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Alternativa para o RN sair do buraco é se entregar a agiotagem internacional

Fátima tenta com Paulo Guedes encontrar uma alternativa para o RN (Foto: Vinícius Borba)

O Ministério da Economia está trabalhando uma alternativa para que os Estados quebrados (o Rio Grande do Norte está no meio) se recuperem.

A ideia não é nada boa porque coloca os Estados na mira de instituições estrangeiras, mas é o que temos para o momento.

Pior: a governadora Fátima Bezerra (PT) está disposta a abraçar a ideia.

Sem ajuda dos bancos públicos, o Ministério da Economia sugere que os Estados falidos peguem dinheiro emprestado com bancos internacionais como JPMorgan, Citibank, BNP, Paribas, BofA e Santander.

As garantias são a dívida a ativa e receitas como royalties do Petróleo.

Quando era adolescente tinha uma expressão sempre usada quando o estrago estava feito: “tá no inferno? Abraça o capeta”.

Com uma previsão de encerrar 2019 com um déficit de R$ 1,8 bilhão, o Rio Grande do Norte não tem muitas alternativas.

O jeito vai ser se entregar a agiotagem internacional.

A governadora já vem trabalhando para no âmbito da economia interna conseguir antecipar os royalties da Petrobras e vender a folha de pagamento do Estado. Os dois projetos são discutidos com o Banco do Brasil.

O que preocupa é ver a gestão estadual buscando “comer na frente” sem apresentar um plano de impacto para recuperação fiscal do Estado. Assusta saber que não há um projeto para atração de investimentos no Rio Grande do Norte gerando novas receitas.

Assistimos retrocessos diante de uma classe política bestializada que silencia ao ver a Petrobras desinvestir no Estado.

Todos os caminhos levam o Rio Grande do Norte para o endividamento sem novas alternativas. Podemos encontrar em breve uma calmaria sustentada em paliativos sendo que mais à frente a bomba estoura de novo.

O Rio Grande do Norte tem sido saqueado nos últimos anos por más gestões. Nada de inovador é feito desde Cortez Pereira nos anos 1970. Se Fátima repetir os antecessores teremos mais do mesmo.

Trocando em miúdos: mais atraso.

Fátima precisa entender que sua biografia precisa ser sacrificada agora para ter a chance de se recuperar lá na frente sob pena de no futuro se juntar a Micarla de Sousa, Francisco José Junior, Rosalba Ciarlini e Robinson Faria no rol de governantes símbolos de fracasso.

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RN se aproxima de socorro financeiro do Governo Federal

Fátima apresenta cortes orçamentários como cartão de visita a Paulo Guedes (Foto: Vinicius de Borba)

O governo federal reconhece o esforço que Estados como o Rio Grande do Norte vêm fazendo para enfrentar a crise financeira herdada de gestões passadas, declarou o ministro da Economia Paulo Guedes, em audiência nesta terça-feira (19) com a governadora Fátima Bezerra e a bancada federal. Por isso já está formatando um programa de socorro que atenda às necessidades daquelas unidades da federação menos endividadas com a União, mas que atualmente têm problemas para pagar salários e fornecedores em dia.

O Plano de Equilíbrio Financeiro (PEF) é uma alternativa para que os Estados consigam dinheiro com mais agilidade. Parte dos valores economizados nos próximos quatro anos serão disponibilizados através de linha de crédito com aval da União para sanar as dívidas de curto prazo.

“A conversa foi bastante positiva e atende àquilo que já estávamos programando desde que assumimos o governo: mostrar a necessidade imperiosa de quitar os salários dos servidores e pagar os fornecedores, entre outras coisas. E o ministro foi claro ao dizer: os estados que adotarem medidas de recuperação fiscal, de controle das despesas, terão acesso a um aporte de recursos extras mais substancial”, disse a governadora Fátima Bezerra.

“De forma excepcional, a União vai conceder o aval e a gente vai ter acesso a um mercado financeiro, provavelmente com o Banco Mundial, um dos agentes financeiros envolvidos na questão. Isso não significa dizer que o RN vai se endividar mais. O Programa vai permitir que a gente troque os atuais credores do Estado, sobretudo os fornecedores, por um agente financeiro com capacidade de nos fornecer crédito por um prazo mais longo”, reforçou o secretário de Planejamento e Finanças, Aldemir Freire.

Na audiência, a governadora explicou a atual situação financeira do Estado que compromete ainda a execução de inúmeras políticas públicas, essenciais ao funcionamento de programas nas áreas da segurança pública, da saúde e da educação. Para enfrentar o problema, o governo adotou uma série de medidas para aumentar a arrecadação e reduzir gastos, entre elas cortes nas despesas de custeio e revisão de benefícios e incentivos fiscais, além da criação do Comitê de Gestão e Eficiência com vistas à formulação e implementação de medidas voltadas para o rigoroso acompanhamento da execução dos orçamentos fiscais e de investimentos. Também foram adotadas ações de combate à sonegação tributária, como o aumento da fiscalização, a notificação de devedores e o envio de uma lista de empresas inscritas na Dívida Ativa do Estado para efeito de execução judicial.

“As circunstâncias financeiras críticas e excepcionais colocam em risco a capacidade do Estado de prover a manutenção dos serviços públicos essenciais à sociedade. Todas as nossas ações estão sendo desenvolvidas para reduzir o déficit sem a necessidade de aumentar a carga tributária. Daí a importante participação do Governo Federal”, acrescentou o senador Jean-Paul Prates (PT).

Também participaram da audiência a senadora Zenaide Maia (PROS), os deputados Natália Bonavides (PT), Benes Leocádio (PTC), Rafael Motta (PSB), João Maia (PR), Walter Alves (MDB), Beto Rosado (PP) e Fábio Faria (PSD), e o secretário de Estado Carlos Eduardo Xavier (Tributação).

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Fátima e bancada federal se reúnem com ministros da economia e saúde

A situação financeira do Rio Grande do Norte será discutida nesta terça-feira (19) em Brasília, durante audiência da governadora Fátima Bezerra com o ministro da Economia, Paulo Guedes. No encontro, marcado para o final da tarde, com a participação de senadores e deputados da bancada potiguar, será feito um relato dos esforços empreendidos para levar adiante o plano de recuperação fiscal, bem como discutir a necessidade de parcerias com a União para enfrentar o déficit bilionário.

O atual governo herdou da gestão anterior um passivo de R$ 1,3 bilhão com fornecedores e de quase R$ 1 bilhão em salários atrasados dos servidores estaduais. Além disso, entre restos a pagar e dívidas financeiras, há um déficit orçamentário de quase R$ 2,5 bilhões.

CIRURGIAS

A governadora também estará reunida com o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para solicitar recursos financeiros e ações de regionalização da saúde, como a criação de consórcios regionais, por meio de cooperação financeira entre o estado e os municípios, e a implantação das Policlínicas. O RN já acumula mais de 23 mil pedidos de ultrassonografias, oito mil tomografias e 11 mil cirurgias eletivas.

O governo já planeja realizar um mutirão específico para ampliar as cirurgias e reduzir as filas de espera tanto das operações como dos exames. Parte do recurso solicitado ao governo federal será destinado para promover essas ações, tendo em vista que o programa tradicional oferecido atualmente pelo Ministério é insuficiente para atender as demandas de saúde no Estado.