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MPF apura legalidade em nomeação de reitor

Legalidade da nomeação de Josué Moreira é questionada pelo MPF (Foto: web/autor não identificado)

O Ministério Púbico Federal (MPF) instaurou um inquérito civil com o objetivo de apurar a legalidade, ou não, da indicação do novo reitor temporário (pro tempore) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN), Josué de Oliveira Moreira. Mesmo sem ter participado da consulta à comunidade acadêmica – espécie de eleição interna -, ele foi nomeado para o cargo no último dia 20 de abril, pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.

A nomeação teve como base uma Medida Provisória (nº 914) que foi editada em 24 de dezembro de 2019, 13 dias após a eleição interna no IFRN. A portaria que indica o nome de Josué de Oliveira, porém, não especifica sequer o inciso do artigo (7º) em que se sustenta. “Tal fato, por si só, pode vir a se enquadrar como improbidade administrativa, face a recusa à publicidade devida do aludido ato administrativo”, observa o MPF.

Uma das previsões da portaria, a designação de um reitor pro-tempore caso os cargos de reitor e vice-reitor fiquem vagos, não se adapta ao caso do instituto potiguar, tendo em vista que o mandato do reitor anterior se encerrava neste mês de abril, “mesmo período em que se iniciaria o mandato da gestão eleita pela comunidade acadêmica, não havendo que se falar, portanto, em vacância”.

Pedidos

Além da abertura do inquérito, o procurador da República Camões Boaventura determinou o envio de um ofício ao Conselho Superior do IFRN, para que seja informado se houve alguma irregularidade no processo de consulta à comunidade.

E uma vez que a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) – do próprio Ministério Público Federal – já encaminhou um pedido de esclarecimentos ao Ministério da Educação quanto às nomeações feitas não só no instituto do RN, como também no IFSC, o representante do MPF no Rio Grande do Norte solicitou da PFDC uma cópia dessa resposta, quando ela for dada.

Autonomia

As denúncias enviadas ao MPF levantam a suspeita de que, ao não levar em conta o processo de consulta à comunidade acadêmica, a nomeação de Josué de Oliveira poderia estar desrespeitando a autonomia (inclusive administrativa) garantida aos institutos federais. O Decreto nº 6.986/2009 estabelece que os IFs serão dirigidos por reitores nomeados pelo presidente da República, mas “a partir da indicação feita pela comunidade escolar”.

Ao mesmo tempo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9.394/96) registra como um dos princípios do ensino público a gestão democrática, “mesma determinação que consta no texto constitucional (art. 206, inciso VI)”.

Com informações da Assessoria de Comunicação do MPF.

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Nova política? Reitor temporário inicia mandato reivindicando privilégios

Representante da nova política e indicado golpeando a democracia interna do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) o professor Josué Moreira (PSL) tomou como primeiras medidas na função de reitor a solicitação de privilégios.

Logo de cara, ele assinou o número 17/2020 pedindo que sejam disponibilizados dois veículos e dois motoristas para a reitoria para ficar à sua disposição. O detalhe curioso é a linguagem personalista na redação oficial. Tudo em primeira pessoa.

No dia 23 de abril, às 19h17, o representante da nova política reivindicou mais um privilégio: o auxílio moradia.

O reitor temporário também aproveitou para fazer uma consulta jurídica para poder nomear seus advogados em cargos de confiança no IFRN. São eles: Francialdo Cássio da Rocha e Francisco Wilker Confessor, respectivamente servidores das prefeituras de São José de Mipibú e Natal.

Ainda tivemos a tentativa frustrada de suspender à reunião do Conselho Superior (Consup). A iniciativa lhe foi negada. Josué alegava desconhecimento da pauta e que a maioria dos pró-reitores pediu exoneração.

O Blog do Barreto não conseguiu localizar o reitor temporário Josué Moreira.

Abaixo os anexos das reivindicações do reitor temporário:

Pedido de carros

Suspensão do Consup

Nomeação dos advogados

Auxílio Moradia

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Ex-candidato a prefeito de Mossoró vira reitor sem receber um único voto

Josué Moreira vira um reitor sem voto (Foto: Web/Autor não identificado)

O professor Josué Moreira (PSL) conseguiu uma proeza digna do seriado House of Cards: chegar a um mandato eletivo sem conquistar um único voto. Foi assim que ele se tornou reitor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte.

“Eterno candidato” a prefeito de Mossoró, sempre com votações inexpressivas, o professor do IFRN que nem disputou a reitoria em dezembro foi nomeado para a função de reitor.

Na era bolsonarista que despreza a vontade da comunidade acadêmica, Josué Moreira de perfil ameno e agregador acabou sendo alçado para uma função que sequer se candidatou.

Hoje o Diário Oficial da União traz a número 405 de 17 de abril de 2020 com o ministro da educação Abraham Weintraub nomeando-o na condição de pró-tempore.

A articulação teve a frente o deputado General Girão (PSL) que ontem avisou no Twitter que estava chegando a hora da onça beber água.

Na eleição realizada em dezembro o professor José Arnóbio de Araújo Filho recebeu 48,25% dos votos, derrotando o atual reitor Wyllys Farkatt Tabosa, que teve 42,26%.

Nota do Blog: a informação da nomeação de Josué Moreira foi dada ontem em primeira mão pela jornalista Thaísa Galvão.

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Educação para em todo RN por causa do Coronavírus

Resultado de imagem para sem aulas

Algumas faculdades particulares como Facene e Uninassau pararam suas atividades. Hoje o Governo do Estado anunciou que as aulas da rede estadual e privada de ensino estão suspensas por 15 dias.

A medida foi anunciada pela governadora Fátima Bezerra (PT) no final da manhã de hoje e atinge as redes municipais de ensino também. Ainda assim a Prefeitura de Mossoró logo em seguida anunciou que também suspenderá as aulas por 15 dias.

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) foi a primeira a suspender as atividades por 30 dias.

Ontem após muita pressão a UFRN suspendeu as aulas e hoje foi a vez da UFERSA e IFRN. No caso das três instituições a suspensão é por tempo indeterminado.

Outras instituições de ensino superior devem seguir a recomendação.

A educação no Rio Grande do Norte vai parar por causa do Coronavírus.

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Estudantes e trabalhadores protestam contra cortes na educação

Estudantes protestam em defesa da educação (Foto: Deivson Mendes)

Na manhã desta terça-feira, 13 de agosto, dezenas de estudantes da UERN, UFERSA, IFRN e escolas públicas de ensino médio com apoio de diversos sindicatos e movimentos sociais promoveram um ato contra os cortes do governo Bolsonaro na educação.  O objetivo é retomar as manifestações de maio, que ficaram conhecidas como “Tsunami da Educação”.

Desde o início do ano, universidades e institutos federais perderam R$ 5,84 bilhões em verbas, ameaçando o funcionamento de alguns campi universitários, que podem ter que suspender suas atividades, a partir de outubro.

Em Mossoró o ato teve início às 7h, em frente à guarita do campus leste da UFERSA e teve a frente às entidades estudantis União Nacional dos Estudantes(UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas(UBES) e União Estadual de Estudantes(UEE-RN). Dezenas de sindicatos também participaram da atividade: ADUERN, ADUFERSA, SINASEFE, SINTEST, SINDIPREVS, SECOM, SINDISERPUM e SINDIPETRO-RN. As Centrais Sindicais CUT, CTB, CSP-Conlutas também participaram da atividade.

De acordo com o dirigente da UBES, Alessandro Crisóstomo, o protesto busca mobilizar as bases educacionais dos estados e municípios contra os cortes na educação pública. “Nosso objetivo aglomerar o máximo de estudantes da rede publica e privada para lutar contra os retrocessos do governo na educação”, explica Alessandro.

Para o diretor de Secretárial-Geral do SINDIPETRO-RN, Pedro Lúcio, não há outro caminho que não seja a união dos estudantes com a classe trabalhadora para defender a educação e a soberania nacional. “Estamos vivendo um período de fortes ataques aos direitos básicos garantidos na constituição, a educação tem papel fundamental no processo de formação emancipação da população, não podemos permitir retrocessos”, destaca o dirigente.

No fim do protesto, munidos de faixas e cartazes “Ufersa é resistência”, “Vocês cortam educação a gente planta resistência”, os manifestantes realizaram uma marcha simbólica dentro do campus leste da UFERSA. O protesto foi considerado pacifico, segundo os organizadores.

Fotos: Deivson Mendes

 

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Estudantes realizam protesto contra bloqueio de recursos da educação

Estudantes foram as ruas ontem (Foto: Maitê Ferreira)

Na tarde e noite desta segunda-feira 13 de maio centenas de estudantes da UERN, UFERSA, IFRN e de escolas públicas de ensino médio promoveram uma marcha em defesa da educação em Mossoró/RN. Grêmios estudantis, centros acadêmicos, diretórios centrais estudantis, sindicatos ligados ao Fórum dos Servidores do Oeste Potiguar e entidades ligadas à Frente Brasil Popular estiveram presentes.

O movimento estudantil reivindica a derrubada do contingenciamento de investimentos em educação pública anunciada pelo ministro da educação Weintraub e pelo governo Bolsonaro-PSL. Os cortes alcançam a cifra de 30% de recursos, golpeando duramente o funcionamento e subsistência não apenas dos institutos e universidades federais, mas também da educação básica – em virtude do corte de verbas no FUNDEB.

O ato iniciou cerca de 16h, partindo de concentração no IFRN. Manifestantes seguiram, em seguida, em direção à UFERSA, aonde adentraram no campus central pela entrada lateral e caminharam em direção à entrada principal na BR-304. O movimento estudantil promoveu uma ocupação simbólica da reitoria da UFERSA, em que ressoava uma reinvindicação endereçada ao atual reitor para que tomasse uma posição institucional enfática contra os cortes de Bolsonaro: “Arimatéa, preste atenção, se posicione pela educação”.

Após a saída da reitoria, estudantes bloquearam temporariamente a BR-304 e seguiram em marcha em direção à UERN, local onde o ato contou com encerramento no Centro de Convivência em forma de aula Pública contra os cortes na educação. Estudantes também prometem engrossar a greve nacional da educação neste 15/05, junto de numerosas categorias de trabalhadores (as) em educação: docentes da UERN, UFERSA, técnicos administrativos da UFERSA, funcionários (as) do IFRN e professores (as) da rede pública estadual já aprovaram adesão à paralisação. Um protesto está marcado em Mossoró para o referido dia, com concentração às 08h em frente à UFERSA.

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Coordenador da bancada federal discute com reitores alternativas aos cortes orçamentários do ensino superior

Deputado se coloca à disposição de reitores (Foto: Christiano Brito)

Diante do corte orçamentário nas instituições federais de Ensino Superior anunciado pelo Governo Federal, os reitores da UFRN, Ufersa e IFRN se reuniram nesta segunda-feira (6), em Natal, para unir forças e buscar soluções. A reunião foi provocada pelo deputado federal Rafael Motta (PSB), que coordena a bancada potiguar e propôs a elaboração de um diagnóstico com o impacto local da medida a ser apresentado ao Ministério da Educação (MEC).

“A bancada federal está pronta para defender as instituições federais do RN. Vamos levar esse documento, que é um diagnóstico detalhado, para o Governo Federal, para que o Executivo, por meio do MEC, tenha a noção exata dos prejuízos que o bloqueio trará ao Estado e possa rever a decisão. Caso não haja uma reconsideração, alternativas jurídicas não estão descartadas, já que os prejuízos são muito significativos”, afirmou o deputado Rafael Motta.

Participaram da reunião os reitores Ângela Paiva (UFRN) e José de Arimateia (Ufersa) e o pró-reitor Juscelino Medeiros (IFRN), além de representantes da OAB e do reitor da UERN, Pedro Fernandes. O mandato da deputada federal Natália Bonavides (PT) também esteve representado. A reunião aconteceu na Reitoria da UFRN.

Ângela Paiva disse acreditar que a ação conjunta pode reverter a questão. “Precisamos mobilizar forças, com o Legislativo e o Judiciário, em defesa das universidades. O apoio da bancada será muito importante para mostrar que esse é um pleito de todo o Rio Grande do Norte”, declarou a reitora. José de Arimateia afirmou que “as universidades precisam desse esforço coletivo para continuarem o trabalhem que desenvolvem”.

De acordo com o documento, confirmado o contingenciamento, as três instituições federais terão prejuízos quanto ao seu funcionamento e, consequentemente, a formação dos estudantes, comprometendo, inclusive, a pesquisa e a inovação.

Na última terça-feira (30), o Ministério da Educação anunciou o bloqueio de 30% no orçamento das instituições federais de ensino de todo o país. No Rio Grande do Norte, a medida afeta a UFRN, a Ufersa e o IFRN em R$ 75 milhões para custeio e investimentos.

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Decisão de Bolsonaro retira mais de R$ 100 milhões em investimentos no RN

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu cortar 30% dos investimentos em educação superior. A medida faz um estrago no Rio Grande do Norte e sua combalida economia.

Serão R$ 101 milhões a menos em investimentos na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).

É um estrago e tanto!

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IFRN se manifesta sobre cortes do Governo Federal

Segue abaixo nota do IFRN sobre os cortes orçamentários de 30% impostos pelo Governo Federal.

Nota à Comunidade do IFRN

 

Como as demais instituições públicas de ensino superior e tecnológico do país (universidades e institutos federais), o IFRN recebeu na manhã desta quinta-feira (2) a informação do bloqueio de parte dos recursos destinados para as suas ações no ano de 2019.

A porcentagem de bloqueio foi da ordem de 30%, representando um valor de 27 milhões de reais a menos em recursos de custeio (funcionamento da Instituição).

Os dados foram extraídos do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), conforme quadro abaixo.

Conforme mostra o quadro, foram bloqueados R$ 26.154.174,00 dos R$ 67.380.582,00 aprovados na Lei Orçamentária Anual (LOA/2019) para o funcionamento do IFRN, o que representa uma perda de quase 39%. Além disso, são R$ 870.000,00 a menos em recursos aprovados para capacitação.

Os recursos destinados à assistência estudantil, da ordem de R$ 19.800.000,00, em princípio, foram mantidos.

“O corte é significativo e poderá inviabilizar o funcionamento do IFRN. Nesse sentido, estamos buscando interlocução com diversos agentes públicos a fim de garantir a integralidade do orçamento do IFRN. Na próxima semana estaremos participando da Reunião do Conselho de Reitores (CONIF) para debatermos o tema e propor encaminhamentos. No dia 7, o Secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Ariosto Culau participará dessa reunião; no dia 8 haverá uma reunião do CONIF com a Frente Parlamentar dos Institutos Federais, na Câmara dos Deputados. No dia 10 há também uma audiência marcada com o Ministro da Educação, Abraham Weintraub. Além disso, fizemos contato com o coordenador da bancada federal, Deputado Federal Rafael Motta, para uma reunião com todos os deputados federais e senadores do Rio Grande do Norte. Em paralelo, discutiremos com toda a comunidade acadêmica do IFRN sobre a situação da Instituição e os impactos do bloqueio dos recursos orçamentários”, explicou o reitor Wyllys Farkatt Tabosa.

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IFRN emite nota sobre casos de violência política

Segue abaixo a nota do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) sobre os casos de violência política no Estado, inclusive envolvendo um professor da instituição. Confira a manifestação:

O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), diante de casos de agressão sofridos por cidadãos de todo país, inclusive da Instituição, devido ao momento político-eleitoral, torna público seu posicionamento de defesa às diferenças e direitos de expressão garantidos pela democracia.

Os casos de intolerância também foram citados em nota pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com a qual o IFRN se solidariza e se une como instituição de ensino pública, autônoma e de qualidade referenciada socialmente. Desse modo, lamenta os casos de violência física e moral sofridos por qualquer cidadão e aponta o diálogo e a educação como caminhos para superar o momento de tensão e construir um país com mais inclusão e democracia.

O posicionamento toma como base um dos principais norteadores das ações do Instituto, a sua função social, a qual enfatiza o compromisso com a formação humana integral, o exercício da cidadania e a produção e a socialização do conhecimento, “visando, sobretudo, à transformação da realidade na perspectiva da igualdade e da justiça sociais”.

 

Wyllys Farkatt Tabosa, reitor, representando o Colégio de Dirigentes do IFRN