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Justiça Eleitoral cassa dois vereadores de Mossoró

A juíza Giulliana Silveira de Souza da 33ª Zona Eleitoral de Mossoró cassou o registro da chapa de vereadores do PSC e por consequência os mandatos dos vereadores Lamarque Oliveira e Naldo Feitosa.

A decisão leve em conta o entendimento de que PSC teria usado candidaturas femininas laranjas para burlar a cota de gênero usando oito das dez mulheres colocadas no pleito.

São elas: Mariza Sousa da Silva Figueiredo, Lidiane Michele Pereira da Silva, Fernanda Dulce de Castro Caldas, Karolayne Inácio dos Santos Lima, Conceição Kaline Lima Silva, Nadja Micaelle Oliveira de Souza, Fabrícia Dantas da Silva E Jéssica Emanoele Vieira da Rocha.

A magistrada apontou a padronização da prestação de contas de seis candidatas, ausência de autonomia delas para utilizar os recursos do fundo eleitoral, inexistência de campanha eleitoral e relações de parentesco próxima entre as candidatas (duas irmãs que moram na mesma residência).

Diz a magistrada:

Ademais, cumpre pontuar que a mera confecção isolada, isto é, desacompanhada da demonstração de sua efetiva distribuição ou entrega, de santinhos ou outro material gráfico de propaganda não constitui – é evidente – prova alguma da realização de ato típico de campanha. Nessa perspectiva, chama a atenção o fato da defesa não haver juntado um vídeo ou um registro fotográfico sequer que revelasse as supostas atividades que afirma terem essas candidatas desenvolvido na busca pelo voto, fosse em passeatas, carreatas, comícios, reuniões de calçadas ou simples visitas a eleitores, pois a verdade é que se limitou sua atuação, nesse específico quesito, a trazer, para as petições que apresentou, as fotografias de supostos materiais impressos que haveriam sido produzidos pelas campanhas das candidaturas questionadas.

A magistrada anulou todos os votos do PSC e a cassação dos mandatos de Naldo Feitosa Lamarque Oliveira abrindo espaço para a recontagem dos votos possibilitando as posses dos suplentes Marrom Lanches (DC) e Tony Cabelos (PP).

A decisão cabe recurso.

Confira o teor da decisão 

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Para não perder maioria, prefeito resgata ex-governistas para base

Acuado pela rebelião de seis vereadores e disposto a comprar a briga o prefeito Allyson Bezerra (SD) decidiu contra-atacar para não perder maioria na Câmara Municipal de Mossoró.

Allyson está atraindo três ex-governistas para a base temendo que resulte em perda da maioria o desfecho da queda de braço com Tony Fernandes (SD), Paulo Igo (SD), Carmém Júlia (MDB), Omar Nogueira (Patri), Lamarque Oliveira (PSC) e Isaac da Casca (DC).

O prefeito já teria começado a retirar os cargos de Lamarque e Omar, inclusive.

Com os retornos de Gideon Ismaias (Cidadania), Zé Peixeiro (PP) e Didi de Arnor (Republicanos), o prefeito garante na pior das hipóteses um placar de 13 x 10 para o Palácio da Resistência.

O quadro impressiona se voltarmos no tempo e lembrarmos que quando tomou posse Allyson tinha uma maioria de 18 x 5.

Se seguir neste quadro de instabilidade na base Allyson pode passar a ter minoria na Câmara, algo raro na política mossoroense. A última vez que isso aconteceu foi por um curto período no segundo semestre de 2010 na gestão de Fafá Rosado.

A diferença é que a motivação estava relacionada a eleição da mesa diretora.

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Depois de lutar contra, governistas se promovem com emendas impositivas

Os vereadores governistas não moveram uma palha pelas emendas impositivas. Rejeitaram as iniciativas neste sentido e alguns, como o líder da bancada Genilson Alves (PROS), fazem promoção com o benefício.

As emendas impositivas foram garantidas através de decisão judicial em ação movida pela oposição.

Foram aprovadas 114 emendas impositivas.

Genilson que criticou a ação judicial por “prejudicar Mossoró” agora tira proveito desse “prejuízo”. “Apresentei emenda impositiva ao projeto de lei orçamentária anual, LOA 2022, no valor de R$ 401 mil reais que serão totalmente investidos na manutenção das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município de Mossoró. Com isso, reafirmo meu compromisso com o povo e com a saúde pública da nossa cidade”, postou no Twitter.

O presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (SD) destacou as dele. “Nosso mandato apresentou emenda impositiva ao Orçamento de 2022 destinando mais de 351 mil reais para manutenção das UBSs, visando dar ao povo mossoroense um atendimento cada vez mais digno. Também destinamos 25 mil para o Programa Acolher + da UERN, possibilitando a ampliação dos serviços ofertados gratuitamente pelos ambulatórios das faculdades de Enfermagem (FAEN) e Ciências da Saúde (FACS). Além disso, alocamos 25 mil para a A.A.SADE, reconhecida associação de utilidade pública, que promove a transformação e inclusão social através do basquete”, relatou.

O foco foi na área da saúde como no caso de Lamarque Oliveira (PSC). “Já está protocolado a nossa emenda impositiva a ser contemplada na Lei Orçamentária Anual de 2022. Depois de ouvir muitos mossoroenses, decidimos investir nossas emendas na saúde de Mossoró. Em tempo de pandemia e surto de gripe, é o mais sensato a fazer”, frisou.

As emendas impositivas correspondem a 1,2% da receita corrente líquida do município e devem ser aplicadas independente da vontade política do prefeito Allyson Bezerra (SD).

Nota do Blog: faltou altivez aos governistas. Foram contra algo que ajuda os próprios vereadores a ganharem mais peso político.

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MP Eleitoral dá parecer favorável a ação que pode levar dois vereadores de Mossoró a perda de mandato

O promotor Hermínio Souza Perez Júnior da 34ª Zona Eleitoral opinou pela cassação de toda chapa de vereador do PSC nas eleições do ano passado sob a alegação de existência de candidaturas femininas laranjas para burlar a cota de gênero de 30%.

Na eleição de 2020, o PSC apresentou 30 candidaturas à Câmara Municipal sendo dez delas mulheres. No entanto, oito apresentaram características de postulação de fachada. São elas: Mariza Sousa da Silva Figueiredo, Lidiane Michele Pereira da Silva, Fernanda Dulce de Castro Caldas, Karolayne Inácio dos Santos Lima, Conceição Kaline Lima Silva, Nadja Micaelle Oliveira de Souza, Fabrícia Dantas da Silva e Jéssica Emanoele Vieira da Rocha.

Essas candidatas juntas somaram 28 votos. Isso não foi por acaso. A investigação mostrou que elas sequer fizeram campanha nas redes sociais e tiveram em sua maioria algumas características em comum apontadas pelo MP Eleitoral:

Além da inexpressiva votação, à exceção das candidatas Fabrícia Dantas e Jéssica Vieira, todas as demais candidatas investigadas apresentaram o mesmo comportamento quanto a prestação de contas: a) houve abertura de contas; b) as candidatas não administravam as contas abertas; c) as candidatas, conquanto tenham recebido dinheiro do fundo partidário, não tiveram autonomia para usá-lo em sua campanha eleitoral da forma que desejassem, já que tudo era feito ou pelo presidente do partido ou pela equipe contábil; d) as empresas contratadas eram as mesmas S&S Gráfica e Editora Ltda e Art7 Gráfica Digital Ltda; e) mesmo período de pagamento dos fornecedores do material gráfico (entre 10 e 13 de novembro).

Outro problema identificado nessas candidaturas está nas relações de parentesco. Fabrícia Dantas é irmã da cunhada de Karolyne Inácio que, por sua vez, é irmã de João Locutor. “Não ficou demonstrada nenhuma animosidade entre tais candidatos a justificar a existência dessas candidaturas avulsas”, frisa o MP.

Já Mariza Souza é irmã de Marleide Costa da Silva, a “Marleide Poderosa”, cuja candidatura foi indeferida. “Ambas irmãs residem no mesmo endereço e não há igualmente notícia de animosidade entre ela”, acrescenta o MP Eleitoral.

Além disso, o MP aponta que o vereador Lamarque Oliveira, na condição de presidente do PSC, teria tomado a dianteira na construção das candidaturas fictícias que burlaram a cota de gênero.

Diz o MP Eleitoral:

Finalmente, corroborando com os elementos de convicção acima demonstrados, sobreveio aos autos o depoimento de dois candidatos pelo Partido Social Cristão (Raimundo Nonato da Silva Júnior e Moisés Ferreira da Cunha). Ambos declarantes apontaram a existência de fraude na composição da chapa partidária com a inclusão de candidatas apenas para cumprimento da cota mínima de gênero. Informaram ainda que participaram ativamente no conluio que teve o presente do partido Lamarque Lisley de Oliveira como principal protagonista, pois era este que fazia a entrega de valores para Raimundo Nonato (conhecido por Juninho), na casa deste, para que Juninho entregasse diretamente às candidatas laranjas. Não se descarta que os declarantes Raimundo Nonato da Silva Júnior e Moisés Ferreira da Cunha guardem frustração ou até mesmo animosidade com o presidente do Partido Social Cristão Lamarque Lisley por não cumprimento das promessas (pouco republicanas, diga-se passagem) feitas no período pré-campanha. Todavia, essa circunstância não se revela suficiente para desprezar seus depoimentos, notadamente quando os depoimentos estão em sintonia com os demais elementos de convicção já expostos a delinear a existência de burla a cota de gênero.

Além da cassação de toda a chapa, o promotor ainda pede a inelegibilidade por oito anos das candidatas laranjas e de Moisés Ferreira da Cunha, Raimundo Nonato da Silva Júnior, Francisca Betânia da Silva Oliveira e Lamarque Lisleu de Oliveira.

Caso a Justiça Eleitoral siga o entendimento do MP Eleitoral assume as vagas o ex-vereador Tony Cabelos (PP) e o comerciante Marrom Lanches (DC) nos lugares de Lamarque e Naldo Feitosa.

Leia o parecer do MP AQUI 

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Presidente do PSC rebate denúncia de candidaturas laranjas: “desespero de quem perdeu nas urnas”

Lamarque rebate denúncia (Foto: reprodução/Canal do Youtube da TCM)

Abaixo nota do vereador eleito e presidente municipal do PSC Lamarque Oliveira rebatendo a denúncia de que o seu partido (ver AQUI) teria recorrido a candidaturas laranjas para completar a cota de gênero exigida pela legislação eleitoral.

Segue a manifestação:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Partido Socialista Cristão – PSC Diretório Municipal de Mossoró, vem a público através de seu Presidente, o Sr. Lamarque Lisley de Oliveira, esclarecer que a Ação de Investigação Judicial Eleitoral – AIJE proposta pelo candidato não eleito do DC, o Sr. Adjailson Fernandes Valdeger, popularmente conhecido como Marron Lanches, é totalmente descabida e sem nexo jurídico, um claro desespero de quem perdeu nas urnas e quer a todo custo tumultuar o processo democrático.
É com muito constrangimento que recebemos uma denuncia dessa natureza, onde a parte demandante faz uma exposição de mulheres de boa índole e caráter, mulheres trabalhadoras que tiveram seus nomes expostos de forma irresponsável e leviana, e agora colhem os frutos da humilhação e questionamentos nas ruas, quando nada fizeram de errado. Enfim, os danos são irreparáveis.
O demandante parece desconhecer a votação do seu próprio partido, onde também houveram mulheres com poucos votos, menos até que candidatas do PSC, entretanto, nós acreditamos no bom trabalho de todas as candidatas, pois esta eleição foi única em suas adversidades.
Muitos partidos tiveram baixas votações, sejam de mulheres ou homens, mas isso não reflete no caráter desses candidatos, e cabe ao demandante provar a má fé de nossas candidatas, o que não fez em sua AIJE, e não conseguirá provar nada, pois estamos tranquilos de que fizemos uma eleição digna e honesta.
Por fim, reafirmamos que o voto é sagrado, ninguém pode mensurar ou condenar um candidato pela votação recebida, ou obrigar alguém a votar em determinado candidato.
A eleição de 2020 fica marcada por um ano difícil e infelizmente de forma antidemocrática estamos presenciando uma ação com intuitos perniciosos que só fará comprovar a idoneidade e honra de todas as candidatas do PSC.

LAMARQUE LISLEY DE OLIVEIRA
PRESIDENTE PSC – DIRETÓRIO MOSSORÓ