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O futuro a Deus pertence!

Bolsonaro está na mira da CPI (Foto: Adriano Machado/Reuters)

Por Ney Lopes*

A CPI da Covid deixou de lado as discussões bizantinas sobre uso de remédios tais ou quais, tratamento precoce, obrigação da aquisição de vacinas antes da aprovação pela ANVISA e enveredou por investigações de compras públicas dos imunizantes pelo governo federal.

Sem dúvida, essa é competência inerente a investigação parlamentar, desde que respeitadas certas regras legais.

Nos governos, sempre existe o risco da presença de “corrupção”. Todo cuidado é pouco para o governante não terminar incriminado, por ação, ou, omissão.

Entretanto, as precauções devem partir também dos acusadores, considerando que o vírus da corrupção as vezes se infiltra nos governos, sem convivência, ou conhecimento do governante.

Existe a responsabilidade criminal (e até civil) numa e noutra situação, ou seja, punindo quem pratica o ato ilícito, ou, reparando quem sofre acusação falsa de crime.

Neste contexto, o papel da CPI em curso no Senado é mais abrangente, do que parece.

Ela teria que dar o exemplo do equilíbrio, moderação, sensatez, sem que isso signifique impunidade.

Não pode assumir a posição de colocar mais lenha na fogueira.

O Brasil é um paciente na “UTI”, que precisa recuperar-se pela via da harmonia social e legalidade, nunca através da espetacularização política, que fomenta crises, até institucionais.

Não se deseja que a CPI adote “panos mornos” e abandone a sua função investigativa.

Porém, esse rito de procedimento pressupõe obediência à princípios, que regem os processos judiciais, aplicados por analogia.

No rito judicial, o juiz não antecipa julgamentos sobre fatos e pessoas, nem se mostra inconformado (para não dizer irritado), com o fato dos depoentes deixarem de declarar aquilo que lhes convenham.

A TV mostrou até ausência do relator do plenário, para não ouvir o que supunha lhe desagradasse,

A propósito, o artigo 38 da lei de abuso de autoridade (13.869/19), considera crime “antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação”.

A imunidade parlamentar não protege esse delito.

Cite-se como exemplo, a acusação feita pela testemunha Luiz Paulo Dominghetti ao deputado Luis Miranda, autor das denúncias sobre irregularidades, na tentativa de compra da vacina indiana Covaxin.

O depoente apresentou um áudio, que incrimina o deputado Miranda, por desejar interferir na negociação comercial da vacina.

O áudio levado a plenário contra o deputado denunciante do presidente Bolsonaro, poderia alterar o rumo das suspeitas.

Logo, o ambiente da CPI ficou tenso.

No final, a testemunha Dominghetti por pouco não foi preso, acusado de mentiroso, contraditório e teve o celular apreendido.

Não é o caso de legitimar o áudio apresentado pelo depoente, que estava sob juramento.

Antes de qualquer acusação, caberia a Comissão manter a tranquilidade e mandar apurar a autenticidade do áudio, através de perícia técnica.

Só isso.

Nada mais.

Jamais deveria antecipar julgamento.

Tal comportamento, desacredita a investigação e dá indícios de que os trabalhos são orientados por “dois pesos e duas medidas”, além de atingir a credibilidade do Senado Federal.

Outro aspecto a considerar é a acusação da prática de prevaricação pelo presidente Bolsonaro, diante da suposição de não ter adotado providencias, após as denúncias do deputado Miranda de cobrança de propina na compra de vacinas.

Esse delito, capitulado no artigo 319 do Código Penal, impõe a prova robusta, de que a omissão se deu por interesse pessoal ou, em decorrência de promessa de algum tipo de vantagem ilícita, direta ou indireta.

Inexiste o crime de “tentativa de prevaricação”.

Há, ou não, vantagem ilícita consumada.

A ministra Rosa Weber do STF, não obrigou a abertura de inquérito pela PGR.

Apenas, determinou que o órgão opte por um dos três caminhos possíveis, neste caso: a abertura de investigação, o oferecimento de denúncia, ou o arquivamento do feito.

Enquanto isso, a CPI não estará impedida de proceder apuração simultânea e tomar as medidas que julgue necessárias.

Os fatos antecipam que as eleições de 2022 serão tumultuadas, já que o ex-presidente Lula, principal oponente de Bolsonaro, ainda responde a seis processos criminais de corrupção.

Será que haverá tempo para discutir a reconstrução, após pandemia?

Ou, apenas trocas de insultos e acusações?

É o caso de acreditar, que o futuro do Brasil a Deus pertence!

*É jornalista, advogado, ex-deputado federal – nl@neylopes.com.br

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

 

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Análise: o voto impresso

Por Ney Lopes*

O radicalismo dificulta a análise isenta da emenda constitucional, que tramita no Congresso, acerca da impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos no Brasil.

Mesmo assim, seguem algumas reflexões.

A polêmica acentua-se, pelo enfático apoio dado à proposta pelo presidente Bolsonaro.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, é contrário.

O principal argumento seria a falta de provas concretas, que justifiquem a revisão do atual voto eletrônico.

Causou surpresa, o PDT pronunciar-se a favor da impressão do voto.

A justificativa, certamente está no fato do líder histórico do partido, Leonel Brizola, candidato a governador do Rio de Janeiro, ter sido vítima em 1982 de manipulação de dados no sistema de “computadores” da empresa Proconsult, contratada à época pelo TRE-RJ para totalizar as votações das zonas eleitorais.

A falsificação na contagem foi descoberta pela imprensa.

No resultado final, Brizola se elegeu.

Do ponto de vista global, somente o Brasil, Bangladesh e Butão usam urna eletrônica, sem comprovante do voto impresso.

Em alguns países, o eleitor confere o voto através de um visor e depois cai automaticamente em uma urna, sem nenhuma intervenção humana.

É o caso da Índia, cujo sistema era igual ao brasileiro, mas mudou, a partir de 2019.

Nos Estados Unidos, na grande maioria dos distritos, o eleitor vota em formulário próprio, preenchendo círculos ou setas, com caneta preta.

Ao ser depositado, o voto é lido por um scanner óptico, que digitaliza.

Em certos estados americanos são usadas urnas eletrônicas, que imprimem a cédula, depositada automaticamente em uma urna, sem contato do eleitor.

No Brasil, as dúvidas sobre a segurança nascem a partir do software (programa rodado no computador).

A hipótese é que, caso adulterado, o software comprometeria todas as checagens.

O TSE argumenta, que as urnas não estando ligadas à internet é uma garantia, de que não podem ser “hackeadas”.

 Técnicos discordam e admitem que o atacante vai tentar adulterar o software, antes de instalado nas urnas, ou seja, durante a gravação dos cartões de memória, ou após eles serem gravados.

Teoricamente, alguém que carrega os cartões de memória (com o software) pode fazer isso.

Ao que se saiba, nunca aconteceu, mas é possível.

A proposta em debate prevê que o eleitor, ainda dentro da cabine de votação, possa auditar o registro do seu voto.

 Não haveria identificação do eleitor incluída no registro, que grava cada voto, seja digital, ou impresso.

Hoje, essa auditagem é feita de forma eletrônica, sem comprovante físico, independente do software.

Os especialistas reconhecem que nenhum sistema eletrônico é considerado totalmente seguro.

 Nem o Pentágono, NASA, ou FBI são invioláveis.

O argumento contrário a mudança, também apoiado por técnicos de informática, é que durante a auditagem, ou emissão de boletim impresso da urna, poderia ser desvendada a identidade do eleitor e servir como “recibo” de compra de voto, ferindo o princípio do voto secreto.

Na discussão, de prós e contra, ponderam-se os custos do módulo impressor, urna plástica descartável para armazenamento dos votos impressos, bobinas de papel, lacres de segurança, transporte e armazenamento.

Estima-se despesa de R$ 2 bilhões de reais.

Na verdade, não se negam exemplos de erros de programação e fraudes em computadores.

Por mais que existam proteções, sempre escapa algo despercebido, que favorece os criminosos burlarem todos os bloqueios.

Porém, a opinião sobre esse polêmico tema, não poderá vincular-se ao pêndulo da radicalização entre Bolsonaro e Lula.

Uns e outros pecam por excessos, ou falsos argumentos.

Conclui-se, que não seria demasia aperfeiçoar o sistema de votação eletrônica brasileiro.

Todavia, é desproporcional considerá-lo fraudulento, ao ponto de viciar as eleições de 2022.

Até hoje funcionou regularmente, sob a fiscalização da justiça eleitoral.

Em tais condições, o aperfeiçoamento do voto eletrônico, dependerá do Congresso Nacional.

Qualquer que seja a decisão, em nada comprometerá o resultado das eleições gerais.

A arte política será capaz de construir alternativas de implantação gradual, rejeitando os anúncios apocalípticos, de que o atual voto eletrônico fraudará os resultados em 2022.

Inexistem razões para pânico.

Cabe ao internauta do artigo formar o seu juízo.

*E jornalista, ex-deputado federal, professor de direito constitucional da UFRN e advogado.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

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“É um erro Ciro criticar Lula”, diz Carlos Eduardo

Na entrevista ao Foro de Moscow nesta segunda-feira o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) disse discordar da postura do ex-ministro Ciro Gomes que tem centrado ataques ao ex-presidente Lula.

“Eu acho que estamos no campo de oposição ao Governo Federal”, frisou. Carlos Eduardo reforçou que Ciro deveria focar na capacidade intelectual dele para conquistar o eleitorado. “Se ele ficar com os seus projetos vai ganhar muito mais”, argumentou.

Confira:

Veja a entrevista completa:

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Lula lidera preferência do eleitor caicoense, conclui pesquisa TS2/Blog do Barreto

O ex-presidente Lula (PT) é o nome preferido entre os caicoenses para as eleições presidenciais. É o que indicam os números colhidos pela pesquisa realizada pelo Instituto TS2 Soluções em parceria com o Blog do Barreto.

Confira os números:

A Pesquisa TS2/Blog do Barreto ouviu 604 eleitores nos dias 28 e 29 de maio nas zonas urbana e rural de Caicó. A margem de erro é de 3,95% pontos percentuais para mais ou para menos com intervalo de confiança de 95%.

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Agenda de Lula no RN fica para julho

Lula deixa agenda no RN para julho (Foto: Web/autor não identificado)

O ex-presidente Lula não vem mais ao Rio Grande do Norte no mês de junho. A informação é do jornalista Lauro Jardim de O Globo.

O líder petista tinha planos de fazer uma série de visitas ao Nordeste que incluía agenda no Estado, mas o alerta de uma terceira onda do covid-19 o levou a adiar a decisão.

A agenda de Lula no Nordeste ficou para julho.

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Pesquisa aponta Lula liderando com folga no RN

A pesquisa AgoraSei realizada em parceria com o Blog do BG e a 96 FM de Natal indicou que o ex-presidente Lula (PT) lidera com folga a intenções de voto entre os potiguares na corrida ao Palácio do Planalto.

Confira os números:

 A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 22 de maio entrevistando 1.611 eleitores em 59 municípios das 19 microrregiões do Rio Grande do Norte. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos com intervalo de confiança de 95%.

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Lula deverá cumprir agenda no RN em junho

Último compromisso de Lula no RN foi em Mossoró (Foto: web/autor não identificado)

O ex-presidente Lula virá ao Rio Grande do Norte cumprir agenda política. A data ainda não está definida, mas muito provavelmente será em junho.

O Blog Território Livre da Tribuna do Norte informou que Natal e Fortaleza devem ser as primeiras capitais do Nordeste a receber Lula entre os dias 12 e 14 de junho.

Nossa página conversou com líderes petistas que informaram não ter uma data acertada ainda.

A última vez que Lula veio ao Rio Grande do Norte foi em 2017 quando realizou comícios em Currais Novos e Mossoró.

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Reportagem

Mudança partidária de Fábio Faria mira vice-presidência

Fábio Faria sonha ser vice de Bolsonaro (Foto: Web/autor não identificado)

O ministro das comunicações Fábio Faria anunciou esta semana que vai deixar o PSD. Muito provavelmente seu destino será o PP, atualmente comandado no Rio Grande do Norte pelo rosalbismo.

Na entrevista ao UOL ele deixou bem claro que a mudança dar-se-á por fidelidade ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele alega que o PSD é um partido dividido entre bolsonaristas e lulistas, ainda que a primeira corrente seja majoritária.

No entanto, o principal motivo para o acerto para trocar de partido é a informação de que o PSD terá candidato a presidente.

Foto do encontro entre Lula e Kassab que gerou mal estar no bolsonarismo (Foto: Ricardo Stuckert)

Essa posição firme de alguém com histórico pragmatismo político tem uma explicação: Fábio sonha ser o vice de Bolsonaro nas eleições do próximo ano. Tido como alguém que viria a moderar o presidente ele se tornou um ferrenho defensor do bolsonarismo nas redes sociais endossando tudo que o chefe faz como nunca fizera quando o pai governou o Rio Grande do Norte.

Ao anunciar que vai deixar o PSD, Fábio deu uma resposta rápida após o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, se reunir com o ex-presidente Lula. O encontro gerou mal estar no Governo Bolsonaro a ponto de se fazer um mapeamento dos cargos indicados pelo líder pessedista que já foi prefeito de São Paulo. O principal deles é a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Após a conversa com o ex-presidente, Kassab declarou à Folha de S. Paulo que o “eleitor vê Lula como vítima e quer consertar voto que deu em 2018” ao comentar sobre a pesquisa Datafolha que mostrou o petista com vantagem de 18% no primeiro turno contra Bolsonaro e 23% na simulação de segundo turno.

Por enquanto o discurso oficial de Kassab é a de busca por um nome mais ao centro capaz de surgir como alternativa a Lula e Bolsonaro, mas o distanciamento em relação ao presidente é bem claro o que atrapalha o sonho de Fábio ser vice na chapa presidencial.

Para saber mais leia:

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2021/05/eleitor-ve-lula-como-vitima-e-quer-consertar-voto-que-deu-em-2018-diz-kassab-sobre-datafolha.shtml?origin=folha

https://veja.abril.com.br/blog/radar/apos-encontro-com-lula-planalto-mapeia-cargos-de-kassab-no-governo/

 

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 13.05.2021 │Datafolha: Lula na dianteira e Bolsonaro definha

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Sebastianismo à brasileira

Morto em batalha e com corpo desaparecido, Dom Sebastião virou lenda (Foto: reprodução)

Por Thiago Medeiros*

Antes de tudo, vou esclarecer aos nossos leitores a origem dessa expressão.  Tudo começou em Portugal em fins do século XVI. Dom Sebastião, rei daquele País, desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir em 1578, ali então despertou uma grande crise em Portugal. A notícia de que a empreitada liderada por Dom Sebastião ao Norte da África, a fim de estreitar as relações e reforçar o poder sobre os territórios do Magrebe, teria dado errado, começou a chegar a Portugal a partir do dia 10 de agosto de 1578. Segundo Jacqueline Hermann, primeiro tentou-se esconder o mensageiro, a fim de não alardear a notícia entre os que tinham ficado em Portugal. Depois, começou-se a buscar um sucessor para o trono, a fim de aquietar o povo. A ausência de um corpo foi o suficiente para alimentar as lendas que dali iriam surgir.

O momento conturbado e uma série de eventos que ocorria à época, faziam uma lenda prosperar. Ecoava que Dom Sebastião iria voltar com seu exército das águas e salvar o país do mal momento. Era uma esperança que muitos se agarravam, e alguns até como impostores surgiram para tentar reivindicar o trono. De fato, o rei nunca voltou a aparecer, e o sebastianismo virou uma lenda no imaginário do povo português, e também um imaginário na política daquele País.

No Brasil, o sebastianismo foi um messianismo adaptado às condições históricas e culturais regionais, traduzindo uma inconformidade com a situação política vigente e uma expectativa de salvação, ainda que miraculosa, através da ressurreição de um morto ilustre. Euclides da Cunha escreveu sobre essa lenda heroica e o reflexo da esperança que provocava em momentos de angústia. Os devotos do líder, Antônio Conselheiro, de Canudos acreditavam, como ele (que utilizou o sebastianismo em seus discursos messiânicos), que suas vitórias contra as tropas enviadas pelo governo republicano resultavam da força divina. E que dom Sebastião, o jovem Rei de Portugal desaparecido em batalha trezentos anos antes, “das ondas do mar sairá com todo o seu exército” (Euclides da Cunha), assim ele iria restaura a monarquia no Brasil.

No Brasil, digamos que começamos uma busca frenética e irracional por um salvador da pátria desde sempre, mas vamos nos ater a 2018. Bolsonaro vem em seu cavalo branco para varrer todo o “mal” que o nosso País tinha adquirido nos últimos anos, os anjos também fazem parte do seu exército, aqueles que assim pensavam, depositaram toda a sua expectativa em um homem imaginário, uma construção de um sonho que não iria se realizar. Porém uma justiça precisa ser feita. Jair Bolsonaro está sendo quase que fiel ao seu plano de governo, embora a maioria não leu ou até mesmo crê que ele não existe, mas sim, existe e eu o li diversas vezes. Tirando uma “parte” da economia e do combate à corrupção, as demais áreas Bolsonaro têm colocado ou vem tentando colocar em prática. A lição que deveria ser aprendida: Olhou-se o messiânico e não seu conteúdo.

Já para 2022, praticamente 500 dias antes do pleito, parece que a população brasileira espera uma reinvenção do sebastianismo na figura de Bolsonaro, no mito Lula, ou ainda na condição messiânica de uma terceira via, que representaria uma figura imaginária, capaz de reunir a todos, um consenso entre os diferentes, que vai limpar o Brasil do lulismo e do bolsonarismo. Novamente caímos no mesmo conto do mito do herói e parece que vamos continuar olhando para homens e não para projetos.

Estamos mais preocupados em olhar para o sebastianismo, em olhar para pessoas, e esquecemos de olhar o conteúdo que elas apresentam ou representam. Nosso País, precisa estabelecer um nome em torno de um robusto programa de recuperação econômica, social, educacional, ambiental e cultural. Hoje o nome desse mensageiro não deve nos preocupar tanto, a importância maior é em construir essa proposta com diálogo, empatia e união. A política binária, do nós contra eles, tem provocado a erosão da nossa democracia, o ódio tem minado nosso amor ao próximo e ao bem comum. Mas tudo isso não justifica a busca de um sebastianismo, que nunca virá, só iremos quebrar a cara novamente.

*É publicitário e sociólogo.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.