O senador Styvenson Valentim (PODE) gravou vídeo bem ao estilo passivo agressivo em que intimida os prefeitos que vão votar na eleição para presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn).
Styvenson apoia o candidato do também senador Rogério Marinho (PL), Babá Pereira (PL), ex-prefeito de São Tomé, que já presidiu a entidade.
No vídeo, Styvenson instiga os eleitores dele a pressionar os prefeitos a votarem no candidato de Rogério. “Em 2025 está na hora de parar de ter duas caras na política do Rio Grande do Norte. Parar de jogar duplamente”, frisou.
Ele garante que não está usando emendas como troca, recursos do partido e nenhum subterfúgio ilícito. Mas mandou um recado: “Vocês são livres para votar como vocês sabem que sou livre para no futuro decidir alguns direcionamentos e não estou usando isso como arma de chantagem”.
Styvenson disse que não quer um prefeito submisso a nenhum Governo num recado de que não aceita um presidente da Femurn alinhado com a governadora Fátima Bezerra (PT) e ao vice-governador Walter Alves (MDB).
O senador disse que esta eleição será um momento bom para separar ‘quem é quem’. “Toma sua decisão e depois assuma sua responsabilidade”, avisou.
O possível candidato dos adversários de Styvenson e Marinho é o prefeito de Pedra Grande, Pedro Henrique (PSDB).
A eleição é no próximo dia 15 de janeiro.
Contexto
A disputa pela presidência da Femurn é considerada estratégica para os planos de Rogério Marinho se eleger governador do Rio Grande do Norte em 2026.
Quando Babá esteve a frente da Femurn ele ficou alinhado a Rogério e ao então presidente Jair Bolsonaro (PL), a ponto de se omitir em relação aos cortes no ICMS dos combustíveis impostos pelo Governo Federal nas vésperas das eleições de 2022, mesmo ciente de que os municípios teriam um prejuízo de R$ 250 milhões anuais.
Ele também assistiu em silêncio o desmonte da Petrobras no Estado, gerando queda nos pagamentos de royalties aos municípios.
Nos tempos de Bolsonaro, a Femurn chegou a se cadastrar no sistema do Governo Federal para receber recursos do orçamento secreto sob a gestão de Babá.