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Governadora sanciona autonomia financeira da UERN

Em dia histórico, a governadora Fátima Bezerra sancionou nesta quarta-feira (29) a Lei 11.045/2021 que estabelece a autonomia de gestão financeira e patrimonial da Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, entidade mantenedora da Uern.

A conquista da autonomia financeira efetivada hoje é o mais importante ato das últimas três décadas. Em importância histórica, ela se equipara à fundação em setembro de 1968 como uma entidade municipal, à estadualização em janeiro de 1987, e ao reconhecimento pelo Ministério da Educação em junho de 1993.

“Hoje não é um dia qualquer, é um dia histórico porque vai valer por muitos dias, por muitos anos, vale e vai valer por toda uma vida. Quero dizer aqui, olhando nos olhos de vocês, tendo Mossoró como testemunha: valeu o sonho, valeu a luta, valeu a pena ter sido eleita governadora do Estado e do povo do Rio Grande do Norte para protagonizar esse momento. Este ato tem um significado especial pra mim porque, com ele, estamos assegurando a garantia de um direito fundamental para a conquista da cidadania de um povo que é o direito à Educação. Confesso: quando enviei o projeto à Assembleia e no dia que ele foi aprovado, cheguei em casa, depois de um dia intenso de trabalho, chorei muito. Passou por minha cabeça o filme de uma geração que sofreu, de muitos que ficaram pelo caminho porque não tiveram direito de ter acesso a um curso de ensino superior”, disse, emocionada, a professora Fátima Bezerra.

Para ela, a autonomia plena – pedagógica, administrativa e financeira – dá a Uern o status que tem hoje o legislativo estadual, o judiciário, o TCE, a Defensoria Pública. “Se esses poderes podem gerir seus recursos, por que uma instituição do porte da UERN não pode fazer o mesmo?”, indagou. “Temos muito orgulho de dizer ao Nordeste e ao Brasil que a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte tem uma das mais belas políticas de interiorização do ensino e de inclusão social. O que está por trás deste ato que estamos celebrando hoje são sonhos, esperança, direitos. É garantir que a Uern vai continuar cumprindo com sua missão”, explicou a governadora. “Está na gênese da nossa luta e da nossa história a valorização profissional e salarial das categorias, e, como consequência, a boa qualidade do ensino para os nossos estudantes”, complementou a secretária-adjunta do Gabinete Civil, Socorro Batista, que presidiu a comissão de elaboração da proposta de autonomia financeira.

“A lei da autonomia financeira, sancionada pela governadora Fátima Bezerra, garante à universidade de forma efetiva e concreta, a estabilidade institucional necessária à execução de seu planejamento financeiro e o alcance de suas metas estratégicas”, comemorou a reitora Cicília Maia.

A partir de agora – enfatizou a reitora – a Uern passa a ser a segunda instituição estadual de ensino superior do Nordeste a conquistar autonomia plena, “o que mostra a necessidade de que o exemplo dado pelo governo do RN alcance outros estados, fortalecendo o ensino superior público.”

A reitoria destacou a sensibilidade, o comprometimento e o zelo que a governadora Fátima Bezerra sempre teve pela educação e pela instituição. “É nosso dever – e que fique registrado nos anais desta casa – reconhecer que a defesa da educação sempre pautou o trabalho e a vida da governadora Fátima Bezerra.”

A deputada Isolda Dantas, que foi a relatora na Comissão de Justiça do projeto de lei aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa, e o deputado George Soares, relator na Comissão de Finanças, lembraram que a autonomia financeira e patrimonial foi um compromisso assumido por Fátima em Mossoró em setembro de 2018. “Muitos não acreditaram e está aí. Hoje é um dia histórico, um divisor de águas na história da universidade e, consequentemente, de todo o povo do Rio Grande do Norte. Aos 53 anos, a universidade tem maturidade suficiente para decidir os seus rumos”, defendeu a parlamentar mossoroense, que representou a Assembleia Legislativa na solenidade, juntamente com os deputados Manoel Souza Neto e Bernardo Amorim.

De acordo com a lei, o orçamento anual da Uern tomará por base a receita líquida de impostos arrecadados pelo executivo estadual, sendo previsto para 2022, primeiro ano da autonomia plena, um repasse correspondente a 2,31% do orçamento geral do Estado.

Esta foi a segunda ação da governadora Fátima Bezerra, em pouco mais de três meses, de fortalecimento da Uern. Em 28 de setembro, perante a assembleia geral universitária, a professora Fátima Bezerra sancionou a Lei 10.998/2021 que torna soberana a vontade da comunidade acadêmica e extingue a lista tríplice para indicação de reitor.

Também participaram da solenidade o vice-governador Antenor Roberto, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra; os deputados estaduais Isolda Dantas, George Soares, Bernardo do Amorim e Souza Neto; os ex-reitores Padre Sátiro Dantas, Genivan Josué Batista, Walter Fonseca e Fátima Raquel; o vice-reitor Chico Dantas; os secretários Aldemir Freire (Seplan), Alexandre Lima (Sedraf), que é professor da UERN; Gustavo Coelho e Socorro Batista (GAC); Gilton Sampaio (Funpec); Ludimila Oliveira, reitora da Ufersa; prefeitos Rivelino Câmara (Patu) e Alan Silveira (Apodi); presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim. Os deputados Francisco Medeiros, Raimundo Fernandes e Kleber Rodrigues foram representados por assessores.

UERN em números

Estudantes: 9.067

Docentes: 1.220

Técnicos: 906

Campi: 06

Cursos: 59

Porcentual do orçamento do Estado a ser repassado à UERN

2022: 2,31%

2023: 2,50%

2024: 2,98%

2025: 3,08%

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Foro de Moscow 29 dez 2021 – A autonomia da Uern: reitora Cicília Maia explica

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Assembleia Legislativa aprova autonomia financeira da UERN

Os deputados estaduais do Rio Grande do Norte aprovaram, na sessão ordinária desta quinta-feira (16), diversos projetos que beneficiam diretamente servidores públicos do Estado e também que garante a autonomia administrativa à Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN). Membros da instituição e também servidores de vários órgãos acompanharam a sessão e comemoraram a votação.

Historicamente lutando pela autonomia sobre a gestão financeira e patrimonial da Fundação Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, que gere e mantém a UERN, os servidores viram os parlamentares aprovarem à unanimidade a proposta encaminhada pelo Governo do Estado. Enquanto na justificativa o Poder Executivo afirmou que a autonomia é o cumprimento de princípio constitucional, os deputados enalteceram a lei, que poderá colaborar com o desenvolvimento do Estado através de sua principal instituição de ensino superior público estadual.

Os parlamentares Dr. Bernardo (MDB), Eudiane Macedo (Republicanos), Getúlio Rêgo (DEM), Ubaldo Fernandes (PL), Souza (PSB), Vivaldo Costa (PSD), Raimundo Fernandes (PSDB), Nelter Queiroz (MDB), Kelps Lima (SDD), Isolda Dantas (PT) e Ezequiel Ferreira (PSDB) comemoraram a aprovação da matéria. “São décadas de espera pela realização desse sonho. Uma luta de todos e todas que fazem ou fizeram parte dessa instituição. Hoje, essa Casa marca o antes e o depois da história da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Tenho orgulho de bater no peito e dizer que esse é o maior instrumento de transformação desse Estado. A autonomia da UERN representa mais desenvolvimento para a educação desta universidade, que é nossa”, disse Isolda Dantas (PT).

“Formado em Universidade Pública como sou, sei da importância estratégica de uma universidade como a UERN. Por isso o meu voto a favor da autonomia financeira, que dará ferramentas necessárias para que essa instituição dê saltos para o futuro”, ressaltou Kelps Lima. “Esta presidência parabeniza todos que fazem a UERN. Uma vitória do Estado e de todos que fazem esta universidade, que a partir de agora, passa a ter a sua autonomia”, celebrou o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira.

Além dos professores e funcionários da UERN, servidores públicos de diversos outros órgãos também estiveram na Assembleia para o acompanhamento da análise de projetos que tratavam diretamente sobre suas carreiras. Na sessão, os parlamentares aprovaram projeto para a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos titulares de cargo público de provimento efetivo da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), com emenda apresentada pelo deputado Getúlio Rêgo (DEM) e encartada à proposta, tratando especificamente sobre os médicos.

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A bancada antiUern

A autonomia financeira da UERN é consenso na sociedade mossoroense e na comunidade acadêmica da instituição de ensino superior.

Mas na Assembleia Legislativa, onde a parada se decide, a questão é mais tensa.

Em nosso parlamento estadual existe uma bancada antiUern pronta para dificultar as coisas. É um agrupamento é formado por parlamentares presos a fake news sobre a UERN, ressentidos por demandas não atendidas pela instituição ou simplesmente por não tolerarem o papel inclusivo desta universidade.

Não se iludam com a unanimidade da aprovação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça. Temos uma batalha duríssima pela frente.

Prova disso é que o líder da oposição Tomba Faria (PSDB) vetou a dispensa de tramitação da proposta no colegiado de líderes.

Ele tem apoio nos bastidores para isso.

A bancada antiUern é minoritária, mas tem poder para atrapalhar.

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Governadora apresenta projeto de autonomia financeira da UERN

Cinquenta e três anos depois da criação, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte finalmente ganhará a tão sonhada autonomia financeira e patrimonial, a mais importante e antiga pauta de reivindicações da comunidade acadêmica das últimas décadas. A iniciativa é um passo importante para que a UERN possa alcançar, de forma plena, o princípio constitucional da autonomia universitária, conforme compromisso assumido pela governadora Fátima Bezerra. Projeto de lei neste sentido foi encaminhado à Assembleia Legislativa.

Cumprindo agenda administrativa neste sábado (20) em Mossoró, a governadora se reuniu com a comunidade acadêmica, sob as mangueiras do pátio da Reitoria, para apresentar o projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa.

“O dia de hoje se soma a outros momentos da bela história da UERN, como a estadualização em 1987 e o reconhecimento pelo MEC em 1993. Nós respeitamos a autonomia das instituições. Não só respeitamos, como estamos avançando nesse sentido porque além da autonomia pedagógica e administrativa, teremos a autonomia financeira e caberá à comunidade universitária gerir os recursos da melhor forma possível. Não tenho nenhuma dúvida nenhuma de que vocês têm competência e sensibilidade social suficientes para zelar pela instituição, fazer com que a UERN trilhe, cada vez mais, o caminho da democratização do acesso ao ensino superior”, afirmou a governadora.

Fátima Bezerra destacou a importância do ensino público e gratuito e o papel transformador que ele tem na vida das pessoas. “Nós, que não nascemos em berço de ouro, que tanto ralamos para ter acesso a um curso superior, sabemos o que significa esta universidade do ponto de vista de oportunidades. Nesses 53 anos, quantos jovens do nosso estado não teriam seus sonhos frustrados se não existisse a Universidades do Estado do Rio Grande do Norte?”, questionou.

A deputada Isolda Dantas, que representou o Legislativo estadual na solenidade, juntamente com o deputado Souza, lembrou que a Uern é um lugar no qual os filhos da classe trabalhadora são acolhidos. Citou ações implementadas pela gestão estadual como a sanção da lei, de autoria da deputada, que institui o Programa de Assistência Estudantil (PEAE), a implantação das cotas étnico-raciais na Uern, a lei que garante o mínimo de 20% de cota para negros e negras em concursos públicos estaduais, que será sancionada pela governadora Fátima Bezerra, e cota para negros e negras para ingresso nos cursos de graduação, que será instituída pelo Governo.  “Isso significa reconhecer que essa universidade não é só para formar, mas também para ter pessoas formando gente, compreendendo que há desigualdade racial no país, uma desigualdade histórica”, disse.

A reitora Cicília Maia leu uma mensagem de agradecimento à governadora por contribuir com a construção e fortalecimento de uma UERN socialmente referenciada, inclusiva, includente e afro referenciada. “Nós que somos egressos desta casa, sabemos a importância do papel transformador que a Uern exerce na vida das pessoas. A autonomia financeira começa a ser concretizada hoje. Já não é mais um sonho”, disse ela, elogiando o trabalho coletivo de um grande número de pessoas para que isso fosse possível. “2021 será o ano da autonomia financeira da Uern. Agradeço o empenho da governadora e da sua equipe em prol desse projeto. Sabemos que a governadora Fátima Bezerra é uma grande entusiasta da universidade e, por dever de justiça, é preciso fazer esse registro.”

“Quem acha que a UERN é prejuízo é porque não conhece as dificuldades dos que nascem muito pobres e os pobres são a maioria em nosso estado. A Uern representa muito mais do que a academia, o conhecimento. Representa uma mudança de cenário, do destino na vida dessas pessoas. É por isso que tratamos a Uern com tanto amor”, defendeu a vereadora de Mossoró, Marleide Cunha.

O presidente da Associação dos Docentes da Uern (Aduern), Neto Vale, lembrou que essa é uma luta bastante antiga. “Este momento é um marco, uma conquista de todos os segmentos que participaram desse processo.” O presidente do Sindicato dos Técnicos-Administrativos da Uern (Sintauern), Elineldo Melo, lembrou o papel fundamental da universidade na transformação de milhares de famílias. “Esperamos contar com o apoio da Assembleia Legislativa para aprovação deste projeto”, disse ele.

A presidente do Diretório Central dos Estudantes da Uern (DCE/Uern), Yamara Santos, enfatizou a luta pela inclusão social. “Em nome do DCE digo que é uma honra estar caminhando ao lado de um governo que se coloca à disposição do pensar políticas públicas para os estudantes, para as mulheres, para os negros e negras do Rio Grande do Norte.” No final, Yamaha recitou o poema “Eu vi Deus”, de Luana Galoni.

O que muda com a autonomia financeira

A Uern é autônoma do ponto de vista acadêmico e administrativo, mas não financeiro. Por não ter esta autonomia, todos os processos financeiros são gerados pela Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FUERN), entidade mantenedora da Uern, e encaminhados para o governo estadual.

Com a autonomia financeira, o Governo do RN fará o repasse pelo mesmo sistema aplicado aos demais poderes do Estado, o duodécimo, vinculado à arrecadação de impostos. Caberá à Universidade gerir os recursos, de acordo com a legislação em vigor, sob a supervisão dos conselhos da Fuern (Conselho Curador e Conselho Diretor).

A Uern foi fundada em 28 de setembro de 1968 pela Lei Municipal de 20/68. Nasceu com o nome de Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte (FURRN). No decorrer desses 53 anos passou por três eventos que marcaram a história da instituição: o processo de estadualização, iniciado em 1986 e concluído em 08 de janeiro de 1987; o reconhecimento pelo Ministério da Educação, em 1993; e o recredenciamento, em 2018. A autonomia financeira será o quarto ato de importância histórica pós-criação da universidade.

De acordo com o projeto de lei, o orçamento anual da FUERN tomará por base a Receita Líquida de Impostos estabelecida pelo executivo estadual, por ocasião da elaboração de Lei Orçamentária Anual (LOA), sendo previstos 2,31% ou R$ 290 milhões para o exercício de 2022; 2,50% em 2023; 2,98% em 2024 e 3,08% no orçamento de 2025.

A partir daí, o percentual destinado para o exercício fiscal deverá ser renegociado entre a FUERN e o Governo do Estado, não podendo ser inferior ao utilizado no ano anterior.

Esta foi a segunda ação da governadora Fátima Bezerra, em menos de dois meses, de fortalecimento da Uern. Em 28 de setembro, durante Assembleia Geral universitária, a professora Fátima Bezerra sancionou a Lei Estadual 10.998/21 que torna soberana a vontade da comunidade acadêmica e extingue a lista tríplice para indicação de reitor.

Além dos já citados, estiveram presentes ao evento: o vice-reitor da Uern, professor Francisco Dantas; o professor Dr. Lauro Gurgel, representando toda a administração superior do reitorado; secretária adjunta do Gabinete Civil do Estado (GAC), Socorro Batista; assessora especial de governo, Samanda Alves; presidente da Fapern, Gilton Sampaio; diretor do DER, Manoel Marques; chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Seec), Ana Maria Costa; chefe de gabinete da Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças (Seplan), Flaubert Torquato; coordenador de Articulação do Fórum de Terreiros de Mossoró, Francisco Wellington (“Pai Bolinha de Ogum”); coordenador geral do Fórum das Comunidades Tradicionais de Terreiros de Matriz Africana-Ameríndia de Mossoró, Lucas Sullivan; os assessores Yadson Magalhães, representando o mandato do senador Jean Paul Prates, e Caramuru Paiva, representando o mandato do deputado Francisco do PT.

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Autonomia financeira da UERN precisa ser encarada como uma conquista histórica

A UERN nunca esteve tão próxima da sonhada autonomia financeira. O projeto já foi encaminhado para a Assembleia Legislativa e será apresentado ao público hoje em Mossoró pela governadora Fátima Bezerra (PT).

A luta é de décadas e passou por todos os reitores eleitos, presidentes de sindicatos e representantes estudantis.

Numa analogia com o futebol seria como uma jogada que nasceu do campo de defesa e fosse construída em troca de passes até deixar o centroavante na cara do gol sem goleiro apenas com o trabalho de empurrar a bola para dentro com um leve toque.

Enquanto a bola não entrar o gol não acontece então o leve toque exige muito cuidado para que a oportunidade não seja perdida.

O “gol feito perdido” acontecerá se a aprovação na Assembleia Legislativa não acontecer antes do dia 17 de dezembro. Sem isso, o projeto fica para o ano que vem e num ano eleitoral tudo é mais complicado e os prazos são mais curtos para aprovar uma proposta como essa.

Há o risco de a proposta ser empurrada para 2023 se não sair agora e aí caso um governador com perfil oligárquico chegue ao poder impedindo a reeleição de Fátima a bola em vez de ir para o gol pode ir para lá fora do estádio.

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Ezequiel discute projetos com reitora da UERN

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB) se reuniu no final da manhã desta quinta-feira (18) com o prefeito de Apodi, Alan Silveira (MDB), vereadores e a reitora da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), professora Cecília Raquel Maia para discutir assuntos relacionados a construção de um campus da instituição de ensino superior, uma obra que foi iniciada em 2014 e que a liberação de recursos está travada.

“É uma alegria muito grande para todas as forças políticas de Apodi estarem unidas em busca de uma solução para o problema enfrentado pela UERN, que vai beneficiar não só Apodi mas toda a região”, afirmou o deputado Ezequiel Ferreira no início da reunião que aconteceu no gabinete do prefeito Alan Silveira (MDB).

A reitora disse que a concepção do Campus “é muito importante para o desenvolvimento de Apodi” e é preciso que o processo seja destravado. A dirigente da UERN pontuou que também é preciso que seja recuperado o tempo perdido, sendo necessária, também a atualização do quadro de servidores da Universidade. A ação foi judicializada e agora está na Justiça Federal em Brasília, havendo um crédito restante de R$ 1,1 milhão, que está travado. O deputado Ezequiel disse que vai à Brasília e desenvolverá ações para que o processo seja destravado.

A Reitora também solicitou agilidade na discussão de um projeto de Lei que vai chegar na Assembleia Legislativa estabelecendo a autonomia financeira total à UERN.  O deputado Ezequiel disse que era preciso uma articulação da reitoria junto aos deputados para que a matéria seja votada em tempo hábil. “Vamos fazer a nossa parte mas é preciso a mobilização da reitoria e dos estudantes, num trabalho junto aos deputados, pois a Assembleia é uma Casa plural e todas as opiniões devem ser respeitadas”, disse.

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Foro de Moscow 17 nov 2021 – A Uern prestes a conquistar sua autonomia financeira

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Governadora envia projeto de autonomia da UERN para Assembleia Legislativa

Conforme anunciado no dia 28 de setembro de 2021, durante a assembleia geral universitária promovida pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), a governadora Fátima Bezerra enviou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei que dispõe sobre a autonomia de gestão financeira e patrimonial da Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FUERN), entidade que mantém e gere a instituição de ensino superior. A proposição é fruto dos estudos desenvolvidos pela Comissão Mista, instituída pelo Decreto Estadual nº 30.430, de 24 de março de 2021.

 “É com muita satisfação que anunciamos a autonomia financeira da UERN, um direito previsto na Constituição Brasileira de 1988, e que está cada vez mais próximo de se tornar realidade. Enquanto professora e militante da luta em defesa da educação, sempre defendi e continuo defendendo esta importante instituição, que é um dos mais belos exemplos de interiorização do ensino superior no Rio Grande do Norte. Por toda a sua importância ao longo de seus 53 anos, a UERN significa desenvolvimento e inclusão social”, declarou a governadora Fátima Bezerra, ao justificar o envio do PL da Autonomia Financeira à casa legislativa estadual.

A importância da autonomia da gestão financeira da UERN diz respeito, sobretudo, ao atendimento das demandas da universidade por meio de sua própria gestão, independentemente da relação com o ente que a criou – no caso, o Governo do Estado. De acordo com a lei proposta, o orçamento anual da FUERN tomará por base a Receita Líquida de Impostos estabelecidos pelo poder executivo estadual, por ocasião da elaboração de sua Lei Orçamentária Anual (LOA), sendo previsto 2,31% ou R$ 290 milhões de reais para o ano de 2022; 2,50% para o ano de 2023; 2,98% para o ano de 2024 e 3,08% para o ano de 2025.

A partir do ano de 2026, o percentual destinado para o exercício fiscal de 2025 deverá ser renegociado entre a FUERN e o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, não podendo ser, sob qualquer hipótese, inferior ao utilizado em 2025.

GESTÃO DEMOCRÁTICA

No dia em que completou 53 anos, a UERN – fundada em 1968 e estadualizada em 1987- iniciou uma nova fase de sua história no que diz respeito ao processo participativo e democrático da comunidade acadêmica. No dia 28 de setembro de 2021, durante a Assembleia Geral universitária, a governadora Fátima Bezerra sancionou a Lei Estadual Nº 10.998/21, que torna soberana a vontade da comunidade acadêmica e extingue a lista tríplice. O ato foi realizado na noite que marcou a posse da reitora Cicília Maia e do vice-reitor Francisco Dantas.

Naquela ocasião, a chefe do poder executivo estadual Fátima apontou que o governo estadual segue na mesma base democrática e está desde meados do mês de abril em diálogo com a Associação dos Docentes (Aduern) e o Sindicato dos Técnicos Administrativos (Sintaurern), no propósito de juntos construírem o Plano de Carreiras, Cargos e Salários para o corpo funcional da Universidade, uma vez que o plano vigente é de 1989 e já se encontra totalmente defasado.

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Refutando o ataque de Cassiano Arruda Câmara contra a autonomia financeira da UERN

O professor universitário aposentado e jornalista Cassiano Arruda Câmara, um dos mais celebrados pela elite natalense, publicou um artigo na Tribuna do Norte em que critica a disposição da governadora Fátima Bezerra (PT) em enviar para a Assembleia Legislativa a proposta de autonomia financeira da UERN.

No texto, o célebre jornalista trata a UERN como um peso para um Estado pobre como o Rio Grande do Norte que não pode ter uma universidade e que deveria cuidar somente do ensino básico.

Essa fala por si só é problemática e mostra bem o sentimento da elite de Natal em relação à UERN.

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte não é algo supérfluo como insinua o jornalista. A UERN é a instituição de ensino superior mais democrática desse sofrido elefante.

Cassiano talvez não saiba, mas a UERN tem em seus quadros 89% de alunos oriundos de escolas públicas. Só esse papel inclusivo justifica a sua existência em todas as regiões do RN.

Mas ainda tem mais.

Cassiano afirma que o Governo precisa priorizar o ensino básico. Mas para ter isso é necessário professores. Sabe quem forma os professores que dão aulas no interior do Estado? A UERN! Ou seja: a UERN é fundamental para o ensino básico.

O experiente jornalista cometeu um equívoco básico na análise de um fato que é se basear numa informação falsa. Ele cita que o ensino superior é de responsabilidade do Governo Federal.

O artigo 211 da Constituição Federal não sustenta a afirmação do colega.

Eis o que consta na Carta Magna a respeito do tema:

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.  Proposições em tramitação

  • 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. (Nova redação dada por Emenda Constitucional nº 14 de 12/09/1996) Proposições em tramitação
  • 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Nova redação dada por Emenda Constitucional nº 14 de 12/09/1996) Proposições em tramitação
  • 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Incluído por Emenda Constitucional nº 14 de 12/09/1996) Proposições em tramitação
  • 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a equidade do ensino obrigatório. (Incluído por Emenda Constitucional nº 14 de 12/09/1996) (Nova redação dada por Emenda Constitucional nº 59 de 11/11/2009) (Nova redação dada por Emenda Constitucional nº 108 de 26/08/2020) Proposições em tramitação
  • 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído por Emenda Constitucional nº 53 de 19/12/2006) Proposições em tramitação
  • 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão ação redistributiva em relação a suas escolas. (Incluído por Emenda Constitucional nº 108 de 26/08/2020) Proposições em tramitação
  • 7º O padrão mínimo de qualidade de que trata o § 1º deste artigo considerará as condições adequadas de oferta e terá como referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ), pactuados em regime de colaboração na forma disposta em lei complementar, conforme o parágrafo único do art. 23 desta Constituição. (Incluído por Emenda Constitucional nº 108 de 26/08/2020) Proposições em tramitação.

Como você viu não há uma única linha que trate de responsabilidades dos entes federativos, muito menos que ao Governo Federal cabe o ensino superior. Se não fosse assim a Bahia não teria cinco universidades estaduais, não teríamos USP, Unicamp e UERN. O mais próximo de uma delimitação que temos está no fato que a educação fundamental e infantil deve ser prioridade dos Municípios e o ensino médio prioridade dos Estados.

Prioridade é bem diferente de exclusividade. Tanto que temos escolas municipais com ensino médio e escolas estaduais com ensino fundamental.

Ele fala também que a autonomia financeira da UERN custará R$ 400 milhões anuais. Não sei de onde ele tirou isso. Consultei gente grupo de trabalho da autonomia financeira e a estimativa calculada é de que gire em torno R$ 200 milhões por ano. O cálculo é feito com base na arrecadação e não no orçamento. Os números podem variar para mais ou para menos.

Não tenho nada contra Cassiano Arruda Câmara, mas a elite natalense da qual ele faz parte precisa se libertar desse fetiche de implicar com a UERN tratando-a como se fosse um luxo ou algo supérfluo.

A UERN é necessária para reduzir desigualdades regionais e sociais. É um investimento que dá retorno ao povo do Rio Grande do Norte.

Parem de tratar como problema o que é solução!

Você pode ler o artigo de Cassiano AQUI.