Ex-deputada estadual e vereadora eleita de Mossoró Larissa Rosado (PSDB) foi a entrevistada de hoje no programa Foro de Moscow. Na conversa ela avaliou a relação com o rosalbismo.
Ela disse não saber se o seu grupo estará ao lado da prefeita não reeleita em 2022 e avisou que ela e a mãe Sandra Rosado (PSDB) vão buscas o seu próprio espaço e que isso pode ser juntou com Rosalba Ciarlini (PP) ou não.
O sandrismo acumula décadas de derrotas políticas. No período de divisão dos Rosados perdeu seis das sete eleições em que se confrontou diretamente com o rosalbismo.
Para ser justo com a história: só venceu em 1992 coadjuvando Dix-huit Rosado, que voltara a se entender com Vingt Rosado, aceitando a sobrinha Sandra Rosado como vice.
Hoje o grupo não ostenta o poderio do passado. Está fora da Câmara dos Deputados e da Assembleia Legislativa há duas eleições gerais.
O hoje o grupo se segura no mandato de Sandra como vereadora. Logo ela será substituída por Larissa Rosado que tenta um recomeço na vereança.
O grupo perdeu protagonismo. Não lidera oposição nem governo. Sequer teve autonomia política para sustentar uma ruptura política com a ainda prefeita Rosalba Ciarlini (PP) nas eleições deste ano.
O sandrismo terá que se adaptar a uma nova dura realidade. Não tem espaço no Governo do Estado. Não terá na Prefeitura de Mossoró a partir de janeiro.
Viverá um novo pior momento em breve.
O futuro não será fácil muito embora a luz ainda persista em estar acesa por meio do carisma de Larissa.
Um dos mais tradicionais e longevos grupos políticos do Rio Grande do Norte está a cada eleição mais enfraquecido e demonstrando que a autonomia política ficou no passado.
Nas eleições gerais o grupo da vereadora Sandra Rosado (PSDB) sempre chegava com candidaturas competitivas para Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. Não só chegava como garantia mandatos. Foi assim por década.
A tradição foi rompida em 2014 quando Larissa e Sandra Rosado não conseguiram se reeleger. Depois disso, o sandrismo aderiu ao rosalbismo perdendo protagonismo no cenário político mossoroense.
Em 2016 e 2020 o grupo não teve forças para indicar o vice da hoje prefeita Rosalba Ciarlini (PP). Entre estas eleições tivemos 2018 quando Sandra foi pressionada a retirar a candidatura a deputado federal para apoiar Beto Rosado, sobrinho de Rosalba. A troca previa o apoio para Larissa Rosado que terminou derrotada na tentativa de seguir deputada estadual (ela tinha voltado ao parlamento graças a um arranjo político dois anos antes).
Hoje o grupo de Sandra não reuniu condições políticas para sair da sombra do rosalbismo e retomar o protagonismo do passado. Não tem autonomia para novos voos solo.
O seu principal ativo eleitoral, Larissa Rosado, tentará um recomeço como vereadora.
Enquanto o grupo de Sandra vai saindo de cena no debate público mossoroense novas lideranças vão surgindo. Primeiro foi Tião Couto que teve bom desempenho eleitoral na disputa pela Prefeitura de Mossoró em 2016. Agora temos os deputados estaduais Isolda Dantas (PT) e Allyson Bezerra (SD) juntamente com a ex-prefeita Cláudia Regina (DEM) que agora atua em faixa própria.
Há dois anos Sandra Rosado (PSDB) seria candidata natural a deputada federal. Teve que recuar por força das circunstâncias. Em 2020 sua reeleição para vereadora estava comprometida e foi obrigada a retirar a postulação para abrir espaço para a filha Larissa Rosado (PSDB).
A popularidade de Sandra Rosado sempre esteve aquém da qualidade de sua atividade parlamentar. Ela acabou prejudicada pela desconstrução eficiente da máquina de destruir reputações de rosalbismo, mas algumas atitudes suas e a personalidade também contribuíram para isso.
O destino político sempre reservou a Sandra a atuação nos bastidores onde seu talento político sempre se sobrepôs. Ela poderia ser na ala da família Rosado que comanda o equivalente ao que Carlos Augusto é no rosalbismo.
Mas diferente do primo que aceitou o destino político de se limitar aos bastidores em meados dos anos 1990, Sandra sempre relutou em deixar os holofotes.
Agora o destino impõe esta condição de atuação limitada aos bastidores num momento em que seu grupo político perdeu autonomia dentro do cenário político mossoroense (tema para um outro artigo). Talvez um recomeço do sandrismo passe pela conversão do agrupamento em larissismo e ela saindo dos holofotes.
A vereadora Sandra Rosado (PSDB) não será candidata a reeleição. Ela anunciou que abre mão do mandato para que a filha Larissa Rosado (PSDB) seja candidata.
“Isso não significa que estou deixando a vida pública. Continuarei a jornada enquanto militante, mulher e cidadã comprometida com os valores da democracia e da justiça social”, declarou.
Logo após o comunicado de Sandra, a ex-deputada estadual Larissa Rosado anunciou a candidatura nas redes sociais.
“Hoje venho aqui conversar com vocês sobre uma decisão tomada a partir do diálogo construído nas ruas com nossos amigos e apoiadores. Venho anunciar para vocês a minha pré-candidatura a vereadora”, anunciou.
Nota do Blog: decisão acertada. Larissa é o principal ativo eleitoral do sandrismo. Ela não poderia ficar sem mandato. Voltaremos ao assunto com artigo.
Neste momento há uma intensa movimentação na casa onde morou por décadas o saudoso ex-deputado federal Vingt Rosado que se tornou sede das reuniões políticas do grupo da vereadora Sandra Rosado (PSDB).
Na pauta está em discussão o anúncio da ex-deputada estadual Larissa Rosado (PSDB) como candidata a vereadora.
Sandra abriria mão da reeleição.
Larissa já vem mantendo postura de candidata em suas postagens nas redes sociais. Há alguns meses ela chegou a negar que seria candidata a vereadora este ano.
A eleição de 2020 é ocaso ou mais um suspiro político para o grupo da vereadora Sandra Rosado (PSDB). Vai depender do que as urnas vão dizer.
Acostumado ao protagonismo na política local, o sandrismo perdeu espaço desde que se tornou aliado da prefeita Rosalba Ciarlini (PP).
Ainda assim, o sonho acalentado há anos é o de indicar o vice da atual prefeita. Em 2016 quando tinha bem mais peso político que hoje não deu. Contentou-se com a articulação que levou Larissa de volta a Assembleia Legislativa em 2017.
Para 2020 o cenário é ruim para reivindicar a vaga no rosalbismo, mas Sandra não desiste. Larissa se desincompatibilizou para ficar disponível para compor chapa ou ser candidata.
Fala-se que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Arena das Dunas seria um trunfo tendo em vista a proximidade de Larissa com o presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB). A investigação seria uma forma de emparedar a prefeita de Mossoró, um dos principais alvos.
Até aqui não há qualquer indício que se confirme essa especulação. Ezequiel tem tratado o tema de forma republicana dando autonomia aos deputados sem interferir.
A colocação de Larissa no jogo eleitoral tem fortes sinais de que a pressão será em vão. O grupo não agrega politicamente por não ter mais a força de antes.
Aí resta perguntar: sem espaço como vice de Rosalba, Larissa comporia com algum nome da oposição? Ela sairia candidata em chapa própria indo para mais um sacrifício político? Vai para a vereança onde certamente seria uma ótima puxadora de votos?
O certo é que Larissa é um dos melhores quadros dos Rosados e a submissão de seu nome a mais um desgaste eleitoral pode finalizar uma carreira política que tem muita lenha para queimar.
As mágoas aos poucos vão sendo deixadas de lado e as inimizades ponderadas em nome dos interesses em comum. Assim o grupo da vereadora Sandra Rosado (PSDB) não se perdeu no caminho da volta e deve anunciar apoio ao senador Garibaldi Alves Filho (MDB) que tenta a reeleição.
Segundo voto como em 2010.
As negociações estavam emperradas desde as convenções por conta de mágoas passadas e pela parceria política da família Alves com a presidente da Câmara Municipal Izabel Montenegro (MDB), que ora é “amiga de infância” ora “inimiga mortal” do sandrismo.
Mas tudo aos poucos foi sendo deixado de lado. É questão de tempo o anúncio do apoio a Garibaldi que levaria o segundo voto do grupo.
O primeiro voto sempre foi de Geraldo Melo (PSDB).
Já foi publicada no Jornal Oficial de Mossoró (JOM) a nomeação do professor aposentado Pedro Almeida Duarte para o cargo de secretário municipal de administração.
A presença dele no cargo fez parte das negociações entre o rosalbismo e o sandrismo para que a vereadora Sandra Rosado (PSDB) retirasse a postulação a Câmara dos Deputados para apoiar a reeleição do deputado federal Beto Rosado (PP).
Pedro Almeida é um longevo e leal membro do grupo de Sandra Rosado.
Já foi secretário estadual de educação e agricultura respectivamente nos governos de Garibaldi Filho e Wilma de Faria.
Os dias têm sido tensos no grupo político familiar da vereadora Sandra Rosado (PSDB). Ela quer ser candidata a deputada federal, mas não tem grandes chances de ser vitoriosa nas urnas.
O bom senso indicaria a parceria política com o rosalbismo para garantir a preservação dos atuais mandatos de sobrenome Rosado.
O rosalbismo pressiona para que ela desista da postulação para apoiar a reeleição do deputado federal Beto Rosado (PP). O jogo nos bastidores tem sido duro (ver AQUI), mas Sandra resiste.
Nas idas e vindas o roteiro da desistência está traçado. Ela ser homologada candidata a deputado federal pelo PSDB como aconteceu ontem já estava no script por causa das circunstâncias internas do partido.
O próximo capítulo é Sandra ao final ceder e desistir da candidatura para garantir a estrutura palaciana a Larissa Rosado (PSDB) que tenta a reeleição e manter o ex-vereador Lairinho Rosado na condição de secretário de desenvolvimento econômico. Cogita-se, como compensação, uma outra pasta para o professor Pedro Almeida, aliado de longa data do sandrismo.
Está previsto para ainda nesta semana um evento para celebrar a dobradinha Larissa/Beto. Tudo dependerá da palavra final de Sandra. Ela resiste, repito.