Em entrevista ao Diário do RN o senador Rogério Marinho (PL) tentou se desvencilhar da revelação de superfaturamento em obras de asfaltamento realizadas pela Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) durante o período em que e estatal estava subordinada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, sob o seu comando.
Rogério evitou expressões usadas para apontar o dedo para adversários com “aparelhamento do estado” e disse que o presidente da estatal é o mesmo em sucessivos governos.
“Olha, a CODEVASF é uma das empresas que estava dentro do espectro do Ministério, mas tem autonomia administrativa financeira e ela inclusive tinha uma indicação completamente diferente do ministro. Não fomos nós que indicamos o presidente. Aliás, o presidente é o mesmo. O presidente atual é o da época em que nós estávamos lá e era o mesmo de quando chegamos lá. Ele já era o presidente. Então, eu não posso falar a respeito porque eu não conheço os detalhes, não sei do que se trata. Mas de qualquer forma acredito que ele vai ter oportunidade de olhar relatório da CGU e se posicionar a respeito. Eu não conheço relatório”, esquivou-se.
A Controladoria Geral da União (CGU) apontou superfaturamento de R$ 7,3 milhões em dez estados, incluindo o Rio Grande do Norte nas cidades de Tangará, Lajes, Campo Redondo, Jaçanã, Santa Cruz, Lagoa Nova, Parelhas, Currais Novos e Lajes Pintadas.
Rogério usou a influência para distribuir equipamentos e veículos via Codevasf para prefeitos aliados antes de se candidatar ao Senado em 2022.