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Portal 98 FM
O candidato do PDT ao Senado, Carlos Eduardo Alves, afirmou nesta quinta-feira (1º) que não concorda com as críticas que o presidenciável Ciro Gomes (PDT) tem feito contra o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevista à jornalista Micarla de Sousa, na TV Ponta Negra, o ex-prefeito de Natal disse que cumpre os “compromissos” de campanha com Ciro Gomes, por ser do mesmo partido que ele, mas que, se for eleito senador e Lula for eleito presidente, vai integrar a base do petista no Senado.
“Ciro foi um bom prefeito, um grande governador, foi um bom ministro de Lula, de Dilma, mas eu não concordo em nada que Ciro diz contra o presidente Lula. Eu não sou obrigado a concordar até com o meu partido. O candidato Ciro Gomes, quando fala sobre o presidente Lula, não apoio, não concordo com isso”, afirmou Carlos Eduardo.
O candidato disse que não teme ser punido pelo PDT por causa de sua posição de divergir de Ciro Gomes e de flertar com Lula em um eventual governo. “A minha coligação vota majoritariamente em Lula. Eu acabei de lhe dizer o encontro que eu tive com o presidente Lula. Eu disse: ‘presidente, o senhor eleito, e eu eleito, se a gente ganhar a eleição, o senhor vai contar comigo integralmente no Senado da República’. Nossa coligação majoritariamente vota em Lula”, enfatizou.
E acrescentou: “Ninguém mexe na minha independência, na minha liberdade de manifestar minha opinião. Quando Ciro Gomes ataca Lula, eu não concordo. Se houver segundo turno, eu posso lhe assegurar que o PDT vai 100% apoiar Lula no segundo turno. Mas não vai ter uma defecção”.
Na convenção do PDT que homologou a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes à Presidência da República foi aprovada uma resolução que proíbe pedetistas de fazerem propaganda ao lado de candidatos que não tenham sido aprovados na convenção nacional.
Os candidatos do PDT estão proibidos de omitir a candidatura presidencial de Ciro nos Estados.
A decisão repercute no Rio Grande do Norte onde o ex-prefeito do Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) é candidato ao Senado com o apoio do PT e adoraria colar sua imagem na popularidade do ex-presidente Lula no Estado.
Bom para o deputado federal Rafael Motta (PSB) que seguirá dizendo que é o único candidato ao Senado que apoia Lula.
Num dia o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) esteve em Fortaleza onde reforçou o compromisso com a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes a presidente da República.
No outro, ele estava ao lado do ex-presidente Lula (PT) em Natal num evento cercado de petistas.
Ciro bate duramente em Lula. Lula sugere que Ciro tome calmante. A treta entre PDT e PT respinga no Rio Grande do Norte.
Carlos está sendo visto como um “penetra” na chapa petista, apesar de todo o apoio recebido da governadora Fátima Bezerra (PT) e pelo senador Jean Paul Prates (PT). O pedetista conseguiu tirar uma foto com Lula e já garantiu votar nele no segundo turno.
O pedetista vai ter que se equilibrar muito para sobreviver politicamente nas urnas no dia 2 de outubro.
O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) discursou em Fortaleza no evento “O PDT sabe fazer” reforçando o apoio ao ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato a presidente do partido. “Estamos com Ciro no Rio Grande do Norte”, frisou.
Carlos não poupou de elogios. “Ciro tem demonstrado obstinação, é um dos poucos políticos do Brasil que estuda, que fala sempre com fundamentação e propriedade”, disse. “Ciro honra todos nós trabalhistas, pedetista”, completou.
Carlos Eduardo Alves já deixou claro que vota em Ciro, mas terá o apoio do PT nas eleições deste ano quando integrará a chapa da governadora Fátima Bezerra (PT) na condição de candidato ao Senado.
A situação dele é delicada porque preside a Comissão Provisório do PDT no Rio Grande do Norte cujo prazo de validade se vence este mês. Não condições de bater de frente com o partido.
Em paralelo a isso, Carlos sofre concorrência do deputado federal Rafael Motta (PSB), declaradamente apoiador de Lula.
Em entrevista a 96 FM de Natal o ex-secretário do desenvolvimento econômico Jaime Calado (Republicanos) cobrou coerência ao ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) que vota em Ciro Gomes (PDT) para presidente e não declara apoio a Lula (PT) na corrida presidencial.
“O inconveniente de Carlos Eduardo e eu disse a governadora. O eleitor de Lula vai se sentir incomodado. Como você quer o voto de Lula e você vai para um palanque dizer que não vota em Lula? Isso incomoda sim”, questionou.
Jaime revelou que chegou a sugerir que Carlos fosse para um partido aliado de Lula. “Eu disse: ‘Governadora diga a Carlos Eduardo que venha para um partido que apoia o presidente Lula’. Como você quer o voto de Lula e não vota em Lula?”, questionou.
Jaime defende a candidatura do deputado federal Rafael Motta (PSB) ao Senado e falou que é uma queixa antiga dos dois aliados. “Eu lá atrás fui procurado por Rafael que tinha a mesma queixa que nós do PROS (partido de Jaime na época) tínhamos. Raimundo Alves (chefe de gabinete civil) na época deu uma entrevista e não citou nem o PROS, nem o PSB nem o Partido Verde. Era como se não existisse. Eu vi que ele tinha razão e fomos a governadora e propomos: ‘é legítimo a senhora atrair outras forças, política se faz somando mesmo e é importante que sejam atendidos os aliados. Nós nos sentiríamos atendidos se o PSB fosse convidado para o Senado ou o PROS para vice’. A proposta inicial era pedir as duas coisas, mas reconhecemos que não temos força para isso”, declarou.
O ex-secretário alertou que o impasse atual poderia acontecer. “Eu disse: ‘vai aparecer alguém que ninguém está esperando que vai dizer ‘‘meu candidato é Lula’’”. Uma boa parte dos eleitores vai migrar para este candidato e pode ‘descompletar’ a eleição dele e botar Rogério Marinho sentado lá no Senado”, destacou acrescentando que teria aceitado Carlos Eduardo no PROS.
Carlos Eduardo
Ontem em conversa na 98 FM de Natal, Carlos Eduardo reforçou que vota em Ciro, mas que Lula vindo ao Rio Grande do Norte vai recepcioná-lo no aeroporto e se abster de participar de atos de campanha.
O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) é um político a meu ver vivendo uma crise de identidade. Veja só: ele não é cirista o suficiente para agradar os ciristas nem um aliado de corpo e alma do PT o suficiente para agradar os petistas.
Resultado: ele está isolado, sem militância nas redes sociais e se tornou um “bode na sala” do governismo estadual.
A chave do problema é o apoio declarado ao ex-ministro Ciro Gomes (PDT) na corrida presidencial mesmo sendo o candidato de Lula ao Senado no RN.
A conta pode fechar para Carlos Eduardo, mas não fecha na base do PT que preferia votar no senador Jean Paul Prates (PT), mas aceita votar no deputado federal Rafael Motta (PSB) como “plano B”.
Motta por sinal esteve no lançamento da pré-candidatura de Lula com direito a fotos com petistas do RN fazendo o “L” e tietagem sob o ex-presidente. Já Carlos ficou no RN lambendo as feridas da treta que arranjou com os prefeitos. Uma semana antes ele esteve em um evento do PDT com a presença de Ciro, mas sem foto oficial com o presidenciável.
O líder nas pesquisas ao Senado está fragilizado na base. A saída é sair desse chove não molha que o deixa indefeso e a porta se abre com uma declaração de voto em Lula.
O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) declarou ao Foro de Moscow que a governadora Fátima Bezerra (PT) recebeu sinal verde para formalizar alianças com partidos que possuem outros candidatos a presidente.
A decisão afeta diretamente a situação dele no Rio Grande do Norte por ser um apoiador do ex-ministro Ciro Gomes.
“Essa situação (aliança com apoiador de Ciro) a governadora Fátima já conversou cm a direção nacional do PT e a direção nacional deu sinal positivo de que não há incompatibilidade de alianças com quem tem candidatos a presidente diferente”, frisou.
Confira o trecho da entrevista:
Em outro momento da entrevista, Carlos Eduardo disse que a aliança deve ser formalizada ainda este mês. “Creio que este mês poderemos anunciar a chapa majoritária”, disse.
Assista a entrevista na íntegra a partir dos 24 minutos.
Uma pergunta que ninguém tem feito, mas é válida: como Carlos Eduardo Alves (PDT) vai se virar sendo apoiador da candidatura de Ciro Gomes (PDT) a presidência estando em um palanque lulista?
Sim. É preciso pensar nisso.
A força da governadora Fátima Bezerra (PT) e do ex-presidente Lula (PT) é no interior do Rio Grande do Norte onde Alves vai precisar arrumar os votos necessários para se eleger senador.
Vai chegar em um eleitorado lulista sendo do partido de Ciro que disputa a presidência com Lula?
A alegação de que no Ceará isso funciona não cola. A aliança PT/Ciro está consolidada por lá há mais de uma década.
Aqui não.
O voto casado pode abandonar o noivo no altar por falta de compatibilidade política.
Olho nisso.