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Rogério Marinho quer tirar espalhar fake news como possibilidade de impeachment de presidente

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou uma proposta que altera a Lei do Impeachment incluindo temas típicos da atualidade como fake news e a incitação ao preconceito de gênero, raça, cor, etnia, religião e orientação sexual.

O projeto já recebeu 66 emendas entre elas duas do senador Rogério Marinho (PL). Uma é saudosismo do impeachment de Dilma Rousseff (PT), que visa instaurar as pedaladas fiscais como crime de responsabilidade (recentemente a petista foi inocentada pelo Tribunal de Contas da União).

Marinho se mostrou preocupado com o trecho que trata das fake news e tenta suprimi-lo por meio de emenda.

O senador potiguar é uma das lideranças do bolsonarismo que tem como método a disseminação de informações falsas e ataques as instituições democráticas.

Segundo levantamento da agência de checagem Aos Fatos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu 6.676 declarações falsas ou distorcidas em quatro anos no cargo mais poderoso do país. É uma média de 4,58 mentiras contadas em público por dia.

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Gentil e reaça

Por Ribas de Lima*

Ao falar de reacionários, vinham à mente tipos específicos de pessoas. Encontrávamos adesivos por voto impresso colados em camionetes de chassi erguido, dirigidas por sujeitos de meia-idade, enganados de sua vulnerabilidade por uma ansiedade impositiva. Já não nos surpreendíamos com arroubos de ódio por clichês baratos. O que nos fez cair da cadeira, nos últimos tempos, são irrompes inescrupulosos por pessoas extremamente afáveis.

Falamos daquela gente que nunca se furta a prestar favores, sem pedir nada em retorno, e com um sorriso no rosto (e, quem a conhece, sabe que a cortesia é sincera). Quando falhamos com ela, não há ninguém mais compreensível, deixando de lado qualquer cobrança (ao ponto de ficarmos constrangidos enquanto não repararmos o erro). E se precisarmos desabafar, podemos contar com ela. Não nos referimos só ao senhorzinho amigo da vizinhança, que pegamos acampado na frente de quartéis, mas também do “brother” do grupo do futebol (ou do crossfit), do colega de faculdade, do parceiro de games, entre tantas outras figuras.

Quando menos esperamos, eles bufam, do nada para lugar nenhum, sua decepção com a tentativa de golpe da extrema-direita, profetizam o apocalipse da ordem cívica econômica com a eleição de “comunistas” ou os flagramos em corrupções mal-arranjadas, que já sabemos não serem meros “jeitinhos”. Não os encontramos apenas numa das extremidades da bitolagem política, também testemunhamos achaques em sentidos opostos para manter a polarização viva.

É arbitrário classificar pessoas por suas personalidades e despropositado perfilhar causas para posturas peculiares. Ao investigar um tipo de pessoa, uma simplificação representativa, fixa-se um instrumento analítico para propor diferenças e identificar caracteres atuais relevantes.

No nosso caso, e contra as análises conjunturais, precisamos distinguir a disposição, algo entre índole e estado de ânimo, do discernimento da pessoa observada. A moralidade vulgar encobre essa diferença ao associar serenidade com prudência. Não esperávamos que indivíduos pacíficos esbravejassem absurdos. Performance expressiva nada diz respeito à razoabilidade da reclamação, e é esta última que nos importa.

Não podemos dizer que nosso exemplo seja a de novos Eichmanns, organizando o holocausto de dentro da repartição burocrática, afinal, naquele está o clamor contra a impunidade e contra a corrupção, seus cânones. Há uma demanda jurígena, mesmo que virulenta, que o afasta da pura apatia. Talvez esses falsos pacatos não saibam do que falam, mas, certamente, alimentam uma frustração séria com o estado de coisas, especialmente em relação a configurações institucionais.

É legítimo numa democracia alimentar opiniões discordantes, bem como discordar dos mecanismos de diálogo ou de decisões coletivas já tomadas, mas sempre em respeito ao “jogo”. Todo jogo centra-se no aprofundamento da interação dos jogadores, não no tabuleiro, nem nos movimentos das peças sobre este. Nessa alegoria, debatemos e deliberamos pelo que se debate. A performance pode ser envolvente, mas ela é secundária.

É a performance, no entanto, que se ostenta, nunca as razões dos jogadores. Confundidas disposição e prudência pela moralidade vulgar, nosso pacato talvez acredite que sua gentileza lhe justifica em seus absurdos (quando o mito do cidadão de bem fecha seu circuito), contudo, no frigir dos ovos, não é a gentileza que está em jogo. Aquela frustração reflete o entendimento destas pessoas de que elas não estão sendo mais consideradas.

Nossos falsos pacatos engendram uma questão política de primeira ordem, o desinteresse no jogo limpo. Jogadores habituais são aqueles que sabem transitar entre as casas, usando as regras em seu favor. Para alcançar a perícia que não têm, os pacatos deixam de seguir as regras para manipulá-las – ao menos assim tentam. Não há um interesse em se divertir com jogar, isso é para amadores. Sempre existiram jogadores habituais nos corredores palacianos, principalmente os bajuladores.

Nossos pacatos querem trapacear, levados a erro pela moralidade vulgar, sem distinguir disposição de prudência, pouco importa se fazem isso de forma amável. Não só a expressão perde relevância, o significado expresso deixa de ser ouvido. Mesmo que não valha a pena discutir com idiotas, é preciso denunciá-los. Não sorria de volta.

*É advogado, especialista em processo civil, mestre em direito constitucional e autor do livro Faces públicas do julgamento (Kotter Editorial).

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Foro de Moscow 20 set 2023 – As movimentações em torno de Dino para o STF

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Ex-vereador e defensor da ivermectina como solução para covid assume comando do partido de Bolsonaro em Mossoró

Defensor da ivermectina como solução para pandemia da covid-19 e crítico do ministro do STF Alexandre de Moraes por sua atuação contra os propagadores de fake news e o golpismo, o ex-vereador Genivan Vale gabarita praticamente todos os itens do típico bolsonarista.

Não por acaso ele se encaixou perfeitamente no perfil que o senador Rogério Marinho quer dar ao PL nos municípios após tomar a legenda do deputado federal João Maia, um típico político do centrão.

Rogério quer o PL bolsonarizado no Rio Grande do Norte.

Marinho anunciou Vale como novo presidente do partido por meio de nota em que o senador deixou bem clara a missão ideológica: “O convite foi feito após diversas reuniões com lideranças comprometidas com a direita conservadora, com a defesa dos valores da família, da propriedade, da livre iniciativa e empreendedorismo, da liberdade religiosa, liberdade de imprensa, a favor da vida, contra a legalização das drogas e implantação da ideologia de gênero nas escolas”.

A missão inicialmente é formar a nominata de vereador para 2024, “seguindo os valores do partido”, conforme recomenda Rogério.

Nota do Blog: apesar de defensor da ivermectina cheguei a encontrar Genivan na fila da vacina no ginásio do Sesi. No final das contas ele sabia o que realmente salva vidas.

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O triunfo da mentira

Ontem o Projeto de Lei 2630, conhecido como PL das Fake News, foi retirado de pauta da Câmara dos Deputados a pedido do relator Orlando Silva (PC do B/SP). O ato é uma demonstração do triunfo da mentira.

Em vez de debatermos a real motivação da proposta que é a formatação de uma legislação para responsabilizar as big techs, donas das redes sociais, sobre a divulgação de notícias falsas, discurso de ódio e golpes financeiros, a extrema-direita conseguiu impor a sua pauta com o debate sobre se a proposta era ou não censura.

A pressão das big techs com aliança objetiva do bolsonarismo surtiu efeito. Não há um único trecho que trate de censura na proposta, muito pelo contrário, há reafirmação da liberdade de expressão como um direito humano como é direito humano de receber informações verdadeiras.

O PL das Fake News virou um embate entre o direito de enganar e o direito de não ser enganado e a extrema-direita venceu.

Nem parece que só esse ano tivemos um golpe de estado fracassado motivado por mentiras espalhadas nas redes sociais, 35 crianças perderam a vida em escolas a partir de ações inspirada em discursos de ódio na internet, que pessoas caem em golpes financeiros a partir de post s patrocinas e que existe uma rede social chamada “discord” que tem como marca o incentivo a automutilação de adolescentes.

A mentira, por enquanto, triunfou.

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Rogério puxa ré do bolsonarismo na CPMI do golpe de 8 de janeiro

O senador Rogério Marinho (PL), líder da oposição no Senado, um dos principais nomes do bolsonarismo no Congresso Nacional, está puxando a ré em relação a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro.

O líder bolsonarista está criando caso para ter uma justificativa para não indicar nomes para a CPMI, reforçando a tese do arrependimento do bolsonarismo por ter esticado a corda em defesa da comissão.

Rogério alega que o Bloco Parlamentar Vanguarda, formado por PL e Novo, tem direito a duas indicações, sendo que a previsão é que serão duas indicações.

O senador disse que só vai indicar os membros da CPMI quando for respondida a questão de ordem. “Ocorre, Sr. Presidente, que, dentro da especificidade da norma e da hierarquia, existe uma norma de 2006 que rege inclusive a CMO que determina que essa formação deve se dar em função da composição dos blocos e partidos na segunda quinzena do mês de fevereiro. Chamo a atenção do nosso consultor para isso. Dessa forma, nós teremos 13 membros. Teríamos então 3 indicados, e não apenas 2”, argumentou.

Marinho não vai admitir, mas está claro o arrependimento do bolsonarismo em ter insistido com a CPMI, considerada um tiro no pé pelos governistas.

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Rogério Marinho atua como babá de golpista

O senador Rogério Marinho (PL) voltou a cena nacional. Não mais na luta contra os direitos dos trabalhadores ou liderando esquemas como “Tratoraço” e orçamento secreto.

O homem agora é babá de golpista. Ontem ele esteve no Supremo Tribunal Federal (STF) conversando com a  presidente do colegiado, a ministra Rosa Weber, pedindo celeridade na análise dos mais de 900 golpistas presos pelos atos terroristas de 8 de janeiro.

Confira o vídeo e volto ao assunto:

Como bem lembrou Reinaldo Azevedo, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem uma capacidade incrível de piorar as pessoas. Rogério Marinho, seu ministro do desenvolvimento regional, conseguiu ficar ainda pior. “Marinho já chegou a ser referência de conservador sério… Virou a Conceição da política: é aquele q ‘subindo, desceu’”, escreveu recentemente nas redes sociais.

O homem agora transita não mais com o centrão ou a direita democrática, mas com senadores como o golpista Hamilton Mourão (Republicanos/RS) e o reacionário Magno Malta (PL/ES).

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Foro de Moscow 17 jan 2023 – As perspectivas de Rogério

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Acabou o amor? Fábio Faria desaparece na defesa do bolsonarismo

O deputado federal em fim de mandato Fábio Faria (PP) se destacou nos dois anos e meio em que atuou como ministro das comunicações por se um defensor canino do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e do bolsonarismo usando os argumentos mais absurdos.

Fábio deixou o cargo antes do fim do mandato de Bolsonaro e desde então mingou a intensa atuação em defesa do agora ex-presidente.

No Twitter a última postagem de Fábio foi no dia 8 de janeiro quando elogiou a reação do governador de São Paulo Tarcísio Freitas (Republicanos) a tentativa de golpe naquela data.

Tarcísio condenou os atos terroristas na Praça dos Três Poderes.

Enquanto o outro potiguar ex-ministro, Rogério Marinho (PL), faz todo tipo de malabarismo retórico para defender o bolsonarismo.

Fábio escolhe o silêncio.

Rogério é senador eleito com peso decisivo da estrutura do Governo Federal via orçamento secreto e tratoraço. Já Fábio se enrolou na tentativa de melar as eleições com a denúncia falsa de que o presidente Lula (PT) teria sido beneficiado em inserções de rádio no Nordeste.

Fábio pode ser processado por tentativa de tumultuar as eleições.

Talvez isso diga muito sobre o silêncio do ex-ministro.