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Crônica

Ler para não crer

Por Marcelo Alves Dias de Souza*

A sábia menina Mafalda, do cartunista Quino (1932-2020), tem uma frase fantástica, que vivo repetindo por aí: “viver sem ler é perigoso. Te obriga a crer no que te dizem”. Não sei de quando é essa sentença, já que a tira de quadrinhos foi criada lá nos anos 1960. Mas a ideia por detrás dela nunca foi tão atual.

Hoje, a desinformação proposital, que batizamos de “fake news”, ganhou o mundo e, para atender aos interesses dos nossos milicianos digitais, fez casa no Brasil, sobretudo por meio do WhatsApp. Li na Internet dados estarrecedores. Em 2018, o instituto francês Ipsos divulgou o estudo “Fake news, filter bubbles, post-truth and trust” (“Notícias falsas, filtro de bolhas, pós-verdade e verdade)”, realizado em 27 países, que revela o buraco em que nos metemos: 62% dos entrevistados brasileiros disseram ter acreditado em fake news, valor bem acima da média mundial de 48%. Já o “Reuters Institute Digital News Report” (relatório anual feito pelo Instituto da Universidade de Oxford), na versão 2021, constata que o WhatsApp é, com o Facebook, uma das principais redes de notícias no país. 47% dos brasileiros pesquisados usam o WhatsApp como fonte de informação. E isso é muito superior – muito mesmo – à média dos países desenvolvidos, a exemplo do Reino Unido e dos EUA, onde se tem 14% e 6%, respectivamente.

Embora “a incerteza trazida pela pandemia tenha encorajando o apetite das pessoas por informação confiável” – e esse é o dado positivo de 2021 –, vocês podem imaginar, por comparação, a borda/precipício da “terra plana” em que a milícia do WhatsApp nos pendurou.

As fake news crescem a partir da divulgação criminosa por gente de má-fé. Mas também na medida do compartilhamento, sem a leitura questionadora, das pessoas de boa-fé. Uma coisa

que sempre me indignou, agora muito mais, é a capacidade do ser humano de repetir lugares-comuns e cretinices. As sofisticadas fake news são um plus em relação a isso. Com títulos ou imagens sensacionalistas, distorcendo a verdade, apelam ao emocional do divulgador.

Corroboram os seus preconceitos inconfessáveis. Fazem-no divulgar aquilo que acredita mas não tem a coragem de assumir com suas próprias palavras. As leis da imitação, de Gabriel Tarde (1843-1904), nunca encontraram terreno tão fértil como no estrume iletrado do WhatsApp.

O caso dos movimentos antivacina ilustram tragicamente a situação. Amalucados criminosos, contrários às vacinas, espalham falsidades, sugerindo que as vacinas podem ser ineficazes ou mesmo prejudiciais à saúde. Coisas sutis como provocar autismo nas crianças ou conspirações como modificar o nosso DNA. De mentira em mentira, volta o sarampo ou temos uma explosão de Covid nos não vacinados, perigando o fim da pandemia em prejuízo de todos.

Há gente como Pierre Lévy (1956-) e Yuval Harari (1976) que veem na Internet e na inteligência artificial, em contrapartida ao lado positivo, um perigo enorme à democracia e ao mundo civilizado. O controle imperceptível que as fake news – e as bolhas de informação criadas por elas – podem ter sobre o que pensamos e compartilhamos é imenso. E acabam nos dando de volta sempre mais do mesmo, insuflando os nossos – às vezes, terríveis – preconceitos. Peter Sloterdijk (1947-) nos fala de um mundo ou vários mundos forjados a partir de “bolhas”. Bolhas cheias de “idiotas da aldeia”, como dizia Umberto Eco (1932-2016).

A pergunta é: existe solução para isso no estado democrático de direito? Não queremos um big brother, por óbvio. Há dicas para não se cair nas mentiras das redes sociais. Desconfie de títulos milagrosos ou sensacionalistas. Eles são criados para gerar robotização. Confira a data da publicação. Notícia real, mas antiga, distorce a verdade. Confira e investigue a fonte. Ela existe ou é apenas um print de WhatsApp? A fonte tem credibilidade? Aliás, é bom consultar os sites de verificação gratuitos. Existem vários.

Sinceramente, eu não sei a solução. Apenas acredito no infinito poder das palavras. Das bibliotecas, dos livros e da leitura questionadora, assim como o autor de “O nome da rosa”. E que “viver sem ler é perigoso”, como diz a Mafalda.

*É Procurador Regional da República Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

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Ministro da saúde tenta ajudar Fábio e acaba confirmando informação do Governo do RN

Marcelo Queiroga tentou ajudar Fábio, mas deixou nas entrelinhas que colega usou dados desatualizados (Foto: Fábio Rodrigues/EBC)

O ministro da saúde Marcelo Queiroga foi ao Twitter tentar ajudar o colega Fábio Faria (comunicações) que foi flagrado em nova fake news contra o Governo do RN.

Desta vez Fábio apresentou um quadro desatualizado em que o Rio Grande do Norte só teria distribuído 56,6% das vacinas recebidas pelo Ministério da Saúde.

O perfil “RN sem Fake” desmentiu dizendo que o RN Mais Vacina indica que foram distribuídas 89,18% das doses recebidas.

Queiroga intercedeu tentando ajudar Fábio, mas se atrapalhou na postagem: “Está em 27º sim! A informação é baseada nos registros efetuados no sistema do

@minsaude. A responsabilidade pela inserção dos dados logo após a distribuição dos lotes aos municípios é do Governo do RN. Portanto, se está errado é pq o RN não atualizou os dados em nossa base”.

Ou seja ele admitiu que Fábio usou informações desatualizadas.

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Fábio Faria já está apto a ser o primeiro multado por lei que pune quem espalha fake news no RN

O Blog do Barreto noticiou ontem (29) que o Governo do Rio Grande do Norte sancionou uma lei que multa quem for pego compartilhando fake news sobre a pandemia (Veja Aqui).

O Ministro das Comunicações Fábio Faria (PSD) não esperou nem a sanção da lei completar 24 horas para ser flagrado divulgando informação falsa sobre a distribuição de vacinas no Estado.

Em postagem em suas redes sociais, Fábio Faria comentou que o RN é o Estado mais atrasado na distribuição de vacinas entregues pelo Ministério da Saúde aos municípios. Segundo o Ministro, o Governo potiguar distribuiu apenas 56.6 % das vacinas recebidas, o que o colocaria em último lugar entre os estados da federação. A postagem de Fábio publicizava uma tabela com dados supostamente do Ministério da Saúde.

Postagem de Fábio Faria com fake news sobre vacinas (Imagem: Internet)

As informações oficiais do Governo do RN desmentem a informação divulgada por Fábio e nas próprias redes sociais do Ministério da Saúde não há nenhuma menção a tabela divulgada pelo Ministro.

A Agência Saiba Mais apresentou um levantamento de dados diretamente do RN+VACINA, plataforma oficial de monitoramento da vacinação no RN, que é atualizada pelo Governo do Estado e instituições parceiras. De acordo com a Plataforma 2.027.780 de doses da Coronavac/Butantan, Oxford/Astrazeneca, Phizer e Jansen foram recebidas pelo RN, 1.808.566 foram distribuídas aos municípios, o equivalente a 89,18% do total. Os outros 10,82% são reserva técnica e reserva para a segunda dose.

Nota do Blog – Lembramos ao Ministro Fábio Faria que a multa para quem divulga informação falsa sobre a pandemia no RN é de R$ 1.000,00 e o valor dobra caso a fake news envolva declaração de alguma autoridade ou órgão oficial.

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Como uma fake news bolsonarista fez o Sesi demitir duas estagiárias em Mossoró

 

Vacinação vira fake news que resulta em demissão de estagiárias (Foto: reprodução)

A última segunda-feira era para ser apenas mais um dia de estágio para as estudantes do curso de técnico em enfermagem Wanessa Vieira e Jacqueline Faustino na rotina de contribuir com a vacinação contra covid-19 no Ginásio do Sesi Clube, em Mossoró.

Naquela manhã, já no final do expediente, o destino delas cruzou com o das atrizes Joriana Pontes e Ana Carla Azevedo que estavam dispostas a aproveitar o momento da vacinação para celebrar o SUS e bradar um “Fora Bolsonaro”.

Ao gravar Ana Carla se vacinando, Joriana deixou os cartazes em cima da mesa de trabalho das estagiárias e filmou (vídeo acima). Bastaram as imagens chegarem às redes sociais para que o bolsonarismo fizesse barulho criando a história de que a estudantes de técnica de enfermagem estariam fazendo proselitismo político contra o presidente.

O assunto rodou pelos grupos de WhtasApp e conforme o Blog do Barreto apurou a decisão de demissão sumária das duas estagiárias do Sesi/Mossoró veio de “baixo para cima” sob acusação de incentivar manifestações de “Fora Bolsonaro” na Internet.

As duas trabalhadoras perderam estágios remunerados no valor de R$ 600.

Joriana e Ana Carla gravaram um vídeo em que tentam explicar a confusão. Confira:

O Blog entrou em contato com as duas estagiárias demitidas, mas elas preferiram tratar do assunto por meio do seu advogado, Diego Nunes.

“Elas estavam trabalhando normalmente e em um dado momento apareceram no fundo do vídeo de Ana Carla e Joriana por estarem em seus postos de trabalho”, Diego Nunes, advogado das estagiárias que informou que vai entrar com ações contra os blogs e sites que divulgaram a história com a informação incorretas.

Diego deixou claro que a decisão não foi tomada pela unidade de Mossoró do Sesi, mas que se tratou de algo “cima”. “Não deram a elas sequer o direito de se defender”, disse. “A demissão foi meramente por motivação ideológica”, reforçou.

O advogado informou que o Ministério Público do Trabalho também será acionado para investigar se a demissões ocorreram por motivação de cunho estritamente ideológico.

Outro lado

Por meio de nota o Sesi explicou não deu detalhes sobre o caso. Alegou ser uma instituição privada e que seus funcionários são orientados a não se envolver em questões políticas durante a vacinação.

Confira a nota:

O SESI é uma instituição privada e seus colaboradores que atuam na ação de vacinação, seja em Natal ou em Mossoró, são claramente orientados, desde o início do projeto, a não realizar, participar, incitar ou apoiar qualquer ato político, de qualquer natureza ou partido.

Mesmo sendo uma instituição privada, o SESI entende ser um direito do cidadão que está sendo atendido a livre manifestação de ideias.

Os Centro de Vacinação do Ação Pela Vida têm a finalidade de contribuir com o Poder Público para acelerar a vacinação no RN, com 35 pontos de vacinação em Natal e Mossoró e mais de 50 mil pessoas já imunizadas.

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Análise

Rosalbismo aposta em planilha fake para jogar povo contra a imprensa

O rosalbismo ainda está atordoado com a derrota nas eleições de 15 de novembro de 2020 e dentre os culpados que elege estão setores da imprensa mossoroense, que não se omitiram sobre os desmandos.

Na última sexta-feira, “vazou” nos grupos de WhatsApp uma planilha cuja veracidade equivale a uma nota de três reais. A estratégia era clara: jogar o povo contra a imprensa e gerar um constrangimento entre blogs e sites junto ao Palácio da Resistência e a Agência Art & C.

Os valores claramente inflacionados e gente que sequer tem publicidade da Prefeitura de Mossoró apareceu na lista.

A reação entre os jornalistas foi entre os risos e a revolta. Alguns brincaram dizendo “quero saber onde está o meu dinheiro para ir buscar”, mas outros não acharam a menor graça como Thaísa Galvão:

O Blog existe há 15 anos.

Pode até não ser a maior audiência, mas tem o respeito por não se prestar a publicar o que não existe. Nunca teve espeço para fakenews.

Credibilidade vale mais do que like, curtida, acesso. E disso não abro mão há 15 anos.

Por isso não abro mão de levar a sério o assunto que se jogou nas redes como brincadeira.

Brincadeira é expor uma agência séria como a Art&C, que sempre prestou serviço como agência licitada às gestões do rosalbismo.

Porque os valores que não batem – quanto mais raiva do veículo maior o percentual de superfaturamento – acabam expondo a agência, que intermedeia a divulgação oficial da Prefeitura de Mossoró com os veículos.

A indignação de Thaísa é compreensível. Por mais que a planilha de tão absurda soe engraçado ela esconde por trás uma estratégia muito clara: jogar a população contra a imprensa. O rosalbismo nunca deixou de investir na imprensa quando esteve no poder e agora age como se não tivesse feito isso e pior: tenta criminalizar algo que é legal e uma obrigação de qualquer gestão que é prestar contas ao povo.

O rosalbismo ainda não aprendeu a fazer oposição.

 

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 03.05.2021 │A escalada das fake news no RN

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 13.04.2021 │A pá de cal do TCE nas mentiras de Bolsonaro

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Artigo

Nunca um governo sofreu tanto com fake news no RN como o de Fátima Bezerra

Fátima enfrenta batalha contra fake news (Foto: Elisa Elsie)

Nunca na história do Rio Grande do Norte um governo sofreu tanto com as famigeradas fake news como o atual sob a batuta de Fátima Bezerra (PT).

Não se trata de crítica de oposição ou distorção dos fatos. É mentira deslavada que faz fatos positivos virarem negativos.

No último final de semana conseguiram transformar um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que não apontou qualquer irregularidade numa prova cabal de que a governadora usou recursos da covid-19 para pagar salários.

Até o presidente Jair Bolsonaro se meteu na história para falar que Fátima usou R$ 900 milhões da covid-19 para pagar a folha de servidores.

Quem se deu ao trabalho de ler o relatório sabe que isso sequer é mencionado. O que tem é o envio, como determina a lei, para a fonte 100 dos recursos a título de compensação pelas perdas na arrecadação própria e diminuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

A fonte 100 é uma espécie de conta geral de qualquer governo. Não era dinheiro para uso na covid-19.

Foi necessária uma quebra de paradigma: o TCE vir a público para negar que o Governo do Estado praticou irregularidades.

Mas as fake news contra Fátima Bezerra são mais antigas e perenes. Ainda há quem acredite que a gestão estadual recebeu R$ 18 bilhões só para usar em ações contra a covid-19. O próprio TCE já concluiu que foram R$ 350 milhões, mas muita gente se recusa a abrir mão da narrativa.

Outra situação constrangedora é a insistência de que Fátima desviou R$ 5 milhões na compra de respiradores. O Ministério Público de Contas já isentou o secretario estadual de saúde Cipriano Maia de dolo e o caso está sendo investigado por denúncia do próprio Governo do Estado.

Outra fake news clássica é a de que os atrasados deixados pelo governo Robinson Faria foram pagos com recursos d Governo Federal. O caso já foi esclarecido e mostrado que as dívidas com os servidores estão sendo quitadas graças ao REFIS, cortes de gastos e reformas aprovadas na Assembleia Legislativa.

Uma das fake news mais constrangedoras foi a que partiu de uma denúncia anônima que dá conta de que o Ministério Público Federal pediu o afastamento da governadora e do secretário de saúde por desvios de R$ 1,3 milhão em sacos hospitalares. O MPF se manifestou informando que não existe qualquer pedido neste sentido e que a denúncia anônima, como qualquer outra, está com a verossimilhança sendo averiguada.

São apenas alguns fatos que mostram o tamanho da loucura que em estamos. Existem muitas falhas na gestão de Fátima Bezerra, mas elas não parecem ser suficientes para as vozes discordantes. É preciso espalhar mentiras.

Fontes:

Leia o relatório do TCE sobre o uso dos recursos da covid-19 no RN AQUI.

https://agorarn.com.br/ultimas/controlador-esclarece-que-governo-do-rn-nao-recebeu-r-18-bilhoes-do-governo-federal-em-2020/

https://agorarn.com.br/ultimas/mp-de-contas-isenta-governo-fatima-da-compra-frustrada-de-respiradores-pelo-consorcio-nordeste/

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/governo-segue-quitando-folhas-em-atraso/501705

https://blogdobarreto.com.br/mpf-desmente-informacao-de-que-pediu-afastamento-da-governadora-e-secretario-de-saude/

http://www.tce.rn.gov.br/Noticias/NoticiaDetalhada/4048

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TCE desmente que Governo do Estado usou recursos da covid-19 para pagar servidores

Após um onda fake news que varreu o Estado no final de semana com direito a endosso do presidente Jair Bolsonaro o Tribunal de Contas do Estado (TCE) emitiu nota em que nega ter constantado que o Governo do RN usou recursos da União destinados à covid-19 para pagar os servidores.

Abaixo a nota que joga uma pá de cal na versão das correntes bolsonaristas do Rio Grande do Norte:

Sobre a repercussão das informações divulgadas no Boletim Extraordinário 01/2021, levantamento que traz uma avaliação dos impactos da pandemia do coronavírus nas finanças do Rio Grande do Norte e dados consolidados sobre as transferências federais feitas para o Estado em 2020, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) esclarece:

TCE esclarece informações sobre transferências federais e despesas do Estado no combate à Covid-19

  1. No dia 31 de março, o Auditor de Controle Externo Evandro Alexandre Raquel, Diretor de Administração Direta, concedeu entrevista ao programa Repórter 98, na rádio 98 FM. Na ocasião, ele informou que o Governo do Estado realizou, dentro da rubrica de recursos ordinários, Fonte 100, pagamentos na ordem de R$ 900 milhões para custear a folha de pessoal dos servidores da Saúde no ano de 2020.
  2. Em nenhum momento, o Auditor afirmou que esse valor de R$ 900 milhões foi pago com recursos enviados pela União exclusivamente para auxiliar o Estado diretamente no enfrentamento à Covid-19, uma vez que dentro dos recursos enviados existiam valores de livre alocação, conforme disposição legal, além de que a fonte 100 engloba também arrecadação própria.
  3. Conforme mostra o Boletim Extraordinário, o Estado recebeu do Governo Federal R$ 1,1 bilhão em transferências extraordinárias em 2020, destinados às ações de saúde, assistência social e compensação financeira em razão da queda na arrecadação. Do total de recursos, a maior parte (R$ 750,9 milhões) é de livre alocação.
  4. Esse valor de R$ 750,9 milhões foi incorporado à Fonte 100, que congrega os recursos ordinários do Estado, incluindo a arrecadação própria, e foi transferido por força da Lei Complementar 173/2020, que estabelece o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, bem assim, pela Medida Provisória nº. 938/2020, que dispôs sobre o apoio financeiro para compensar a queda no repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
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Fátima rebate Bolsonaro: “é deplorável a maior autoridade do país se prestar a esse tipo de ilação”

Fátima desmente Bolsonaro (Foto: Fabiano Trindade)

Acusada pelo presidente Jair Bolsonaro de usar R$ 900 milhões de recursos destinados ao combate à covid-19 para pagar a folha de servidores, a governadora Fátima Bezerra (PT) reagiu nas redes sociais.

“É deplorável a maior autoridade do país se prestar a esse tipo de ilação, quando, em uma pandemia sem precedentes, deveria estar voltado a viabilizar mais vacinas e a proteger o povo brasileiro”, comentou.

Ela acusou o presidente de mentir (assista o vídeo acima). “Passei o final de semana como sempre trabalhando, dedicada a salvar vidas da nossa população, e me deparo com ataques do presidente da República ao Governo do RN sem qualquer lastro fático ou que se assemelhe à verdade”, frisou.

Ela aproveitou para alfinetar os ministros potiguares Rogério Marinho (sem partido) e Fábio Faria (PSD). “O presidente só pode estar no mínimo mal assessorado, dado o descuido com a checagem das informações que externou sobre o RN. Aliás, não é só o RN que tem sido vítima de calúnias e difamações deste tipo, através da propagação de fake News”, provocou.

Na última postagem ela avisou que tomará providências jurídicas contra o presidente. “Mas nosso Governo não tem o que temer. Agimos dentro dos princípios da Constituição, com seriedade e honestidade. Tanto que nosso jurídico já foi acionado e está encaminhando o devido processo legal para reposição da verdade”, avisou.