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Rosalbismo elege o culpado pelo fracasso eleitoral em 2018. Grupo teima em seguir analógico na era digital

Em vez de fazer uma autocrítica, o rosalbismo prefere buscar culpados pelo fracasso eleitoral em 2018. O grupo político mais poderoso da cidade ainda não digeriu o resultado e sabe que tudo passa pela avaliação negativa da administração municipal.

Mas nada de autocrítica, claro.

A culpa de todos os males eleitorais é do secretário de saúde Benjamim Bento. O povo acha o governo de Rosalba Ciarlini (PP) ruim exclusivamente por causa dessa área.

É uma análise míope, diga-se de passagem.

A avaliação negativa de uma gestão não passa exclusivamente por uma área, mas pelo conjunto da obra. No vizinho Ceará a violência bateu recordes na gestão de Camilo Santana (PT), mas o excelente desempenho nos outros setores lhe garantiu a reeleição com 79,96 % dos votos válidos. O conjunto da obra se sobressaiu ao principal problema.

Culpar o titular da saúde pelo fracasso da gestão Rosalba Ciarlini seria preguiça analítica em termos jornalísticos e um péssimo sinal quando isso parte de dentro do grupo da prefeita.

O grupo da prefeita Rosalba precisa corrigir os rumos em todos os setores da gestão além de fazer a transição do sistema analógico para o digital em termos de estratégia política e administrativa.

Mossoró não pode continuar governada como se estivéssemos nos anos 1990. É esse o recado das urnas que o rosalbismo parece teimar em não entender.

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Rosalbismo precisa de fisioterapia política após fratura do desgaste ser exposta nas urnas

A necessidade de esconder Rosalba chegou ao ponto de o anúncio de evento no Sítio Cantópolis esconder o nome dela. Sintomas de um desgaste profundo 

As duas pernas que sustentam o rosalbismo na política estão fincadas em Mossoró, seu berço político. Os membros foram quebrados no primeiro e no segundo turno. A fratura exposta escancara um desgaste perceptível a olho nu para quem vive em Mossoró e escondido atrás de ausência de pesquisas para quem vive fora.

Agora não tem mais como esconder para o Rio Grande do Norte que a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) está profundamente desgastada em Mossoró e que isso tem reflexo eleitoral.

Quem tinha de cair no conto da invencibilidade do rosalbismo caiu no primeiro turno. Carlos Eduardo Alves (PDT) apostou tudo na surrada tese de que Rosalba tinha licença para governar ruim e mesmo assim contar com a paciência dos mossoroenses.

Não foi por falta de aviso. Em 7 de junho o Blog do Barreto avisava que existia (e existe) um nicho eleitoral a ser conquistado que não depende das bênçãos da “Rosa” (ver AQUI).

O resultado do primeiro turno trouxe uma derrota humilhante com a vitória de Fátima Bezerra (PT) com 46.634 (43,02%) contra 37.243 (34,36%) de Carlos Eduardo. A petista mal fez campanha em Mossoró e de quebra o PT estava completamente dividido por problemas internos.

No segundo turno, Carlos Eduardo Alves decidiu deixar Rosalba mais escondida. Apostou todas as fichas na parceria com Jair Bolsonaro (PSL), presidenciável mais votado em Mossoró no primeiro turno com 44.402 (34,17%) contra 39.212 (30,17%) de Fernando Haddad (PT) que ficou em terceiro lugar. O próprio rosalbismo colou no candidato do PSL.

O general Eliezer Girão (PSL), deputado federal eleito, se tornou seu companheiro de fotos nas movimentações em Mossoró.

Carlos Eduardo discursa em Mossoró sem presença de Rosalba no segundo turno

Mesmo assim o segundo turno trouxe um resultado ainda mais desastroso para o rosalbismo, principal avalista da candidatura de Carlos Eduardo e, na nova etapa eleitoral, de Bolsonaro em Mossoró. Primeiro, Fátima ampliou a margem sobre Carlos Eduardo vencendo por 68.713 (54,17%) x 58.145 (45,83%). A vantagem cresceu de 9.391 para 10.568. Depois Jair Bolsonaro em vez de ser impulsionado foi puxado para baixo levando uma virada de Haddad que teve 77.547 (59,22%) contra 53.391 (40,78%). Maioria de 24.156 votos para o petista.

A prefeita de Mossoró saiu menor das eleições 2018 e muitos já fazem contagem regressiva para tirá-la do poder nas eleições de 2020. Para evitar um desastre maior, o rosalbismo terá que fazer fisioterapia política para sobreviver ao desejo pelo novo que pode ganhar corpo nos próximos dois anos.

Por dois anos a “Rosa” terá que conviver com as digitais colocadas num jardim de derrotas políticas na capital do Oeste potiguar.

A fisioterapeuta do rosalbismo é a Prefeitura de Mossoró. Se o desempenho administrativo melhorar ela certamente vai recuperar a capacidade eleitoral para 2020. Caso contrário o tratamento sugerido pelo eleitor será o da mudança.

Saiba mais sobre a decadência eleitoral do rosalbismo clicando em:

Números mostram capital eleitoral de Rosalba em corrosão

Bolsonaro vira tábua de salvação para o rosalbismo

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Bolsonaro vira tábua de salvação para o rosalbismo

Rosalbismo cola em movimentação política de Bolsonaro em Mossoró

Arrasado pelo resultado das urnas no domingo o rosalbismo encontrou na popularidade de Jair Bolsonaro (PSL) em Mossoró uma tábua de salvação no segundo turno das eleições.

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) não conseguiu eleger nenhum de seus aliados no domingo. O presidenciável mais votado em Mossoró foi Bolsonaro que não tinha o apoio explícito dela (conforme me informei a prefeita votou em Ciro) embora muitos dos militantes rosalbistas estivessem alinhados com o candidato do PSL. Ele teve 44.402 votos.

Mesmo com apoio de Rosalba e o voto útil de antipetistas, Carlos Eduardo terminou derrotado na capital do Oeste com 37.243 votos. Foram 9.391 sufrágios a menos que Fátima Bezerra (PT) que pouco fez campanha no segundo maior colégio eleitoral do RN e ainda teve que administrar problemas internos no diretório local de seu partido.

Já Rosalba se dedicou pessoalmente em todas as movimentações políticas em favor de Carlos Eduardo e do filho Kadu.

Não precisa nem falar das votações pífias de Antônio Jácome (PODE) e Garibaldi Alves Filho (MDB) em Mossoró. Eles contavam com o apoio da prefeita.

Para virar o jogo, Rosalba colou no bolsonarismo. Ontem o candidato a vice-governador Kadu Ciarlini (PP) esteve presente numa movimentação política do PSL em Mossoró. Quem estava a frente das ações era o deputado federal eleito General Girão, ex-auxiliar da “Rosa” no Governo e Prefeitura de Mossoró.

Um dos grandes problemas para o rosalbismo é a ausência de renovação da militância. Os jovens se distanciaram do seu esquema político, mas se entusiasmam com Bolsonaro e suas ideias ultraconservadoras. A mistura é um reforço para um grupo político tradicional tentar colar sua imagem em movimentações populares e o principal: atribuir para si um eventual crescimento de Carlos Eduardo e Bolsonaro dentro dos limites de Mossoró.

Será como colocar uma peneira para tapar o sol que ilumina o desastre político de domingo.

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Rosalba puxa Carlos Eduardo em Mossoró, mas não subestime o antipetismo

Carisma de Rosalba se une ao antipetismo para reforçar Carlos Eduardo (Foto: Assessoria)

O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) subiu de 10% para 22,5% em Mossoró na pesquisa Consult. Um crescimento de 11,5% que o afastou de Robinson Faria (PSD) num comparativo com a pesquisa do dia 8 de setembro.

Carlos encostou em Fátima Bezerra (PT) que subiu de 21% para 27,5% em Mossoró.

Há méritos de Rosalba nisso? Claro que há. Ela é a maior eleitora da cidade e ainda sustenta 40% de aprovação mesmo fazendo uma gestão decepcionante (ver AQUI). Diria que o carisma pessoal da prefeita faz muito a diferença em favor de Carlos Eduardo. São quase que diárias as ações de campanha do pedetista na cidade com a presença dela. Ele está ausente na maioria delas, diga-se.

Mas existe um fator que vai além do carisma de Rosalba: o antipetismo. Muitos eleitores manifestam voto útil em Carlos Eduardo Alves apenas para evitar a chegada do PT ao Governo do Rio Grande do Norte.

Esse eleitorado não segue a liderança do rosalbismo e não pode ser confundido com a zona de influência da prefeita. O antipetismo é forte e influente em Mossoró.

O antipetista vota em Carlos Eduardo, mas nem todo antipetista segue a orientação da prefeita.

Diria que o teto de transferência de voto de Rosalba para Carlos Eduardo em Mossoró estaria na casa dos 40% do eleitorado. Se ele tirar mais do que isso pode anotar: tem influência do antipetismo. Se tirar menos é o antipetismo misturado com rosalbismo. Nunca deixará de ser os dois perfis somados.

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Tião precisa de uma bandeira além do antirrosalbismo

Política é símbolo. O empresário Tião Couto (PR), atualmente candidato a vice-governador, não tem sido bem orientado neste sentido. Não se trata de ocupar espaço por ocupar ou se posicionar na oposição por se posicionar. É preciso muito mais do que isso e propostas para engajar uma parcela da sociedade.

A disputa presidencial polarizada está aí para nos ensinar um pouco sobre tudo isso. De um lado temos Jair Bolsonaro (PSL) com uma pauta conservadora nos costumes, liberal na economia e, principalmente, usando e abusando do argumento da honestidade para se proteger de eventuais ataques. Do outro lado temos o PT representado por Fernando Haddad se pautando nas políticas inclusivas dos governos Lula e Dilma e usando-as como escudo no tema corrupção.

No centro os candidatos que vão ficar de fora no segundo turno não conseguiram abraçar nenhuma das simbologias que vão além das meras ideologias.

Nas eleições de 2016, Tião teve quase 52 mil votos ao conseguir encarnar o antirrosalbismo. Naquele momento isso por si só valeu a pena, mas para um projeto de longo prazo é preciso muito mais do que isso.

Para se tornar de fato um ativo eleitoral o empresário travestido de político precisa ter uma bandeira de luta, uma causa a defender. Até aqui ele segura-se num atirrosalbismo que tem valor enquanto a gestão dela for impopular. Se a administração municipal apresentar sinais de melhora o republicano terminará pregando apenas para convertidos se afastando do grosso do eleitorado.

Tião tem diante de si um grupo com tradição e símbolos. Não me refiro aqui a “rosa”, mas a algo que vai além no imaginário popular. A prefeita é carismática e tem em torno de si a simbologia de que só ela dá jeito em Mossoró. “Se não está dando certo com a Rosa não dará com outro”, pensa o cidadão médio.

Combater a prefeita apenas batendo nela é uma estratégia preguiçosa de quem planeja o marketing de Tião. Desconstruir é importante, mas o adversário não pode ser dependente de uma única ação.

Só bater na gestão de Rosalba Ciarlini (PP) é pouco e joga Tião na vala comum da politicagem que sempre marcou a antiga polarização Rosado x Rosado. Assim ele apenas ocupa o espaço ocupado antigamente pelo sandrismo sem acrescentar nada para si.

É preciso fazer uma crítica honesta a gestão, mas é preciso provar que pode fazer melhor.

Se Tião seguir apenas nessa linha, sem uma simbologia para chamar de sua, fará de Rosalba uma vítima e ficará dependente do desempenho dela para crescer ou não para 2020.

Isso não fideliza eleitorado.

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Assista ao vídeo do discurso em que Larissa reage a presença de adversária no Sítio Cantópolis

O mal-estar da deputada estadual Larissa Rosado (PSDB) com o rosalbismo está materializado no vídeo em que ela aparece discursando no Sítio Cantópolis conclamando os eleitores a votarem nos candidatos da terra após se irritar com a presença da vereadora Nina Souza (PDT).

Confira o vídeo

Para saber mais sobre o assunto clique AQUI

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Rosalba começa a pagar fatura por apoio de Sandra a Beto

Pedro Almeida agora é secretário

Já foi publicada no Jornal Oficial de Mossoró (JOM) a nomeação do professor aposentado Pedro Almeida Duarte para o cargo de secretário municipal de administração.

A presença dele no cargo fez parte das negociações entre o rosalbismo e o sandrismo para que a vereadora Sandra Rosado (PSDB) retirasse a postulação a Câmara dos Deputados para apoiar a reeleição do deputado federal Beto Rosado (PP).

Pedro Almeida é um longevo e leal membro do grupo de Sandra Rosado.

Já foi secretário estadual de educação e agricultura respectivamente nos governos de Garibaldi Filho e Wilma de Faria.

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Carlos Augusto cita pesquisa com aprovação de Rosalba e provoca situação constrangedora em reunião com vereadores

Na reunião realizada na semana passada na sede do PP entre os vereadores governistas e o líder do rosalbismo Carlos Augusto Rosado aconteceu uma situação constrangedora quando ele falou aos presentes que tem pesquisa com a aprovação da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) em índices estratosféricos.

“Não é o que vejo no meu bairro. O povo está reclamando”, bradou o vereador Ricardo de Dodoca (PROS).

Silêncio total seguido de declarações dos demais parlamentares fazendo coro as palavras de Ricardo.

Nota do Blog: não adianta duelar com os fatos. Se existisse aprovação alta da prefeita o rosalbismo já teria publicado uma pesquisa. A oposição segue engolindo mosca neste assunto.

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O tempo de Sandra

Sandra sem pressa. O rosalbismo em compasso de espera

Pela manhã surgiu a informação de que a vereadora Sandra Rosado (PSDB) iria desistir da candidatura a deputado federal ainda hoje.

O blog faz contato com ela e recebe a reposta: “até quarta”. Em até 48 horas teremos desfecho da última novela eleitoral antes do início propriamente dito da campanha.

O rosalbismo que tantas frustrações impôs a Sandra negando-lhe a indicação do vice de Rosalba Ciarlini em 2016 e depois impedindo neotucana de ser presidente da Câmara Municipal agora recebe o troco ao precisar da desistência de Sandra para descomplicar a reeleição de Beto Rosado (PP).

Tudo ao tempo de Sandra que agora tem o controle da situação.

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Tião cava própria cova política

Tião abre mão do discurso coerente para por digitais na provável votação pífia de Robinson em Mossoró

Há um mês Tião Couto (PR) anunciou (ver AQUI) que não seria candidato a deputado federal por não aceitar dividir o mesmo palanque de Robinson Faria (PSD). A iniciativa pegou bem junto ao eleitorado.

Tião ficou com a imagem de político coerente. No entanto, política é ocupação de espaços e o grupo dele deixou um enorme vácuo na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados que pode fazer surgir uma nova liderança em Mossoró. Encontrar alguém para assumir este espaço em nome grupo deveria ser a prioridade.

Ao adotar um discurso contra as oligarquias Tião ficou sem condições de se juntar a Carlos Eduardo Alves (PDT), mas também não pegaria bem ficar no mesmo palanque do governador mais desgastado da história potiguar.

Restava o risco de apostar uma candidatura menor ou deixar as diferenças ideológicas de lado e apoiar Fátima Bezerra (PT). Com esta última as conversas estavam abertas.

Se fecha com Fátima, do ponto de vista pragmático, Tião correria menos riscos políticos. Receberia críticas dos mais radicais, mas se manteria distante de ter o discurso contra os grupos tradicionais em situação contraditória. Além de ter o nome associado a expressiva votação que a petista caminha para ter em Mossoró.

Tião preferiu ficar com Robinson. Foi a pior escolha possível porque ele reabriu uma porta que estava fechada que escancara ao empresário mossoroense o quintal da política comum. Lá, com esta decisão, ele cava a própria cova política.

Como vice de Robinson, Tião chama para si a responsabilidade de uma derrotada acachapante de Robinson em Mossoró. O governador tem tudo para ter uma votação pífia independente de ter um companheiro de chapa mossoroense, mas o empresário colocará as digitais nessa derrota que se avizinha.

Não é por acaso que a repercussão ao longo do dia de ontem foi péssima para Tião Couto. Muitas críticas nas redes sociais.  O clima é de decepção em quem via nele uma alternativa aos grupos tradicionais.

Após tirar quase 52 mil votos na eleição para prefeito de Mossoró em 2016, Tião representava a principal ameaça aos Rosados na cidade.

Como vice do governador mais impopular da história ele se joga na vala comum da política deixando o discurso do “diferente”.

O rosalbismo segue agradecendo aos adversários que tem e livre para fazer uma gestão deprimente sem sofrer incômodos. Tião precisará trabalhar ainda mais para fechar a cova política que ele mesmo abriu.