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Não há “dois lados” sobre a ivermerctina: cassar o direito à mentira sem contestação pública seria a principal contribuição da imprensa local contra a pandemia em Natal

Por Daniel Menezes*

Em recente pronunciamento na assembleia legislativa do RN, o deputado estadual Albert Dickson disse que o tratamento profilático com ivermectina possibilita que em 90% dos casos as pessoas não cheguem até a condição severa da covid-19 (leia aqui). Ora, o detalhe é que quem não toma também e sabemos disso desde meados de 2021, quando toda a evolução da doença, taxa de letalidade, grupos de risco, etc, já estavam bem mapeados e devidamente publicados na imprensa mundial (leia aqui).

Em recente manifestação da associação médica do RN, em defesa da ivermerctina e da cloroquina, foi dito que a ivermectina diminui em até 75% a morte por covid. Também fez outras afirmações e citou como referência o c19study (leia aqui).

Não há nenhuma pesquisa que mostre esse dado de queda na letalidade, conforme já foi desmentido por agências de checagem nacional. A informação circulou em grupos de zapzap e até inicialmente em parte da imprensa mais próxima do bolsonarismo (rede Record) há meses atrás, mas os próprios pesquisadores autores do estudo disseram que não era bem assim e toda a imprensa divulgou que o dado não procedia (leia aqui).

A referência bibliográfica c19study, por sua circulação no mundo virtual bolsonarista, já foi objeto de várias matérias, demonstrando que não é site científico e que as metodologias dos textos lá publicados são duvidosas e não revisadas por pares. Na prática, tem valor científico zero (leia aqui).

A prática local de amparar dados em fontes não confiáveis e dados falsos não vem de hoje. Em julho, quando a prefeitura do Natal e membros do comitê científico comemoraram Natal como um sucesso mundial e creditavam a ivermerctina (leia aqui), a cidade tinha índices de casos e óbitos maiores do que a média nacional e do RN. No fim do primeiro pico em junho, a capital chegou a concentrar quase a metade dos óbitos do RN apesar de contar com 24% da população (leia aqui e aqui). São apenas alguns exemplos.

Se você abriu os links que comprovam o que foi publicado aqui, caro leitor, perceberá que a mentira é publicada na imprensa local e a verdade toda vem de portais nacionais. O doisladismo jornalístico, já abandonado fora das terras de poti, ao menos no que tange as promessas fake de tratamento e cura contra covid, segue com toda força no RN. Não há uma generalização, mas a afirmação que segue como linha hegemônica. E pior. Abrindo mão da apuração e contestação das fontes e dados mobilizados por determinado grupo de atores.

É essa postura, que mesmo após tudo o que já foi veiculado sobre o assunto, faz com que órgãos de imprensa local continuem a legitimar uma falsa sensação de segurança contra o novo coronavírus que leva ao relaxamento daquilo que de fato funciona por um tipo de profilaxia inexistente, pois que já negado por cientistas, agências de saúde do Brasil e do mundo e até por fabricantes.

Não há dois lados legítimos nesse debate. O que existe é um grupo que apostou numa saída, sem qualquer fundamento necessário para uma intervenção em massa como a que foi tentada em Natal, que nunca se comprovou. Pelo contrário. E agora usa de falsos números, referências não científicas e até de teorias conspiratórias para manter algo sem fundamento no ar e não sofrer as devidas críticas pela irresponsabilidade.

Só há portanto uma verdade: não há qualquer evidência que essa proteção medicamentosa contra Covid-19 exista.

É comum ler e ouvir que é preciso dar voz aos médicos e autoridades. E ora isto faz todo sentido. Vivemos numa democracia e ninguém deve ser calado. Só que o fato do jornalista ou comunicador não ser um cientista, não o impede de fazer aquilo que fora treinado pra executar – apurar. E, convenhamos, há mais de um ano que toda a imprensa profissional e a academia estão publicando freneticamente boas informações sobre o assunto. Não há mais a ideia de se dizer leigo diante do que exatamente a pandemia é capaz, principalmente para quem vive do consumo diário da informação.

Cassar o direito a enganação pública dos negacionistas, confrontando-os em seus discursos com pés de barro, na apresentação de dados sem qualquer base e outras peripécias seria a principal contribuição da imprensa local contra a pandemia em Natal. A falsa sensação de segurança prometida matou no passado e continuará a matar mais se mantida sem contestação.

*É sociólogo e professor da UFRN

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.

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Prefeitura de Mossoró vai aguardar resultado de consultas para se posicionar sobre decreto estadual

Prefeitura de Mossoró ainda não tem posição sobre decreto (Foto: Web/autor não identificado)

A Prefeitura de Mossoró informou por meio de nota que está realizando consultas ao Comitê de Enfrentamento à covid-19 para definir uma posição sobre  decreto do Governo do Estado que limitou o funcionamento de bares e restaurantes até às 22h.

No sábado o Blog do Barreto chegou a pedir uma posição do prefeito Allyson Bezerra (SD) que vinha mantendo silêncio a respeito do assunto.

 

ENFRENTAMENTO À COVID-19 EM MOSSORÓ

 

A Prefeitura de Mossoró tomará decisões referentes à Covid-19, debatendo com secretários, setor produtivo, comercial e outros segmentos, baseando-se em pareceres de especialistas da área de Saúde e da Vigilância Sanitária.

Reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, sexta-feira (19), no Palácio da Resistência, adiantou providências contra a pandemia. As tratativas englobarão ainda outros setores. Na atual gestão, o diálogo é a base das decisões.

Prefeitura Municipal de Mossoró

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Allyson ainda não se posicionou sobre decreto que prevê limitação do funcionamento de bares

Allyson se calou sobre decreto (Foto: redes sociais)

O prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (SD) não se manifestou a respeito do decreto assinado pela governadora Fátima Bezerra (PT) que recomenda as Prefeituras que limitem o horário do funcionamento dos bares.

Cabe aos prefeitos colocar em prática a orientação do Governo do Estado.

O Governo do Estado seguiu recomendação do Comitê Científico tendo em vista que a situação, principalmente na Grande Natal, está crítica.

No fechamento desta matéria (18h57) a ocupação de leitos críticos na Região Oeste, que tem Mossoró como principal cidade, é de 81,5%,

O Blog do Barreto contatou a assessoria de comunicação do prefeito e aguarda um posicionamento do chefe do executivo municipal.

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Para Zenaide, lei que proíbe fechamento de hospitais de campanha é necessária

Zenaide elogia lei que mantem hospitais de campanha abertos (Foto: cedida)

Com o voto favorável da senadora Zenaide Maia (Pros-RN), o Senado aprovou, nesta quarta-feira (10), o PL 4844/2020, que proíbe a desativação de hospitais de campanha em locais onde a população ainda não foi amplamente vacinada contra a covid-19. Em suas redes sociais, Zenaide classificou a medida como “necessária para salvar vidas” e lembrou que a pandemia ainda causa um número alto de mortes diárias: “A pandemia ainda não acabou e, pelo contrário, ainda mata mais de mil brasileiras e brasileiros por dia! As novas variantes estão aí, desafiando os nossos sistemas de saúde e os hospitais de campanha ajudam a complementar o atendimento aos pacientes”, pontuou a parlamentar.

O PL 4844/20 é de autoria da senadora Rose de Freitas (MDB-ES) e segue para a análise na Câmara dos Deputados.

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Isolda apresenta moção de apelo por um plano de imunização nacional contra covid-19

Isolda defende adesão do Brasil ao Covax Facility (Foto: cedida)

Na manhã dessa quarta-feira (3), a deputada estadual Isolda Dantas protocolou na Assembleia Legislativa como medida de urgência ao Senado Federal uma moção de apelo pela aprovação da Medida que autoriza o Poder Executivo federal a aderir ao Instrumento de Acesso Global de Vacinas Covid-19 – Covax Facility e estabelecer diretrizes para a imunização da população brasileira.

O texto que já tinha sido aprovado pela Câmara Federal, inclui a gestão tripartite da imunização contra a COVID-19, com a participação do Conselho de Secretários de Estado de Saúde e do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde. O texto contém os aperfeiçoamentos e medidas legais necessárias para contribuir com o Programa Nacional de Imunizações possa assegurar a vacinação para todos.

A deputada protocolou com o objetivo de fortalecer a defesa de assegurar que o país possa ter melhores condições e instrumentos normativos para a aquisição de vacinas e realização de imunização “É de fundamental importância que o Senado Federal, mantenha o texto aprovado na Câmara dos Deputados, que inclui um rol de agências de regulação sanitária internacionalmente reconhecidas, para servir como facilitador no processo de aprovação emergencial das vacinas em nosso país, o que contribuirá com a celeridade e segurança do processo”, pontuou Isolda.

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Vacina da Covid-19: O que leva tantas pessoas a duvidarem da ciência?

Por Gustavo Pagotto*

A pandemia de Covid-19 já matou mais de 2 milhões de pessoas em todo mundo até o momento. Somente no Brasil, passamos de 210 mil mortes, número que só nos deixa atrás dos Estados Unidos. Para evitar a perda de mais vidas, a comunidade científica do mundo trabalhou incansavelmente nos últimos meses e desenvolveu, em tempo recorde, vacinas que já começaram a ser aplicadas em diversos países.

Contendo substâncias que estimulam nosso sistema imunológico a criar anticorpos que combatem doenças, ao longo da história, vacinas para diversos males evitaram incontáveis mortes ao redor do mundo. Anualmente, estimam-se que cerca de 3 milhões de pessoas são salvas graças à imunização, ou seja, cinco pessoas a cada minuto. No entanto, com a pandemia, as teorias conspiratórias de grupos negacionistas antivacinas – que, nos quase dois séculos desde que a primeira vacina moderna foi aplicada, nunca confiaram em nenhuma comprovação científica – voltaram a atacar com força.

Com as redes sociais como fortes aceleradoras na disseminação de desinformações, esses grupos prejudicam as já frágeis políticas públicas de combate à pandemia seguindo sua agenda para descredibilizar avanços científicos. Criam memes com mentiras disfarçadas de piadas, fazem correntes de Whatsapp colocando a imunização em dúvida, espalham teses surreais sobre os ‘verdadeiros’ interesses da indústria farmacêutica, encaminham áudios nos quais supostos especialistas – que nunca se identificam – fazem depoimentos assustadores e atacam profissionais comprometidos na defesa da vacinação… Tudo sem nenhum tipo de embasamento científico e com a certeza de que mais adeptos serão seduzidos para o movimento.

Muitas plataformas de rede social rotulam o conteúdo falso como enganoso ou contestado – e todas removem postagens que violam os termos de serviço, mas será que não existe a necessidade de que leis emergenciais sejam implementadas para eliminar este perigoso conteúdo online antivacina?

E não são apenas as vacinas que têm sua eficácia questionada por estes grupos, mas também o uso de máscaras e de outros produtos desenvolvidos para ajudar a conter a proliferação do vírus (como os que contêm nanopartículas de prata que comprovadamente inativam a ação do Sars-cov2).

Mas se há bem pouco tempo o negacionismo científico motivava boas risadas na mesa do bar, especialmente quando representado pelos terraplanistas, desde a chegada da Covid-19, este movimento se tornou alarmante, pois agora vidas estão em jogo e pelas mãos de um agente ainda mais poderoso. O processo de institucionalização do negacionismo na figura de líderes políticos vem comprometendo a eficácia das medidas de combate à pandemia.

Este fenômeno pode ser explicado através da agnotologia, que é o estudo da propagação intencional da desinformação para fins políticos e comerciais para dar legitimidade a uma determinada agenda de poder ou tirar o foco de algo. Ou seja, quando o líder de um país faz declarações sem embasamento científico a respeito da pandemia e da vacinação e seus efeitos, sua estratégia política fica evidente e, naturalmente, parte da população se sente confusa e não sabe como agir.

No entanto, vidas humanas valem mais do que disputas de poder. A politização do vírus e da vacina coloca toda a população brasileira em meio a um cabo de guerra ideológico que vem fazendo mais vítimas a cada dia. É preciso refutar o negacionismo científico como política de Estado, combatendo com veemência discursos que criam caos, desinformação e medo.

Quando é possível observar tão nitidamente quanto agora – com mais de 210 mil vidas perdidas – os resultados catastróficos gerados pela desinformação e inépcia, também fica evidente o quanto a ciência e tecnologia são fundamentais.

Confie na ciência, ela salva vidas!

*É Doutor em Química pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.

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Quando falta oxigênio, o que nos resta?

Manaus é a cidade que mais sofre com a pandemia (Foto: Bruno Kelly/Reuters)

Por Zenaide Maia*

Em primeiro lugar: nossos sentimentos e solidariedade às famílias que enfrentam a dor de perderem seus entes queridos por falta de oxigênio. Às que vivem o drama de rogar para que os seus familiares sejam transportados para outros estados, nossa reza para que tudo termine bem.

No início de 2020, Manaus foi o primeiro lugar a sofrer as maiores consequências da pandemia, mas não foi o último. Hoje, a capital do Amazonas é a primeira a enfrentar os sofrimentos da segunda onda do coronavírus, chegando a faltar oxigênio aos seus enfermos. Será que isso não irá ocorrer em outros lugares?

A responsabilidade pela tragédia da falta de oxigênio é exclusivamente culpa do desgoverno federal de nosso país. A falta de planejamento, de competência, de gestão e de vontade política é que mata os amazonenses por asfixia. Estamos sem coordenação nacional, vendo ministros da Saúde serem trocados exclusivamente por vaidade do presidente da República.

Não sem razão, estamos atrasados na vacinação, estamos sem insumos essenciais nos hospitais, estamos tendo de correr atrás do prejuízo provocado pela falta de um plano nacional de combate ao coronavírus. No caso de Manaus, o ministro da Saúde foi advertido sobre a iminente falta de oxigênio e, mesmo assim, houve demora em tomar providências para o reabastecimento.

Quer dizer: o responsável pela logística falhou em sua própria área de conhecimento. Mas, por outro lado, houve uma rapidez impressionante em orientar as unidades básicas de saúde de Manaus a receitarem medicamentos sem eficácia terapêutica comprovada contra a covid-19, para uma suposta “profilaxia”, também sem base científica. Isso é cruel! Manaus pedia por oxigênio, não por hidroxicloroquina ou ivermectina.

Mas o ministro da Saúde não age autonomamente; caso agisse, já teria sido exonerado, como os anteriores. Ele faz o que faz, autorizado pelo presidente da República. E o presidente da República disse que: “fez a sua parte” e que, só não fez mais porque o Supremo Tribunal Federal não deixou. Não é verdade. O STF nunca impediu o presidente da República de fazer nada em relação ao combate ao coronavírus. O presidente da República optou por negar a gravidade da doença, desde o início da pandemia até agora, quando passamos de mais de duzentos mil brasileiras e brasileiros mortos.

Pela sequência de atos prejudiciais ao direito essencial de respirar, praticados pelo presidente da República, aumenta a pressão da sociedade por soluções. Nós, parlamentares, precisamos agir! Não podemos deixar de dar uma solução e esperança aos brasileiros que estão

Quando falta oxigênio, o que nos resta?

Em primeiro lugar: nossos sentimentos e solidariedade às famílias que enfrentam a dor de perderem seus entes queridos por falta de oxigênio. Às que vivem o drama de rogar para que os seus familiares sejam transportados para outros estados, nossa reza para que tudo termine bem.

No início de 2020, Manaus foi o primeiro lugar a sofrer as maiores consequências da pandemia, mas não foi o último. Hoje, a capital do Amazonas é a primeira a enfrentar os sofrimentos da segunda onda do coronavírus, chegando a faltar oxigênio aos seus enfermos. Será que isso não irá ocorrer em outros lugares?

A responsabilidade pela tragédia da falta de oxigênio é exclusivamente culpa do desgoverno federal de nosso país. A falta de planejamento, de competência, de gestão e de vontade política é que mata os amazonenses por asfixia. Estamos sem coordenação nacional, vendo ministros da Saúde serem trocados exclusivamente por vaidade do presidente da República.

Não sem razão, estamos atrasados na vacinação, estamos sem insumos essenciais nos hospitais, estamos tendo de correr atrás do prejuízo provocado pela falta de um plano nacional de combate ao coronavírus. No caso de Manaus, o ministro da Saúde foi advertido sobre a iminente falta de oxigênio e, mesmo assim, houve demora em tomar providências para o reabastecimento.

Quer dizer: o responsável pela logística falhou em sua própria área de conhecimento. Mas, por outro lado, houve uma rapidez impressionante em orientar as unidades básicas de saúde de Manaus a receitarem medicamentos sem eficácia terapêutica comprovada contra a covid-19, para uma suposta “profilaxia”, também sem base científica. Isso é cruel! Manaus pedia por oxigênio, não por hidroxicloroquina ou ivermectina.

Mas o ministro da Saúde não age autonomamente; caso agisse, já teria sido exonerado, como os anteriores. Ele faz o que faz, autorizado pelo presidente da República. E o presidente da República disse que: “fez a sua parte” e que, só não fez mais porque o Supremo Tribunal Federal não deixou. Não é verdade. O STF nunca impediu o presidente da República de fazer nada em relação ao combate ao coronavírus. O presidente da República optou por negar a gravidade da doença, desde o início da pandemia até agora, quando passamos de mais de duzentos mil brasileiras e brasileiros mortos.

Pela sequência de atos prejudiciais ao direito essencial de respirar, praticados pelo presidente da República, aumenta a pressão da sociedade por soluções. Nós, parlamentares, precisamos agir! Não podemos deixar de dar uma solução e esperança aos brasileiros que estão sem vacina, sem oxigênio e SEM GOVERNO!

*É médica e senadora pelo Rio Grande do Norte.

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.

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RN recebe 12 pacientes do Amazonas

Pacientes chegaram na madrugada de hoje (Foto: Elisa Elsie)

O Estado do Rio Grande do Norte recebeu, na madrugada desta segunda-feira (18), 12 pacientes transferidos do Amazonas, a pedido da secretaria de saúde daquele estado. O avião pousou às 2h50 na Base Aérea de Natal (Bant), em Parnamirim. A operação, coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), contou com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), que fez o transporte dos enfermos e da equipe médica, das forças de segurança estaduais e federais, da Samu Natal e RN e também da STTU (Secretaria de Municipal de Mobilidade Urbana). O secretário Cipriano Maia (Sesap) estava presente na chegada do voo e deu as boas-vindas oficialmente aos amazonenses.

“Trata-se de uma operação humanista, de amor ao próximo, de grande relevância para a saúde pública na defesa da vida dos amazonenses, que aqui chegam e que são bem acolhidos para serem atendidos”, declarou. Inicialmente seriam 10 pacientes, mas a secretaria do Amazonas solicitou mais duas vagas à rede estadual hospitalar do RN. Os dois enfermos adicionais foram transferidos para o Hospital Giselda Trigueiro e 10 estão no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), que integra a rede de instituições coordenada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e está recebendo pacientes do Amazonas em diversos estados brasileiros.

“Tudo está preparado para que os pacientes recebam o tratamento da melhor forma possível. Aqui no Rio Grande do Norte, teremos todo apoio tanto da equipe do HUOL como do Giselda e da Sesap para garantir informações aos familiares e o devido apoio à distância com a secretaria de saúde do Amazonas”, afirmou Cipriano. Segundo ele, o RN não corre risco de sofrer com a falta de oxigênio, fato garantido pela empresa que fornece o insumo ao estado.

“Tivemos uma decisão precavida, lá no início da pandemia, de instalarmos tanque de oxigênio em toda rede hospitalar do estado. Só tem um hospital que não tem e já estamos providenciando a instalação. Portanto, não temos risco imediato a não ser que haja problema de grande proporção”, explicou. Mas, mesmo com disponibilidade de leitos e com a chegada da vacina, ele faz um alerta para a população manter os cuidados de prevenção, como uso da máscara, álcool 70º e distanciamento social.

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Produtores de eventos procuram Câmara Municipal para reverter decreto

Vereadores discutem com empresários do setor de eventos uma solução para a crise (Foto: Edilberto Barros/CMM)

O presidente da Câmara, vereador Lawrence Amorim (Solidariedade) e a vereadora Larissa Rosado (PSDB) se reuniram com representantes da área de eventos para discutir soluções para a crise que o setor enfrenta. A reunião aconteceu na tarde desta quarta-feira, 13 de janeiro, na Câmara Municipal de Mossoró.

Na ocasião, os empresários e trabalhadores do setor expuseram as dificuldades que estão enfrentando por causa das limitações impostas pela pandemia do novo coronavírus. “Estamos há quase um ano parados. Queremos voltar à trabalhar, obedecendo todas as medidas de segurança, assim como os outros setores como comércio, bares e restaurantes fizeram”, afirmou o promotor de eventos Elânio Tinoco.

Além do pedido para que o último decreto municipal, assinado em dezembro de 2020, seja flexibilizado, outro ponto levantado pelos empresários foi a necessidade de medidas para aliviar o setor, como a redução ou suspensão da carga tributária e taxas. “Quase não arrecadamos no ano passado, não temos como pagar as taxas. Mas o que mais queremos mesmo é poder realizar eventos, obedecendo as medidas de biossegurança”, justificou Tácio Garcia.

Ao final da reunião, a vereadora Larissa Rosado e o presidente da Câmara Lawrence Amorim se comprometeram a levar a questão ao Poder Executivo. “O setor de eventos foi o que mais sofreu durante a pandemia. Sei que o prefeito Allyson Bezerra é sensível à situação da classe e vai procurar uma forma segura para amenizar a crise enfrentada por aqueles que trabalham com eventos”, afirmou Lawrence. Uma reunião entre os empresários, a Câmara Municipal e o Poder Executivo será realizada nos próximos dias para discutir a situação.

Fonte: CMM

 

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Governadora anuncia que vacinação contra covid-19 começa em 72 horas após a chegada das doses

Governadora fez anúncio em reunião com prefeitos (Foto: Robson Araújo)

Em reunião presencial e virtual com prefeitos de todo o estado a governadora Fátima Bezerra confirmou nesta sexta-feira (8) que o Rio Grande do Norte está com estrutura pronta para receber e aplicar as vacinas contra a Covid-19. A chefe do Executivo garantiu que 72 horas após a chegada das doses, que deverão ser adquiridas e enviadas pelo Governo Federal, a vacinação será iniciada no estado.

“Nosso governo não se omite. Tomou medidas duras quando necessário. Adotou ações baseadas em estudos técnicos com fundamentação científica. Instalamos o comitê de especialistas das nossas universidades, junto com técnicos da nossa Secretaria de Saúde já no início da pandemia. Investimos R$ 221 milhões no enfrentamento ao novo coronavírus com novos leitos e melhorias na estrutura hospitalar, contratação de pessoal, insumos e reformas físicas. Melhorias permanentes que ficarão atendendo a população. Optamos por investir no SUS em vez de hospitais de campanha que são desativados. E agora estamos prontos para aplicar o Plano Estadual de Imunização”, afirmou na reunião realizada no auditório da Escola de Governo, em Natal.

O Governo do RN tem em estoque 900 mil seringas e agulhas, quantidade suficiente para iniciar a primeira fase da vacinação. E está adquirindo mais 2,5 milhões de unidades para garantir as fases seguintes. O Governo, através da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) também assegurou a instalação da rede de frio necessária para a conservação das vacinas e, em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais), da UFRN, está capacitando vacinadores.

“O RN foi o primeiro estado a lançar plano estadual de vacinação. Afirmo a vocês que estamos prontos para a vacinação. Só falta a vacina chegar. O processo de vacinação deve ser feito em parceria com os municípios que são o ente responsável pela aplicação. O Governo do Estado elaborou o plano e vai dar todo o suporte aos prefeitos e aos municípios. Só aguardamos que a vacina chegue”, completou Fátima Bezerra.

Ao receber as vacinas a Sesap distribuíra às seis centrais onde os municípios devem retirar o material. Uma central de distribuição funcionará na capital e as outras cinco em Mossoró, Caicó, Santa Cruz, São José de Mipibu e João Câmara. “Devemos todos cumprir a parte que nos cabe e respeitar os protocolos de segurança. Enquanto autoridade devemos cumprir nosso papel somando esforços em assistência à população”, declarou a governadora que ainda alertou os municípios a seguirem as recomendações do Ministério Público para suspender as atividades com aglomerações e manter ações para a população respeitar as medidas protetivas: “O carnaval está suspenso. Tenho fé, esperança e confiança que, de mãos dadas, gestores e sociedade, vamos mitigar os efeitos da pandemia e salvar vidas”.

MONITORAMENTO

O Governo do RN também vai implantar o Regula Vacina, um programa no modelo do Regula RN, que registra a ocupação dos leitos críticos e clínicos específicos para a Covid. O Regula Vacina vai rastrear cada unidade de vacina recebida pela Sesap até seu destino final ao cidadão.

A reunião contou com 256 participantes na forma virtual, entre prefeitos, secretários de saúde e gestores públicos. Na presencial compareceram os prefeitos Júlio César (Ceará Mirim), Jussara Sales (Extremoz), Ivanildinho (Santa Cruz), Dr. Tadeu (Caicó), Emídio Junior (Macaíba), Manoel Bernardo (João Câmara), José Figueiredo (São José do Mipibu) e Mariana Almeida (Pau dos Ferros). O prefeito de São Tomé, Anteomar Pereira representou a Federação dos Municípios do RN.

Participaram também os secretários de saúde George Antunes (Natal), Mary Fernandes (Pau dos Ferros), Terezinha Rego (Parnamirim), Carlos Junior (Assu), Jalmir Simões (São Gonçalo do Amarante) e Morgana Dantas (Mossoró) e a representante do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-RN), Elisa Garcia.

Presentes também os secretários de Estado da Saúde Pública, Cipriano Maia, de Gestão de Projetos e Metas de Governo e coordenador do programa Governo Cidadão, Fernando Mineiro, da Segurança Pública e Defesa Social, Francisco Araújo, da Comunicação Social, Guia Dantas, adjunta da Saúde, Maura Sobreira, assessora jurídica do Gabinete Civil, Luciana Daltro, e o procurador-geral do Estado Luiz Antônio Marinho.

FASES

A interrupção da circulação da Covid-19 no território nacional depende de uma vacina altamente eficaz sendo administrada em parcela expressiva da população. Em um momento inicial, onde não existe ampla disponibilidade da vacina no mercado mundial, o objetivo principal da vacinação é contribuir para a redução de morbidade e mortalidade pela Covid-19, de forma que existe a necessidade de se estabelecer grupos prioritários. Inicialmente a vacinação é prevista para três fases:

GRUPOS PRIORITÁRIOS – FASE 1
– Profissionais da saúde
– Pessoas de 75 anos e mais
– Pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas
– População indígena aldeada em terras demarcadas, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas.

GRUPOS PRIORITÁRIOS – FASE 2
– Pessoas de 60 a 74 anos

GRUPOS PRIORITÁRIOS – FASE 3
– Pessoas com comorbidades

Os demais grupos prioritários serão vacinados nas demais fases de modo que a estimativa populacional está sendo atualizada pelo Ministério da Saúde para avaliação de qual fase esses grupos estarão inseridos, de acordo com o cenário de disponibilidade de vacinas e estratégia de vacinação.

A meta é vacinar os grupos prioritários até o final do primeiro semestre de 2021.