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“Está provado que não havia necessidade de CPI”, diz deputado sobre recuperação dos recursos dos respiradores

No horário destinado aos deputados na sessão plenária da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (1º), dois assuntos estiveram em destaque nos parlamentares inscritos: o caso da recuperação dos recursos pagos pelo Governo do Estado para a compra de respiradores, que não foram entregues e a recuperação no nível de empregos no Brasil.

O primeiro a se pronunciar foi o deputado Vivaldo Costa (PV) que elogiou a atuação da governadora para a recuperação de parte dos recursos que foram pagos ao Consórcio Nordeste para a aquisição dos equipamentos.

“Está provado que não havia necessidade de CPI. Está provado que nesse Parlamento há uma tentativa de desconstrução da boa imagem da governadora Fátima Bezerra, mas não vão conseguir. O Rio Grande do Norte e os governadores do Nordeste fizeram o consórcio com o objetivo de garantir a vida, quando não havia vacinas nem medicamentos. Os respiradores existiam para os casos mais graves”, disse o deputado.

Vivaldo disse ainda que infelizmente o consórcio foi lesado porque havia pilantras no meio e a oposição aproveitou para fazer essa tentativa de desconstrução da imagem da governadora.

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Análise

Oposição bolsonarista força barra tentando associar operação da PF à CPI

A Polícia Federal cumpriu mais cedo uma operação com mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo e Bahia. O alvo é a investigação da compra malsucedida dos respiradores do Consórcio Nordeste.

Logo a oposição bolsonarista correu para as redes sociais para associar a operação à CPI da covid na Assembleia Legislativa.

O deputado estadual Kelps Lima (SD), presidente da CPI, logo associou a operação à CPI sem explicar qual a relação. “Isso é pra que m disse que a CPI da

@AssembleiaRN ia dar em Pizza. E acho que ainda vem mais coisa….”, gabou-se.

O deputado estadual Gustavo Carvalho (PSDB) foi outro que seguiu na mesma linha. “Anunciei que a CPI da COVID não daria em pizza, o que realizamos foi um trabalho sério, de respeito a testemunhas e indiciamento a culpados. Parabéns Polícia Federal, a Assembleia do RN dando exemplo ao Brasil na fiscalização dos recursos públicos. Ganhamos todos!”, jactou-se.

Os dois mentiram escandalosamente. Nenhuma informação sobre a ação da Polícia Federal sugere que exista relação com a CPI da Assembleia Legislativa.

Além disso, quem acompanhou os trabalhos da CPI sabe que não foi descoberta qualquer novidade tanto que Kelps Lima passou meses vazando informações relacionadas a documentos sigilosos das investigações da PF e Ministério Público Federal.

O “se colar, colou” foi tão escandaloso que até jornalistas da direita criticaram. Gustavo Negreiros, crítico duríssimo do PT, classificou Kelps como “parlapatão” ao explorar o assunto.

Forçaram a barra.

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Fátima avalia que CPI não atingiu objetivo político contra ela

Em entrevista ao Foro de Moscow a governadora Fátima Bezerra (PT) disse que a CPI da covid na Assembleia Legislativa não atingiu o objetivo político de queimar a imagem junto a opinião pública.

Ao ser questionada sobre a estabilidade da avaliação do Governo, a petista disse que não só as pesquisas, mas a relação dela com a população confirma esta sensação. “Sem soberba, mas com base na realidade e no que vejo nas ruas a CPI que se propôs a um caráter político e eleitoreiro não conseguiu o seu objetivo”, frisou. “O Rio Grande do Norte me conhece e não é de hoje e nunca me viu envolvida em falcatrua”, reforçou. “A população está aguçando os seus ouvidos e separando o jogo do trigo. Viu o nosso trabalho incansável na pandemia”, acrescentou.

Fátima revelou que o stress na pandemia levou provocou alterações no seu quadro de saúde. “Nunca tive problema de pressão e tive que tomar remédio por causa do estresse que era imenso embora não comparável aos dos profissionais”, frisou.

Confira o vídeo:

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Mineiro afirma que pediram indiciamento da governadora na CPI porque acharam improvável que ela não sabia das intenções da empresa que não entregou os respiradores

O secretário estadual de gestão de projetos Fernando Mineiro em entrevista ao Jornal do Dia da TV afirmou que a CPI da covid na Assembleia Legislativa agiu de má fé quando indiciou a governadora Fátima Bezerra (PT).

Ele lembrou que o relatório paralelo apresentado pelo deputado estadual Kelps Lima (SD), presidente da CPI apelou para teoria do domínio do fato ao propor o indiciamento da governadora alegando que ela não tinha como não saber que o Consórcio Nordeste levaria um calote na compra dos respiradores.

O petista leu trecho do relatório durante a entrevista. “Como é que um deputado, aliás um advogado, porque entende que é improvável que a governadora e o secretário não saibam do que está acontece? Isso é a teoria do domínio do fato que já foi negada pelo judiciário”, frisou.

Ele reforçou que a denúncia foi feita pelo próprio Consórcio Nordeste e que o Governo ganhou a primeira disputa judicial contra a empresa Hempcare. “Quem denunciou foi o Consórcio Nordeste. Isso é claro para todo mundo e o Estado entrou com ação para reaver os recursos”, disse. “Isso é politicagem”, complementou.

Para ele a CPI é a tábua de salvação de uma oposição sem projetos. “A oposição que não palanque nem projetos para o Estado tentaram carimbar a governadora como se fosse uma coisa errada”, declarou.

Confira a entrevista:

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PT afirma que Fátima é alvo de articulação bolsonarista em CPI

Por meio de nota a direção estadual do PT manifestou solidariedade à governadora Fátima Bezerra (PT) a respeito do pedido de indiciamento na CPI da covid-19.

Para o partido ela é alvo de uma articulação bolsonarista.

Nota do PT/RN Sobre a CPI Covid da AL/RN

 

O Diretório Estadual do PT do Rio Grande do Norte vem a público denunciar as atitudes irresponsáveis, misóginas e eleitoreiras de um grupo de Deputados Estaduais que, por manobra parlamentar, adquiriram maioria na CPI da Covid da Assembleia Legislativa do RN.

Esse grupo de Deputados, com absoluta identidade bolsonarista procurou em todos os momentos da CPI, desqualificar o governo da professora Fátima Bezerra, atacar o secretário da saúde Dr. Cipriano Maia e os servidores e servidoras da saúde.

Após inúmeras audiências, depoimentos e análise de documentos, a CPI não encontrando nenhum indício de irregularidades, ilegalidades e muito menos de corrupção. O relatório oficial produzido pelo relator Francisco do PT não observou irregulares nos contratos administrados pelas SESAP (A Secretaria de Estado de Saúde Pública) e sugeriu o indiciamento de quatro pessoas ligadas ao Consórcio Nordeste, mas foi ignorado pela Oposição.

Contudo, nas últimas seções, três Deputados da CPI, ignorando o relatório oficial, aprovaram um outro paralelo, onde consta o pedido de indiciamento do médico sanitarista, Cipriano Maia e da professora Fátima Bezerra. Para esta ação foram desconsiderados depoimentos de servidores, documentos e o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que corroboram com a direção transparente e eficiente das ações do Governo do Estado do Rio Grande do Norte.

A condução da CPI da Covid na Assembleia Legislativa teve um claro caráter eleitoreiro, demonstrado nos depoimentos à imprensa e nas próprias redes sociais do Presidente da Comissão.

A CPI termina com um relatório paralelo, acusatório sem bases  e sem indícios consistentes, que faz sintonia com os objetivos dos parlamentares que já condenavam e acusavam antecipadamente o Governo do Estado.

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Governo se defende de pedido de indiciamento da CPI: “tentam me macular por fazer o possível e o impossível para salvar vidas”

A governadora Fátima Bezerra (PT) usou as redes sociais para s defender do pedido de indiciamento da CPI da Covid na Assembleia Legislativa.

A petista declarou que sempre teve uma carreira política limpa. “O Rio Grande do Norte me conhece. São mais de 40 anos de uma vida pública pautada pela seriedade, integridade e compromisso com o povo do Rio Grande do Norte. Por onde passei. Seja como sindicalista, parlamentar, governadora. Isso jamais mudará. Hoje me acusam sem a maior cerimônia e tentam me macular por fazer o possível e o impossível para salvar vidas durante a maior pandemia do século”, declarou.

A governadora reforçou que abriu todas as portas para os órgãos de controle fiscalizarem as ações do Estado durante a pandemia. “Agimos de forma transparente, abrimos todas as portas para acompanhamento dos órgãos de controle, seguimos todas as orientações jurídicas e o devido rito legal. Nosso governo, nossos colaboradores e os abnegados profissionais da Saúde não temos do que nos envergonhar”, acrescentou.

Fátima diz ser alvo de uma minria bolsonarista. “Mais que surpresa, estou indignada com o desrespeito de uma minoria bolsonarista que se presta a esse triste papel em busca de publicidade fácil para projetos políticos pessoais.

Não aceito, em hipótese nenhuma, tal leviandade praticada por essa fração da oposição articulada dentro da CPI da Covid na Assembleia Legislativa. Uma CPI articulada nos porões do Palácio do Planalto. Não canso de repetir porque isso me causa muita satisfação e o sentimento de dever cumprido: nosso governo fez todo o possível para salvar vidas. E salvou milhares de vidas na pandemia. Não esperem outra coisa de nós que não seguir na luta incansável para recuperar o dinheiro que nos foi roubado por estelionatários que se apresentavam como empresários”, comentou.

Ela disse que as providências para a recuperação dos recursos dos respiradores foram tomadas. “Já obtivemos decisões judiciais favoráveis e esperamos que em breve o dinheiro seja devolvido aos cofres do Rio Grande do Norte. Fizemos tudo com zelo e faríamos tudo de novo para salvar as milhares de vidas que salvamos. Seguimos em frente, eu, o secretário Cipriano Maia, bem como todas e todos os servidores da Saúde. Na luta e trabalhando duro!”, garantiu.

 

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Foro de Moscow 17 dez 2021 – Fátima e os indiciamentos na CPI da Covid

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CPI da covid é a versão (no mau sentido) da lava jato no RN

A CPI da Covid da Assembleia Legislativa encerrou ontem com um final que surpreendeu um total de zero pessoas: o pedido de indiciamento da governadora Fátima Bezerra (PT).

As investigações não conseguiram encontrar nada que desabone a integridade de Fátima, mas isso é o que menos importa. A estratégia desde o início era encontrar algum fato e não encontrando inventar qualquer coisa que rendam manchetes.

Diante de uma realidade insofismável, restou a segunda alternativa. A governadora foi indiciada por “não ter como não saber que os respiradores estavam sendo comprados pelo Consórcio Nordeste”. O argumento agita as redes bolsonaristas e confunde os mais desavisados, mas quem entende do que se trata sabe que isso na prática só comprova que não encontraram crimes a atribuir a governadora.

Se der a lógica qualquer promotor ou juiz de bom senso vai colocar esse relatório em um arquivo.

Indiciar a governadora por ela “não ter como não saber” lembra o então procurador Deltan Dallagnol denunciando Lula sem provas, mas com base em convicções e o então juiz Sérgio Moro condenando o ex-presidente por fato indeterminado.

A CPI só teve como efeito prático tirar o presidente da comissão Kelps Lima (SD) da decadência política. Espécie de Sérgio Moro sem Dallagnol, ele vazava informações sobre documentos sigilosos ciente de que não poderia fazer isso.

Ele denunciava, julgava e condenava em suas entrevistas as redes bolsonaristas.

O problema é que fora fazer Kelps ganhar corações bolsonaristas, a CPI não atingiu os objetivos políticos. Fátima segue liderando as intenções de voto tanto no primeiro como no segundo turno e sua popularidade permaneceu estável durante todo processo.

Restou a CPI um último ato de desespero que tende a caminhar rumo ao arquivamento.

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Ao comentar sobre indiciamento de Fátima, chefe do Gabinete Civil acusa deputado de cometer crime

O Governo do RN reagiu com veemência ao relatório paralelo da CPI da Covid que incluiu o nome da governadora Fátima Bezerra na (PT) lista de indiciados pela aquisição conjunta de ventiladores pulmonares realizada pelo Consórcio Nordeste, em junho do ano passado, quando a média de mortes pela doença no Brasil era de quase 1.000 pacientes por dia. Em entrevista na noite desta quinta-feira (16), o chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves, disse que recebeu a notícia com surpresa e indignação e lamentou o caráter político-eleitoreiro adotado pelos deputados de oposição na Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa.

Sem citar nomes, Raimundo fez menção ao deputado estadual Kelps Lima (SD), presidente da CPI, acusando-o de cometer crimes ao citar documentos sigiloso em suas declarações. “O objetivo era tirar do ostracismo deputados como o presidente da CPI, que sabe que está cometendo crime quando utiliza documentos sigilosos para levantar suspeitas sobre pessoas sérias e dignas. Ele sabe que está cometendo crime ao falar desses documentos, [mas sem mostrar o conteúdo] porque são sigilosos. Se ele estivesse falando a verdade sobre esses documentos, estaria tornando público um documento sigiloso da justiça, por isso precisa mentir para criar no coletivo o entendimento de que está falando a verdade para levantar suspeitas sobre pessoas dignas. Desde o início, a CPI teve um objetivo claro: fazer política eleitoreira, tirar do ostracismo um deputado que saiu derrotado na eleição para a Prefeitura do Natal no ano passado.”

Raimundo Alves, que falou em nome do governo, juntamente com o procurador-geral do Estado, Luiz Antônio Marinho; do controlador-geral Pedro Lopes, e do secretário de Planejamento, Aldemir Freire, lembrou dos esforços feitos pelo governo da professora Fátima Bezerra para salvar vidas na pandemia, que fez um trabalho exemplar, que foi considerado um dos mais eficientes do Brasil na proteção à vida das pessoas. “Lamentamos que queiram imputar à governadora, que tem uma história limpa de 30 anos de vida pública, alguma responsabilidade sobre malversação ou qualquer coisa que possa ter acontecido durante esse processo. Isso nos causa indignação porque os órgãos de controle externo já analisaram todos os processos. Sabemos que isso não terá nenhuma consequência judicial, mas o objetivo político no relatório final que foi capitaneado pelo presidente da CPI nos deixa bastante indignados.”

O controlador-geral, Pedro Lopes, disse que o processo de aquisição dos ventiladores pelo Consórcio Nordeste foi realizado com fundamento na Lei nº 13.979/2020, em processo administrativo que observou todos os requisitos legais. “Foram quatro meses de verdadeiras inquisições, de constrangimento de servidores da saúde, agentes públicos que durante a pandemia não ficaram em casa, mas trabalharam dia e noite para garantir abertura de leitos de UTI e salvar vidas.”

Pedro, que acompanhou as sessões da CPI, esclareceu que não há apontamento de nenhum real desviado. “Passaram nove semanas discutindo gramatura de sapatilha, discutindo peso de cotonete, porque se buscava de alguma maneira criminalizar o governo. Não encontraram nada, apenas erros formais, administrativos, altamente compreensivos durante uma pandemia sem precedentes com um grupo reduzido de servidores, atuando em mais de 600 processos.  Repito: não há nada de ilegalidade e de irregularidade, de mau uso de recurso público e de desvio de dinheiro público. Nada, absolutamente nada.”

Dada a dimensão da pandemia – esclareceu o procurador-geral Luiz Antônio Marinho – os processos relativos as ações de enfrentamento da covid foram acompanhados por duas forças-tarefa montadas pelo Governo do Estado para atuar conforme estabelecido na Lei 13.979/2020. Uma constituída no âmbito interno da PGE, com sete procuradores na área consultiva e seis na área judicial, e a outra integrada pela Controladoria-Geral do Estado, Gabinete Civil e Secretaria Estadual de Saúde. “Estávamos diante de um cenário de emergência. E foi nesse cenário que os gestores atuaram. Então causa surpresa a conclusão de que caberia indiciamento de servidores, do secretário e da governadora. No caso do secretário Cipriano Maia, o Ministério Público de Contas lavrou um parecer em que deixa muito claro que não há fato ilícito a apurar porque, principalmente no caso dos respiradores adquiridos via Consórcio Nordeste, feito na ambiência da emergência e com os meios disponíveis para a prática do ato. Se não há o que apurar de ilicitude praticada pelo secretário, que dirá em relação à governadora, que não praticou nenhum ato de gestão.”

Confira a nota do Governo do Estado

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CPI indicia secretário de saúde

O secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, foi incluído entre os indiciados pela CPI da Covid da Assembleia Legislativa. A decisão ocorreu durante a 35ª reunião da comissão, na tarde desta quarta-feira (15), quando parte do relatório do deputado Francisco do PT foi analisado e os parlamentares propuseram mudanças. Além de Cipriano Maia, empresários e uma servidora também foram indiciados.

Na reunião passada, o relatório foi lido pelo deputado Francisco do PT com o indiciamento de algumas pessoas, principalmente relacionadas ao Consórcio Nordeste. Nesta quarta, contudo, os parlamentares analisaram 10 dos 13 processos investigados pela CPI – o do Consórcio Nordeste ficou para a quinta-feira (16). Na análise, a maior parte dos deputados aprovaram mudanças no relatório.

No início da reunião, o presidente da CPI da Covid, deputado Kelps Lima (Solidariedade), explicou como seria a dinâmica para a votação. Ao todo, foram dados quatro votos complementares, que ampliavam sugestões ou diligências em contratos, além de outros seis votos divergentes, que tratavam sobre mudanças drásticas no entendimento do relator no documento apresentado anteriormente. Todos os votos divergentes e complementares foram de autoria conjunta dos deputados Kelps Lima, Gustavo Carvalho (PSDB) e Getúlio Rêgo (DEM). Na sessão, as propostas complementares foram aprovadas à unanimidade. Por outro lado, outros seis votos divergentes foram aprovados por 3 votos a 2, sempre com votos contrários do relator, Francisco do PT, e do deputado George Soares (PL).

Nos votos divergentes, os contratos analisados foram para compra de respiradores fora de especificações e nunca utilizados; compra de testes contra Covid; contratação de instituto para inquérito sorológico; contratação de Organização Social para gestão de leitos nos hospitais João Machado e Alfredo Mesquita; aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); e contrato de serviço de transporte sanitário. Em todos os contratos, o secretário Cipriano Maia foi indiciado. Além dele, empresários envolvidos na contratação de gestão de leitos e na contratação de EPIs, enquanto uma servidora e Cipriano Maia foram indiciados pela contratação do transporte sanitário.

Na justificativa para os indiciamentos, o deputado Kelps Lima, que fez a leitura dos votos divergentes, elencou elementos que supostamente apontavam para direcionamento de contratação de empresas e “omissões dolosas” por parte do secretário Cipriano Maia. Por outro lado, Francisco do PT criticou os indiciamentos por apontar informações que supostamente afastam a possibilidade de intenção em cometer irregularidades. Além disso, ele questionou o não indiciamento de empresários em outros processos em que Cipriano Maia aparece como indiciado, já que, no entendimento do relator, se há conluio, deveria haver indiciamento de quem supostamente teria participado.

Após a votação, os deputados convocaram outra sessão para a quinta-feira (16), quando serão analisados os contratos investigados na Operação Lectus, compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste e campanha publicitária de prevenção à covid com participação de ex-candidato filiado ao PT.