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Hegemonia dos Rosados em Mossoró nas eleições para deputado estadual foi quebrada duas vezes na atual fase democrática

Diferentemente das eleições para deputado federal, a disputa por vagas na Assembleia Legislativa já registra no atual período democrático eleições em que os Rosados não foram os mais votados em disputas proporcionais.

Aconteceu em duas oportunidades, mas desde 1998 a oligarquia está no topo das votações com membros dela ou com agregados.

Na primeira eleição pós-fim da ditadura militar, em 1986 Laíre Rosado (PMDB) foi o deputado estadual mais votado não só em Mossoró como em todo o Rio Grande do Norte com 24.702 mil votos.

Na capital do Oeste, ele recebeu 14.213 naquele que foi o primeiro embate Rosado x Rosado, após a divisão da família em dois grupos políticos. O primo dissidente da oligarquia, Carlos Augusto teve 10.670. O marido de Rosalba nunca mais voltaria a ser o mais votado na cidade.

Confira os cinco mais votados nas eleições para deputado estadual em Mossoró em 1986:

Laire (PMDB): 14.213

Carlos Augusto (PFL): 10.670

Belmont (PFL): 3.580

João Newton (PMDB): 3.026

Edmilson Lucena (PMDB): 2.640

Em 1990, Laíre saiu para ser deputado federal substituindo o sogro Vingt Rosado, que se aposentara da política. O candidato a deputado estadual da família seria Frederico Rosado tendo como oponente na outra ponta da oligarquia Carlos Augusto. Mas quem levou a melhor foi Antônio Capistrano, reitor da então URRN, atual UERN.

Confira os cinco mais votados para deputado estadual em Mossoró em 1990

Antônio Capistrano: 4.577

Carlos Augusto: 3.887

Frederico Rosado: 1.692

Crispiniano Neto: 806

João Newton: 459

Já em 1994, Carlos Augusto abandonou as disputas eleitorais para se dedicar aos bastidores da política. Mais uma vez um não Rosado levaria a melhor. No caso, o então vereador Francisco José. Por 24 anos, ele seria o único a sair da Câmara Municipal de Mossoró para a Assembleia Legislativa. O tabu foi quebrado em 2018, por Isolda Dantas (PT). Mesmo sendo o único Rosado na disputa, Frederico ficou em terceiro lugar.

Confira os cinco mais votados para deputado estadual em Mossoró em 1994:

Francisco José: 10.979

Vicente Rego: 9.812

Frederico Rosado: 7.707

Telma Gurgel: 3.445

Antônio Capistrano: 3.416

A partir de 1998, agregados à família Rosado passaram a ser os mais votados tendo o grupo de Sandra Rosado em segundo lugar, numa polarização que perdurou até 2010.

Ruth Ciarlini, irmã de Rosalba estreou na política sendo a mais votada, seguida por Sandra.

Confira os cinco mais votados para deputado estadual em Mossoró em 1998:

Ruth: 14.661

Sandra: 12.511

Francisco José: 9.826

Vicente Rego: 8.574

Frederico Rosado: 5.143

Já em 2002 entrou em cena Larissa Rosado que seria a segunda colocada por duas oportunidades, mas na primeira delas ficou atrás não só de Ruth como também de Francisco José.

Confira os cinco mais votados para deputado estadual em Mossoró em 2002:

Ruth: 21.968

Francisco José: 17.578

Larissa Rosado: 15.899

Gilvan Carlos: 7.012

Socorro Batista: 6.006

Em 2006, com a Prefeitura de Mossoró nas mãos Fafá Rosado lançou o marido Leonardo Nogueira para deputado estadual. A candidatura dele esvaziou a de Ruth Ciarlini e mais agregado dos Rosados seria o mais votado em Mossoró. Os 25.166 votos é recorde mantido até hoje.

Confira os cinco mais votados para deputado estadual em Mossoró em 2006:

Leonardo Nogueira: 25.166

Larissa Rosado: 14.147

Francisco José: 11.550

Ruth Ciarlini: 10.737

Chico da Prefeitura: 9.411

Em 2010, tivemos a disputa mais acirrada para deputado estadual em Mossoró com praticamente um tríplice empate entre Leonardo, Larissa e Chico da Prefeitura.

Confira os cinco mais votados para deputado estadual em Mossoró em 2010:

Leonardo Nogueira: 20.049

Larissa Rosado: 19.799

Chico da Prefeitura: 19.093

Francisco José: 10.329

Genivan Vale: 6.304

Em 2014, o quadro mudou. Os Rosados não estava no comando da Prefeitura de Mossoró e estavam divididos na oposição à Francisco José Junior. Ele tentou lançar o pai, Francisco José, mas ele não conseguiu registrar a candidatura por problemas na filiação partidária. O então prefeito acabou optando por lançar Galeno Torquato, então desconhecido em Mossoró. Naquela eleição, Larissa foi pela primeira vez a mais votada, se aproximando do recorde de Leonardo Nogueira, que sem o comando do poder municipal viu a própria votação despencar.

Apesar de mais votada Larissa nem um outro político de Mossoró seria eleito. Seria a primeira vez que a cidade não elegia um deputado estadual no período democrático. A hoje vereadora chegou a assumir por dois anos no lugar de Álvaro Dias, que foi eleito vice-prefeito do Natal em 2016.

Confira os cinco mais votados para deputado estadual em Mossoró em 2014:

Larissa Rosado: 24.585

Galeno Torquato: 12.306

Leonardo Nogueira: 9.111

Souza Neto: 4.186

Fernando Mineiro: 3.914

Em 2018, novos nomes surgiram, mas ainda assim Larissa seria a mais votada repetindo a história de 2014 quando se elegeu deputada estadual. Mossoró elegeria Isolda Dantas, quebrando o tabu de 24 anos que um vereador da cidade não chegava a Assembleia Legislativa, e o então desconhecido Allyson Bezerra, hoje prefeito.

Confira os cinco mais votados para deputado estadual em Mossoró em 2018:

Larissa Rosado: 17.753

Allyson Bezerra: 13.095

Jorge do Rosário: 12.017

Isolda Dantas: 11.031

Bernardo Amorim: 4.543

Para 2022 há grandes chances de que alguém repita os feitos de Capistrano (1990) e Francisco José (1994). Até aqui em todas as pesquisas para deputado estadual em Mossoró a mais citada é Isolda Dantas, mas há nomes competitivos como Jorge do Rosário, Jadson Rolim (candidato do prefeito) e Tony Fernandes. Ainda assim Larissa Rosado não pode ser descartada.

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Tabu político: desde a redemocratização sempre um Rosado foi o mais votado para deputado federal em Mossoró

Desde 1986, primeira eleição com o Brasil redemocratizado, sempre um nome com sobrenome Rosado foi o candidato a deputado federal mais votado em Mossoró.

A hegemonia começou com Ving Rosado, que já vinha no topo durante as eleições legislativa da ditadura militar. Em 1986 ele era o principal nome de Mossoró, mas tomou um susto com o desempenho da então Wilma Maia (depois adotou o sobrenome Faria), que ficou menos de mil votos atrás dele.

Confira os três mais votados em Mossoró em 1986

Ving Rosado (PMDB): 12.391

Vilma de Faria (PDS): 11.471

Henrique Alves (PMDB): 6.304

Em 1990, Vingt se aposentou das disputas eleitorais cedendo espaço em seu grupo político para Laíre Rosado (PMDB). Laíre foi o mais votado em Mossoró naquele ano seguido de longe pelo primo Mário Rosado (PDT), filho de Dix-huit Rosado.

Confira os cinco mais votados em Mossoró em 1990:

Laire Rosado: 11.969

Mário Rosado: 3.747

João Faustino: 1.124

Telma Gurgel: 1.022

Fernando Freire: 794

Mário Rosado, em 1994, se demonstraria mais competitivo pelo voto mossoroense, mas naquele ano o rosalbismo finalmente se faria presente com entrada do então professor Betinho Rosado (PFL). Apesar da disputa mais acirrada, Laíre elevou o desempenho eleitoral e foi mais uma vez o mais votado.

Confira os cinco mais votados em Mossoró em 1994

Laire: 17.991

Betinho: 13.374

Mário Rosado: 9.909

Nelson Gregório: 1.787

Henrique Alves: 1.687

Com a Prefeitura de Mossoró sob o comando de seu grupo, o rosalbismo iniciaria em 1998 uma hegemonia de Betinho Rosado nas disputas para deputado federal em Mossoró que duraria até 2014. Por 277 votos de maioria, Betinho ficou a frente de Laíre.

Confira os cinco mais votados em Mossoró em 1998

Betinho: 21.252

Laire: 20.975

Luiz Carlos: 5.934

Múcio Sá: 5.456

Henrique: 4.502

Em 2002, Betinho iniciaria uma série de três disputas com Sandra Rosado pelo voto mossoroense, em que venceria as três. A primeira seria a mais apertada com apenas 923 votos de maioria. Uma nota interessante é o desempenho de Fátima Bezerra (PT), que recebeu 16.931 votos em Mossoró, um recorde para candidatos que não tem a capital do Oeste como base eleitoral.

Confira os cinco primeiros para deputado federal em Mossoró em 2022:

Betinho: 28.702

Sandra: 27.779

Fátima Bezerra: 16.931

Henrique Alves: 5.408

Lavoisier Maia: 3.405

Em 2006, a vantagem de Betinho sobre Sandra seria ampliada.

Confira os cinco primeiros para deputado federal em Mossoró em 2006:

Betinho Rosado: 28.709

Sandra Rosado: 19.852

Fátima Bezerra: 8.769

Rogério Marinho: 7.077

Henrique Alves: 6.377

Em 2010, Tanto Betinho como Sandra melhoraram seus respectivos desempenhos, fazendo suas melhores votações na cidade. No caso de Betinho, ele estabeleceu um recorde de votação na cidade mantido até hoje: 32.245 votos.

Confira os cinco primeiros para deputado federal em Mossoró em 2010:

Betinho Rosado: 32.245

Sandra Rosado (PSB)25.072

Felipe Maia: 7.710

Fatima Bezerra: 6.797

Adenubio Melo: 5.955

Em 2014, Betinho Rosado foi considerado inelegível pela Justiça Eleitoral após ser condenado por irregularidades quando era secretário estadual de educação. Naquela eleição Sandra Rosado finalmente seria a mais votada na cidade. Outro fato diferenciado, é que foi a primeira vez que um Rosado não estava na cadeira mais confortável do Palácio da Resistência. O prefeito da vez era Francisco José Junior, que não lançou um nome local. O escolhido foi Fábio Faria.

Confira os cinco primeiros para deputado federal em Mossoró em 2014:

Sandra Rosado: 18.271

Beto Rosado: 15.321

Fafá Rosado: 12.983

Fábio Faria: 12.423

Felipe Maia: 5.579

Confira os cinco primeiros para deputado federal em Mossoró em 2018:

Em 2018, só um Rosado estava na disputa pela vaga de deputado federal em um contexto em que as duas principais alas da oligarquia estava reunida após mais de 30 anos de disputa. A situação abriu espaço para novos nomes e candidatos de fora se destacarem nas cinco primeiras posições na cidade. Beto Rosado retomou a hegemonia do pai para o rosalbismo, mas ficou distante do recorde estabelecido em 2006.

Beto Rosado: 16.241

Natália Bonavides: 11.558

Lawrence Amorim: 10.153

Fernando Mineiro: 9.367

General Girão: 7.052

A eleições de 2022 ocorre em um cenário diferente em que os Rosados voltaram a se dividir sem o peso do passado. Se antes eles comandavam a Prefeitura de Mossoró e lideravam a oposição, agora estão fora do poder municipal e em um papel de coadjuvantes na oposição ao prefeito Allyson Bezerra (SD). Ainda assim, Beto Rosado tem se saído bem nas pesquisas municipais e pode ser o mais votado, mantendo o tabu.

Terceiro mais votado em Mossoró em 2018, o presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (SD) é o principal nome para quebrar a hegemonia dos Rosados. Outro que tem chances é Pablo Aires (PSB), que tende a absorver o voto progressista dado a Mineiro e Natália há quatro anos.

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Ex-deputado revela bastidores de um rompimento político

Em um artigo intitulado “Caminhos da Política” o ex-deputado federal Laíre Rosado revelou os bastidores do histórico rompimento de seu grupo político com a família Alves, encerrando uma parceria que na época já durava duas décadas.

Laíre compara a frieza com que Garibaldi Alves Filho (MDB) descartou o primo Henrique Alves (MDB) com a experiência que ele viveu 16 anos atrás.

Vale a apena a leitura do texto publicado em O Mossoroense. Segue na íntegra:

CAMINHOS DA POLÍTICA

O ex-senador Garibaldi Alves afirmou que rompeu política e familiarmente com o ex-deputado Henrique Alves. Quando do rompimento de Carlos Augusto com os tios, Dix-huit declarou que, em política, o primeiro que apodrece é o sangue. Na aliança política entre familiares o vínculo se mantém enquanto atende ao interesse de todos.

Em 2006, Garibaldi nos fez passar por vexame semelhante ao que está expondo Henrique. Acreditava que o apoio de Rosalba Ciarlini era fundamenta para sua eleição ao Senado. Foi assim que, pelo telefone, marcou encontro comigo e com Sandra, em nosso apartamento na capital do estado, no cruzamento das ruas Antônio Basílio com Rui Barbosa.

Uma visita do grande líder Garibaldi deveria ser motivo de alegria, mas não foi o que aconteceu. Depois dos cumprimentos iniciais, sem arrodeio, disse que estava precisando do apoio da ex-prefeita de Mossoró e avisava que eu e Sandra, então deputada federal, deveríamos buscar outro partido, deixando o PMDB, partido a que estávamos filiados há vários anos. De maneira enfática, repetiu que não teríamos mais espaço para disputar novas eleições filiados ao partido onde tivemos grandes vitórias.

Ponderei que poderíamos conviver com Rosalba em um mesmo partido. Não havia necessidade de cancelamento de nossa filiação ao PMDB, partido que amávamos e onde nos sentíamos confortáveis. Pedi somente que, caso ele concordasse, queria que o anúncio dessa nova composição fosse feito por nosso intermédio, para evitar uma reação maior dos correligionários. Fiquei surpreso com a reação de Garibaldi, afirmando não havíamos entendido sua decisão e que tínhamos que sair do PMDB. E completou, quanta ironia meu Deus, que entenderia qualquer posição que assumíssemos.

Perguntei sobre o diretório municipal do PMDB em Mossoró e ele respondeu que esse assunto não era mais de minha responsabilidade. Perguntei ainda se Rosalba assinaria ficha de filiação partidária e, mais uma vez, ele não me respondeu. Sempre fui muito tranquilo em minhas reações emocionais, mas não suportava a decepção profunda que tomou conta de Sandra

Não procurei o deputado Henrique Alves acreditando que, mesmo se não concordasse com Garibaldi, não o enfrentaria, quando a justificativa era sua eleição ao Senado. Procuramos Geraldo Melo, além de correligionário, nosso amigo, com provas de solidariedade desde o tempo de Vingt Rosado. Contamos da visita de Garibaldi e ele demonstrou perplexidade, sem querer acreditar no que estava ouvindo. Perguntou se nós concordaríamos em um novo encontro, dessa vez com a sua presença. Geraldo seria candidato ao Senado nessas eleições e tinha interesse em manter unido a base de apoio. Viajei até Brasília e, no apartamento de Sandra, conversamos novamente com Garibaldi, com a participação de Geraldo Melo.

Sandra deixou um muito claro a Garibaldi que estávamos atendendo a uma sugestão de Geraldo, mas não acreditava que Garibaldi reconsiderasse sua decisão de não nos querer no PMDB. Em poucos minutos, diante da frieza e Garibaldi, Geraldo foi acometido de uma crise de enxaqueca que o obrigou a usar medicamentos para concluir o diálogo.

Não havendo mais nada a acrescentar, Garibaldi despediu-se de mim e de Sandra e convidou Geraldo para descerem juntos no elevador, para analisar algum detalhe da conversa, disse ele. Geraldo lhe respondeu que, diante das colocações que havia escutado, não havia mais espaço para nenhuma conversa.

Foi então que Sandra, olhando para os dois, disse “Geraldo, hoje, nós somos os traídos, mas amanhã você é quem será enganado por Garibaldi. Há indícios seguros de que ele já fechou com a candidatura de Rosalba Ciarlini ao Senado.” Ao que parece, Geraldo imaginou essa hipótese inteiramente impossível, mas foi o que aconteceu.

Poucos dias depois de Garibaldi formalizar o apoio a Rosalba como candidata ao Senado, encontramo-nos com Geraldo que foi se dirigindo a Sandra e afirmando, “amiga, você tinha toa razão. E eu não quis acreditar que isso pudesse acontecer”.

No final, Sandra foi reeleita deputada federal. Rosalba foi eleita senadora, com o apoio de Garibaldi. Geraldo não conseguiu voltar ao Senado e o próprio Garibaldi foi derrotado por Wilma de Faria, eleita governadora do estado. Passado o período eleitoral, Garibaldi chegou a reconhecer que tinha cometido um erro político ao trocar o apoio de Sandra e Laire por Rosalba e Carlos Augusto. Não somente por conta de votos, mas pelo desequilíbrio que isso provocou em Mossoró e Região Oeste.

Quem sabe, no futuro Garibaldi Alves volte a admitir ter incorrido em outro erro político, desta vez mais grave que o primeiro. Afinal de contas, como ele mesmo declarou, é um rompimento familiar e político.

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Sandra Rosado é internada com covid-19

Sandra está internada (Foto: autor não identificado)

A vereadora Larissa Rosado (PSDB) anunciou nas redes sociais que a mãe dela, a ex-deputada Sandra Rosado (PSDB), foi internada no Hospital Wilson Rosado acometida por covid-19.

O pai de Larissa, o também ex-deputado Laíre Rosado, contraiu a doença, mas apresentou sintomas leves.

Abaixo a nota:

Queremos dividir com vocês notícias sobre a saúde de nossos pais, Laíre e Sandra Rosado, que estão em tratamento contra a Covid desde 22 de fevereiro.

Nosso pai apresenta apenas sintomas leves. Nossa mãe também, mas, fazendo parte do grupo de risco em decorrência da hipertensão e do diabetes, foi internada preventivamente ontem à noite no hospital Wilson Rosado, seguindo orientação médica.

Ela passa bem, respira sem a necessidade aparelhos e deve ter alta nos próximos dias. Agradecemos a todos pelas orações e palavras de conforto. Do mesmo modo, nossa família está solidária e ora por todas aquelas que enfrentam o drama da pandemia.

Cid, Larissa e Lahyre.

Nota do Blog: desejamos pronta recuperação para Sandra e Laíre.

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Ex-deputadas são absolvidas em ação que apontava desvios de recursos da saúde

O Juiz Lauro Henrique Lobo Bandeira, da 10ª Vara Federal de Mossoró, absolveu as ex-deputadas Sandra Rosado (PSDB) e Larissa Rosado (PSDB) da acusação de desvios de recursos da saúde enviados à Fundação Vingt Rosado Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM) nos anos de 2004 e 2005 por meio de emendas parlamentares.

Segundo o Ministério Público Federal, Laíre Rosado teria recebido recursos desviados da APAMIM por meio de transferências bancárias entre os anos de 2004 e 2005. No entanto, a denúncia foi oferecida oito anos depois da ocorrência incidindo em prescrição e por ele ter mais de 70 anos.

Outros acusados foram condenados como:

Francisco Andrade da Silva Filho (ex-marido de Larissa): 7 (sete) anos de reclusão e a multa em 180 (cento e oitenta) dias-multa;

Manuel Alves do Nascimento Filho: 7 (sete) anos de reclusão e a multa em 180 (cento e oitenta) dias-multa;

Maria Goreti Melo Freitas Martins: 5 (cinco) anos e 6

(seis) meses de reclusão e ao pagamento de multa correspondente a 140 (cento e quarenta) dias-multa;

Maria Melo Forte Cavalcante: 4 (quatro) anos e 6 (seis) meses de reclusão e ao pagamento de multa correspondente a 100 (cem) dias-multa;

Damião Cavalcante Maia: 5 (cinco) anos e 6

(seis) meses de reclusão e ao pagamento de multa correspondente a 140 (cento e quarenta) dias-multa;

Maria Alves de Sousa Cavalcante: 5 (cinco) anos e 6

(seis) meses de reclusão e ao pagamento de multa correspondente a 140 (cento e quarenta) dias-multa.

Lei a sentença AQUI.

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Fora da prisão, Laíre voltará a atuar como médico

laire-rosado

O ex-deputado federal Laíre Rosado deixou o Centro de Detenção Provisória de Apodi no último sábado. Como o Blog já tinha antecipado (ver AQUI) ele passou a cumprir a pena em regime semiaberto.

Nessa condição ele pode trabalhar sob monitoramento de tornozeleira eletrônica.

O Blog apurou junto a pessoas próximas a família que ele vai descansar por alguns dias e em breve voltará a atuar como médico.

Laíre foi preso no último dia 22 de março quando estava clinicando na UPA do Belo Horizonte. Sábado ele deixou o CDP de Apodi.

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STJ reduz pena de Laíre e abre caminho para regime semiaberto

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) diminuiu a pena do ex-deputado federal Laíre Rosado. A sentença foi proferida no mês de maio.

A pena de Laíre foi reduzida para sete anos e cinco meses. Antes era de 11 anos e dois meses. Isso dá ao ex-deputado a chance de cumprir a sentença em regime semiaberto.

Por causa disso, os advogados de Laíre entraram com um pedido de Habeas Corpus para que ele mudasse o tipo de regime.

No entanto, em decisão monocrática publicada em 5 de junho o ministro Antonio Saldanha Palheiro não analisou a decisão alegando que esse tipo de recurso cabe ao Supremo Tribuna Federal (STF). “Nesse contexto, é de se concluir que o Superior Tribunal de Justiça não possui competência para apreciar o presente habeas corpus , devendo-se, na espécie, observar o art. 102, I, “i”, da CF, segundo o qual compete ao Supremo Tribunal Federal julgar a impetração, em casos cujo o ato coator advém de Tribunal Superior ou de seus membros”, alegou.

Laíre está preso desde 22 de março sob a alegação de envolvimento com a Máfia dos Sanguessugas.

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Laíre Rosado está prestes a deixar a prisão

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O ex-deputado federal Laíre Rosado está prestes deixar o Centro de Detenção Provisória de Apodi. O Blog do Barreto foi informado agora pela manhã que ele passaria a cumprir prisão domiciliar. A decisão judicial já estaria tomada e aguardando apenas a execução.

Ele cumpre pena de 11 anos desde o dia 22 de março.

No entanto, existe uma outra informação checada com pessoas próximas a família de que o ex-deputado passaria a cumprir regime semiaberto que permite trabalhar de dia e dormir na prisão a noite.

No entanto, paira uma dúvida porque ele ainda não cumpriu 1/6 da pena.

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Rosadismo sobreviverá a prisão de Laíre?

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Como fica o grupo de Sandra Rosado após a prisão de Laíre?

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Não precisa ser gênio da análise política para dizer que o grupo da vereadora e ex-deputada federal Sandra Rosado (PSB) vem perdendo capital político nos últimos anos. O pós-eleição de 2012, quando o grupo esteve muito próximo de ganhar a Prefeitura de Mossoró, só registrou retrocessos.

Embora bem votadas em Mossoró, Sandra e a deputada estadual Larissa Rosado não se reelegeram em 2014. Hoje a mãe é vereadora com votação muito aquém das expectativas e a filha só está no exercício do mandato graças a um acordo político em 2016 que colocou Álvaro Dias na condição de vice do prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves, abrindo uma vaga na da coligação que apoiou Henrique Alves em 2014.

O grupo hoje é um apêndice do rosalbismo numa união de rosados com ares de mera mistura política de ocasião. Sandra não teve força para indicar o vice da prefeita Rosalba Ciarlini em 2016. Também não conseguiu apoio para ser presidente da Câmara Municipal. A própria indicação de Lairinho Rosado para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico foi a duras penas e ele assumiu uma pasta que mais lhe traz problemas do que alguma oportunidade de evolução política.

A aliança com outrora arqui-inimigo rosalbismo não trouxe dividendos políticos ao grupo de Sandra. Pelo contrário, a facção política se apequenou, perdendo o comando da oposição em Mossoró, ao se submeter como mero penduricalho de Carlos Augusto Rosado.

O rosadismo também não está bem situado dentro do PSB, tanto que a própria Sandra chegou a admitir a possibilidade de trocar de partido. O grupo não tem estrutura financeira e está com a aguerrida militância desanimada com a aliança com o rosalbismo onde poucos foram indicados na estrutura do município.

A prisão de Laíre é um fator a mais para o enfraquecimento do capital político do grupo de Sandra Rosado.

O futuro de um dos mais tradicionais grupos políticos do Rio Grande do Norte é incerto e recheado de percalços colocando em risco a reeleição de Larissa Rosado e o retorno de Sandra à Câmara dos Deputados.

Talvez a parceria política com o PSDB do presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza pode ser a luz no fim do túnel (tema para outro texto).

Hoje é difícil mensurar qual o tamanho do grupo de Sandra em Mossoró, mas a olho nu percebe-se a inanição política.