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Femurn: tchutchuca com redução de arrecadação dos municípios proporcionada por Bolsonaro e tigrão com o censo

Com as medidas eleitoreiras do extinto governo de Jair Bolsonaro (PL) os municípios potiguares perderam cerca de R$ 250 milhões em receitas com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Apesar do prejuízo, o presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN), Babá Pereira (Republicanos) fez a egípcia e não reagiu.

Aceitou de boa.

Era uma situação que cabia luta política como a entidade fez em outros momentos quando o antagonista era o Governo do Estado.

Aparelhada pelo bolsonarismo, via o senador eleito Rogério Marinho (PL), a entidade preferiu baixar a guarda.

Agora, com o alvorecer do Governo Lula, a Femurn se levanta contra o Censo, que objetivamente detectou que a população dos municípios potiguares é menor que o estimado. Isso vai gerar perda de receitas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) na ordem de R$ 100 milhões para 27 cidades potiguares.

Agora a Femurn ameaça ir a justiça para manter as receitas mesmo as cidades não tendo mais direito a elas pela população menor que o estimado.

A Femurn foi tchutchuca com Bolsonaro e agora é um tigrão com o Censo.

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Chapa de consenso é costurada para presidência da Femurn

Advogado e prefeito de Lagoa Nova, na região do Seridó, Luciano Santos (MDB) iniciou contatos e visitas com intuito principal de manter a união dos municípios, visando dar suporte aos prefeitos e as equipes técnicas para solucionar problemas e criar políticas públicas que contribuam com o desenvolvimento regional. Candidato de consenso a presidência da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Luciano quer a união na luta para fortalecer o municipalismo.

Em uma carta, Luciano Santos vai apresentar metas e eixos para desenvolver um planejamento de trabalho no biênio 2023/2024 na Femurn, que reúne hoje quase todos os municípios do Rio Grande do Norte. “Vamos propor uma Femurn itinerante, para atender seus municípios nas suas respectivas regiões, possibilitando assim, melhor relacionamento e debate. Vamos criar um Conselho Político Regional, com representantes de todas as regiões do Estado”, frisa.

Outra ideia da chapa que vem sendo costurada é efetivar a Escola dos Municípios. A intenção é auxiliar os entes na capacitação e treinamentos dos agentes públicos para melhor execução dos seus serviços. “Por exemplo, entra uma nova administração em um município e os novos

secretários e administradores, até estarem totalmente cientes de suas atribuições, demoram cerca de seis meses a um ano. Os famosos 100 dias. Nossa ideia é treinar os novos entrantes para ao tomarem posse, já estarem totalmente cientes de suas atribuições, principalmente nos pequenos e médios municípios”, afirmou Luciano Santos.

Além desses projetos, a ideia da nova direção da Femurn é desenvolver intercâmbios regionais, a defesa da reforma tributária pró-municípios. “Todos reclamam da carga tributária e buscam um novo pacto federativo de verdade. As coisas não acontecem como deveriam, nosso imposto pessoal é regressivo, ele penaliza quem é mais pobre, porque se concentra sobre o consumo. Precisamos fazer com que essa conta seja igualitária, com todos contribuindo sem penalizar ninguém afinal, menos é mais”, exemplifica o futuro presidente da Femurn.

Luciano Santos ainda destaca assessoria para planos de desenvolvimento municipais. “Nosso estado tem, em alguns municípios, níveis de IDH abaixo do que deveria ser. O problema é que falta aos entes, planos de desenvolvimento que possam utilizar os arranjos produtivos locais em benefício da sua população. Nossa proposta é ter parceiros para ajudar o desenvolvimento local. Por exemplo: as universidades, o Instituto Federal, a FIERN, a FECOMERCIO, todo o sistema “S” e, em especial, o parceiro SEBRAE que com certeza, ajudarão nesse trabalho”, comentou.

Nota do Blog: a Femurn foi aparelhada pelo senador eleito Rogério Marinho (PL) para virar um braço do bolsonarismo no Estado. Deixou de ser uma entidade em defesa dos municípios. O resgate da credibilidade da instituição é necessário.

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Justiça determina que Governo do RN pague R$ 60 milhões a municípios

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) condenou o Governo do Estado a pagar um valor superior a R$ 60 milhões aos municípios potiguares. A decisão vem em consonância com pedido da pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) e o valor é referente a repasses atrasados em programas de assistência farmacêutica e ao fortalecimento da atenção básica.

A decisão do pleno do Judiciário foi por unanime e determina que os pagamentos deverão ser feitos em parcelas de R$ 3 milhões, sob pena de bloqueio das contas caso haja descumprimento.

O desembargador Claudio Santos, que é o relator do processo,  ainda define que o Estado deverá realizar os repasses mensais rigorosamente na data determinada, tanto dos valores em atraso quanto os futuros pagamentos.

“A atual gestão da Femurn buscou um entendimento de todas as formas, e agora com a decisão do Tribunal de Justiça, os municípios receberão em parcelas, mas que com certeza farão uma diferença grande para a população, em especial na Farmácia Básica”, disse Babá Pereira, presidente da Femurn.

O processo chegou a ficar suspenso por alguns meses diante da tentativa do Ministério Público, coautor da ação, de mediar um acordo entre as partes. Mas, mesmo reconhecendo o débito, o Estado alegava dificuldades financeiras que lhe levaram a descumprir a obrigação de repasse dos recursos aos municípios.

Com informações do Portal da 98 FM Natal

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MDB e PSDB se unem na briga pela presidência da Femurn

O MDB, do vice-governador eleito e ainda deputado federal Walter Alves, e o PSDB, do presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza vão se unir na briga pela presidência da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN).

Os entendimentos estão girando em torno do prefeito de Lagoa Nova Luciano Santos (MDB), atual segundo vice-presidente da entidade.

Santos apoiou a governadora Fátima Bezerra (PT) e o senador eleito Rogério Marinho (PL), votando na chapa “Farinho” na eleições 2022.

A candidatura de Luciano se fortalece pela derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial. O atual presidente da entidade, o prefeito de São Tomé Babá Pereira (Republicanos) é um nome alinhado demais com o bolsonarismo. Ele deve retribuir o gesto de Luciano que desistiu da candidatura em 2021 e abrir mão da reeleição.

Luciano é visto nos bastidores como um dos nomes com trânsito livre entre os prefeitos de oposição e situação.

Outro ponto é a união dos partidos que mais têm prefeitos no Rio Grande do Norte (o MDB tem 40 e o PSDB 35).

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Presidente da Femurn usa nome da entidade para se beneficiar do Orçamento Secreto e ajudar Rogério Marinho

O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) Antenomar Pereira da Silva, o Babá (Republicanos), se cadastrou como usuário externo para fazer solicitações de recursos da emenda do relator, conhecido também como esquema do orçamento secreto.

Babá usou o nome da Femurn para pedir obras de pavimentação, recapeamento e calçamento junto ao Departamento Nacional de Obras contras as Secas (DNOCS), órgão subordinado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, que até o final de março estava sob controle de Rogério Marinho (PL), aliado do presidente da Femurn.

Em nome da entidade, ele pediu R$ 43,205 milhões.

Do ponto de vista legal a iniciativa se respaldo na resolução Nº 2, DE 2021-CN assinada pelo presidente do Senado Rodrigo Pachego (PSD/MG) que no artigo 69 permite que qualquer cidadão peça recursos do orçamento secreto.

A conferir

Art. 69-A. O relator-geral poderá realizar indicações para execução das programações a que se refere o inciso IV do art. 53, oriundas de solicitações recebidas de parlamentares, de agentes públicos ou da sociedade civil.

  • 1º As indicações e as solicitações que as fundamentaram, referidas no caput, serão publicadas individualmente e disponibilizadas em relatório em sítio eletrônico pela CMO e encaminhadas ao Poder Executivo.

Também do ponto de vista legal, não cabe a Femurn a execução das obras, mas a forma como está desenhada é possível atender aos pedidos como se fossem da entidade e, neste caso, Babá poderia indicar os municípios que seriam beneficiados com critérios políticos.

Da forma como está funciona como uma espécie de “cheque pré-datado” que só seria compensando depois da eleição.

Babá é aliado de Rogério Marinho, que tenta uma vaga no Senado. Marinho tem reunido uma grande quantidade de prefeitos e lideranças políticas em torno de si.

Já Babá tem se omitido enquanto presidente da Femurn em relação a uma série de medidas do Governo Bolsonaro que geraram perdas de receitas aos municípios. O comportamento é bem diferente de quando a governadora Fátima Bezerra (PT) propõe alguma medida que desagradou os prefeitos.

O silêncio entre os prefeitos potiguares também chama a atenção. Só com o ICMS dos combustíveis a estimativa da Secretaria Estadual de Tributação é de que as prefeituras percam em torno de R$ 250 milhões/ano.

Outro lado

O Blog do Barreto entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Femurn que enviou nota do presidente se posicionando sobre os pedidos no orçamento secreto e negando subserviência ao presidente Bolsonaro.

Confira:

Fizemos um pedido em nome da Federação dos Municípios por entender que a entidade representa todos os Municípios do Rio Grande do Norte, naintenção de mitigar os entraves burocráticos.Entretanto os recursos não vieram para a fEMURN, mas sim para o Departamento Nacional de Obras contra a Seca – DNOCS, beneficiando dezenas de Municípios do nosso Estado.A Femurn nunca foi passiva, sendo voz ativa contra todas as medidas que afetem os Municípios do Estado, seja em nível Estadual, seja Federal.Nesse sentido, temos uma atuação constante junto a nossa bancada federal, como também estadual defendendo os pleitos municipais.Da mesma forma, atuamos em conjunto com a Confederação Nacional dos Municípios na defesa dos interesses dos Municípios junto ao governoFederal, Congresso Nacional.Atenciosamente,Anteomar Pereira da SilvaGabinete da PresidênciaFederação dos Municípios do RN

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 6 jul 2022 – Prefeitos com pires na mão: O silêncio da Femurn

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Aparelhada por Rogério Marinho, Femurn se cala com proposta que prejudica prefeituras

O ano é 2019, o Governo do Rio Grande do Norte envia para Assembleia Legislativa o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI) cujo objetivo era incentivar a industrialização do Estado, com mais incentivos fiscais para quem preferir se instalar no interior.

A Federação do Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) reclamou, acusou a governadora de ser contra os prefeitos e conseguiu com a pressão compensações para as perdas que teriam com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A Femurn naquele momento mostrou força.

Hoje os problemas da entidade são com o Governo Federal, mas a entidade sempre escolhe o silêncio. O presidente Anteomar Pereira da Silva, o “Babá” (Republicanos), Prefeito de São Tomé, está alinhadíssimo ao ex-ministro Rogério Marinho (PL).

A entidade tem feito vistas grossas as propostas do Governo Federal que resultam em perdas de arrecadação nos municípios.

A mais recente é o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022 que visa zerar o ICMS dos combustíveis. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) calcula estima um prejuízo de R$ 115 bilhões para Estados e Prefeituras. A entidade classificou a proposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) como irresponsável e com impactos sociais imensuráveis.

A Femurn sequer se deu ao trabalho a divulgar um estudo sobre o impacto da proposta nos 167 municípios potiguares.

É uma entidade definitivamente aparelhada por Rogério Marinho que quando fazia oposição ao PT acusava o partido de “aparelhar o Estado”.

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A diferença entre o Sinte e a Femurn

Enquanto os professores das redes municipais das principais cidades do Rio Grande do Norte aguardam pacientemente que seus respectivos prefeitos digam se vão pagar o piso da categoria, atualizado em 33,24%, em nível estadual a coisa é diferente.

Após três rodadas de negociação, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sintern) não concordou com as propostas apresentadas pelo Governo do RN e levou o assunto para análise da categoria.

Resultado: greve por tempo indeterminado.

A paralisação é legítima, compreensível e derruba a tese de que por terem uma governadora do PT o Sintern teria uma postura de pelegos e subserviente. Os dirigentes da entidade defenderam a greve.

Já a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN) tem um comportamento bem diferente. O prefeito de São Tomé Babá (Republicanos), presidente da entidade, é ligadíssimo ao ministro do desenvolvimento regional Rogério Marinho (PL), candidato a candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Senado.

A Femurn que sempre é combativa para defender os prefeitos quando os temas envolvem o Governo Fátima é passiva na hora de defender seus associados e lutar pelas condições de cumprimento do piso junto ao Governo Federal.

A diferença de postura mostra qual entidade realmente está aparelhada, expressão que Rogério Marinho adora atribuir ao PT.

Quem são os pelegos mesmo?

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Femurn abre mão da luta para não embaraçar bolsonarismo no RN

A Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) foi uma leoa para lutar contra perdas que teria com ICMS através da criação do PROEDI, programa que está resultando em interiorização dos investimentos industriais no Estado.

A pressão municipalista rendeu uma compensação com repasses de recursos para a saúde aos municípios via Governo do Estado.

Agora com o reajuste 33,24% do piso nacional dos professores assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sem a garantia de nenhum aporte aos prefeitos a entidade pratica um silêncio ensurdecedor. A Femurn virou uma gatinha manhosa.

Nenhuma nota. Nenhuma reclamação pela falta de apoio da União feita pelo presidente da entidade o prefeito de São Tomé Babá Pereira (Republicanos).

O único prefeito relevante que chiou foi Allyson Bezerra (SD), de Mossoró, que afirmou que Bolsonaro está fazendo bondade com o chapéu alheio.

A Frente Nacional dos Prefeitos classificou o reajuste como “impraticável”. “O reajuste para esse índice [de 33,24%] tem um impacto gigantesco e algumas prefeituras, além do impacto na folha de pagamento, podem sofrer dificuldades na Previdência. Para cada 10% de aumento na folha dessas cidades, por exemplo, existe um aumento de 30% na previdência”, disse ao UOL, o prefeito de Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira (PDT), presidente da Frente Nacional dos Prefeitos.

Ligada ao ministro do desenvolvimento regional Rogério Marinho (PL), a entidade abre mão da obrigação de lutar por recursos que viabilizem a aplicação do piso para ficar de boa com o bolsonarismo.

A Fermurn foi instrumentalizada.

 

 

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Decisão judicial obriga Governo do RN a entregar a Femurn dados de arrecadação de IPVA, ICMS e da dívida ativa

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte determinou ao Governo do Estado a entrega dos dados de arrecadação de IPVA, ICMS e da dívida ativa à Federação dos Municípios do RN (Femurn). O Executivo havia negado as solicitações administrativas apresentadas pela entidade desde o início de 2021. Com os números, a instituição espera poder aferir de forma mais precisa se o Estado está repassando (ou não) tudo o que é devido a cada município referente a arrecadação de impostos.

“Tomamos a iniciativa de acionar a Justiça diante da estranha atitude do Governo em nos negar acesso às informações a que temos direito – e para atender a reivindicação dos colegas prefeitos diante de indícios de distorções nos repasses do nosso ICMS e IPVA”, relata o presidente da Femurn, Babá Pereira (Republicanos), que também é prefeito de São Tomé.

Segundo Babá, a expectativa da Federação agora é que essa decisão da Justiça faça o Estado mudar sua postura, “dando mais transparência sobre sua arrecadação e tendo mais respeito ao direito constitucional que os municípios têm de fiscalizar as suas receitas”.

A decisão foi do desembargador Claudio Santos, que determinou ao secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, fornecer os dados solicitados no prazo de 15 dias. Conforme o magistrado, há “plausibilidade jurídica suficiente” para a concessão da liminar, “notadamente porque a omissão das autoridades em não fornecer as informações fiscais requeridas pela FEMURN prejudica sobremaneira o poder-dever dos Municípios de acompanhar e fiscalizar a arrecadação estadual, sobretudo para garantir o cumprimento da norma de repartição das receitas tributárias, indispensáveis à gestão municipal e à promoção das políticas necessárias aos que vivem nos Municípios”.

Ainda na decisão, Claudio Santos afirma que “os Municípios estão sendo privados mensalmente de fiscalizar a regularidade dos valores a eles repassados, indispensáveis à gestão municipal e à promoção das políticas públicas”.