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Ministros discutem com governadora e prefeitos sobre mais de 700 obras do PAC no RN

A adoção de medidas para acelerar a execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-3) no Rio Grande do Norte foi discutida na manhã desta terça-feira (26), em Natal, durante reuniões de trabalho da governadora Fátima Bezerra com os ministros Rui Costa, da Casa Civil da Presidência da República, e Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional e, num segundo momento, com prefeitos, representando a Federação e as associações de municípios.

No Estado, são 720 empreendimentos aprovados no PAC, totalizando R$ 28,7 bilhões, dos quais R$ 23,4 bilhões a cargo de Governo do Estado, Prefeituras, Iniciativa Privada, entre outros, e o restante referente a projetos regionais, predominantemente linhas de alta tensão para escoar a produção de energias de fontes renováveis.

O Rio Grande do Norte foi o terceiro estado visitado pelos ministros para avaliação do programa. Segundo o ministro Rui Costa, dos 720 projetos no PAC, 409 estão em fase preparatória, 75,5% deles sob responsabilidade dos municípios nas áreas de habitação popular, educação e saúde.

A governadora Fátima Bezerra, que classificou a reunião como “extremamente positiva”, afirmou que a gestão estadual está envidando todos os esforços no apoio aos municípios, inclusive atuando fortemente junto ao Governo Federal para o célere andamento dos investimentos.

Além disso, Fátima anunciou a criação de uma Sala de Situação, composta por representantes do Estado, da Federação dos Municípios do RN (Femurn) e da Caixa Econômica Federal para monitorar o cumprimento dos cronogramas do PAC. “O balanço que fazemos é positivo porque as principais obras do Novo PAC, priorizadas por nós, junto ao governo federal, estão em andamento.”

“Estamos visitando os estados para fazer um balanço do PAC e acelerar obras. Pedimos o apoio dos governos dos estados para fazer um corpo a corpo junto aos municípios auxiliando na orientação para o bom andamento do que está em execução e na licitação e contratação do que ainda falta”, reforçou o ministro Rui Costa.

O ministro Waldez Goes reforçou a necessidade de empenho dos municípios para a execução dos investimentos, principalmente junto a construção de moradias. Presidente da Federação dos Municípios e prefeito de Lagoa Nova, Luciano Santos, disse que a Femurn vai mobilizar técnicos e prefeitos para assegurar a efetivação dos projetos. O RN tem 9.652 moradias selecionadas para os municípios, sendo 2.874 autorizadas.

INFRAESTRUTURA HÍDRICA

Com a parede da barragem praticamente concluída e as obras sociais caminhando para o final, o Complexo Hidrossocial Oiticica será o primeiro grande empreendimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-3) a ser entregue no Rio Grande do Norte. As obras de fechamento do vão que servia de vertedouro chegaram a 99,9% nesta semana, elevando para 598 milhões de metros cúbicos a capacidade de acumulação de água.

As obras de infraestrutura hídrica no PAC incluem ainda o Ramal do Apodi, que vai levar água da transposição para a região Oeste e as adutoras do Seridó e do Agreste Potiguar. “O sistema adutor do Seridó está bastante avançado, o Ramal do Apodi está com mais de 65% das obras executadas. Oiticica deveremos entregar no primeiro semestre de 2025. Outra grande conquista para nós, a Adutora do Agreste, está em processo licitatório, cuja ordem de serviço deve sair em março do ano que vem”, disse a governadora Fátima Bezerra.

BR-304

Outro projeto em andamento que integra as prioridades do governo do RN é a duplicação da BR-304 (Natal/Mossoró/Divisa-CE), incluindo a conclusão do trecho conhecido como Reta Tabajara. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), uma nova licitação será realizada para contemplar mais 2,6 quilômetros de duplicação da Reta, 19 quilômetros de vias marginais e o viaduto da rodovia de acesso ao Aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante. O serviço de duplicação dos dois primeiros trechos — um em Mossoró e outro em Macaíba —, deve ser iniciado no primeiro semestre de 2025.

HOSPITAL DE TRAUMAS

Classificado como prioridade estadual, o Hospital Metropolitano de Trauma e Neurocirurgia foi projetado para atender a uma demanda crescente por serviços de urgência e emergência. Terá 350 leitos, entre UTIs, estabilização no pronto-socorro e clínicos, divididos em cinco pavimentos. O edital está em fase de lançamento, devendo as obras serem iniciadas no primeiro semestre de 2025.

Fátima Bezerra lembrou que o Hospital Walfredo Gurgel, principal unidade de pronto-atendimento do Estado, foi construído na década de 1970, quando a Natal tinha pouco mais de 260 mil habitantes e a realidade era outra muito diferente da atual. “O Hospital Metropolitano vai responder a uma demanda que se faz extremamente necessária, dado que o Walfredo não tem mais condições de atender as demandas da capital e região metropolitana no que diz respeito à questão da urgência e emergência.

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Governo Federal vai voltar a reter FPM e FPE de Municípios e Estados com atrasos previdenciários

O Governo Federal comunicou a estados e municípios que será retomado o procedimento de Retenção no Fundo de Participação dos Municípios e no Fundo de Participação Estados (FPM/FPE) para as obrigações correntes vencidas pelos entes públicos, inclusive daqueles que têm parcelamento em atraso, com cláusula que autoriza o bloqueio.

A informação preocupa gestores que estão em atraso com suas obrigações previdenciárias, já que a retenção da obrigação corrente vencida ocorrerá até o último dia útil do mês do vencimento e pode comprometer o equilíbrio das contas públicas. Ou seja, o repasse feito até o dia 10 do mês subsequente poderá ter bloqueio por parte da União. Além disso, caso o saldo do FPM/FPE seja inferior ao valor devido, a diferença não retida poderá ser incluída em parcelamento.

Nesse sentido, a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte – FEMURN alerta aos gestores municipais para que se planejem e busquem a Receita Federal, a fim de negociar e parcelar seus débitos, até o fim deste mês, evitando, dessa forma, a retenção do FPM em razão da mora. E caso não obtenha êxito no parcelamento administrativo, deve acionar sua Procuradoria para ajuizar a medida judicial cabível.

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Análise

Ao defender que prefeitos se desfiliem da Femurn, deputado adota postura infantilizada e politicamente preguiçosa

O deputado estadual Gustavo Carvalho (PSDB) está defendendo que prefeitos se desfiliem da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) porque a entidade está, pasme, defendendo interesses das prefeituras.

A entidade defende a manutenção da alíquota modal de 20% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cujo prejuízo em caso de não aprovação será de R$ 125 milhões no caixa das prefeituras em 2024.

Para Carvalho, defender mais recursos para os municípios é “ser puxadinho do Governo do Estado”. Justo a Femurn, que em agosto fez protesto na porta da Governadoria.

Abre aspas para o que disse Gustavo em comentário nas redes sociais sobre o assunto:

“Me apresentem as assinaturas da maioria dos prefeitos. Não apresentação. Se não apresentarem, a Femurn desmoraliza-se como defensora da causa municipalista e passa a ser puxadinho do governo. Eu desafio como municipalista. Aconselho aos prefeitos amigos que, se não forem apresentadas as assinaturas, iniciem a desfiliação a uma entidade que não representa municípios”.

A fala de Gustavo é infantil, autoritária e descolada da realidade. Durante a quadra histórica anterior a Femurn aceitou bovinamente medidas ruins para os municípios praticadas pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) sem reagir e nenhum parlamentar de esquerda sugeriu desfiliação em massa da entidade.

A fala é de uma preguiça política elementar.

Vá fazer luta política e tentar tomar a entidade para o bolsonarismo novamente em 2025, deputado.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 8 nov 2023 – Prefeituras em risco de calamidade

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Presidente da Femurn revela que 80 prefeituras podem decretar estado de calamidade financeira

A crise financeira enfrentada pelos municípios potiguares levará 80 Prefeituras do Estado a decretar calamidade financeira. A informação foi revelada pelo presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Luciano Santos, durante debate realizado nesta terça-feira (07) na Assembleia Legislativa, em reunião conjunta entre a Comissão de Constituição e Justiça e a de Finanças e Fiscalização. A pauta da discussão girou em torno do projeto que pede a manutenção da alíquota do ICMS em 20% de forma definitiva no RN. A Femurn divulgou uma carta em que confirma a posição da maioria dos prefeitos a favor da medida.

“A nossa posição é resultado de uma votação realizada pelos prefeitos no âmbito da nossa Federação, em que a maioria manifestou-se a favor de apoiarmos a aprovação do referido projeto”, diz trecho do documento. Entre as razões elencadas pela entidade, destaque para o fato das Prefeituras perderem cerca de R$ 175 milhões em arrecadação caso o imposto volte ao patamar de 18% no próximo ano. Além disso, “a atual situação financeira dos municípios, assim como do Estado, não nos permite abrir mão de nenhuma receita, muito menos em monta tão elevada”, completa a carta com foco na defesa da pauta municipalista.

O presidente da Femurn alertou ainda para o fato de que o ICMS será extinto em alguns anos de acordo com a reforma tributária, em debate no Congresso Nacional. E que, quando for implantado o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em todo o país, a repartição do bolo tributário nacional será baseada na sua arrecadação a partir de 2024. “Se o RN estiver com suas receitas reduzidas em face da redução da alíquota modal, seremos prejudicados ‘ad eternum’ pela posição a menor dos nossos patamares de arrecadação”, disse Luciano Santos, que também é prefeito de Lagoa Nova.

Quem também discursou em nome da Femurn foi o ex-secretário estadual de Planejamento, Vágner Araújo, que presta consultoria à entidade. Em suas palavras, enfatizou o fato de que o ICMS está prestes a ser extinto pela reforma tributária, e que o debate importante a ser feito é o fato desta taxa influenciar nos valores que serão repassados ao RN pelos próximos 50 anos.

A abertura do encontro contou com pronunciamento do secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier. O gestor fez um breve resumo do que levou o Executivo a propor o aumento do ICMS no ano passado e destacou a importância de se manter o percentual de 20% para 2024. “Não estamos tratando da viabilidade do governo Fátima Bezerra, mas da viabilidade financeira do RN nos próximos 50 anos. A reforma tributária traz que nos próximos 4 anos serão parametrizados a participação de cada estado no bolo tributário nas próximas 5 décadas. Não podemos ficar com alíquota de 18% enquanto demais estados do Nordeste com mais de 20%. Nossa participação do bolo tributário vai ficar comprometida”, alertou.

Os representantes das entidades do setor produtivo também marcaram presença no debate. O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-RN), Marcelo Queiroz, apresentou um estudo durante o encontro onde expôs que o setor varejista teve seu crescimento reduzido e encontra-se estagnado no último trimestre desde que entrou em vigor o ICMS de 20%. Antes desse período, mostra o estudo, o setor estava entre os que mais cresciam no país. “A realidade é realmente grave, o diagnóstico está correto. Porém, precisamos discutir o remédio proposto e seus efeitos para a sociedade. O aumento do modal do ICMS não irá resolver o problema”, disse.

De acordo com a Fecomércio-RN, a arrecadação do ICMS no Estado vem tendo crescimento durante os meses de 2023 graças ao valor fixo cobrado em cima do litro de combustível que passou a ser de R$ 1,22. “Essa é a origem dos recordes de arrecadação no Estado. O aumento do imposto fez o setor terciário ter forte queda, especialmente no comércio. Passamos de crescimento de 4,4% em março e estagnamos em 1,7% no acumulado de agosto. Um dos piores desempenhos do país”, completou.

“Reconhecemos esforços do Executivo em equilibrar as finanças, mas entendemos que ações não podem ser pontuais. Aumento de tributos não são a única nem a melhor saída. O diagnóstico é duro, mas discordamos do remédio. A melhor maneira de melhorar arrecadação, é fortalecer economia. Somente com economia forte, teremos estado que será bom para todos os atores da sociedade”, finalizou Marcelo Queiroz.

Para o presidente da Fiern, Roberto Serquiz, estamos diante de dois cenários e conceitos “Temos realidade do Estado, onde há realmente um colapso do ponto de vista fiscal e financeiro. Não é coisa nova. Mas uma coisa não foi resolvida, a capacidade de investimento do estado que continua comprometida. Com essa capacidade de investimento retraída, o estado tem infraestrutura precária e que não favorece ao desenvolvimento. Não temos porto, aeroporto sonolento, não temos estradas. Nós temos de um lado arrecadação, e um gasto e peso grande do Estado. Precisamos atacar a causa. Não adianta só arrecadar matando a fonte” disse.

Presidente da Comissão de Fiscalização e Finanças, o deputado estadual coronel Azevedo (PL) criticou a proposta apresentada pelo Executivo. “Os técnicos estão nos alertando para não cometer o mesmo erro. ‘Não façam maldade com o contribuinte’. Não vimos nada para reduzir gastos. É preciso cortar gasto e não o poder de compra do povo”, disse o parlamentar. Já o líder do Governo na Casa, deputado Francisco do PT – presidente da Comissão de Constituição e Justiça -, defendeu a matéria. “Nós precisamos fazer uma reflexão. Não é fácil. Mas, quando faltam recursos, é menos educação e saúde para os mais pobres. O ICMS é uma das principais fontes de recursos para os gestores do RN”, defendeu.

O deputado Gustavo Carvalho (PSDB) cobrou do Governo do Estado a redução da máquina para permitir que o RN possa voltar a crescer. Opinião semelhante a do deputado Luiz Eduardo (SDD), que sugeriu um maior “incentivo ao consumo” para fazer a arrecadação crescer. Já o deputado Dr. Bernardo (PSDB), ressaltou que o maior argumento para impedir a adoção da alíquota de 20% no ICMS, que era a perda de competitividade, “não se mantém”, já que todos os estados nordestinos também ampliaram o mesmo imposto.

Além dos já citados, reunião contou ainda com as presenças dos deputados estaduais Adjuto Dias (MDB), Hermano Morais (PV), Neilton Diógenes (PP), Ubaldo Fernandes (PSDB), Kléber Rodrigues (PSDB), Dr. Kerginaldo (PSDB), Galeno Torquato (PSDB), Divaneide Basílio (PT) e Cristiane Dantas (SDD). Também participaram os secretários estaduais Daniel Cabral (Comunicação), Raimundo Alves (Gabinete Civil) e Guilherme Saldanha (Agricultura).

O encontro ainda contou com o presidente da Federação de Agricultura do Estado (Faern), José Vieira, da Associação de Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA), Matheus Feitosa, José Lucena da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), e Max Fonseca, diretor da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RN).

 

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Femurn rebate deputado de oposição e volta a defender manutenção do ICMS de 20%

O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), o prefeito de Lagoa Nova Luciano Santos (MDB) reagiu aos ataques sofridos a partir de críticas do deputado estadual Tomba Farias (PSDB), um dos expoentes do bolsonarismo na Assembleia Legislativa.

Tomba disse em entrevista à Jovem Pan News que a Femurn está à serviço do governo de Fátima Bezerra (PT).

“Acho que o atual presidente da Femurn está à disposição do Governo Fátima. Ele não é presidente olhando voltado para os municípios. Discute algumas coisas, mas ele é muito ligado a Walter Alves (vice-governador), muito ligado ao governo e está fazendo um papel que não vejo com bons olhos. Eu acho que ele não está defendendo os municípios”*, frisou.

Por meio de nota publicada no site da Femurn, Luciano Santos rebateu a fala de Tomba lembrando que em diversos momentos bateu de frente com a governadora, inclusive organizando protesto na porta da Governadoria em agosto deste ano. “Esta gestão da Federação dos Municípios não foi eleita para defender segmento político A ou B. Caso o fato tenha acontecido preteritamente, na atual gestão não se repetirá em hipótese alguma, seja para agradar deputados, prefeitos ou segmentos corporativos. Todos os gestores têm inclinações partidárias, mas a defesa dos municípios deve ser a única incumbência da Femurn”, argumentou. “Reforçamos que política partidária fica para os prefeitos, deputados e senadores, em momento oportuno, que é o que não se pode extrair da entrevista do ex-prefeito de Santa Cruz, a menos que existam outros interesses no posicionamento”, complementou.

Em seguida, Santos lista alguns posicionamentos adotados pela gestão dele este ano:

-Em divergência e cobrança contra o governo Estadual na pactuação das compensações. Aliás, a compensação só existiu porque representantes políticos, partidariamente, não se insurgiram contra a lei aprovada no governo federal anterior, que violentou a autonomia dos municípios ao retirar recursos pela redução da alíquota do ICMS;

– Manifestação em frente a governadoria para cobrar o repasse referente a ação no STF, que deu ganho de causa aos Estados derivado da redução do ICMS, feito pelo governo federal anterior. Os municípios tinham contrapartida que até então, não havia sido repassada;

– Manifestação na assembleia legislativa em defesa do FPM, com várias pautas definidas através da defesa de várias PECs e PLs, aprovando projetos de lei no congresso, inclusive com participação dos deputados estaduais no ato;

– Luta pela compensação do patrimônio público danificado nos municípios no episódio criminoso de ataque às instituições no início de 2023;

– Seguimos em defesa da manutenção da alíquota de 20% do ICMS, como forma de superar a crise que vivenciam os municípios brasileiros e em especial, os do Rio Grande do Norte;

– Ressalta-se que restabelecida a autonomia orçamentária, preconizamos o imediato retorno da alíquota ao patamar anterior;

– Defesa e cobrança contra o Governo do Estado referente a compensação do convênio GovRN x COSERN, em que a cota parte dos municípios não foi repassada, pauta esta, aberta e em diálogo com os entes envolvidos.

Em seguida Santos mandou um recado a Tomba e aos demais deputados de oposição para colocar os interesses dos municípios em primeiro lugar. “Para restaurar a verdade, a gestão da Femurn ressalta que esse é o momento de nossos representantes políticos, em todos os âmbitos, trabalharem para dar maior autonomia aos municípios, o que rogamos que seja feito. Política ideológica partidária, fica para o momento que essa atuação for relevante para quem assim age e não neste momento”, frisou. “Certo é que os cidadãos, em todos as cidades do Rio Grande do Norte, precisam de suporte para ações na saúde, educação, assistência, infraestrutura urbana e vários outros setores que, em primeiro momento, são executadas pelos municípios e para isso são necessários recursos. Com o devido respeito, não é hora e nem nunca será, do quanto pior melhor”, complementou.

*Aspas extraídas do Portal Agora RN.

Nota do Blog: Tomba foi intelectualmente desonesto na crítica a Luciano Santos que chegou a ser alvo de críticas desta página por exagerar na dureza com a governadora durante a crise do mês de agosto. O presidente da Femurn está certo em defender a alíquota de 20% do ICMS porque isso é de interesse dos municípios, quem está errado é Tomba que se diz municipalista e trabalha para que as prefeituras fiquem com menos recursos.

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Assembleia reúne mais de 70 prefeitos e bancada federal para fechar apoio a projeto que amplia o FPM

O presidente da Assembleia Legislativa do RN, deputado estadual Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), prestou solidariedade e declarou apoio irrestrito aos prefeitos Norte-Rio-Grandenses durante reunião realizada na manhã desta segunda-feira (18), com objetivo de solicitar apoio dos parlamentares ao aumento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O encontro reuniu mais de 70 prefeitos, além de deputados estaduais, federais, senador, prefeitos e presidentes de associações que representam os gestores municipais na sede do Legislativo estadual.

“Os prefeitos do Rio Grande do Norte têm, desta Casa Legislativa, apoio absolutamente irrestrito. Sabemos das dificuldades dos municípios e estamos aqui para dar as mãos e fazer um apelo à bancada federal para que todos possam se somar nessa luta, que é a luta municipalista e, não tenho dúvidas, que a bancada federal está aqui para hipotecar essa solidariedade e apoio. Todos nós sabemos que a vida acontece nos municípios”, afirmou.

Na oportunidade, Ezequiel Ferreira anunciou que as emendas dos deputados estaduais destinadas aos municípios e que estavam atrasadas, estão sendo liberadas desde sexta-feira passada. “Diante de uma negociação feita, começaram a ser liberadas. Temos o compromisso de fazer essas emendas chegarem aos municípios até o final deste mês, valores na ordem de R$ 1 milhão de cada deputado. Esse foi o compromisso assumido e o restante será pago até o final do ano”, destacou.

A bancada federal foi representada pelo senador Rogério Marinho (PL) e pelos deputados federais Sargento Gonçalves (PL), Benes Leocádio (União), Robinson Faria (PL) e Paulinho Freire (União). “É o sentimento de solidariedade que nos une. Por isso, estaremos irmanados, buscando soluções de curto prazo para resolver questões emergenciais, mas lembrando que a questão estrutural de médio e longo prazo, só poderá mudar se o Governo Federal mudar a forma que está tratando a economia no país”, declarou Rogério Marinho.

O discurso de união e reconhecimento da importância de se dar condições administrativas para os municípios foi comum na fala de todos os representantes da bancada federal potiguar. “A bancada federal está 100% unida, independente de partido. Nossa ideologia é o RN”, disse Robinson Faria. Já o deputado federal Sargento Gonçalves chamou atenção para propostas apresentadas que, muitas vezes, segundo ele, contém aumento de tributos. “Eu voto pelo povo”, disse. Os deputados federais Benes Leocádio e Paulinho Freire também contribuíram com suas explanações.

Durante a reunião, o presidente da Femurn, Luciano Santos, esclareceu que os repasses feitos aos municípios foram reajustados mas a questão, ressaltou, é que “o aumento não acompanha as despesas que prefeitos e prefeitas abraçam com seus municípios”. E destacou insumos que tiveram aumento de 100% a 200%, além do reajustes de salários, como dos professores, por exemplo. “Estamos pedindo condições de administrar os municípios para atender as pessoas. Queremos que os municípios estejam fortes para que nossas cidades possam crescer e oferecer os serviços essenciais”, disse.

Também estiveram presentes os deputados estaduais Cristiane Dantas (SDD), Luiz Eduardo (SDD), Ubaldo Fernandes (PSDB), Isolda Dantas (PT), Francisco do PT, Tomba Farias (PSDB), Dr. Bernardo (PSDB), Dr. Kerginaldo (PSDB), Taveira Júnior (União), Kleber Rodrigues (PSDB), Terezinha Maia (PL) e George Soares (PV).

O encontro ainda teve a participação de mais de 70 prefeitos e presidentes de associações que representam os gestores municipais.

Entenda

A solicitação dos prefeitos pelo aumento do FPM é uma pauta nacional dos municípios brasileiros. O Fundo de Participação dos Municípios registrou uma queda de 11,7% neste mês de agosto. Esse declínio, destacam os prefeitos, tem levado a crises financeiras enfrentadas diante da comprovação de diminuição de arrecadação oriunda da oscilação do FPM.

Dentre as pautas de reivindicações apresentadas destacam-se a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 25/2022, que propõe o aumento de 1,5 ponto percentual no FPM, passando de 22,5% para 24%, e o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 98/2023, que busca excluir da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) a contabilização do gasto com pessoal de empresas terceirizadas. Além disso, a discussão sobre a Reforma Tributária Nacional também integra as pautas de reivindicação dos prefeitos.

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Ao tentar desmentir Lula com base em premissa falsa, Femurn mostra mais uma vez que está focada em fazer oposição ao PT em vez de defender os municípios

Esta semana a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) deu mais uma demonstração de que segue como uma entidade aparelhada pelo bolsonarismo potiguar tendo como foco principal fazer oposição ao PT e não a defesa dos interesses das prefeituras.

Enquanto se silencia sobre votos contrários de deputados e senadores de direita e extrema-direita contra a antecipação da compensação do ICMS e o voto de qualidade do CARF, a entidade criou uma falsa polêmica em relação aos anúncios positivos para os municípios feitos pelo presidente Lula da Silva (PT) esta semana.

Lula anunciou que o pagamento da segunda parcela da compensação pelas perdas do ICMS, provocadas pelas medidas eleitoreiras de Jair Bolsonaro no ano passado, seria antecipado de 2024 para 2023. Ele também informou haveria um aporte extra para garantir que as perdas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) não fique menor do que o de 2022. O repasse é vinculado a arrecadação do Imposto de Renda e IPI e passou por uma osculação negativa em julho e agosto, apesar da alta acumulada ao longo do ano.

Em nota o prefeito de Lagoa Nova e presidente da Femurn, Luciano Santos (MDB), ficou incomodado com a expressão “recurso extra”. “Nada de novo foi esse anúncio do Governo Federal para os municípios aqui do Rio Grande do Norte. Esses R$ 277,2 milhões anunciados, na verdade, se tratam daquela compensação da Lei nº 192 e 194/2022, onde os municípios do Rio Grande do Norte tem 25% desse montante”, diz Luciano.

O argumento não se sustenta porque a antecipação da compensação do ICMS que seria pago em 2024 será em 2023.

Detalhe: os deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves, ambos do PL, votaram recentemente contra a urgência de uma proposta que versa sobre o pagamento de compensações do ICMS que garantem mais R$ 20 milhões este ano e R$ 40 milhões em 2024 aos municípios potiguares. A Femurn não se manifestou.

A Femurn também tentou tratar como “não novidade” a notícia de que haverá dinheiro extra para evitar perdas provocadas pela oscilação do FPM, evitando que o saldo fique negativo em relação ao ano passado. Não havia previsão desse montante, então temos um fato novo sim.

A Femurn sempre é rápida para criticar o presidente Lula e a governadora Fátima Bezerra (PT). Mas fingiu que os deputados federais do PL Gonçalves, Girão e João Maia não votaram contra o voto de qualidade do Carf. Mesma postura adotada pelos senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PODE).

Por sorte a proposta passou e, segundo estimativas do Instituto Justiça Fiscal, deve reforçar em R$ 1 bilhão o FPM dos municípios potiguares.

Há duas semanas a Femurn emitiu nota lamentando a queda acumulada de 39% dos royalties do petróleo no RN, omitindo o peso das vendas dos ativos da Petrobras. A alíquota dos repasses das empresas privadas é de 5%, a estatal pagava 7,5%. Parece pouco, mas isso significa milhões nos cofres municipais de prefeituras minúsculas.

A Femurn trata seus algozes como aliados.

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Femurn minimiza anúncio feito pelo presidente Lula: “não estamos falando de uma verba extra”

O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) Luciano Santos (MDB) se manifestou por meio de nota minimizando o anúncio do presidente Lula da Silva (PT) de que seriam enviados recursos extras às prefeituras para compensar as perdas nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) nos meses de julho e agosto.

Segundo Luciano já eram recursos acertados para compensar perdas anteriores. Para o presidente da Femurn se trata de uma reposição.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) vem à público esclarecer matéria publicada em vários portais e jornais no dia de hoje (12), referente à uma verba extra para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), no intuito de compensar perdas dessa modalidade de transferência constitucional percebida pelos municípios, notadamente, os norte-rio-grandenses.

Esse aludido ‘recurso extra’, trata-se na verdade, de uma compensação já discutida e acordada entre o governo federal e os estados, com quota parte dos municípios. Em alguns estados, esses valores não estavam sendo pagos. No nosso caso, no Rio Grande do Norte, o Governo do Estado já iniciou o pagamento há 3 meses. Ao lado do Rio Grande do Norte, já estavam transferindo esses recursos aos municípios, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Todos os outros estados não vinham pagando a compensação gerada pelas leis 192 e 194/2022. É importante ressaltar que quando falamos de ‘compensação’, não estamos falando de uma verba extra, mas sim, de ‘reposição’ a valores não transferidos por ocasião de uma ação governamental que gerou redução de repasses aos municípios para que cumprissem suas obrigações constitucionais.

Segundo o Presidente da Femurn: ‘Nada de novo foi esse anúncio do Governo Federal para os municípios aqui do Rio Grande do Norte. Esses R$ 277,2 milhões anunciados, na verdade, se tratam daquela compensação da Lei nº 192 e 194/2022, onde os municípios do Rio Grande do Norte tem 25% desse montante’, disse Luciano Santos.

A Governadora Fátima já vem cumprindo esse parcelamento, já vem repassando para os municípios e até agora nenhuma tratativa nova de dinheiro extra para os municípios do Rio Grande do Norte.

Portanto, os valores citados como sendo destinados ao Rio Grande do Norte que supostamente beneficiariam os municípios, na realidade, irão compor o Tesouro Estadual, o que claro é muitíssimo bem-vindo, mas não significam nenhum centavo de real a mais para os cofres municipais”.

Nota do Blog: a Femurn correu para rebater o presidente Lula, mas não viu problema nos recentes votos contrários dos deputados federais Sargento Gonçalves, General Girão e João Maia (todos do PL) e dos senadores Rogério Marinho (PL) e do senador Styvenson Valentim (PODE) a projetos que garantem mais recursos para os municípios.

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Fatos fazem strip-tease da incoerência da Femurn

Nos últimos anos somente em três momentos a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN) levantou a voz em defesa das prefeituras: em 2019 quando o Governo do Estado propôs a criação do o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do RN (PROEDI) e em julho deste ano quando o mesmo Governo do RN deixou de fazer os repasses das compensações das perdas provocadas pelas medidas eleitoreiras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que mexeu no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Não foi coincidência. Nos dois primeiros casos o oponente era a governadora Fátima Bezerra, do PT. Ainda houve um terceiro ato, no mês passado, quando os prefeitos fecharam as portas e foram protestar pela queda dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Eles querem o aumento da alíquota de 22,5% para 24%. E olhe que este ano houve aumento dos repasses acima da inflação, e o que houve em julho e agosto foi uma oscilação.

Desta vez o presidente já não era Bolsonaro, mas o líder petista Lula.

Agora vamos ao strip-tease nada sensual de incoerência da Femurn ao som dos fatos. Ao longo dos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro foi promovido o desmonte da Petrobras com a venda dos ativos da estatal no Rio Grande do Norte. Sabia-se que isso geraria menos emprego, renda e queda nos royalties. Em um primeiro momento a alta do dólar e do preço do barril mascarou tudo, mas a conta da Resolução nº 853 de 27 de setembro de 2021 da Agência Nacional de Petróleo (ANP) que diminuiu a alíquota dos royalties de 7,5% para 5% para empresas de médio e pequeno porte finalmente chegou e está sendo sentida.

O presidente da entidade, o prefeito de Lagoa Nova, Luciano Santos (MDB), chegou a assinar uma nota covarde em que evita reconhecer o impacto da venda dos ativos da Petrobras na queda de 39% dos royalties petróleo.

A Femurn assistiu tudo calada como calada ficou quando Bolsonaro mexeu no ICMS dos combustíveis mesmo com todos os avisos da Confederação Nacional dos Munícipios (CNM) de que isso iria quebrar as prefeituras. Na hora da compensação a Femurn quis brigar, com razão, com a governadora. O problema é que a razão só é usada quando é conveniente.

A Femurn também ficou inerte no fim do ano passado quando o Governo do Estado precisou aumentar a alíquota do ICMS, optando pela neutralidade. Ela quer seus 25%, mas não quer comprar a briga. Agora para manter alíquota de 20% do tributo, que antes de Bolsonaro mexer era de 28%, adota uma postura dúbia.

Em agosto, foi aprovada a aprovada a volta do voto de qualidade para o Governo no Federal no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), uma medida que vai dificultar a sonegação fiscal e garantir aos municípios do Rio Grande do Norte R$ 1 bilhão por ano em FPM, segundo estimativas do Instituto Justiça Fiscal. A Femurn não se envolveu na discussão. Não criticou os deputados federais João Maia, General Girão e Sargento Gonçalves (todos do PL) nem os senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PODE) que votaram contra a proposta.

Esta semana mais uma peça da incoerência da Femurn foi despida com a votação da tramitação em regime de urgência de mais uma compensação pelas perdas de ICMS causada pelas medidas eleitoreiras de Jair Bolsonaro no ano passado. Da bancada potiguar só Girão e Gonçalves votaram contra. As estimativas preveem R$ 20 milhões para os municípios do RN este ano e mais R$ 40 ano que vem.

Mais uma vez a Femurn não se importou.

A coerência da Femurn está nua!