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Alves já elegeram dois deputados federais numa mesma eleição em três oportunidades. Dá para repetir em 2022?

A oligarquia Alves, uma das mais longevas do Rio Grande do Norte e a que ainda tem alguma relevância no debate público do Estado, viverá em 2022 uma situação que não é nova: ter dois de seus integrantes se candidatando a deputado federal pelo (P)MDB.

No passado deu certo em três ocasiões: 1986, 1990 e 1998.

A primeira experiência foi com Ismael Wanderley, então casado com Ana Catarina Alves, que se elegeu com 44.852 votos ao lado do cunhado Henrique Alves que teve 90.884 sufrágios.

Quatro anos depois, Ismael deu lugar a Aluízio Alves que foi eleito juntamente com o filho Henrique Alves com respectivamente 61.541 e 52.847 votos.

Oito anos depois, Ana Catarina e se juntou ao irmão gêmeo Henrique e mais uma vez os Alves elegeram dois federais com respectivamente 52.878 e 163.572 votos respectivamente.

Diferente das experiências anteriores em que os candidatos disputavam votos sendo aliados agora em 2022 teremos uma situação inusitada: Henrique Alves e Garibaldi Alves Filho estarão no mesmo partido, mas rompidos.

E é justamente por causa de uma disputa Alves-Alves (ainda que indireta) ocorrida em 2018 quando Henrique pediu votos para Benes Leocádio, que foi o mais votado naquele ano, e Walter Alves, filho de Garibaldi.

Será que em 2022 a história se repete?

 

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Henrique afirma que laço com Garibaldi não será desfeito e que dá para os dois serem candidatos a deputado federal

Em entrevista ao Foro de Moscow o ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves (MDB) vltou a comentar a respeito do rompimento com ox-senador Garibaldi Alves Filho (MDB). Ele reforçou que os laços não podem ser desfeitos por causa da história política deles.“Acredito que Henrique e Garibaldi entraram juntos para a política. Não há como separar a história de 51 anos. Esse laço não há como ser desfeito”, frisou.

Em seguida lembrou que é possível que os dois se elejam este ano como aconteceu com Henrique e Aluízio Alves m 1990 (Henrique também se elegeu juntamente com a irmã gêmea, Ana Catarina em 1998). “Quando meu pai voltou do regime forçado da ditadura e meu pai e fomos deputados eu e ele. Fomos juntos deputados pelo Rio Grande do Norte e a casa do MDB cabe Henrique e Garibaldi”, lembrou.

Henrique falou que da mesma forma que não se imagina fora do MDB também não vê Garibaldi fora do partido. “Imaginar Garibaldi saindo do MDB não passa pela minha cabeça”, declarou.

Assista o trecho da entrevista:

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Ex-vereadora desmente Garibaldi sobre apoio

A ex-vereadora Izabel Montenegro (MDB) desmentiu o ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB) que tinha anunciado ter recebido o apoio dela em sua candidatura a deputado federal.

Ela negou ter tratado do assunto com o ex-senador. “Fui surpreendida com a legenda da foto que registrou minha visita hoje ao meu amigo e ex-governador Garibaldi Alves Filho. No instagran do querido Gari a frase que eu declarei apoio a sua candidatura de deputado federal. Por respeito à verdade , tenho que afirmar que não tratamos de nenhuma candidatura a deputado federal”, declarou. “O assessor de Garibaldi e minha assessora, presentes, são testemunhas. Eu e Gari também sabemos”, acrescentou.

Izabel é a presidente do MDB já comandou a Câmara Municipal de Mossoró e é mãe da vereadora Carmem Júlia (MDB).

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Ex-deputado revela bastidores de um rompimento político

Em um artigo intitulado “Caminhos da Política” o ex-deputado federal Laíre Rosado revelou os bastidores do histórico rompimento de seu grupo político com a família Alves, encerrando uma parceria que na época já durava duas décadas.

Laíre compara a frieza com que Garibaldi Alves Filho (MDB) descartou o primo Henrique Alves (MDB) com a experiência que ele viveu 16 anos atrás.

Vale a apena a leitura do texto publicado em O Mossoroense. Segue na íntegra:

CAMINHOS DA POLÍTICA

O ex-senador Garibaldi Alves afirmou que rompeu política e familiarmente com o ex-deputado Henrique Alves. Quando do rompimento de Carlos Augusto com os tios, Dix-huit declarou que, em política, o primeiro que apodrece é o sangue. Na aliança política entre familiares o vínculo se mantém enquanto atende ao interesse de todos.

Em 2006, Garibaldi nos fez passar por vexame semelhante ao que está expondo Henrique. Acreditava que o apoio de Rosalba Ciarlini era fundamenta para sua eleição ao Senado. Foi assim que, pelo telefone, marcou encontro comigo e com Sandra, em nosso apartamento na capital do estado, no cruzamento das ruas Antônio Basílio com Rui Barbosa.

Uma visita do grande líder Garibaldi deveria ser motivo de alegria, mas não foi o que aconteceu. Depois dos cumprimentos iniciais, sem arrodeio, disse que estava precisando do apoio da ex-prefeita de Mossoró e avisava que eu e Sandra, então deputada federal, deveríamos buscar outro partido, deixando o PMDB, partido a que estávamos filiados há vários anos. De maneira enfática, repetiu que não teríamos mais espaço para disputar novas eleições filiados ao partido onde tivemos grandes vitórias.

Ponderei que poderíamos conviver com Rosalba em um mesmo partido. Não havia necessidade de cancelamento de nossa filiação ao PMDB, partido que amávamos e onde nos sentíamos confortáveis. Pedi somente que, caso ele concordasse, queria que o anúncio dessa nova composição fosse feito por nosso intermédio, para evitar uma reação maior dos correligionários. Fiquei surpreso com a reação de Garibaldi, afirmando não havíamos entendido sua decisão e que tínhamos que sair do PMDB. E completou, quanta ironia meu Deus, que entenderia qualquer posição que assumíssemos.

Perguntei sobre o diretório municipal do PMDB em Mossoró e ele respondeu que esse assunto não era mais de minha responsabilidade. Perguntei ainda se Rosalba assinaria ficha de filiação partidária e, mais uma vez, ele não me respondeu. Sempre fui muito tranquilo em minhas reações emocionais, mas não suportava a decepção profunda que tomou conta de Sandra

Não procurei o deputado Henrique Alves acreditando que, mesmo se não concordasse com Garibaldi, não o enfrentaria, quando a justificativa era sua eleição ao Senado. Procuramos Geraldo Melo, além de correligionário, nosso amigo, com provas de solidariedade desde o tempo de Vingt Rosado. Contamos da visita de Garibaldi e ele demonstrou perplexidade, sem querer acreditar no que estava ouvindo. Perguntou se nós concordaríamos em um novo encontro, dessa vez com a sua presença. Geraldo seria candidato ao Senado nessas eleições e tinha interesse em manter unido a base de apoio. Viajei até Brasília e, no apartamento de Sandra, conversamos novamente com Garibaldi, com a participação de Geraldo Melo.

Sandra deixou um muito claro a Garibaldi que estávamos atendendo a uma sugestão de Geraldo, mas não acreditava que Garibaldi reconsiderasse sua decisão de não nos querer no PMDB. Em poucos minutos, diante da frieza e Garibaldi, Geraldo foi acometido de uma crise de enxaqueca que o obrigou a usar medicamentos para concluir o diálogo.

Não havendo mais nada a acrescentar, Garibaldi despediu-se de mim e de Sandra e convidou Geraldo para descerem juntos no elevador, para analisar algum detalhe da conversa, disse ele. Geraldo lhe respondeu que, diante das colocações que havia escutado, não havia mais espaço para nenhuma conversa.

Foi então que Sandra, olhando para os dois, disse “Geraldo, hoje, nós somos os traídos, mas amanhã você é quem será enganado por Garibaldi. Há indícios seguros de que ele já fechou com a candidatura de Rosalba Ciarlini ao Senado.” Ao que parece, Geraldo imaginou essa hipótese inteiramente impossível, mas foi o que aconteceu.

Poucos dias depois de Garibaldi formalizar o apoio a Rosalba como candidata ao Senado, encontramo-nos com Geraldo que foi se dirigindo a Sandra e afirmando, “amiga, você tinha toa razão. E eu não quis acreditar que isso pudesse acontecer”.

No final, Sandra foi reeleita deputada federal. Rosalba foi eleita senadora, com o apoio de Garibaldi. Geraldo não conseguiu voltar ao Senado e o próprio Garibaldi foi derrotado por Wilma de Faria, eleita governadora do estado. Passado o período eleitoral, Garibaldi chegou a reconhecer que tinha cometido um erro político ao trocar o apoio de Sandra e Laire por Rosalba e Carlos Augusto. Não somente por conta de votos, mas pelo desequilíbrio que isso provocou em Mossoró e Região Oeste.

Quem sabe, no futuro Garibaldi Alves volte a admitir ter incorrido em outro erro político, desta vez mais grave que o primeiro. Afinal de contas, como ele mesmo declarou, é um rompimento familiar e político.

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Análise: o giro que vira jirau

Por Ney Lopes* 

Adversários tradicionais, o ex-presidente Lula e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin dão sinais de “aliança”, com o petista candidato a presidente e o ex-tucano a vice.

No RN, o mesmo fenômeno político se repete, quando se anuncia “acordo” da governadora Fátima Bezerra (PT) com o senador Garibaldi Alves Filho (MDB), ambos historicamente em posições antagônicas.

No caso de Lula e Alckmin sempre foi tenso o relacionamento passado entre os dois.

O ex-governador de São Paulo chegou a associar o PT à facção criminosa PCC.

Por outro lado, o petismo levantou assunto indigesto para os tucanos em 2002, vinculando recursos desviados da empresa pública paulista DERSA ao financiamento das campanhas de José Serra a presidente e Alckmin a governador de SP

 O quadro político no RN se prenuncia igualmente complexo.

O desfecho dependerá da conveniência pessoal do ex-presidente Lula, a quem a governadora Fátima Bezerra guarda total lealdade.

A orientação nacional do PT é abrir diálogo com todos, mas já surgem reações internas no bloco governista estadual.

Quanto a chapa Lula vs Alckmin, a primeira pesquisa de avaliação colheu 48% de rejeição popular.

Certamente, esse índice aumentou, após o ex-governador demonstrar preocupação com o anuncio de Lula, de que revogará, se eleito, a reforma trabalhista, aprovada em 2017, a qual Alckmin defendeu.

Incontinenti, a presidente do PT não deixou por menos e retrucou: “já temos o caminho, que será a revogação”.

Sempre imprevisíveis, as alianças têm sido práticas usadas pelas lideranças na velha e nova república.

Algumas deram certos, outras errado.

No RN recorde-se uma das mais antigas, no ano de 1955, no famoso “acordão”, sugerido pelo então vice-presidente da República, João Café Filho, que juntou no mesmo palanque, pessedistas, udenistas e pessepistas, elegendo Dinarte Mariz, governador; Georgino Avelino, senador e os suplentes cafeístas, Reginaldo Fernandes e Sérgio Marinho.

O adversário de Dinarte foi o deputado udenista, Jocelyn Villar, que aderira ao PSD de Theodorico Bezerra, o PR dos Rosados e o PTB de João Francisco da Motta e do seu filho, então deputado estadual, Clovis Motta.

Exemplo fracassado de aliança no plano nacional, ocorreu entre Getúlio Vargas e o secretário-geral do Partido Comunista do Brasil, Luís Carlos Prestes.

Ambos dividiram o palanque em eleição no estado de SP, apoiando o candidato Carlos Cirilo Júnior, que competia contra  Novelli Júnior, genro do presidente Eurico Dutra.

O acordo causou estranheza, pelo fato de que, na ditadura de Vargas, Prestes tinha sido preso por nove anos e sua esposa, Olga Benário, entregue grávida à Alemanha nazista.

A aliança deu errado.

Os eleitores não assimilaram e elegeram Novelli Júnior.

Para a eleição de 2022 estão na vitrine as possíveis alianças de Lula e Alckmin; Fátima e Garibaldi.

Pelo andar da carruagem, a previsão é que o ex-governador de SP tente fazer um giro, mas faz um jirau.

O deputado federal Rui Falcão, ex-presidente do PT e um dos articuladores das campanhas de Lula, afirmou que o ex-tucano representa uma contradição a tudo o que o partido fez e quer fazer.

Foi mais adiante: “Lula não precisa de uma muleta eleitoral”.

Até Dilma já preveniu Lula, ao dizer-lhe: “O Geraldo Alckmin será o seu Michel Temer. Quando você mais precisar, ele ficará à disposição da oposição para tomar seu lugar”.

Por outro lado, a indagação é se o acordo de Garibaldi com Fátima corre o mesmo risco.

A deputada federal Natália Bonavides (PT) é firmemente contra.

O vice governador Antenor Roberto não escondeu palavras, ao declarar na 98 FM, que “não seria uma aliança eleitoral acertada”.

Ele prosseguiu, lembrando que o PT terá de explicar porque estará aliado ao MDB, se em 2018 levantou o discurso de “combate às oligarquias”, representadas por figuras como o ex-governador Garibaldi Alves, que comanda o partido no Estado.

“As oligarquias por muito tempo governaram o RN e foram as responsáveis por fazer o Estado chegar às condições em que chegou” – concluiu.

Na verdade, com aliados deste tipo, nem Alckmin, nem Garibaldi precisam temer adversários políticos.

*É jornalista, ex-deputado federal e advogado.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

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Garibaldi arrependido de apoiar o impeachment de Dilma? Resposta virá depois de concluir negociações com o PT

O ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB) não quis revelar se está ou não arrependido por apoiar o impeachment de Dilma Rousseff na entrevista de quinta-feira ao Foro de Moscow.

A posição logo despertou uma série de reações nas redes sociais. Uns interpretaram que ele não teve coragem de assumir, outros que ele não se arrependeu e não quis dizer isso para não melar as negociações com a governadora Fátima Bezerra (PT).

Diria que são as duas coisas ao mesmo tempo. Como a aliança PT-MDB não está totalmente sacramentada não é hora de dizer nem que sim nem que não.

Talvez em cima do palanque com Fátima ao lado e o filho Walter Alves (MDB) de vice ele possa responder a pergunta. O arrependimento de Garibaldi depende dos próximos capítulos da política potiguar.

Por ora o silêncio reforça as teses das alas petistas mais resistentes a aliança com os Alves.

Confira a pergunta sobre o tema:

 

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Garibaldi para federal sinaliza movimento de peças no xadrez político?

A semana foi marcada pelo anúncio do ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB) de que vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Isso significa que as peças no tabuleiro político se moveram no sentido de Walter Alves, seu filho, se tornar o vice de Fátima? Não necessariamente. Passa por isso, mas também pela orientação do MDB nacional de que ex-governadores e ex-senadores se candidatem a deputado federal para atuar como puxadores de voto e reforçar o fundo partidário da agremiação.

Por ora, nem prego batido nem muito menos ponta virada, mas o martelo já está na mão para o fechamento da chapa PT-MDB.

Há uma barreira na base do PT a ser movida e Garibaldi esperto que é já deixou claro que o plano B é lançar Walter para deputado estadual.

As peças se mexeram, mas não é tudo tão óbvio quanto parece. Há outros fatores envolvidos.

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Garibaldi se abstém de dizer se arrepende do impeachment de Dilma

O ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB) que costuma ser franco nas respostas desta vez preferiu se esquivar em dizer se está ou não arrependido de ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff.

“Olha, aquele processo decorreu de fatos que ocorreram naquele tempo e que se você me permite não vou envolver aquilo tudo”, respondeu em entrevista ao Foro de Moscow.

A fala de Garibaldi certamente não será vista com bons olhos pelo PT em um momento em que ele se movimenta para fazer aliança com a agremiação.

Assista o trecho da entrevista

Assista o programa na íntegra

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Garibaldi afirma que situação de Henrique no MDB está entregue à direção do partido

Após anunciar rompimento com o ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves (MDB) o ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB) disse, ao ser questionando no Foro de Moscow, se o primo teria legenda para ser candidato em 2022.

“Não sei dizer porque isso está entregue à direção do MDB que tem Walter Alves como presidente e no plano nacional Baleia Rossi”, informou.

Ele se disse frustrado e decepcionado com a atitude de Henrique de não votar em Walter Alves em 2018.

Assista o trecho da entrevista

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Garibaldi afirma que se não for vice de Fátima, Walter deve ser candidato a deputado estadual

O ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB) em entrevista ao Foro de Moscow afirmou que o deputado federal Walter Alves (MDB) será deslocado para alternativa para vice da governadora Fátima Bezerra (PT). Mas caso a aliança não prospere o plano B já está definido: vai tentar voltar para a Assembleia Legislativa onde cumpriu dois mandatos.

“Walter está na expectativa de se o entendimento prosperar e se tornar vitorioso porque depende de uma decisão nossa e do PT ele fará parte da chapa majoritária. Não prevalecendo isso Walter poderá ser candidato a deputado estadual ou examinar outra alternativa”, explicou.

Garibaldi explicou que a decisão de sair candidato a deputado federal se deve a necessidade de ser um puxador de votos do MDB. “Conversando com os meus companheiros chegamos a conclusão de que a minha candidatura seria capaz de impulsionar essa nominata e atrairia outros companheiros e eu me coloquei à disposição.

Assista o trecho da entrevista

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