresa no mercado de petróleo internacional, para deixar 60% do mercado para o capital estrangeiro.

Só na Petrobrás o geólogo trabalhou por mais de 40 anos, exercendo vários cargos no Brasil e no exterior. De 2003 a 2012, foi diretor de exploração e produção da Companhia. Foi neste período que a Petrobrás e o governo federal divulgaram as informações sobre as imensas reservas brasileiras de petróleo e gás em águas profundas, o que valeu a Estrella a designação de “descobridor do pré-sal” ou “pai do pré-sal” no Brasil.