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A luta contra a fome incomoda mais que a miséria

As pessoas que passam pano para quem foi a Brasília depredar prédios públicos em nome de um ilegítimo pedido por um golpe de estado porque não aceitaram os resultados das urnas são as mesmas que condenam os manifestantes do MLB que ocuparam um supermercado em Natal em uma manifestação contra a fome em uma luta por doação de cestas básicas.

Os vândalos da democracia recebem apoio e solidariedade. Os manifestantes contra a forme são acusados de serem bandidos mesmo que não tenham quebrado nada.

O que define quem é cada um é a causa. A luta contra a fome incomoda muito mais do que a existência da miséria.

Não é por acaso que os que apoiam os golpistas de 8 de janeiro são os que passaram anos detonando o Bolsa Família e vibraram quando o Policial Militar da Reserva e político inelegível por condenação por parte de arma de uso restrito Wendell Lagartixa foi lá criar confusão.

Depois de tudo ainda teve quem se desse ao trabalho de incendiar o ônibus que transportava os militantes do MLB, mais uma vez sem qualquer manifestação daqueles que costumam chorar nas redes sociais por vidraças de banco quebrada e depredações de estátuas de genocidas.

Lutar contra a fome e justiça social incomoda muito.

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Reprovação de contas da saúde expõe o quanto problemas da saúde municipal da gestão de Allyson vem sendo abafado

Esta semana escrevi que os problemas da saúde estão sendo abafados na gestão do prefeito Allyson Bezerra (União). Há um temor em denunciar por parte de usuários e servidores.

Pouca coisa chega a imprensa.

A reprovação das contas de 2022 e do primeiro quadrimestre de 2023 pelo Conselho Municipal de Saúde escancarou a crise que existe e é quase imperceptível em termos de noticiário.

Quer um exemplo apontado no relatório? Os exames de endoscopia e colonoscopia da Prefeitura de Mossoró não são realizados na cidade. Os pacientes precisam ir a Natal para fazer exames simples, que são ofertados aqui. O tomógrafo do PAM do Bom Jardim está encaixotado desde agosto do ano passado sem previsão de uso.

Esta semana o Portal Boca da Noite informou que a Unidade Básica de Saúde Maria Neide da Silva Sousa, localizado no Conjunto Jardim das Palmeiras, está há 50 dias sem dentista. Até a semana retrasada o raio x da UPA do Belo Horizonte estava sem película. O raio x da UPA do Santo Antonio está desativado desde 2018.

E olhe que o volume de recursos de 2022 para 2023 saltou de R$ 160 milhões para R$ 340 milhões.

A reprovação das contas da saúde mostrou que não dá mais para abafar o caos da saúde em nível municipal.

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Sinal de líder é de reconhecimento de derrota do Governo na luta para manter o ICMS de 20%

O líder da bancada governista Francisco do PT admitiu negociar com a oposição uma solução intermediária para resolver a questão da alíquota modal de 20% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Em entrevista a 98 FM de Natal, Francisco disse topar sugerir a governadora uma saída intermediária de consenso que pode ser uma alíquota de 19%.

Tem que ser muito ingênuo para não perceber que Francisco falou isso combinado com a governadora Fátima Bezerra (PT).

O petista é muito alinhado a governadora e é conhecido pela disciplina partidária. Logo foi uma jogada de um balão de ensaio para ver a reação dos deputados de oposição e parte dos governistas que resistem a proposta de manter os 20%.

A fala em si já mostra que o governo jogou a toalha e reconhece a derrota na luta para aprovar a proposta. As estimativas apontam para uma queda de R$ 675 milhões no ano que vem.

Se no quadro atual o governo Fátima passou maus bocados em 2023, imagine com esse tombo na arrecadação?

Confira o vídeo com a fala de Francisco:

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Problemas na saúde da gestão de Allyson são abafados

É um tabu vazar informações negativas da gestão do prefeito Allyson Bezerra (SD). Há um medo de retaliação grande e uma desmotivação para denunciar a imprensa.

Ainda assim quando se divulga alguma caso, a repercussão fica restrita ao veículo que trouxe o assunto à tona. Não há uma divulgação generalizada como, por exemplo, acontece em qualquer problema relacionado ao Hospital Regional Tarcísio Maia.

A gestão de Allyson nunca conseguiu uma solução para a falta de raio x na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Santo Antonio. Quem chega lá é encaminhado para a UPA do Belo Horizonte ou para o Tarcísio Maia.

Este tema não tem sido notícia.

Até semana passada o raio x da UPA do Belo Horizonte estava sem películas para fazer os exames, o que seria um escândalo se fosse na rede estadual de saúde. O assunto não ganhou manchetes.

Ontem o portal Boca da Noite informou que a Unidade Básica de Saúde Maria Neide da Silva Sousa, localizado no Conjunto Jardim das Palmeiras, está há 50 dias sem dentista.

O assunto ficou restrito ao próprio veículo.

O Blog do Barreto recentemente foi procurado por uma fonte com uma denúncia grave também na área da saúde, mas a pessoa resiste em ceder a documentação necessária para noticiar o caso temendo represálias.

A gestão de Allyson está completamente blindada.

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Máscaras Caem em Mossoró: O Preço do Elogio Comprado e a Guerra Contra a Crítica

Blog do Dina

A recente notícia de que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, está abrindo uma frente jurídica para processar críticos e opositores me causou especial interesse.

De saída, Allyson se coloca como inovador. Processar é expediente de perfil do qual ele diz se distanciar.

Bem… parece que caiu uma máscara.

Mas não é bem sobre isso que queria falar. Os detalhes do processo você pode ver aqui com Bruno Barreto.

Prefiro embasar minha opinião em miolo porque pitaco todo mundo pode dar.

Dito isso, fui investigar o comportamento da marca do nome do prefeito.

Os resultados da minha apuração tornam a notícia do processo caso de consultório terapêutico.

Senão vejamos.

Segundo o social listening que faço através de ferramenta própria para esse fim para investigar temas relevantes na internet, nos últimos 3 meses, às menções ao prefeito foram 449 em redes sociais (Twitter, Instagram, youtube, tiktok) e 407 menções em plataformas não-sociais (blogs, portais de notícias, fóruns etc).

O impacto do público, Dinarte, qual foi? 121 mil pessoas nas redes sociais foram atingidas pelo conteúdo sobre o prefeito e 671 mil pessoas foram expostas a conteúdo nas plataformas não sociais.

Mais fundo

Uma das maravilhas do social listening é capacidade de a inteligência artificial catalogar a sentimentalização e definir se a postagem é negativa, positiva ou neutra.

O que chama atenção em tudo que estou expondo é que maioria gritante das menções são de material produzido em favor do prefeito, distribuído pela assessoria para blogs, portais e parceiros.

Há 43 menções negativas. É nesse contexto que se dá o processo.

De 449 menções que se dividem entre neutras (especialmente material divulgado pela assessoria e reproduzida por veículos parceiros) e abertamente favoráveis (comentários de apoiadores), o prefeito está se insurgindo contra 43 que lhe desagradam.

Outra maravilha do social listening é ele informar quanto vale aquele branding.

Não sei se bate com o que a Prefeitura de Mossoró paga em pedidos de inserção, mas segundo a ferramenta que utilizo, a exposição do nome do prefeito valeu, nos últimos 3 meses, 21,8 mil dólares. Daria 106 mil reais.

Com certeza a prefeitura pagou mais.

Mas porque é caso de consultório

Porque gastar tanto em publicidade para ter atenção atraída pelo negativo é porque o elogio comprado não convenceu a alma do comprador. E isso, só Freud explica.

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Exageros à parte, Álvaro Dias mostra Allyson que prefeito tem que estar na reunião da bancada federal para discutir as emendas

Política é feita de atos simbólicos e rituais. A reunião que todos os anos é feita entre a bancada federal, a governadora e os principais prefeitos do Rio Grande do Norte faz parte deste processo.

É o momento de definição dos interesses do Estado no Orçamento Geral da União (OGU).

O prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (União) ano a ano vem levando falta neste momento. Ano passado após ficar insatisfeito foi as redes sociais reclamar. Não aprendeu a lição e este ano levou falta novamente.

O prefeito do Natal Álvaro Dias (Republicanos), pelo contrário, está sempre presente neste momento. Na quinta-feira, estava lá pintando para a guerra porque queria mais recursos para as obras do Hospital Municipal de Natal. Ele está queimado com a bancada federal porque mudou a verba da obra para a compra de equipamento sem informar aos parlamentares.

Restou a ele fazer uma encenação para ficar bem na fita. É um exagero? É. Mas também não pode ser a omissão do prefeito Allyson que ficou em Mossoró para a abertura dos Jogos Escolares.

O ideal é o prefeito presente, apresentando uma pauta objetiva, com foco em bons projetos e sem fazer pantomimas.

O prefeito de uma cidade como Mossoró não pode se ausentar de momentos importantes como a discussão das emendas de bancadas, não pode terceirizar nem mandar recados.

Tem que ir lá e defender os interesses da cidade com altivez.

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Allyson leva falta em mais uma reunião com a bancada federal para discutir emendas do RN

Ano passado o prefeito Allyson Bezerra (União) não esteve na reunião com a bancada federal que discutiu as emendas do Orçamento Geral da União (OGU) para o Rio Grande do Norte.

A omissão teve consequências. Mossoró não foi contemplada com as emendas de bancada. Na época o prefeito gritou nas redes sociais sem fazer autocrítica da própria omissão.

Este ano mais uma vez o prefeito levou falta na reunião ocorrida ontem em Natal. Não usou sua legitimidade e liderança para defender os interesses de Mossoró.

Quem falou em defesa de algo relacionado a Mossoró foi a governadora Fátima Bezerra (PT) que pediu recursos para a conclusão das obras da Estrada do Melão.

Allyson preferiu ficar na cidade para fazer a abertura do Jogos Escolares de Mossoró. Tudo bem que o evento merece ser valorizado, mas que falta faz o prefeito ter um bom relacionamento com o vice!

Allyson está brigado com o vice-prefeito Fernandinho das Padarias (Republicanos) desde o começo da gestão. Se houvesse uma normalidade institucional o vice abriria o evento e o prefeito iria lutar pelos interesses de Mossoró.

Quem deu as caras na reunião foi o presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (SD) que foi na condição de chefe do legislativo e não como representante do executivo, ocupando um vácuo que deveria ser do prefeito. Lawrence defendeu recursos para o Santuário de Santa Luzia, uma de suas bandeiras.

Para se ter ideia do que representa a presença de um prefeito numa reunião dessas basta lembrar de Álvaro Dias (Republicanos), tão criticado aqui nesta página, estava lá defendendo os interesses de Natal e chegou a discutir com o coordenador da bancada, o deputado federal Benes Leocádio (União) em defesa de mais recursos para as obras do Hospital Municipal. A atuação foi uma pantomima, diga-se de passagem, mas ele estava lá de corpo presente.

Allyson perdeu a chance de fazer o mesmo por Mossoró.

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Rogério está à direita de Styvenson

O senador Rogério Marinho (PL) votou contra a reforma tributária que isenta produtos de cesta básica, reduz em 90% os impostos sobre consumo, diminuí a carga tributária e aumenta sobre os mais ricos.

Styveson Valentim (PODE) votou a favor.

Valentim é um notório antipetista, policial militar da reserva daqueles que se orgulha de dizer que dava porrada em vagabundo e que já disse algumas frases misóginas num passado recente.

Mas não tenha dúvida, Styvenson pode ser destrambelhado com as palavras, mas Rogério com aquela fala mansa está à direita do ex-capitão caçador de bêbados nas blitzen.

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Ao defender que prefeitos se desfiliem da Femurn, deputado adota postura infantilizada e politicamente preguiçosa

O deputado estadual Gustavo Carvalho (PSDB) está defendendo que prefeitos se desfiliem da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) porque a entidade está, pasme, defendendo interesses das prefeituras.

A entidade defende a manutenção da alíquota modal de 20% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cujo prejuízo em caso de não aprovação será de R$ 125 milhões no caixa das prefeituras em 2024.

Para Carvalho, defender mais recursos para os municípios é “ser puxadinho do Governo do Estado”. Justo a Femurn, que em agosto fez protesto na porta da Governadoria.

Abre aspas para o que disse Gustavo em comentário nas redes sociais sobre o assunto:

“Me apresentem as assinaturas da maioria dos prefeitos. Não apresentação. Se não apresentarem, a Femurn desmoraliza-se como defensora da causa municipalista e passa a ser puxadinho do governo. Eu desafio como municipalista. Aconselho aos prefeitos amigos que, se não forem apresentadas as assinaturas, iniciem a desfiliação a uma entidade que não representa municípios”.

A fala de Gustavo é infantil, autoritária e descolada da realidade. Durante a quadra histórica anterior a Femurn aceitou bovinamente medidas ruins para os municípios praticadas pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) sem reagir e nenhum parlamentar de esquerda sugeriu desfiliação em massa da entidade.

A fala é de uma preguiça política elementar.

Vá fazer luta política e tentar tomar a entidade para o bolsonarismo novamente em 2025, deputado.

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Allyson se cala sobre alíquota de 20% do ICMS

 

O Blog do Barreto questionou o prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (SD) na última segunda-feira a respeito da posição dele sobre a manutenção da alíquota modal de 20% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A pergunta feita no Whatsapp foi objetiva: “qual a sua posição sobre a manutenção da alíquota modal de 20% do ICMS?”.

Já são 48 horas sem uma resposta.

O prefeito tem dado diversas entrevistas sem que o assunto seja abordado e olhe que está em jogo R$ 14,3 milhões em arrecadação para a Prefeitura de Mossoró em 2024.

Ao longo deste ano, o prefeito deu várias demonstrações de que faz muita questão de encher o caixa do erário municipal seja por meio de cobranças judiciais aos contribuintes, seja por meio de brigas públicas com a governadora Fátima Bezerra (PT) e o presidente Lula da Silva (PT) que se contradizem com o silêncio cúmplice com os cortes eleitoreiros que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) fez no ICMS com a aprovação de uma PEC inconstitucional que quebrou o pacto federativo ao legislar em nível federal sobre um tributo estadual.

Quando foi conveniente, tipo ir a governadoria protestar contra Fátima, Allyson esteve presente. Agora ele fica calado enquanto outros prefeitos lutam pelos recursos.

O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) Luciano Santos anunciou que em 2024 80 prefeituras potiguares podem decretar estado de calamidade financeira.