O prefeito Allyson Bezerra (SD) enfrenta uma crise com a bancada de vereadores na Câmara Municipal de Mossoró, inclusive dois do partido dele estão sob ameaça de perder os cargos indicados na gestão: Tony Fernandes e Paulo Igo.
Os dois parlamentares mais o suplente Bião foram os únicos integrantes do partido não convidados para a confraternização do Solidariedade.
Bião apoia o nome de Tony para deputado estadual e Paulo Igo está alinhado com o vice-prefeito Fernanadinho (Republicanos).
Outro que está com um pé fora da base governista é Gideon Ismaias (Cidadania) que será candidato a deputado federal. O prefeito quer os aliados unidos m torno do nome do presidente Lawrence Amorim (SD) que tentará uma vaga na Câmara Municipal pela segunda vez.
A crise pode ganhar novos personagens. Um deles é Omar Nogueira (Patriotas) que andou manifestando insatisfação nos bastidores pelo tratamento desprestigioso que alega receber da gestão municipal.
Está no Congresso em Foco: o deputado federal General Girão está suspenso das funções parlamentares dentro do PSL. A medida o atingiu e mais 11 parlamentares entre eles Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.
A lista é formada por: Bibo Nunes (RS), Carlos Jordy (RJ), Caroline de Toni (SC), Daniel Silveira (RJ), Filipe Barros (PR), Cabo Junio Amaral (MG), Hélio Lopes (RJ), Márcio Labre (RJ), Sanderson (RS) e Vitor Hugo (GO).
Os parlamentares atingidos pela medida ficaram ao lado do mandatário nacional na crise envolvendo ele e o presidente nacional do PSL Luciano Bivar (PE).
Os deputados já pediram autorização ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar o PSL.
Ao Blog do Barreto, General Girão comentou a decisão: “Processo de autofagia da representatividade democrática, por conta de atitudes ou diferenças pessoais. Estou usando da minha experiência de vida para tentar sensibilizar os envolvidos na busca de uma solução que considere como fator decisivo a vontade dos nossos Eleitores”.
Provocado pelo prefeito de Coronel Ezequiel “Boba”, o deputado federal a se posicionar no Twitter a respeito da possibilidade de o ex-ministro Henrique Alves Assumir o comando do MDB no Rio Grande do Norte. O assunto veio à torna jornalisticamente através da jornalista Thaísa Galvão.
Walter foi curto e grosso:
“A informação não procede, prefeito. Inclusive, comunicamos à direção do MDB nacional, que, caso o senhor Henrique Alves, com quem não tenho relação pessoal e política há anos, venha assumir a legenda, Garibaldi e eu deixaremos o partido”.
A má relação entre Walter Alves e Henrique sempre foi assunto recorrente nos bastidores, mas agora veio à tona nas redes sociais. Durante a campanha do ano passado, o ex-ministro teria colocado sua estrutura em favor de Benes Leocádio (PRB) que terminou sendo o deputado federal mais votado enquanto o primo viria sua votação despencar 111.731.
A família Alves já passou por outros rachas no passado quando em 2002 o núcleo de Agnelo Alves, pai do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT), rompeu com a ala aluizista onde sempre estiveram inseridos o ex-senador Garibaldi Alves Filho, pai de Walter, e Henrique Alves, filho de Aluízio.
Esta oligarquia está a frente do MDB do Rio Grande do Norte desde 1980.
SAÚDE
O episódio ocorre no momento em que Garibaldi se recupera de uma cirurgia na cabeça realizada na última segunda-feira no Hospital Sírio Libanês em São Paulo.
Inclusive, nos bastidores, Henrique disse que evitaria comentar o assunto por estar mais preocupado com a saúde do senador.
Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro demoram a descer do ringue. Trocam farpas desde sexta-feira. Entretanto, a distância entre a retórica encrespada da dupla e a formalização de um efetivo rompimento impõe à situação uma certa ponderabilidade cômica. Os presidentes da Câmara e da República ficam numa posição parecida com a de dois adolescentes que ameaçam quebrar a cara um do outro, mas demoram tanto para levantar da cadeira que comprometem a seriedade da cena. Novas críticas de Bolsonaro a Maia agravaram a crise. O presidente da Câmara cobrara mais empenho de Bolsonaro na negociação com os partidos. Menos Twitter e mais Previdência, ele havia aconselhado. O presidente deu de ombros: “A bola está com o Parlamento”. Repetiu que não cogita compor uma maioria parlamentar recorrendo a velhas práticas. Não quer ir para a cadeia, como Lula e Temer.
“O Executivo não está acima de outros Poderes”, reagiu Maia. Ele reiterou que Bolsonaro não pode terceirizar a articulação política. O capitão responde com uma interrogação cenográfica: “O que é articulação?”.
Em público, Bolsonaro torce o nariz para o modelo que vigora no Brasil desde a redemocratização, em 1985. Prevê a troca de governabilidade por favores políticos e monetários. No escurinho, o presidente libera para os parlamentares verbas orçamentárias em conta-gotas e cargos de quinta categoria. A lista inclui, por exemplo, posições na Infraero, em vias de extinção.
Maltratados na Casa Civil do Planalto, os deputados enxergam o gabinete da presidência da Câmara como uma
espécie de muro das lamentações. Queixumes e pedidos represados passaram a desaguar nos ouvidos de Rodrigo
Maia. Levada ao paroxismo, a situação faria de Maia um articulador oficioso do governo que Bolsonaro desarticula.
Associado à velha política nas redes sociais de Carlos ‘Zero Dois’ Bolsonaro, Maia se deu conta de que fazia papel de bobo. Acordou.
Nos subterrâneos, partidos do centrão se juntam ao PT e outras legendas órfãs de Lula para transformar o plenário da
Câmara num campo minado. Trama-se, por exemplo, revogar a liberação das catracas para turistas americanos, canadenses e australianos. Cogita-se também emendar a medida provisória que redesenhou a Esplanada dos
Ministérios, reduzindo o número de pastas de 22 para 15. Maia cruza os braços.
Paulo Quedes e sua equipe cultivavam a ilusão de que a economia sedada, com o PIB na UTI, levaria governadores e eleitores a pressionar os parlamentares para aprovar rapidamente a reforma previdenciária. Parte dos governadores, sobretudo os do Nordeste, conspiram contra a reforma. A pressão popular não existe. Se existisse, surtiria pouco efeito, pois os deputados terão novo encontro com as urnas apenas em 2022.
Nesse contexto, os deputados esticam a corda para forçar Bolsonaro a melhorar o balcão, liberando mais verbas orçamentárias e diversificando o mostruário de cargos. Uma banda moderadora do governo, que inclui os militares, aconselha o presidente a dedicar-se mais à política, desligando da tomada o Twitter de Carlos ‘Pitibull’ Bolsonaro.
A ala piromaníaca do governo, que inclui os adoradores do polemista Olavo de Carvalho, deseja tocar fogo no circo, implantando no país a democracia direta das redes sociais. Ao fustigar Rodrigo Maia, Bolsonaro se comporta como o sujeito que acende o fósforo para verificar se há gasolina no fundo do barril. Desconsidera o fato de que sua popularidade despencou 15 pontos em menos de três meses.
No painel de controle do mercado financeiro, 2019 começa a aparecer como mais um ano perdido. Os operadores do capital já contabilizam um crescimento miúdo. Com sorte, o PIB ficará nas redondezas de 1,5%. Com azar, cairá abaixo de 1%. Enquanto isso, Bolsonaro insinua que Maia é porta-voz do fisiologismo e Maia dá a entender que Bolsonaro é um lunático do Twitter.
Nesse tipo de briga entre Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro, você, caro contribuinte, entra com a cara. De resto, eles falam mal um do outro com tanta convicção que correm o risco de a plateia concluir que ambos têm razão.
A história sempre precisa ser revisitada para que nos traga o exemplo do passado servindo de alerta para o presente e o futuro.
O Brasil vive uma crise moral sem precedentes. Em um ano tivemos o impeachment de uma presidente da república e os afastamentos dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Renan acabou escapando com teratológica decisão do STF que o tirou da linha de sucessão, mas no final o manteve no cargo. Já Eduardo Cunha está atrás das grades.
O governo Temer se enrola a cada dia. São seis ministros que caíram e os escândalos não param. O país é presidido por um sujeito sem o crivo do voto popular e acusado de receber propinas em delações premiadas.
O Supremo está desmoralizado com as últimas decisões e o Ministério Público vai sendo colocado contra a parede por uma classe política sem qualquer respaldo da sociedade.
O Brasil está inviabilizado pelo apodrecimento das instituições. Tudo isso que está acontecendo no país está abrindo espaço para a loucura populista.
A história está aí para mostrar o estrago que uma crise descontrolada pode fazer com uma nação. Na Alemanha do período entre guerras (1918-1939) um dólar americano chegou a custar 4,2 trilhões de marcos.
O estrago econômico abriu espaço para um louco racista chamado Adolf Hitler que escolheu um culpado para tudo que estava acontecendo no país: os judeus. O resto da história você conhece.
O Brasil atual não enfrente uma hiperinflação com a Alemanha pré-Hitler, mas temos um problema enorme chamado desmoralização da classe política. A crise moral está escancarada e ganham espaço políticos que negam a política.
É o caso de Jair Bolsonaro. Pouca gente conhece o que ele realmente pensa sobre economia. Mas muitos aplaudem o discurso populista pregando o bordão “bandido bom é bandido morto” ou desmantelo do Estatuto do Desarmamento. Seria ele uma versão tupiniquim de Hitler? Não chega a tanto, mas ele agrada a parcela homofóbica da sociedade mantendo os traços da extrema direita.
No Estados Unidos a crise moral da classe política levou Donald Trump à consagração eleitoral.
Hoje pela manhão foi realizada uma reunião tensa na Câmara Municipal. Alegando dificuldades orçamentárias o presidente da Câmara Municipal Jório Nogueira (PSD) sugeriu aos vereadores que sejam demitidos seis dos setes assessores que cada parlamentar tem direito no gabinete.
Ele alegou na reunião que déficit de R$ 500 mil herdado da gestão do vereador Francisco Carlos (PP) subiu para R$ 1,5 milhão. Os números incomodaram os parlamentares. “Desde abril que não temos verba de gabinete. Desde julho que não se gasta em publicidade. Isso dá mais de dois milhões e meio de reais”, frisou um dos parlamentares que conversou com o Blog do Barreto.
Nas contas do vereador a Câmara Municipal vem economizando R$ 186 mil/mês desde abril gerando uma economia até dezembro de R$ 1,8 milhão. Desde julho seria algo em torno de R$ 150 mil/mês que daria aproximadamente R$ 900 mil até o final de 2016.
O Blog fez contato com Jório Nogueira que explicou que está conversando com os colegas sobre o assunto por uma necessidade de se cumprir o orçamento. “Estou preocupado com essa questão dos comissionados para não deixar nada para ninguém pagar (falando em relação ao sucessor na presidência da casa que será escolhido em janeiro) como aconteceu comigo”, declarou.
Questionado sobre as economias com mídia e verba de gabinete, Jório desconversou. “Eu sugiro que você converse com os nossos técnicos. Esse é um tema técnico e eles saberão explicar melhor”, acrescentou argumentando que não existia orçamento para verba de gabinete. “Esse recurso não existia”, frisou.
Nota do Blog: a sessão de amanhã promete fortes emoções na Câmara Municipal. Nada mais posso adiantar.
O governador Robinson Faria (PSD) sentiu na pele, ou melhor, nos tímpanos o nível de insatisfação dos potiguares com a gestão dele. Ao ter o nome anunciado pelo locutor da Arena das Dunas, o chefe do executivo ouviu uma sonora vaia das bocas dos mais de 30 mil torcedores presentes ao jogo de ontem.
O governador está fechado em copas. Tem ignorado o interior e desprezado Mossoró numa intensidade jamais vista em outras gestões. Tanto que o governador foge da segunda maior cidade do Estado como o diabo da cruz.
Em Natal, ele sequer teve condições de lançar um candidato a prefeito. Apoiou Márcia Maia (PSDB) “por debaixo dos panos” e mesmo assim ela teve uma votação constrangedoramente pífia.
Os salários dos servidores estão atrasando cada vez mais e o cenário da gestão dele é deprimente cumprindo o aviso dado na campanha de Henrique Alves: “Robinson Faria é mais quatro anos de Rosalba ou coisa pior”. Está sendo pior. Só o governador não reconhece.
Após muitos boatos de que a banca do Rio Grande do Norte estaria fazendo corpo mole para não votar no processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB/RJ), todos os deputados federais potiguares foram à sessão e votaram a favor da cassação do parlamentar que já estava afastado das funções pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O Estado tem uma bancada 100% baixo clero (como são chamados os deputados inexpressivos) e os potiguares tiveram um comportamento silencioso e não participaram de qualquer discussão.
Os deputados do RN são Zenaide Maia (PR), Walter Alves (PMDB), Rogério Marinho (PSDB), Fábio Faria (PSD), Antonio Jácome (PTN), Beto Rosado (PP), Felipe Maia (DEM) e Rafael Motta (PSB).