A deputada estadual Isolda Dantas (PT) solicitou que a Fundação José Augusto realize um mapeamento das atividades e vocações culturais do Rio Grande do Norte.
“Um mapeamento atualizado junto aos municípios potiguares é uma forma de assegurarmos a elaboração de um conjunto de ações integradas que valorizem as vocações locais e regionais”, defendeu a parlamentar.
Isolda acrescentou que a partir deste levantamento e a construção de ações integradas é possível ampliar a inclusão, incentivar e viabilizar o financiamento dos fazedores de cultura locais.
“Vai permitir viabilizar a criação de redes de apoio e incentivo aos fazedores de cultura em nosso Estado”, acrescentou.
A Fundação José Augusto (FJA) completa 60 anos neste sábado (8/04). Juntamente com a recém-criada Secretaria Extraordinária da Cultura, com a gestão da Secretária Mary Land Brito, a Fundação José Augusto, sob a Direção-geral de Gilson Matias, é responsável por desenvolver, incentivar, apoiar, difundir, estimular e documentar as atividades culturais. Compete a instituição também o processo de tombamento do patrimônio histórico e arquitetônico e também do patrimônio cultural imaterial.
Criada no governo Aluísio Alves, pelo Decreto-lei nº 2.885, de 8 de abril de 1963, a Fundação José Augusto nasceu como instituição cultural e de ensino superior. Abrigou incialmente três cursos: Jornalismo, Filosofia e Sociologia. Com o crescimento das universidades públicas, notadamente da UFRN, desvinculou-se da educação formal e concentrou suas atividades na gestão da cultura e na administração de vários equipamentos culturais.
Equipamentos culturais
Sediada na Rua Jundiaí, 641, Natal-RN, a FJA gerencia a Pinacoteca do Estado, o Memorial Câmara Cascudo, o Museu Café Filho, o Forte dos Reis Magos; quatro teatros (Teatro Alberto Maranhão e Teatro de Cultura Popular Chico Daniel, em Natal, Teatro Lauro Monte Filho, em Mossoró, e o Teatro Adjuto Dias, em Caicó), duas escolas de arte (Instituto de Música Waldemar de Almeida e a Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão), a Biblioteca Estadual Câmara Cascudo, a Orquestra Sinfônica do RN, três corais (Coral Canto do Povo, Camerata de Vozes e Coral Harmus), um parque (Cidade da Criança), uma gráfica (Manibu) e vinte sete Casas de Cultura Popular. No total, são 50 equipamentos culturais e quatro grupos artísticos sob sua administração direta.
O órgão também gerencia dois programas permanentes, um de financiamento da produção cultural e um de apoio às manifestações da cultura popular. O Programa Cultural Câmara Cascudo destina anualmente em torno de R$ 10 milhões para a produção de espetáculos de música, teatro e dança, e para a organização de feiras de livros e de artesanato. O Registro do Patrimônio Vivo (RPV) destina bolsas vitalícias a mestres e grupos artísticos ligados à cultura popular.
Editais históricos e retomadas
Foi responsável pela aplicação de editais importantes para o fomento artístico-cultural do RN o como o Edital de Fomento à Cultura e Pauta Livre (2019), e os emergenciais “Tô em Casa, Tô na Rede”, “Glorinha Oliveira” e a Lei Aldir Blanc (2020), que destinou cerca de R$ 32 milhões para artistas potiguares, cuja produção foi afetada pela pandemia da Covid 19.
A FJA editou três revistas ao longo de sua trajetória: O Galo, de caráter ensaístico, dedicada à reflexão e à divulgação literária; a Preá, dedicada à cultura popular, e a Carcará, dirigida à divulgação do audiovisual potiguar.
Com a reativação da Gráfica Manibu, será retomado o histórico concurso literário Luís Carlos Guimarães destinado a obras poéticas. Nas artes cênicas, a atual gestão do órgão deverá reativar o Centro Experimental de Teatro.
Presidentes e diretores
Nestes 60 anos, a FJA foi administrada pelos presidentes e diretores gerais Diogenes da Cunha Lima, Sanderson Negreiros, Franco Maria Jasiello, Evilasio Leão de Moura, Claudio Emerenciano, Valério Mesquita, Paulo Macedo, Woden Madruga, Iaperi Araújo, François Silvestre, Isaura Rosado, Ana Neuma de lima, Ivanira Ribeiro, Sérgio Cunha de Aragão Mendes, Rodrigo Bico, Crispiniano Neto e Amaury Júnior.
A Fundação José Augusto apresenta nestas seis décadas uma rica história repleta de ações fundamentais para o desenvolvimento da cultura e a preservação da memória cultural do povo do Rio Grande do Norte.
O curta-metragem “Sideral”, premiado na Lei Aldir Blanc RN – Edital Fomento à Cultura Potiguar 2020, lançado pelo Governo do Estado do RN e Fundação José Augusto na Categoria “Auxilio Produção” dentro do segmento Audiovisual, é o primeiro filme norte-rio-grandense na história a concorrer à Palma de Ouro no Festival de Cannes.
A produção integra a Seleção Oficial de Curtas-Metragens da edição de 2021, sendo um dos dois representantes brasileiros na competição oficial do mais importante festival de cinema do mundo.
O projeto foi realizado com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal, CNC – Centre National du Cinéma et de l’Image Animée. O Festival de Cannes acontece entre os dias 6 e 17 de julho de 2021, no Palais des Festival, na cidade de Cannes, na França.
Crispiniano Neto, diretor geral da Fundação José Augusto, avalia: “A Lei Aldir Blanc no Rio Grande do Norte lançou dez editais, premiou 2800 projetos e concedeu mais 906 auxílios emergenciais. Com um volume de benefícios desta envergadura poderia parecer que privilegiamos a quantidade, mas aqui está a prova da qualidade da produção. A cultura potiguar ganha muito com a presença deste documentário em Cannes”.
Rodado em Ceará-Mirim e Parnamirim
Filmado nas cidades de Natal, Ceará-Mirim e Parnamirim, “Sideral” é o novo trabalho do diretor Carlos Segundo em parceria com a Casa da Praia Filmes. Esta é a primeira vez que um filme potiguar concorre à Palma de Ouro no Festival de Cannes, integrando a Seleção Oficial de Curtas-Metragens da edição de 2021.
“Sideral” é uma ficção que se desenvolve em torno do histórico dia do lançamento do primeiro foguete tripulado brasileiro na base aérea de Natal e como isso afeta a vida de Marcela, Marcos e seus dois filhos.
Sobre a obra, Carlos Segundo, professor titular no curso de Audiovisual da UFRN, comenta: “Sideral é um filme que passeia de forma sutil por diferentes temas, podendo ainda ser considerada uma obra tragicômica. O filme transita entre os campos poético e realista, conseguindo com isso convergir elementos técnicos e estéticos de uma forma muito singular. É uma obra que só poderia ter sido realizada aqui”.
Genuinamente potiguar
Com produção brasileira de Mariana Hardi e de Pedro Fiuza, através da Casa da Praia Filmes, “Sideral” foi parcialmente financiado pela Lei Aldir Blanc do estado do Rio Grande do Norte. É um filme genuinamente do RN com equipe e elenco de profissionais potiguares, estrelado por Priscilla Vilela e Enio Cavalcante.
Para Hardi: “É um orgulho imenso sermos selecionados no mais importante festival de cinema do mundo, produzindo com recursos locais, além de equipe técnica e artística formada por pessoas que já trabalham no mercado do audiovisual potiguar e que têm construído suas carreiras aqui. É um atestado do nosso potencial, capacidade e sustentabilidade”.
Importância da Lei Aldir Blanc RN
Para Pedro Fiuza a indicação do filme à Palma de Ouro também é um marco histórico e uma chance de refletirmos sobre investimentos em arte e cultura: “Em meio a uma pandemia e frente a várias crises, foi possível realizar o filme, evidenciando a importância da Lei Aldir Blanc e do investimento em cultura no país. Isso nos mostra que o Rio Grande do Norte e o Brasil têm toda a qualidade profissional e artística e que, se reconhecidos por políticas públicas e pela sociedade, também serão reconhecidos internacionalmente. Estamos fazendo história com essa seleção inédita para o RN, mas nossa obra não tem fronteiras artísticas e por isso podemos dizer que também somos o Brasil em Cannes.”
“Sideral” é uma coprodução internacional entre as empresas brasileiras Casa da Praia Filmes, O Sopro do Tempo e a francesa Les Valseurs, repetindo a parceria do longa “Fendas”, também dirigido por Segundo e lançado em 2019 no FID Marseille (o longa-metragem tem previsão de estreia comercial na França no final de julho de 2021). A estreia comemora ainda os dez anos da Casa da Praia Filmes, produtora fundada e sediada em Natal.
Produtora
Fundada em 2011 em Natal/RN, faz filmes pensando em cinema artístico, político e crítico. Em 10 anos lançou 15 obras incluindo 07 curtas e 01 longa, com destaque para “Sideral” (74º Festival de Cannes), “Fendas” (30º FID Marseille; 43ª Mostra de São Paulo) e “Vai Melhorar” (31º Curta Kinoforum; indicado ao 20º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro). Também trabalha outros formatos como dramaturgia audiovisual para teatro, tendo o Grupo Carmin como maior parceiro, com destaque para o espetáculo “A Invenção do Nordeste” (31º Prêmio Shell).
O mandato da deputada estadual Isolda Dantas em parceria com Ronaldo Costa, Coordenador de Editais e Crispiniano Neto, Presidente da Fundação José Augusto (FJA), realizou a 1ª oficina de Prestação de Contas da Lei Aldir Blanc. A partir da iniciativa da deputada cerca de 100 agentes culturais de Natal, Mossoró e Currais Novos, pôde tirar dúvidas e ter acesso a orientações básicas para os procedimentos de prestação de contas dos projetos participantes dos editais e chamadas públicas realizadas pelo Estado do RN.
Com a aplicação dos recursos da Lei no Rio Grande do Norte, a Fundação José Augusto, lançou editais destinando R$ 32 milhões para auxílio emergencial específico às categorias artísticas. O plano de aplicação foi elaborado pelo Comitê Estadual Gestor dos Recursos – criado por decreto pela governadora Fátima Bezerra – da Lei Federal de Emergência Cultural, aprovada em 29 de junho deste ano, que ficou conhecida como Lei Aldir Blanc.
O plano de aplicação previa R$ 15 milhões distribuídos como renda mensal aos trabalhadores da cultura a serem pagas em 3 parcelas no valor de R$ 600 para cada beneficiário. O valor de R$ 17,13 milhões foi para custeio de editais, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural e para o fomento da economia criativa e economia solidária. “A pandemia trouxe redução da atividade econômica e os setores da Cultura e do Turismo foram dois dos mais afetados. Sempre fui sensível a este setor, inclusive, como parlamentar. Eu sei como é difícil acessar recurso público, mas nós temos que continuar lutando por mais recursos. Gostaria de lembrar que o meu mandato está a disposição para contribuir com a prestação de contas, com os artistas, com a cultura do Rio Grande do Norte”, afirmou a deputada.
Lista de editais liberados e valores aplicados pelo Governo do Rio Grande do Norte:
Prêmio Cultura Popular de Tradição – Valor: R$ 3,01 milhões
Programa de Apoio a Microprojetos Culturais – Valor: R$ 4,08 milhões
Formação e Pesquisa – Troca de Saberes à Distância – Valor: R$ 1,5 milhão
Projetos Culturais Integrados e Economia Criativa – Valor: R$ 1,3 milhão
Prêmio Sabores, Saberes e Fazeres – Valor: R$ 700 mil
O presidente da Fundação José Augusto, órgão responsável pela política cultural do Estado, Crispiniano Neto, parabenizou a deputada pela iniciativa em facilitar a prestação de contas e lembrou que o mandato de Isolda tem sido muito propositivo à cultura do RN.
Nota Potiguar
Isolda solicitou em sessão virtual da Assembleia Legislativa que os recursos do programa Nota Potiguar sejam direcionados para o Fundo Estadual de Cultura a ser investido na elaboração de projetos culturais.
“A pandemia impôs dificuldades gigantescas para nossos artistas e é preciso mais apoio para a cultura”, concluiu a deputada.
A Fundação José Augusto (FJA) prorrogou até 12 de novembro as inscrições para cinco editais da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (Lei Federal nº14.017/2020).
Os interessados terão até a próxima quinta-feira (12/11) para inscrever seus projetos nos editais Prêmio Cultura Popular de Tradição; Projetos Culturais Integrados e Economia Criativa; Programa de Apoio a Microprojetos Culturais; Formação e Pesquisa – Troca de Saberes à Distância; e Prêmio Sabores, Saberes e Fazeres. As Inscrições serão feitas através de um e-mail criado para cada edital, disponibilizados no site www.cultura.rn.gov.br. O resultado final será publicado em 7 de dezembro.
A prorrogação do prazo foi motivada pela necessidade de aumentar a mobilização dos potenciais proponentes, garantindo uma participação mais ampla e inclusiva dos segmentos artístico-culturais do RN. Ao todo são dez editais lançados pelo Governo do RN para a Lei Aldir Blanc, totalizando a destinação de recursos no valor de R$ 18,871 milhões.
Será o poeta Crispiniano Neto o primeiro nome de Mossoró na equipe de Fátima Bezerra (PT). Ele assumirá a direção da Fundação José Augusto, posto equivalente ao de secretário de cultura.
De passagem ontem por Mossoró a governadora eleita Fátima Bezerra (PT) não confirmou o nome do poeta Crispiniano Neto para a Fundação José Augusto. O assunto vem sendo especulado por setores da mídia mossoroense.
Ele disse que a escolha do comando da entidade responsável para política cultural do Governo do Estado ainda será discutida.
A entrevista concedida ontem na Reitoria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) girou em torno da entidade de ensino superior que ela classificou como prioridade da gestão.
Confiram a conversa de Fátima com os jornalistas locais:
A tática é manjada. O político faz uma manobra, o assunto vaza e ele não desmente. Aí a articulação não obtém êxito e ele vai às redes sociais ou mídia convencional dizer que é tudo mentira e culpa os jornalistas por “notícias maldosas”.
Foi assim que fez o deputado federal Fábio Faria (PSD). O anúncio de que ele estava tentando tomar o PP do rosalbismo não teve desmentido imediato. Pelo contrário, ele deixou o assunto correr.
A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) arrumou uma viagem de trabalho, mas na verdade foi resolver a vida partidária de seu grupo. Foto com o presidente nacional do PP, o senador do Piauí, Ciro Nogueira, e articulação derrubada.
Restou a Fábio Faria ir ao Twitter culpar a imprensa e dizer que é amigo e admira o deputado federal.
Mas não adianta arengar com os fatos. Horas depois sai a informação de que a cunhada de Rosalba e tia de Beto Rosado, Isaura Amélia, está entregando o comando da Fundação José Augusto.
O assunto é tratado como “rompimento” do rosalbismo com o governador. Na verdade, é só uma entrega de cargo porque essa aliança política nunca existiu de fato pela mais absoluta falta de afinidade política.