Em tempos de bolsonarismo, o Brasil entrou numa espiral de ódio na política. Há um grupo de pessoas que insiste em falar numa polarização entre o presidente Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ela é a culpa de todos os males do país na cabeça de alguns que tentam colocar os dois políticos numa mesma prateleira. Lula e Bolsonaro são totalmente diferentes e reconhecer isso é apenas lidar com uma obviedade.
Ontem, quando cumpria agenda em Tangará, Bolsonaro sentiu-se mal. Foram fortes dores abdominais causadas por alimentações oleosas e má hidratação.
Por ter passado por várias cirurgias em decorrência da desde 2018, o ex-presidente precisou passar por um atendimento de urgência.
Ele foi prontamente atendido e estabilizado por um médico conhecido por ser um petista histórico. Depois contou com toda a ajuda do Governo do Estado sob as ordens da governadora Fátima Bezerra (PT).
Fátima não mediu esforços em garantir que Bolsonaro fosse transferido para Natal no helicóptero da Polícia Militar e garantir condições para que o ex-presidente fosse atendido no Hospital Walfredo Gurgel, caso fosse necessário.
A governadora agiu de forma republicana e institucional ao colocar os secretários de segurança (Coronel Araújo) e Alexandre Motta (saúde) para acompanhar pessoalmente o atendimento.
E fez isso diante de um ex-presidente que no mandato anterior a tratou com desprezo, excluindo-a de todas as suas agendas no Estado, bem diferente do que Lula costuma fazer com os governadores bolsonaristas, entre eles o presidenciável Tarcísio de Freitas (Republicanos/SP).
Antes fosse só isso.
A gestão de Bolsonaro patrocinou uma CPI persecutória na Assembleia Legislativa para queimar o trabalho que Fátima fez na pandemia. Foram derrotados nas urnas com a reeleição da governadora com números históricos.
Fátima bateu o próprio recorde sendo a governadora mais bem votada da história do RN com 1.066.496 votos, aplicou a maior vantagem já vista sobre o segundo colocado com 660.461 votos de maioria e venceu em 158 cidades.
A governadora ainda enfrentou e enfrenta uma onda de fake news liderada pelos bolsonaristas no Estado.
A petista separou o joio do trigo. Mostrou que a humanidade está acima das diferenças e deu um exemplo ao país não só para mostrar que é diferente dos seus algozes, mas para explicar, ao fazer o óbvio, que a verdadeira polarização atualmente é entre civilização x barbárie.
Prova disso, é que Bolsonaro sequer agradeceu o gesto da governadora. Não surpreende o silêncio para quem, em 2015 desejou que então presidente Dilma Rousseff (PT) morresse de câncer ou de infarto.
Fátima deu uma aula de maturidade política, civilidade e lembrou que o óbvio é fazer da gestão pública uma função institucional.