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Câmara faz reparação histórica por apoio ao golpe de 1964

Em atendimento à recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Câmara Municipal de Mossoró realizou audiência pública, hoje (11), de reparação simbólica e reconhecimento do erro histórico no apoio ao golpe militar em 1964.

A audiência reuniu vereadores, juristas, representantes de parlamentares, de federação de trabalhadores, de academias, de movimentos populares, de sindicatos, historiadores, familiares de vítimas da ditadura, estudantes, entre outros participantes.

Com o ato oficial, o Poder Legislativo reconheceu como golpe militar os eventos de 1964, ao invés de “movimento revolucionário”, como ocorreu na época na Casa.

A audiência também esclareceu que agentes da ditadura foram responsáveis pelo cometimento de crimes contra a humanidade, como torturas e homicídios, e que vereadores da Casa Legislativa foram indevidamente cassados.

Na reunião, a Câmara deu publicidade a atas de sessões de abril de 1964, exibindo no painel do plenário trechos dos documentos. Entre eles, ata de 13 de abril daquele ano, referente à cassação dos diplomas dos suplentes de vereador Vivaldo Dantas de Farias, Antônio de Lima Souza, Expedito de Lucena e Manoel Benedito Fernando, do Partido Trabalhista Brasileiro, e Xavier da Costa, do Partido Social Progressista, por serem considerados “comunistas”.

Acerto de contas

Autora do requerimento da audiência pública, a vereadora Marleide Cunha (PT) considerou a audiência “simbólico acerto de contas com um passado de suplício, terror, tortura e morte no nosso país”.

Segundo ela, esse tempo “não pode cair no esquecimento, sob pena de se voltar a cometer toda a barbárie dos 21 anos da ditadura”. E acrescentou que, para isso não acontecer, é preciso ter memória, conhecer os fatos. Em nome da Casa, desculpou-se: “Pedimos desculpas ao povo de Mossoró e do Brasil. Pedimos desculpas a todas às vítimas da Ditadura Militar”.

O procurador da República Emanuel de Melo Ferreira, autor da recomendação do Ministério Público Federal (MPF) à Câmara Municipal, informou que a audiência se insere na colaboração interinstitucional em prol da democracia.

Ele alertou ser ainda presente o legado da ditadura militar. “Daí, a importância desse pedido de desculpas como uma medida de reparação simbólica de natureza cível, entre o conjunto de ações Justiça de Transição”, disse, ao frisar que só se protege a democracia no campo institucional, se essa defesa for disseminada de maneira difusa.

Presidente da Câmara, Lawrence Amorim (PSDB) pontuou que a Justiça de Transição convoca a enfrentar o passado e a construir uma cultura democrática que supere as sombras autoritárias. “Ao reconhecer o erro histórico, a Câmara Municipal de Mossoró reafirma o compromisso com a verdade, com a justiça e com a dignidade humana”, declarou.

Por sua vez, o vereador Pablo Aires (PV) disse que, “mesmo 60 anos depois, não é tarde para reconhecer erro histórico que a Casa cometeu, nem uma nem duas vezes, em apoiar e endossar a atuação criminosa do golpe e da ditadura militar que se instaurou no Brasil após 1964”.

‘Mossoró está sendo exemplo para o Brasil’, afirma professor de direito

Em pronunciamento na audiência pública de hoje (11), a presidente da Comissão Estadual da Verdade e da Justiça, Jana Sá, avaliou como exemplar a reparação simbólica e reconhecimento do erro histórico da Câmara Municipal no apoio ao golpe militar em 1964. “O que Mossoró está fazendo é um exemplo para o Brasil”, resumiu.

O professor Ulisses Reis, coordenador do mestrado em Direito da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), disse que o Legislativo se une a serie de ações institucionais nesse sentido.

Entre essas medidas, o reitor eleito da Ufersa, Rodrigo Codes, citou decisões do Conselho Universitários (Consuni) da instituição, como a Moção de Repúdio ao Golpe Militar e a decisão 76/2018, que alterou o nome do Ginásio de Esporte Costa e Silva para Ginásio de Esporte da Ufersa e que vetou homenagens a agentes da ditadura, resultando na retirada de quadro do ex-presidente Costa e Silva de galeria da universidade.

“A Ditadura Militar é ferida ainda aberta, um período sombrio que ainda repercute no nosso cotidiano; que violou de maneira sistemática de direitos humanos; silenciou vozes divergentes; perseguiu, torturou, ceifou vidas e desapareceu com corpos, dilacerando famílias. O apoio é mácula que não podemos tolerar, temos que buscar de formas de reparação. Parabenizo tão importante audiência pública. Ditadura e autoritarismo nunca mais”, discursou Rodrigo Codes.

Também se pronunciaram na audiência pública o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Mossoró, Bruno Medeiros; diretor da edições Uern (Eduern), professor Fabiano Mendes, representante da reitora Cicília Maia; professor Leonardo Cândido, do Departamento de História da Uern; Paulo Silva (representante do PCdoB); ex-vereadores Wellington Barreto e Luiz Carlos Mendonça Martins; Rogério Dias, Luiz Costa (Sindiserpum), Lívia (DCE/Uern), Abraão Dantas (filho do suplente de vereador Vivaldo Dantas de Farias); Victor Hugo (Unidade Popular) e Ronaldo (representante deputada federal Natália Bonavides).

Os encaminhamentos da audiência pública são: dar publicidade às atas referentes ao golpe de 1964 no site da Câmara Municipal; constar em ata de sessão ordinária a realização da audiência pública e a sua natureza; digitalização dos originais das atas da Câmara relativas ao objeto da audiência pública e realização de sessão solene para reestabelecer diplomas mandatos cassados pela Câmara.

 

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Câmara fará audiência pública para fazer reparação histórica ao apoio ao golpe de 1964

Hoje, dia 02 de julho de 2024, foi aprovado em plenário da Câmara Municipal de Mossoró o requerimento 172/2024, de autoria da Vereadora Marleide Cunha, que propõe a realização de uma Audiência Pública para debater e fazer a reparação histórica simbólica sobre o apoio da Câmara Municipal de Mossoró/RN ao golpe militar de 1964.

A iniciativa da vereadora é fundamentada pela recomendação nº 01/2024 do Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria da República no Município de Mossoró. A recomendação sugere que a Câmara Municipal de Mossoró/RN reconheça e repare simbolicamente o apoio dado ao golpe militar e à subsequente instituição da ditadura no Brasil.

Conforme destacado na recomendação do Ministério Público, a Câmara Municipal de Mossoró, na época, realizou uma “adesão civil ao golpe militar”. Entre os fatos apontados, estão a cassação de suplentes de vereadores rotulados como “comunistas” e a aprovação do Requerimento nº 09/64, que manifestou uma moção de congratulação e solidariedade ao general Humberto de Alencar Castelo Branco, após sua eleição como Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil. Além disso, foram expedidos votos de gratidão às forças armadas por terem supostamente “restaurado a pátria e o princípio da ordem e da lei” no Brasil.

No entanto, a ditadura militar instaurada pelo golpe de 1964 não restaurou a ordem e a lei, mas sim impôs um regime que cometeu graves crimes contra a humanidade, algo amplamente reconhecido e documentado.

A Audiência Pública está marcada para acontecer no dia 11 de julho, às 09h, na Câmara Municipal de Mossoró. O evento contará com a presença de autoridades e membros da sociedade civil, que contribuirão com suas perspectivas e conhecimentos sobre esta temática.

A realização desta audiência representa um passo importante para a reparação histórica e o reconhecimento dos erros do passado, reafirmando o compromisso com a justiça e a memória histórica.

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Câmara aprova LDO 2025

Em votação simbólica, o plenário da Câmara Municipal de Mossoró aprovou nesta terça-feira em segundo turno, por unanimidade, com 18 votos favoráveis, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 (Projeto de Lei do Executivo 101/2024). A LDO é preparatória à Lei Orçamentária Anual (LOA), votada no final do amo.

Porém, diferentemente da primeira votação, no último dia 11, a bancada de oposição obteve assinaturas suficientes para analisar, em separado, no plenário, antes de votar o projeto em si, quatro emendas rejeitadas à LDO no primeiro turno.

Votações

Por 12 votos a 7, o plenário rejeitou a Emenda Modificativa 01/2024, do vereador Isaac da Casca (MDB), que limitava a abertura de créditos suplementares no Orçamento em até 25% do total da despesa. Hoje, segundo ele, esse percentual é a partir de 25%.

Também de Isaac da Casca, a Emenda Modificativa 02/2024, rejeitada por 11 x 7, reajustava de 1,2% para 2% da receita corrente líquida o limite dos valores das emendas impositivas, com base na Emenda Constitucional 126, de 2022.

As outras duas emendas rejeitadas são de autoria da vereadora Marleide Cunha (PT).  A Emenda Aditiva 01/2024, desaprovada por 13 x 6, previa a correção de erro formal de emendas impositivas ou o remanejamento dos seus recursos para outra ação.

Por 13 votos a 5, o plenário não acatou a Emenda Supressiva 02/2024, que visava permitir emenda impositiva para ações além das estabelecidas no rol orçamentário.

Aprovação

Ao fim da análise dessas quatro emendas, o plenário manteve a decisão do primeiro turno, quando aprovou a LDO com uma emenda – implementação e fortalecimento de cursinhos populares e/ou comunitários pré-vestibular/Enem, de autoria de Marleide Cunha.

O presidente da Câmara, Lawrence Amorim (PSDB), finda a votação em segundo turno, convocou para o próximo dia 3 de julho a votação da redação final da LDO. Trata-se da última etapa de análise da matéria no plenário do Legislativo.

 

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Duas atitudes para Lawrence apagar a má impressão com a esquerda causada pelo voto em Bolsonaro

Há um movimento de resistência no campo progressista ao nome do presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (PSDB) por ele ter votado em Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022.

Pouco importa se a declaração de voto foi típica de um político do “centrão” justificada em envio de emendas e sem entrar na famigerada pauta de costumes do bolsonarismo. Sequer as artimanhas liberais do ex-ministro Paulo Guedes foram mencionadas.

Assim, o moderado Lawrence virou “bolsonarista”.

Sim, votar em um golpista fascistóide como Bolsonaro é sempre um erro grave. Mas nem todo eleitor do primeiro presidente a não conseguir se reeleger é fascista.

Escrito isto, sugiro publicamente duas atitudes a Lawrence: 1) reconhecer publicamente o erro de votar em Bolsonaro (Mossoró é de maioria lulista, lembre-se); 2) seguir a recomendação do Ministério Público Federal e propor a revogação a moção de aplauso da Câmara Municipal de Mossoró ao golpe de 1964.

São duas atitudes que ajudam a minimizar a má impressão e ajuda a atrair um eleitorado que Lawrence precisa para se impulsionar na dificílima missão de enfrentar Allyson Bezerra (União).

Quem é antipetista é Allyson. Ele se aliou a José Agripino (União) – que sempre combateu o PT,  mantém desde sempre um comportamento hostil em relação a governadora Fátima Bezerra (PT).

 

 

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Câmara Municipal emite mais de mil RGs

A Câmara Municipal de Mossoró chega ao fim de maio, com 1.045 emissões de Documento de Identidade, o popular RG (Registro Geral). Com isso, os atendimentos em 2024 já superam, em dois meses e meio, o total de 2023.

No ano passado, o Legislativo emitiu 999 documentos, via Setor de Atendimento ao Cidadão. O departamento funciona no térreo, com acesso pela rua Santos Dumont (Centro), e foi criado na atual gestão da Câmara Municipal.

O programa, de responsabilidade social da Casa, é feito em parceria com o Instituto Técnico de Perícia (Itep) e a Federação das Câmaras Municipais (Fecam-RN). O atendimento é às segundas, quintas e sextas, das 8h às 13h.

Efetividade

Por causa da migração (2023/2024) do sistema do novo Documento de Identidade, agora nacional, o serviço foi retomado em 14 de março deste ano. Nesse intervalo, o atendimento na Câmara também foi reorganizado e se tornou mais eficaz.

É o que avalia a diretora do Atendimento ao Cidadão, Katiúcia Karla: “Nossa capacidade instalada é para atender 10 pessoas por dia. Mas, como as pessoas estão precisando, estamos atendendo bem mais do que o normal”.

Ela atribui à alta demanda ao novo Documento de Identidade, já exigido em diversas situações, à localização central da Câmara e ao cuidado com as pessoas na Casa, pois o atendimento está ainda mais humanizado.

“Um exemplo é a montagem da ala kids, este ano. Já atendemos trinta crianças autistas e outras crianças especiais. Idoso também tem a devida atenção. Semana passada, atendemos uma senhora com 101 anos”, conta.

Satisfação

A população aprova o atendimento. É o caso de Elineuma Gomes, atendida terça-feira (28). “Procurei outros locais, mas não consegui. Quando cheguei aqui (Câmara), fui muito bem recebida. A gente perdeu meu pai há um mês e precisa renovar o da minha mãe. Mais uma vez, estamos bem acolhidas”, agradece.

Segundo Katiúcia Karla, além de legislar e fiscalizar, servir ao cidadão e à cidadã também é missão da Câmara Municipal. “Satisfação para gente atender a população de Mossoró, que muito anseia por esse serviço (RG)”, diz.

Para requerer o documento (1ª via), pode-se ir à Câmara (segundas, quintas e sextas), com os originais de certidão de nascimento ou casamento, CPF e comprovante de residência. Para renovar a Identidade, é necessária a mesma documentação, mais o RG original.

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Gestão de Allyson deve mais de R$ 43 milhões em emendas aos vereadores

A gestão do prefeito Allyson Bezerra (União) deve R$ 43,948 milhões em emendas impositivas aos vereadores de Mossoró. Desde que assumiu o mandato ele não pagou um centavo para investimentos sugeridos pelos parlamentares.

Os números são de um levantamento da Câmara Municipal que o Blog do Barreto teve acesso. Na última semana, o presidente da mesa diretora da casa, Lawrence Amorim (PSDB) trouxe o assunto à tona revelando em entrevista ao Podcast Conexão Oeste que a dívida girava em torno de R$ 30 milhões.

No entanto, a fala não contabiliza os números de 2024, daí o valor ser ainda maior que o relatado pelo presidente da casa.

O parlamento tem direito a 1,2% do Orçamento Geral do Município (OGM) para emendas impositivas que são recursos que deveriam ser aplicados com base em sugestões que os vereadores recebem da população nos bairros da cidade.

Ano passado o prefeito conseguiu aprovar a Lei complementar 192/2023 que dificulta a destinação das emendas impositivas para OnGs deixando que 50% sejam para saúde, 20% para educação, 20% para assistência social e 10% para outras áreas.

A gestão tem se apegado ao artigo 3º da LC para impedir o pagamento de emendas alegando “impedimentos de ordem técnica”.

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“Prefeito vive de firulas e de mentiras”, diz Isaac da Casca

O vereador Isaac da Casca (MDB) criticou hoje (15), na Câmara Municipal, o que considera propagandas enganosas da atual gestão de Mossoró. “Diz que promove educação em Mossoró, sendo mentira. Creches e escolas estão sendo fechadas, como a UEI Adalgisa Fernandes, fechada por essa gestão”, disse.

Na tribuna, ele disse que, apesar do Mossoró Cidade Educação, há “abandono do prefeito de Mossoró (Allyson Bezerra) com a educação, prejudicando famílias”.

“O prefeito diz que cuida das pessoas, sendo mentira. Esse prefeito, e ele gosta de dizer que ele é o maior, e ele é maior mesmo: ele é o maior mentiroso que existiu em todos os tempos na gestão da cidade de Mossoró. Quem está dizendo sou eu, o vereador Isaac da Casca, e tenho como provar”, acrescentou.

Ainda segundo o parlamentar, “o prefeito só vive de firulas e de mentiras. Sempre enganando, mas a máscara dele vai cair e já está caindo. E ainda tem colegas vereadores que querem defender o indefensável”.

Isaac da Casca citou contrato de R$ 5 milhões da Prefeitura para compra de tênis para o fardamento escolar, mas, segundo ele, não chega aos alunos. “Na Escola dr. José Gonçalves, em São João da Várzea (zona rural), os alunos não receberam fardamento. Muito menos, os tênis”, denunciou.

E concluiu o vereador: “Sem falar nas ordens de serviço que o prefeito vem fazendo nos quatro da cidade, aquele malabarismo, que, na verdade, é um verdadeiro circo. No sítio Estreito, assinaram a ordem de serviço, e o serviço não chegou. Mas o povo está esperando o prefeito ir lá pedir voto”.

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LDO avança na Câmara Municipal

A Câmara Municipal de Mossoró cumpriu mais etapa da análise do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025. Na sessão de hoje (14), o plenário fez a leitura das 11 emendas à proposta (Projeto de Lei do Executivo 101/2024).

Apresentada pelos (a) vereadores (a), as emendas são sugestões de aperfeiçoamento ao texto original da LDO. Das 11 emendas, tecnicamente falando, quatro são aditivas, duas supressivas e cinco modificativas.

A LDO lança bases para a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, que será aprovada na Câmara em dezembro deste ano. Estabelece diretrizes para a elaboração e execução do próximo Orçamento da Prefeitura de Mossoró.

No último dia 26 de abril, a LDO 2025 foi debatida em audiência pública. A próxima etapa, segundo o calendário oficial, é o parecer sobre as emendas da Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade (COFC), até o próximo dia 31.

Essa comissão tem até 3 de junho para publicar o parecer sobre o projeto da LDO em si.

A primeira votação da proposta, em plenário, está prevista para 4 de junho; a segunda, para 12 de junho e a votação da redação final, para 18 de junho.

 

 

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Exclusivo: Allyson articula destituir Lawrence da presidência da Câmara

Na manhã desta sexta-feira foi realizada uma reunião de vereadores da situação a pedido do prefeito Allyson Bezerra (União) com o objetivo de destituir Lawrence Amorim (PSDB) da presidência da Câmara Municipal de Mossoró.

O objetivo é encontrar meios de retirar Lawrence do cargo e colocar Raério Araújo (União), 1º vice-presidente, como presidente da casa.

Raério é um conhecido defensor desesperado do prefeito no plenário e com isso Allyson controlaria o legislativo.

Outra possibilidade estudada é dissolver a mesa diretora e convocar novas eleições. “A ordem do palácio é destruir Lawrence”, disse a fonte do Blog.

O prefeito teme a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) já que a oposição tem número suficiente para implantar uma e sem o controle da mesa diretora, Allyson teria dificuldades para fazer uma manobra e enterrar as investigações.

Outro lado

O líder do governo Genilson Alves (União) negou que a reunião tenha acontecido com o intuito de derrubar Lawrence. “Sempre nos reunimos, mas a minha intenção mesmo é apaziguar os ânimos”, garantiu.

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Ex-presidente da Câmara relata ter recebido ameaça de Allyson dizendo que ele faria os processos dela andar mais rápido que os dele

A ex-presidente da Câmara Municipal de Mossoró Izabel Montenegro (MDB) foi as redes sociais relatar ter sofrido uma ameaça de um emissário do prefeito Allyson Bezerra (União) de que o chefe do executivo municipal teria mandado avisar que tinha força no judiciário para fazer os processos dela andar mais rápido que os dele.

A ex-presidente da Câmara disse que as ameaças estão no contexto das articulações de uma abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar desmanados na administração municipal. “Meninos e meninas! Imagina que ameaças eu recebi de ontem pra hoje. Ontem os Vereadores Raerio e Genilson mandaram me dizer que se abrissem um CEI contra o Prefeito abririam uma sobre minha gestão como Presidente da Câmara”, frisou. “Eu disse a minha filha pode assinar o que quiser pois não tenho medo de nada da minha gestão, paguei contas de 3 gestores que me antecederam, reformei a Câmara, deixei todos os encargos em dia, nenhum direito dos servidores em atraso, fornecedores em dia… enfim fiz uma boa gestão”, relatou em postagem feita por ela em grupos de WhatsApp.

Em seguida ela conta que a segunda ameaça foi um aviso de que o prefeito possui influência no judiciário. “Hoje recebi outra ameaça dessa feita do Prefeito Pinóquio, está assombrado com tantos problemas, não é pra menos. Mandou dizer que se eu fosse mexer com ele meus processos seriam julgados antes dos deles”, revelou.

Izabel cobrou do prefeito respeito ao poder judiciário. “Já pensou? Respeite o judiciário, confio na lisura de juízes e desembargadores, não estou nem em Mossoró, mas não tenho medo de você!! Veja se consegue uma caixa de diazepam, se é que tem nas UPAS, UBS e Hospital psiquiátrico, ou compre o zolpidem, não venha querer descontar em mim seus estresses!”, disparou.

Izabel é mãe da vereadora de oposição Carmem Júlia (MDB) que não vai disputar a reeleição este ano e já sinalizou nos bastidores que vai assinar a CEI. A oposição tem votos para assinar a instalação que passa a ser viável com o rompimento do prefeito com o presidente Lawrence Amorim (PSDB).