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Decisão do STF garante aposentadoria pelo Ipern aos servidores não concursados contratados antes de 1988

O Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, reafirmou a jurisprudência de que servidores admitidos sem concurso público ou que tenham adquirido estabilidade a partir da Constituição Federal de 1988 possam se aposentar através do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). A medida beneficia mais de 3 mil servidores do Governo do Rio Grande do Norte.

A decisão, proferida no dia 11 de junho, encerra a discussão que envolvia a decisão emitida no ano passado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que estabelecia a data-limite de 25 de abril para que servidores contratados sem concurso se aposentassem pelo Instituto de Previdência dos Servidores Estaduais (Ipern). Após a data, os trabalhadores teriam de se aposentar pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS), por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com a decisão, cuja relatoria é do ministro Luís Barroso, “são vinculados ao regime próprio de previdência social(…) as aposentadorias e pensões já concedidas ou com requisitos já satisfeitos até a data da publicação da ata de julgamento destes embargos declaratórios”.

Segundo a governadora Fátima Bezerra, a decisão do Supremo Tribunal Federal reconheceu a atuação do Governo do Estado no tema, que protocolou, ainda no início do ano, uma reclamação contra a decisão do TCE. “Através de uma ação que ingressamos, o STF reconheceu o direito dos servidores públicos não concursados a optarem pela aposentadoria no chamado regime próprio da Previdência”, disse ela.

O presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Rio Grande do Norte (Ipern), Nereu Linhares, explicou que, a partir de agora, qualquer servidor público que preenchia os requisitos permanece com o direito de se aposentar pelo regime próprio na data em que lhe prover. “Isso evidentemente até completar os 75 anos”, comentou.

O Ipern recebeu 2.031 pedidos de aposentadoria somente nos dois primeiros meses de 2024. O número representou aumento de cerca de 400% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Ainda segundo ele, os servidores que já ingressaram com pedido de aposentadoria podem solicitar a suspensão do processo. “Finalmente, estamos trazendo tranquilidade aos servidores que agora podem, inclusive, procurar o setor responsável para desistirem do agendamento e dos seus processos de aposentadoria. Vocês são imprescindíveis. Continuem prestando bom serviço para o Rio Grande do Norte”, concluiu.

 

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Sem votos, Governo deve aplicar reforma da previdência federal em que 97% dos servidores pagariam alíquota de 14%

Presidente do IPERN explica impacto da aplicação da reforma federal no RN (Foto: José Aldenir/Agora RN)

O Governo do Estado não tem votos suficientes para aprovar a reforma da previdência. Faltam dois, para ser mais preciso. Como o prazo para se adequar às mudanças em nível federal termina no dia 31 de julho ganha corpo um plano B: reproduzir as medidas aprovadas pelo Congresso Nacional.

Isso significa que a alíquota previdenciária a ser a dotada seria igual à do serviço público federal. Isso significa que  97,94% dos servidores estaduais iriam para a alíquota de 14%. Enquanto na proposta do Estado a maioria dos servidores fica na casa dos 12%.

Hoje o servidor público estadual paga 11% independente da faixa salarial.

Segundo o Blog do Barreto apurou o Governo se baseia no item 86 da Nota Técnica nº12212/2019 da Secretaria da Previdência, vinculada ao Ministério da Economia cuja interpretação é de que os Estados devem reproduzir o texto da reforma nacional caso não reformem a previdência. “A reprodução das regras gerais automática com o vencimento do prazo. As especificas como a idade pode ser feita depois com Lei Completar”, declarou o presidente do Instituto de Previdência do Rio Grande do Norte (IPERN), Nereu Linhares.

Nereu ainda acrescenta que a alíquota proposta pelo Governo do Estado é progressiva (ver acima). “Nem todo mundo vai pagar em cima do salário total, mas em partes variadas. “Quem ganha até R$ 10 mil, por exemplo, paga 12% até o valor de R$ 3 mil e o restante em 13%”, explicou.

Ele ainda alerta para o risco do Estado ficar sem os recursos federais sem aprovação da reforma. “Se a gente não tiver qualquer norma o Estado fica sem os recursos por causa CRP (Certificado de Regularidade Previdenciária) que estabelece os entes federativos que estão regulares. Se estiver suspenso a verba federal não é liberada”, declarou.

Confira a Nota-Tecnica-12212-1

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Presidente do IPERN afirma que previdência do RN vai levar 40 anos para se recuperar

Nereu Linhares, presidente do Ipern — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
Nereu apresenta cenário sombrio para o RN sem reforma (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

“Nenhuma reforma no Brasil vai resolver o problema da previdência agora. No estado do Rio Grande do Norte, a previdência vem sendo distratada há várias décadas e os últimos dois governos pegaram o que já estava ruim e destruíram. A Previdência, para se recuperar, vai levar pelo menos 40 anos. Essas reformas que estão vindo agora são apenas o ponto de partida, vão apenas amenizar a situação”*, com essas palavras o presidente do Instituto de Previdência do Rio Grande do Norte (IPERN), Nereu Linhares, apresentou um diagnóstico do quadro previdenciário do Estado.

As palavras foram proferidas em entrevista ao Bom Dia RN da Intertv Cabugi. Na ocasião ele acrescentou que o déficit mensal do IPERN é de R$ 140 milhões, o que vai resultar em um déficit anual superior a R$ 1,5 bilhão.

Ele fez um apelo para que os deputados estaduais aprovem a reforma da previdência estadual até 31 de julho. “O estado fica desenquadrado, perde cancelamento do certificado de regularidade previdenciária, o CRP, e com esse cancelamento não receberá as parcelas voluntárias de recurso (federal). E, logo em seguida, será implementada automaticamente a emenda complementar federal 103 que é muito mais danosa para o servidor”, argumentou.

Nereu ainda argumentou que a proposta que está pronta para ser votada na Assembleia Legislativa é menos danosa ao servidor estadual do que a recentemente aprovada em nível federal.

*Aspas retiradas do Portal G1/RN.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow: GOVERNO EXPLICA TUDO SOBRE A REFORMA

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Governo do RN tem mais aposentados e pensionistas do que servidores da ativa

Nereu Linhares, presidente do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Norte — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
Nereu Linhares detalha situação da previdência estadual (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

G1RN

 

A previdência do Rio Grande do Norte tem um rombo mensal de R$ 130 milhões, segundo o presidente do Instituto de Previdência do Estado (Ipern), Nereu Batista Linhares. O número servidores inativos já corresponde a mais de 51% da folha. De acordo com Linhares, além disso o Executivo arca com quase 50 mil aposentadorias de outros Poderes e órgãos.

“São entre 45 e 50 mil aposentadorias que o Ipern está pagando e não recebeu um centavo de custeio. E a própria Constituição Federal diz que a Previdência só pode retribuir aquilo que houve contribuição. É o Princípio Contribuitivo”, afirma Linhares.

Nereu Linhares explica que os demais Poderes e órgãos, com o Tribunal de Justiça e a Assembleia Legislativa, nunca repassaram o dinheiro para o pagamento das aposentadorias de seus servidores.

O presidente do Ipern defende que haja uma reforma que deve começar justamente por esse ponto. “A reforma é urgente, mas não pode ser do jeito que o Governo Federal está fazendo. Cada Poder e cada órgão precisa assumir a sua parte, a reforma precisa começar daí”. No entanto, o presidente do Ipern diz que qualquer tentativa de propositura estadual pode cair por terra após a definição da matéria da previdência que está sendo discutida em âmbito nacional.

O déficit atual de cerca de R$ 130 milhões mensais, na previdência do Estado, deve crescer ainda mais nos próximos anos. Nereu Linhares conta que muitos servidores estão dando entrada no processo, por temer o resultado das votações da reforma da previdência do Governo Federal.

Um problema grave, apontado por Linhares em entrevista ao G1 ainda em janeiro, é que cerca de 60% a 70% dos servidores atuais do estado estão próximos ou já têm condições de se aposentar.

Sistema de previdência potiguar

Como em todo o Brasil, a previdência estadual do Rio Grande do Norte funcionava em modelo de repartição simples. Isso significa que os servidores da ativa, que estavam contribuindo com a previdência, pagavam os salários daqueles que já estavam aposentados.

Porém, a partir de 2003, foi criado um fundo previdenciário para os novos servidores, em um modelo de capitalização. As contribuições dos servidores da ativa que entraram a partir daquele ano foram colocadas em aplicações financeiras para pagar a aposentadoria deles mesmos no futuro e o governo passou a arcar com o déficit do sistema anterior. O objetivo era acabar, em longo prazo, com o déficit previdenciário, previsto com a redução do número de servidores no estado e a aposentadoria dos antigos.

Entretanto, no final do mandato da governadora Rosalba Ciarlini (então no DEM), a Assembleia Legislativa do RN aprovou uma lei que unificava o fundo antigo (deficitário) com o novo fundo previdenciário (superavitário, com cerca de R$ 973 milhões). No mesmo dia em que a lei foi aprovada, os saques começaram. Somente em dezembro daquele, foram sacados R$ 234.157.275,33.

Já em 2015, no primeiro ano de gestão de Robinson Faria (PSD), a equipe econômica sacou mais R$ 589.157.572,32 para pagar aposentados e pensionistas, deixando a folha salarial em dia. Os saques seguiram até o esvaziamento do valor.

Em dezembro de 2016, a Assembleia aprovou uma lei que autorizou novos saques e estabeleceu um prazo até 2040, para que o valor fosse devolvido por meio de transferência de bens imóveis de propriedade do Estado. Para Nereu Linhares, entretanto, a conta não pode ser paga justamente porque a lei não estabelece como isso seria feito, nem leva em conta a capitalização desse valor.

O diretor do Ipern considera que as medidas acabaram com a iniciativa de 2003 e os servidores que entraram naquela época já estão contribuindo para o mesmo sistema deficitário que os anteriores. Uma solução de longo prazo seria a criação de um novo fundo, para os servidores que entrarem a partir de sua criação. Mas isso não resolveria o déficit atual. Seria uma medida para evitar o mesmo problema nas próximas décadas. “Se não fosse a má gestão, não teria quebrado”, critica.

Nota do Blog: desde 2013 este operário da informação avisa que isto iria acontecer.

 

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IPERN paga 44 mil aposentadorias a servidores que nunca contribuíram

Presidente do IPERN explica situação do IPERN (Foto: José Aldenir/Agora RN)

Agora RN

O presidente do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Norte (Ipern), Nereu Linhares, disse que pelo menos 44 mil aposentadorias são pagas a servidores que nunca contribuíram. De acordo com Linhares, as negociações com os Poderes Legislativo e Judiciário já foram iniciadas para que eles arquem com essas despesas e o Ipern ficaria com as aposentadorias do poder Executivo.

Em entrevista ao programa Agora em Debate, apresentado pelo jornalista Roberto Guedes, na rádio Agora FM (97,9), relembrou que entre 2011 e o ano passado todo os recursos que haviam no Ipern – cerca de R$ 1 bilhão – foi “torrado” para outros fins e hoje o sistema previdenciário amarga um déficit de R$ 130 milhões por mês. “Infelizmente, essa poupança feita para as aposentadorias foi dilapidada”, disse.

Para Linhares, essa reforma da previdência deve ser feita com muita cautela, principalmente porque só está se levando em consideração o mecanismo econômico. “A questão de proteção ao risco social está sendo deixada de lado e isso é muito perigoso. A previdência tem dois inimigos: a ignorância e a má gestão. Infelizmente a previdência é hoje o maior vetor de tentativa de fraude no mundo”, acrescentou.

De acordo com Linhares, o governo do Estado vai precisar da ajuda financeira da União e em 15 dias ele estará em Brasília para conversar com o ministro Paulo Guedes sobre recursos extras. Antes, ele participará de um encontro do Conselho Nacional de Previdência, que será realizado no Pará próxima semana. “O maior problema é que o governo quer implantar umm sistema semelhante a países como a Noruega e Dinamarca, onde se aposente com 70 anos. O problema é que ninguém quer dar a qualidade de vida que existe nestes países. De quebra, querem diminuir o valor de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de um salário mínimo para R$ 400”, criticou Linhares.

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Checagem de fatos: previdência estadual não interrompeu concessão de benefícios

Após denúncias nas redes sociais e rádios locais o Blog do Barreto checou junto ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Norte (IPERN) se procede que a concessão de benefícios está interrompida desde que a governadora Fátima Bezerra (PT) tomou posse.

Segundo o presidente do IPERN Nereu Linhares a informação não procede. Ele explica que as concessões estão sendo publicadas semanalmente no Diário Oficial do Estado.

Ao todo foram 210 desde o início da atual gestão.

Confira na imagem:

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O rombo impagável

Há anos o advogado Nereu Linhares alerta que os saques ao fundo previdenciário gerariam um problema insanável. A dívida do Governo do Rio Grande do Norte ultrapassa R$ 1 bilhão.

Agora na condição de presidente do Instituto de Previdência do RN (IPERN), Nereu avisa é impagável que o rombo aberto na gestão de Rosalba Ciarlini e aprofundada sem dó por Robinson Faria.

O problema tende a piorar nos próximos anos porque entre 60 e 70% do atual quadro funcional do Estado do Rio Grande do Norte reúne condições de se aposentar.

Só uma dura reforma previdenciária resolve o problema. A conta será jogada, como sempre, no lombo do trabalhador.

Análise feita com base em informações do G1RN

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Fátima nomeia novo responsável pela previdência estadual

Do Blog Saulo Vale

 

Está no Diário Oficial do Estado (DOE), que foi ao ar nesta quinta-feira (3).

O advogado especialista em previdência pública, Nereu Linhares, foi nomeado para a presidência do Instituto de Previdenciária dos Servidores do RN (IPERN).

A área é uma das mais difíceis do governo. O déficit mensal chega a R$ 120 milhões/mês.

Quando integrava a equipe de transição, Nereu afirmou que uma das alternativas para o rombo na previdência seria o aumento da alíquota de 11% para 14%. “Não tem como fugir disso”, disse, em entrevista ao programa Enfoque Político (TV Terra do Sal), do dia 29/11/2018.

Nota do Blog: Nereu é natural de Santa Cruz, mas passou boa parte de sua vida em Mossoró. Ele é pai da jornalista Aline Linhares.