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Qual a eleição mais apertada? Qual a vitória mais folgada? Confira os resultados das eleições para prefeito de Mossoró nos últimos 56 anos

O Blog do Barreto traz um apanhado com os resultados eleitorais de Mossoró nos últimos 56 anos. Um trabalho de pesquisa que passou por análise de material jornais da época, conferência nos arquivos da Justiça Eleitoral e levantamento nos sites oficiais.

A partir daí descobrimos algumas curiosidades. A maior vantagem foi de 31.862 votos na eleição suplementar de 2014 quando Francisco José Junior (PSD) derrotou Larissa Rosado (PSB), que estava com candidatura sub judice, o que levou boa parte do eleitorado dela anular o voto naquele pleito. Essa votação de Francisco José Junior é até hoje a maior da história.

A eleição mais apertada foi em 1968, quando a hegemonia de mais 70 anos dos Rosados em Mossoró, sofreu um interregno com a vitória de Antônio Rodrigues de Carvalho sobre Vingt-un Rosado por 98 votos.

O maior percentual em eleições com mais de dois candidatos foi de Rosalba Ciarlini (então no extinto PFL) em 2000, quando ela derrotou Fafá Rosado (na época no PMDB). Ela teve 54,86% dos votos válidos.

Confira os números:

1968

Vingt-un Rosado – 11.034 votos

Antônio Rodrigues – 11.132 votos

1972

Dix-huit Rosado: 16.194 votos

Lauro Filho: 11.995 votos

Nulos: 296 votos

Brancos: 205 votos

Eleitores: 28.690

1976

Prefeito

João Newton (Arena 1): 20.165

Leodécio Néo (MDB 1): 10.840

Assis Amorim (MDB 2): 6.970

Antonio Rodrigues de Carvalho (Arena 2): 1.327

1982

Dix-huit Rosado (PDS): 21.510 (41,68%);

João Batista Xavier (PMDB): 15.466 (29,97%);

Canindé Queiroz (PDS): 4.388 (8,50%);

Mário Fernandes (PT): 428 (0,83%);

Paulo R. Oliveira (PTB): 48 (0,09%);

Brancos: 8.145 (15,79%);

Nulos: 1.621 (3,14%);

1988

Rosalba Ciarlini (PDT): 37.307 (49,7%)

Laíre Rosado (PMDB): 30.226 (40,2%)

Chagas Silva (PT): 2.507 (3,3%)

Brancos:  3.594

Nulos: 1.503

1992

Dix-huit Rosado (PDT): 37.188 (47,79%)
Luiz Pinto (PFL): 32.795 (42,15%)
Luiz Carlos Martins (PT): 6.557 (8,43%)
Paulo Linhares (PSB): 1.273 (1,64%)
Brancos: 5.669
Nulos: 3.913

1996

Rosalba Ciarlini (PFL): 57.407 (52,64%);

Sandra Rosado (PMDB): 26.118 (28,50%);

Jorge de Castro (PT): 4.878 (5,32%);

Valtércio Silveira (PMN): 3.237 (3,53%);

Brancos: 1.549

Nulos: 3.802

2000

Rosalba Ciarlini (PFL): 57.369 (54,86%)
Fafá Rosado (PMDB): 42.530 (40,67%)
Socorro Batista (PT): 4.447 (4,25%)
Mário Rosado (PMN): 228 (0,22%)
Brancos: 1.757 (1,59%);
Nulos: 4.395

2004

Fafá Rosado (PFL): 57.743 (49,06%)

Larissa Rosado (PMDB): 34.688 (29,45%)

Francisco José (PSB): 21.210 (18,02%)

Crispiniano Neto (PT): 4.083 (3,47%)

Brancos: 2.063

Nulos: 5.708

2008

Fafá Rosado (PFL): 65.329 (53,01%)

Larissa Rosado (PSB): 46.149 (37,44%)

Renato Fernandes (PR): 11.306 (9,17%)

Heronildes Bezerra, “Heró” (PRTB): 464 (0,38%);

Brancos: 3.678

Nulos: 7.40

2012

Cláudia Regina (DEM): 68.604 (50,90%)

Larissa Rosado (PSB): 63.309 (46,97%)

Josué Moreira (PSDC): 1.932 (1,43%)

“Cinquentinha” (Psol): 948 (0,70%);

Edinaldo Calixto (PRTB): 0 (0%)*

Brancos: 2.323 (1,61%)

Nulos: 6.737

*Os votos de Edinaldo Calixto foram considerados nulos por indeferimento do registro de candidatura.

2014 (pleito suplementar)

Francisco José Júnior (PSD): 68.915 (53,31%)

Larissa Rosado (PSB): 37.053 (27,55%)

“Cinquentinha” (Psol): 3.825 (4,90%)

Josué Moreira (PSDC): 3.025 (3,88%)

Gutemberg Dias (PCdoB): 2.265 (2,90%)

Brancos – 4.428

Nulos: 15.000

2016

Rosalba Ciarlini (PP): 67.476 (51,12%)

Tião Couto (PSDB): 51.990 (39,39%)

Gutemberg Dias (PC do B): 11.152 (8,45%)

Josué Moreira (PSDC): 1.370 (1,04%)

Francisco José Junior (PSD): 602*

Brancos: 2.974

Nulos: 9.451

*renunciou à candidatura.

2020

Allyson Bezerra (SD): 65.297 (47,52%)

Rosalba Ciarlini (PP): 59.034 (42,96%)

Isolda Dantas (PT): 8.051 (5,86%)

Cláudia Regina (DEM): 4.046 (2,94%)

Professor Ronaldo (PSOL): 611 (0,44%)

Ceição (PTB): 378 (0,28%)

Brancos: 2.282 (1,57%)

Nulos: 6.052 (4,15%)

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Reportagem especial

Allyson tomou Nogueirão da LDM sem lastro na lei, com processo desaparecido e assinaturas inconsistentes

No dia 11 de março de 2021, com pouco mais de dois meses de gestão, o prefeito Allyson Bezerra (ainda no Solidariedade, hoje no União Brasil) posou para uma foto ao lado do então secretário de esportes Junior Xavier, para anunciar a municipalização do Estádio Leonardo Nogueira, o Nogueirão.

Nas mãos um documento que não comprova nada nem tinha lastro legal que o sustentasse. A partir daí iniciou-se uma disputa silenciosa entre o prefeito a comunidade desportista de Mossoró que muito explica porque o Nogueirão chegou ao ponto de ter as portas fechadas por decisão judicial após vários incidentes constrangedores ao longo dos últimos anos.

A lei de 1961 é clara: seria necessário a extinção da LDM para reverter o Nogueirão

A história não começa com Allyson, mas ele escolheu se tornar protagonista dela na atualidade.

Mas voltado àquele 11 de março, ficou registrado na história o discurso com a promessa de dias melhores para a ruína que um dia foi uma praça esportiva. “Um momento histórico. Nós assumimos a Prefeitura e de cara abraçamos essa responsabilidade de devolver ao povo de Mossoró, de fato e de direito, o estádio Nogueirão. Era uma demanda histórica, de décadas, que a população queria que o Município pudesse cuidar do estádio”, disse Allyson em declaração oficial.

Certidão usada na foto não sustenta reversão do Nogueirão

Mas o tempo mostrou que a gestão entregaria dias piores para o futebol de Mossoró e, três anos depois, o estádio está interditado por decisão judicial que o prefeito escondeu na última entrevista à Intertv com o argumento mentiroso de que a interdição foi por causa da queda do teto das cadeiras.

A verdade é que a decisão judicial foi antes do incidente do último sábado de carnaval.

Mas a história da municipalização do Nogueirão não acaba nem começa com a desastrosa gestão de Allyson sobre o estádio. Há uma série de irregularidades que o Blog do Barreto passará a detalhar na sequência desta reportagem especial.

Para isso é necessário voltar ao ano de 1961 quando outro jovem prefeito administrava Mossoró após ser eleito deputado estadual, numa trajetória parecida com a de Allyson.

Ao assinar em 7 de dezembro daquele ano a Lei 33/1961, Antônio Rodrigues de Carvalho determinou a doação do terreno na então desabitada área do atual Nova Betânia para construir o estádio. A Liga Desportiva Mossoroense (LDM) ganhou um prazo de cinco anos para construir a praça esportiva a contar de 2 de janeiro de 1962. Caso a promessa não fosse cumprida, o terreno seria devolvido ao Munícipio.

O Estádio foi inaugurado oficialmente em 4 de junho de 1967 num amistoso entre a Seleção Mossoroense e o Ceará Sporting Club. O time alencarino venceu por 2×0.

Apesar do atraso de 6 meses, nunca houve contestação e a LDM ficou por quase 54 anos a frente do Nogueirão, salvo um curto período que você vai conhecer ao longo desta reportagem.

Na medida em que o estádio começou a definhar, se iniciou o debate sobre a municipalização. Afinal de contas, a praça esportiva pertencia a LDM, mas eram os recursos públicos que faziam a manutenção.

O primeiro prefeito a tentar assumir o controle do Nogueirão foi Francisco José Junior, em 2014, no auge da sua efêmera popularidade. No segundo semestre daquele ano ele enviou para a Câmara Municipal um projeto de lei aprovado pelo legislativo que se tornaria lei em 30 de dezembro daquele ano.

A Lei Municipal 3.265 de 30 de dezembro de 2014 estabelecia que para a reversão do patrimônio para o município seria necessária escritura pública lavrada em cartório. Mas é preciso entender que essa lei dependia da anterior para se efetivada e o dispositivo fundamental nunca se concretizou.

Ironicamente, coube a Rosalba Ciarlini (PP) logo no início do seu quarto mandato de prefeita entender que a lei não tinha sustentação porque o estádio foi construído e devolveu a praça para a LDM.

O ironicamente fica por conta pelo fato dela, em 2011, ter melado o processo de permuta em que o terreno do que restou do Nogueirão seria trocado por uma nova praça esportiva. Rosalba lançou uma maquete e prometeu uma reforma que nunca aconteceu.

O caso até hoje é piada entre os desportistas de Mossoró.

Já a devolução à LDM se deu pelo entendimento de que a Lei de 2014 não revoga a de 1961 que exigia a construção do Estádio, que ficou pronto pelas mãos da LDM, ou a extinção da entidade para a reversão do imóvel.

Uma é continuidade da outra como deixa claro o parágrafo único entre o primeiro e o segundo artigo da segunda lei. Como o estádio foi construído pela LDM o acerto se deu pelo caminho da extinção da LDM, o que nunca aconteceu. O atraso de seis meses na entrega do estádio nunca esteve em questão.

Lei de 2014 não revoga a de 1961 e fica dependente da extinção da LDM

Por isso, Rosalba devolveu o estádio a LDM.

Nas negociações em 19 de agosto de 2014, o então presidente Francisco José Junior acertou com José Carlos Rodrigues, na função de representante da LDM, que a entidade seria extinta. A ata da reunião deixa bem claro que a lei dependeria da extinção LDM conforme previa a legislação de 1961. A lei de 2014 menciona a de 1961 sem entrar neste detalhe, fundamental para garantir o lastro legal para a reversão do imóvel.

Acerto da reversão não foi com representante da LDM

O problema é que naquela data o presidente da entidade era Francisco de Assis Freire cujo mandato terminou em 19 de novembro daquele ano sendo sucedido por Francisco Braz em 20 de novembro.

Os problemas não param aí. No dia 20 de agosto, um dia após a reunião que selou um acordo por meio de uma pessoa que não era a representante legal da LDM, foi realizada uma reunião extraordinária da LDM para tratar da carta de admissão de reversão do terreno.

LDM não atendeu requisito para permitir reversão do imóvel

Aí surgiu uma série de esquisitices.

Primeiro é que Francisco Braz, assina como presidente da entidade antes mesmo de ter tomado posse, o que só aconteceu em 20 de novembro. Rocelito Miranda assinou como representante do Baraúnas sem estar habilitado para isso. Em 20 de agosto de 2014, o Mossoró Esporte Clube não poderia estar filiado a LDM por estar inscrito no CNAE tendo como atividade principal “Atividades de Associações de Defesa de Direitos Sociais”, o que não tem a ver com a prática esportiva. Além disso, há indícios de que assinatura do presidente do clube, João Dehon, teria sido falsificada.

Assinatura de João Dehon
Assinatura atribuída a João Dehon

Outra assinatura duvidosa é a de Antônio Correa Junior, que não era o representante legal da Associação Desportiva do Bairro IPE. Quem tinha essa função era Mário César Mendes dos Anjos.

Já o Cantareira Esporte Clube tinha dado baixa na Receita Federal em 31 de dezembro de 2008 e, por tanto, Francisco Leandro Medeiros Segundo, não poderia ter assinado a carta em nome do clube. O CNPJ usado é o da Seleção Baraunense.

Até mesmo uma entidade inexistente, a Associação Cultural Baraúna Esporte Clube assinou o documento.

Em amarelo as assinaturas suspeitas

A extinção de uma entidade só ocorre de duas formas: decisão judicial ou decisão voluntária dos associados como prevê o Capítulo XIX do artigo 5º da Constituição Federal. Só com a extinção da LDM seria possível reversão do imóvel.

A própria gestão de Francisco José Junior se comprometeu a só enviar o projeto à Câmara Municipal com a dissolução da LDM, o que nunca aconteceu. Ainda assim a lei foi aprovada, sancionada e o decreto assinado. Rosalba percebeu a ilegalidade e devolveu o estádio, Allyson preferiu passar por cima dos acordos.

Obrigações assumidas pela PMM. Projeto foi enviado sem que a LDM fosse extinta

Mas como, após o interregno de quatro anos, o Nogueirão voltou para o controle da Prefeitura de Mossoró? É aí que Allyson assume o protagonismo da história.

O prefeito utilizou do Decreto Municipal 4.434/2014 que realizou a reversão do imóvel com base na lei 3.265/2014 além da ata da assinatura do termo de compromisso (como a reportagem mostra assinada por uma pessoa que não era representante da LDM) e a carta de admissão da reversão cheia de assinaturas suspeitas. Tudo isso sem o principal: a extinção da LDM que nunca se concretizou.

A alegação na certidão que Allyson aparece segurando na foto é que a LDM descumpriu condicionantes da carta de admissão. As condicionantes descumpridas não são detalhadas, além da carta ter assinaturas no mínimo duvidosas.

Cartório admite inexistência de escritura que comprove a reversão do terreno

O documento da foto foi lavrado no 6º Ofício de Notas. Ele foi usado para consumar a reversão do Nogueirão para o Município através do processo administrativo 0122/21.

O Blog apurou que a LDM solicitou ao 6º Ofício de Notas informações sobre o processo e o cartório avisou que não possui a escritura pública da reversão do Estádio para o município nem o próprio processo.

A LDM chegou a pedir informações à Prefeitura de Mossoró que não respondeu a respeito do processo administrativo.

Em síntese: oficialmente ninguém sabe onde está o processo.

Allyson desfez a correção de rumo de Rosalba sem lastro na legal porque a LDM não foi extinta como previa a lei da doação do terreno (que não foi revogada com a de 2014), há um processo cujo paradeiro é desconhecido e uma carta cheia de suspeitas sobre as assinaturas.

CNPJ da LDM segue ativo
Certidão confirma existência da LDM
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Exagero no marketing na educação pode gerar “Efeito Silveira” sobre Allyson

Ao lançar o programa “Mossoró Cidade da Educação” o prefeito Allyson Bezerra (SD) abriu o flanco para que a área que ele quis tornar vitrine fosse alvo de pedras jogadas pela oposição.

Um bebedouro quebrado, uma janela sem ferrolho, uma carteira avariada e outros problemas seriam usados para superdimensionar a crítica a altura da peça de marketing.

Quem sabe muito bem disso foi o ex-prefeito Francisco José Junior. Ele transformou um avanço razoável no transporte público numa peça de marketing exagerada.

“A espera de anos acabou”, dizia o slogan.

A melhora do que era péssimo poderia ter rendido dividendos políticos acabou tendo um efeito inverso ao esperado colaborando para Francisco José Junior ostentar o status de prefeito com pior avaliação da história de Mossoró.

Com a popularidade nos píncaros da glória, Allyson precisa ficar atento porque Francisco José Junior também sabe o que é bombar no gosto popular.

A denúncia do Ministério Público demonstrando falta de zelo na educação, deixando crianças sem matrículas ou estudando distantes de casa é, como escrevi esta semana, um engasgo no discurso da “cidade da educação”.

O prefeito precisa se ligar no efeito “Silveira”, em alusão ao sobrenome usado pelos mais próximos de Francisco José Junior.

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Caso Vuco-vuco mostra que não basta ter razão, é preciso saber usá-la

Prefeito entrou em conflito com ambulantes (Foto: redes sociais/Allyson Bezerra)

Ninguém questiona a necessidade de remover os ambulantes que ocupam espaços irregulares em Mossoró. Inclusive, boa parte desse grupo sabe que está na ilegalidade e sonha com uma solução por parte do poder público.

Como Francisco José Junior e Rosalba Ciarlini, o prefeito Allyson Bezerra decidiu mexer em um vespeiro. Os antecessores colheram desgaste e impopularidade. No caso do primeiro, a briga com os ambulantes é o marco inicial de sua derrocada política.

Como Francisco José Junior e Rosalba, Allyson tem razão em remover os boxes irregulares do Vuco-vuco. É uma questão legal (que se sustenta em recomendações do Ministério Público) e moral (por respeitar os direitos dos comerciantes que estão legalizados).

Mas temos aí uma questão muito mais complexa cujo uso da razão precisa ser conciliado com empatia e bom senso.

A ocupação ilegal de espaços no Vuco-vuco, Coronel Gurgel e Praça do Mercado não é a doença. É um sintoma. Sintoma da decadência econômica de Mossoró cujo desemprego galopante foi intensificado com a pandemia e isso empurra pais e mães de família para a informalidade.

Mossoró precisa lidar com isso criando novos espaços para o comércio popular. É um assunto que não foi bem debatido na campanha embora o prefeito tenha prometido que faria diferente de seus antecessores.

Ter razão num tema não é tudo. Esse respaldo não pode abandonar a empatia com pais e mães de família desempregados que já estão sofrendo com o péssimo momento econômico provocado pela crise sanitária.

Esse quadro obriga o prefeito a levar em consideração a sobrevivência dessas pessoas. A remoção dos boxes tinha que vir antecedida de diálogo e construção de alternativas para essas pessoas para aí sim fazer as necessárias medidas que envolvem acessibilidade e justiça com os comerciantes legalizados.

O que foi feito na madrugada de ontem foi cruel com os ambulantes prejudicados, mas talvez não gere o desgaste monumental sofrido por Francisco José Junior e em menor escala por Rosalba.

Por quê?

Porque o prefeito agiu atendendo aos interesses dos comerciantes legalizados enquanto Rosalba e Francisco José Junior bateram de frente com os que ocupam a Coronel Gurgel que são organizados em associação e possuem um poder de mobilização bem maior.

Ainda assim o prefeito errou tanto quanto seus antecessores por não pensar em construir alternativas antes de tomar as medidas.

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Em áudio vazado, Francisco José Junior admite vaidade como fator para fracasso administrativo e celebra vitória de Allyson: “alma lavada”

Ex-prefeito comenta resultado eleitoral (Foto: arquivo)

Um dos protagonistas do processo eleitoral de 2020 em Mossoró, o ex-prefeito Francisco José Junior quebrou o silêncio em um grupo de Whtasapp.

Ele comentou o processo eleitoral em Mossoró celebrando a derrota da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) e admitindo ter na vaidade um pecado em sua gestão.

Outro ponto comentado diz respeito à permanência excessiva de rosalbistas na gestão.

Nota do Blog: esse áudio foi gravado alguns dias após o Blog do Barreto ter apontado dois erros cometidos pelo ex-prefeito que não poderia ser repetidos por Allyson Bezerra. Ambos eram a vaidade e a manutenção de rosalbistas na gestão. Leia AQUI.

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O maior protagonista do debate esteve ausente

Francisco José Junior há quatro anos tirou Rosalba do sério em debate (Foto: reprodução)

Ele foi o centro das atenções no debate da TCM Telecom mesmo estando fora da política há quatro anos. Estou me referindo ao ex-prefeito Francisco José Junior.

Seu nome é a muleta para cada problema da cidade. É como se Mossoró fosse um paraíso até o dia que ele sentou pela primeira vez na cadeira mais confortável do Palácio da Resistência.

Cláudia Regina (DEM) disse que Allyson Bezerra (SD) era o novo “Silveira”. O candidato do Solidariedade falou que o ex-prefeito só existia porque ela foi cassada quatro vezes.

Rosalba Ciarlini (PP) antes de responder uma pergunta sobre saúde falou que Isolda Dantas (PT) foi secretária do ex-prefeito e a deputada lembrou que no grupo da prefeita tem ex-secretários e vereadores da base silverista.

Silveira foi o centro do debate.

Mossoró precisa virar esta página de sua história e discutir as soluções para os problemas atuais. Rosalba Ciarlini precisa largar essa história de que ela reconstruiu a cidade destruída por Silveira porque esse papo só convence sua base de adoradores.

Por mais que gestão do ex-prefeito tenha sido péssima, é desonesto da parte da prefeita culpa-lo todos os problemas atuais como se ela não tivesse nenhum equívoco.

Precisamos de soluções, não de política eleita para resolver os problemas que fica choramingando pelos cantos.

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Há quatro anos Francisco José Junior desistia da reeleição

Francisco José Junior no dia que anunciou que estava fora das eleições (Foto: reprodução)

Foi num dia 19 de setembro, mais precisamente numa segunda-feira, que ocorreu uma hecatombe política em Mossoró em plena reta final das eleições de 2016.

O então prefeito Francisco José Junior (PSD) patinava nas pesquisas eleitorais e rumava para um dos maiores vexames já registrados nas urnas mossoroenses.

Por volta das 22h o que seria somente mais uma live se tornou o principal fato político das eleições de 2016. O que era boato se converteu em fato a ser noticiado.

Alegando que sairia de cena para combater as oligarquias ele anunciava a desistência da candidatura. Assim ele se tornava o primeiro prefeito de Mossoró a não conseguir a reeleição.

Até hoje o episódio é lembrado como a noite que Mossoró não dormiu.

Nota do Blog: Francisco José Junior ainda iria ao debate da Intertv Cabugi mesmo após retirar a candidatura. A participação dele foi marcada pela “jantada” que ele deu em Rosalba mesmo estando desmoralizado.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 181 │ QUEM SÃO OS ROSALBISTAS QUE FORAM “SILVERISTAS” NO PASSADO

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Silveristas no passado, rosalbistas no presente

Francisco José Junior abraça Rosalba (Foto: Web/autor não identificado)

Na boca de qualquer rosalbista qualquer ex-secretário ou aliado do ex-prefeito Francisco José Junior (PSD) deverá ser castigado no fogo da queimação política. A máquina de moer reputações da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) está com tudo.

No entanto, caro rosalbista, antes de sair por satanizando quem fez parte da gestão do ex-prefeito lembre-se do passado silverista dos aliados de sua divindade política.

A começar pelo vereador João Gentil (REDE) que foi secretário de meio ambiente de Francisco José Junior e ontem foi acolhido no palanque da prefeita. Ele não é o único ex-secretário de Silveira que fez parte da gestão e hoje apoia Rosalba. Rondinelli Carlos (PL), um dos mais leais ao grupo da prefeita, ocupou a pasta da agricultura de onde saiu para ser eleito vereador.

A presidente da Câmara Municipal Izabel Montenegro (MDB) que hoje classifica a gestão passada como “estrago” foi aliada de primeiríssima hora do ex-prefeito. Assim como o líder da bancada governista Alex Moacir (PP).

Na bancada rosalbista foram eleitos pelo PSD de Francisco José Junior em 2016 os vereadores Maria das Malhas, Toni Cabelos e Emílio Ferreira. Os dois últimos estão no PP de Rosalba.

Ainda foram ferrenhos aliados do prefeito até ele desistir da reeleição os vereadores Flávio Tácito, Ricardo de Dodoca e Manoel Bezerra. Todos hoje estão no partido da prefeita.

Isso sem contar que a própria Rosalba deu apoio velado a Francisco José Junior nas eleições de 2014 e boa parte dos comissionados rosalbistas de hoje fizeram parte da gestão anterior.

Tudo é uma questão de narrativa, mas a coerência não sustenta o discurso rosalbista para quem tem memória boa.

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Francisco José Junior está na “lista negra” do TCE

Ex-prefeito está na “lista negra” do TCE (Foto: Magnus Nascimento)

O ex-prefeito Francisco José Junior está na “lista negra” do Tribunal de Contas do Estado (TCE) enviada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Caso ele tente registrar uma candidatura nas eleições deste ano ele pode ser considerado inelegível.

Ele está na lista por causa de uma reprovação de contas relativa ao exercício orçamentário de 2012 quando estava a frente da Câmara Municipal de Mossoró.

Em fevereiro deste ano, a Câmara Municipal referendou parecer do TCE que reprovou as contas dele a frente da Prefeitura de Mossoró relativas ao ano de 2016. Esta medida também pode provocar inelegibilidade.

Nota do Blog: vale lembrar que Francisco José Junior não tem planos de ser candidato este ano. Ele cursa medicina na Universidade Potiguar (UnP) em Natal.

Decisão do TCE que condenou Francisco José Junior

Recurso de Francisco José Junior rejeitado no TCE