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Reportagem

Cotado para vice de Allyson é descartado por estar inelegível. Condenação é por falsidade ideológica

Um dos principais secretários da gestão do prefeito Allyson Bezerra (União), Kadson Eduardo está inelegível e por isso foi descartado da lista.

O atual secretário de administração, que até bem pouco tempo acumulava função a frente da pasta da cultura, foi condenado por falsidade ideológica e o caso encontra-se com status de trânsito em julgado porque houve perda de prazo para os recursos em segunda instância.

Consta na denúncia do Ministério Público Federal que no dia 29 de julho de 2016, Kadson falsificou um documento público e o apresentou em uma audiência na a 12ª Vara Federal, situada em Pau dos Ferros.

Kadson era advogado de uma ação sobre demarcação de terras particulares na cidade de Apodi. Ele teria falsificado um documento alterando a data da audiência. “Ocorre que, segundo se desnudou, nem essa suposta audiência designada anteriormente nem o número do processo informado pelo denunciado existiam de fato, razão por que KADSON EDUARDO FREITAS ALEXANDRE, ciente das consequências processuais que a conduta de mentir perante a Justiça poderia acarretar-lhe, forjou documento público, consistente na montagem da captura de tela (print screen) do Projudi do TJ/RN, e o apresentou a esse Juízo Federal, nos autos do Processo nº 0800079-21.2013.4.05.8404”, diz a denúncia do MPF que apontou que adulteração do número do processo.

A defesa alegou que houve uma falha no sistema tentando descartar má fé de Kadson. “O que aconteceu, durante toda essa lamentável situação, foi uma falha do sistema, que culminou com a apresentação de uma data para audiência de conciliação, sem que, tal viesse a ser inserida na pauta”, argumentou. “Ocorre, que após a realização das correções, foi alterado a data da audiência e o dígito verificador do processo, possivelmente como forma de permitir o ajuste sistêmico, repita-se, ante ao erro exclusivo do sistema”, complementou.

O argumento não convenceu o juiz Rodrigo Arruda Carriço que julgou procedente a denúncia. “Assim, resta claro o elemento subjetivo do tipo, consistente na presença do dolo do réu, que usou o documento falsificado por ele, estando presentes todos os elementos configuradores da culpabilidade, na medida em que este réu é de pessoa imputável, com potencial conhecimento da ilicitude de seu comportamento, impondo-se, pois, conduta diversa da adotada”, frisou.

Kadson foi condenado a dois anos de prisão e 10 dias-multa com base no artigo 304 do Código Penal em regime aberto. Cotado para vice, o secretário está impedido de disputar eleições por oito anos com base na Lei Complementar 64/90 por se tratar de um crime contra a fé pública.

Ele está nesta situação desde 17 de abril do ano passado quando foi emitida a certidão de trânsito em julgado informando que a condenação era definitiva desde 19 de janeiro de 2023.

Decisão foi recebida com apreensão, resultou e saída da Secretaria de Cultura e em recuo de filiação partidária

A notícia caiu como uma bomba no colo do prefeito Allyson Bezerra que tinha pretensões políticas para um de seus principais auxiliares.

Uma das primeiras medidas foi tirá-lo da condição de interino da Secretaria Municipal de Cultura por temor que o assunto viesse à tona e maculasse o estratégico Mossoró Cidade Junina 2024.

Outra medida foi o descarte de filiação partidário em dos partidos da base do prefeito por causa da condição de inelegível do auxiliar.

No entanto, Allyson reluta em demitir Kadson da pasta da administração por considerá-lo de confiança.

Confira o processo na íntegra AQUI 

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Secretário nega que festas da Prefeitura de Mossoró tenham impactado nas finanças

Na coletiva dos secretários do prefeito Allyson Bezerra (União) o titular do planejamento, Kadson Eduardo, minimizou o peso das grandes festas nas contas da Prefeitura de Mossoró.

Para ele, os investimentos no Mossoró Cidade Junina, Mossoró Sal e Luz e Festa do Bode deram retorno. “Com relação ao investimento do município em eventos eu não classifico como despesa porque a própria CDL mostra o grande retorno que esses eventos geram para a população”, argumentou. “Às vezes os comerciantes nem estão preparados para o evento e no Sal e Luz no primeiro dia teve comerciante que vendeu tudo”, complementou.

Ele sinalizou que a Prefeitura de Mossoró deve seguir investindo em eventos. Pelo calendário cultural da cidade o próximo é Auto da Liberdade, no final de setembro. “Temos investido e temos feito com responsabilidade dentro da receita estimada”, disse durante a coletiva.

Na manhã de hoje quatro secretários municipais acusaram o Governo do Estado de dever R$ 117 milhões e lamentaram as perdas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que poderia fazer a Prefeitura de Mossoró atrasar os salários em setembro.

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Prefeitura afirma que valor da dívida Governo é maior que o anunciado e nega débito milionário com a Caern

Durante a audiência pública que tratou das dívidas do Governo do Estado com a Prefeitura de Mossoró, realizada na Câmara Municipal, os representantes do município revelaram que a conta está em R$ 117 milhões, diferente dos R$ 90 milhões anunciados, no mês passado.

São repasses acumulados de gestões anteriores e da atual relativos à Saúde, ICMS e IPVA. Nas contas da Prefeitura são R$ 36,8 milhões da Saúde, R$ 67,5 milhões de ICMS e R$ 13,2 milhões de IPVA.

Após a audiência, o prefeito Allyson Bezerra (SD) foi as redes sociais criticar a governadora Fátima Bezerra (PT). “O Governo do estado DEVE mais de 117,9 milhões de reais ao município de Mossoró! Em audiência pública na Câmara ficou demonstrado e explicado cada dívida com a devida documentação legal. O Governo estadual não pode continuar sem fazer os repasses e prejudicando nossa cidade”, reclamou.

O secretário executivo do Tesouro Estadual, Álvaro Luiz Bezerra, disse na audiência que o Governo reconhece uma dívida de R$ 55 milhões. “Saliento que, sobre as pendências na Saúde, vamos averiguar se os nossos números estão iguais aos do Município. Lembrando que o Estado já está fazendo repasse da dívida ativa de ICMS e IPVA”, explicou.

Com relação ao débito de R$ 111 milhões da Prefeitura de Mossoró com a Caern, o secretário municipal de Planejamento, Kadson Eduardo, negou a existência do débito, alegando que contrato de concessão do Município à estatal isenta a Prefeitura de pagamento de taxas e de outros encargos.

O autor do pedido de audiência pública Francisco Carlos (Avante) classificou a reunião como esclarecedora. “Mossoró precisa, no mínimo, de um cronograma de pagamento”, sugeriu.

Nota do Blog: a alegação de Kadson para negar a inexistência do débito com a Caern é descolada da realidade. O débito existe e está sendo contestado na Justiça. Ele sabe que pode dizer o que quiser porque o Governo e a Caern não podem se manifestar publicamente por questões contratuais.

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Análise

Secretários se antecipam a convocação para tirar protagonismo da oposição na crise do aditivo

O prefeito Allyson Bezerra (SD) anunciou como um gesto de transparência a antecipação da ida do secretário de infraestrutura Rodrigo Lima para prestar esclarecimentos a respeito do controverso aditivo de R$ 433 mil na reforma do Memorial da Resistência. A boa impressão aumenta ainda mais com o plus do envio do secretário de administração Kadson Eduardo.

Noves fora o avanço institucional de mandar os secretários (uma bancada de Rosalba teria derrubado a convocação no plenário e pronto), a jogada foi esperta para acuar a oposição que estava assumindo as rédeas no debate público em relação ao assunto.

Pela primeira vez Allyson não ficou com o controle da narrativa.

Na verdade, a antecipação é um desrespeito ao tempo do parlamento. Hoje era dia de sessão ordinária por isso a convocação ficou para a quinta-feira. O prefeito quis dizer “eles vão quando eu quiser” e sem ser na condição de convocados.

A ideia era fazer um contra-ataque com a presença de Kadson que se expressa bem e tem conhecimento jurídico. O secretário de infraestrutura visivelmente nervoso se ateve a questões técnicas.

Kadson até tentou minimizar a questão dizendo que a licitação foi feita na gestão de Rosalba Ciarlini (PP) omitindo que o processo foi concluído com a assinatura de Allyson.

Outro plano era criar as condições políticas para impedir a convocação de amanhã sob a alegação de que os secretários vieram de espontânea vontade.

Mas um acordo celebrado hoje entre as bancadas de que as convocações de secretários passarão pelo plenário, mas só nas próximas oportunidades. Isso manteve a convocação de Rodrigo Lima para amanhã, às 10h.

O secretário pode faltar alegando que já foi hoje, mas o estrago já está feito.

Allyson mexeu as peças, a oposição também.

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O homem forte da gestão Allyson Bezerra

Kadson será chefe de gabinete (Foto: redes sociais)

O advogado Kadson Eduardo é apontado nos bastidores como uma figura central na condução da vitoriosa campanha de Allyson Bezerra (SD) rumo ao Palácio da Resistência.

Ontem em entrevista a Thaísa Galvão o prefeito eleito anunciou ele como chefe de gabinete a partir de 1º de janeiro.

Kadson será o capitão do secretariado formado pelo prefeito eleito. É o homem forte da gestão.