Henrique faz nota evitando confronto e mandando recados (Foto: autor não identificado)
Por meio de nota o ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves (MDB) se disse surpreso com a declaração de rompimento do ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB).
O emedebista demonstrou desinteresse em brigar com o primo e disse saber o que eles viveram juntos.
Confira a nota:
Diz o ditado popular; “quando um não quer, dois não brigam”.
Por isso não esperem de mim uma resposta sequer agressiva em relação ao primo, amigo, companheiro de MDB de 51 anos.
Só gratidão e respeito a Garibaldi. Sabemos o que vivemos juntos!
Surpreso, sim.
Até porque nos falamos no meu aniversário em dezembro, Natal e Ano Novo quando nos desejamos fraternalmente boas festas e felicidades.
A vida e suas circunstâncias…
Realizei a vida política, partidária e pública na escola de meu pai.
Até no se levantar, no resistir às injustiças e vencê-las.
Assim, a bandeira verde, da esperança, sempre a tremular nas minhas mãos sob o julgamento do povo do Rio Grande do Norte, que me deu 11 mandatos de deputado federal.
Hoje não é diferente.
O carinho , o abraço e emoção no reencontro são alegrias que me fortalecem e estimulam na luta que sempre continua.
Sem ódio e sem medo. Como Aluízio, meu pai, nos ensinou desde 1970.
Em tempo, a única campanha que não pude ajudar a Garibaldi foi a última de 2018, quando ainda sofria absurdas limitações de brutal injustiça. O RN também sabe disso.
Henrique e Garibaldi oficialmente rompidos (Foto: reprodução/Blog do Barreto)
O ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB) e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves (MDB) romperam uma parceria política que parecia ser inquebrável.
Hoje o Blog do BG revelou que Garibaldi confirma o rompimento. A alegação sempre tratada de forma discreta no noticiário passou pela briga entre Henrique e o deputado federal Walter Alves (MDB). Entre o primo-irmão e o filho, pesou o sentimento paterno.
“Tenho motivos muito fortes para não ter mais relação política com Henrique, a campanha de 2018 foi decisiva para isso, inclusive ele pedindo voto contra Walter no pleito em prol de Benes Leocádio. Infelizmente não queria acreditar, mas o próprio Henrique confirmou publicamente”, disse ao BG.
Nem mesmo relação familiar existe mais e a convivência no MDB não está fácil. “A nossa relação no partido também não é, e nem será fácil, mas o Presidente e a direção do MDB no RN é de Walter Alves, e quem vai conduzir isso é ele”, afirmou Garibaldi.
Garibaldi e Henrique formavam uma das parcerias políticas mais longevas da política do RN. Os primos faziam política juntos desde 1970.
Em entrevista ao Foro de Moscow o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT) foi questionando se ele espera que a família Alves esteja unida nas eleições de 2022.
Ele explicou que não trata a política como uma questão familiar e que saiu do (P)MDB há 20 anos adotando uma postura de independência na vida pública em relação aos parentes.
Família Alves tem nó entre primos para desatar (Fotomontagem: Blog do Barreto)
A oligarquia Alves foi a mais poderosa do Rio Grande do Norte por pelo menos 40 anos. Quando não esteve no poder, liderou a oposição seja em Natal ou no Governo do Estado.
Hoje o agrupamento familiar nem lidera a oposição nem governa o Rio Grande do Norte, mas é cedo para dizer que é o fim desse agrupamento político.
A família esteve unida nas eleições de 2014 e 2018 quando foi derrotada para o governo como Henrique e Carlos Eduardo, respectivamente.
Sonhando retomar o protagonismo do passado, a família enfrenta problema entre os primos. O Walter disputa não só o comando do MDB potiguar como também a prioridade na chapa de deputado federal em 2022 com Henrique Alves que deu um chega para lá na conversa de que mudaria de agremiação. “Partido não é hospedaria”, disse no Twitter ao relembrar a participação das articulações para fazer Tancredo Neves líder do partido no Senado.
Walter em Henrique possuem um problema de ordem pessoal.
Outra disputa que pode levar a divisão do ninho bacurau é entre Carlos Eduardo e Garibaldi Filho. Primeiro vem sonhando com o Senado enquanto que o primo mais velho segue cotado para o cargo que ocupou por três mandatos.
Para retomar o protagonismo os Alves precisam superar suas disputas internas.
Henrique pode estar de malas prontas para o Cidadania (Foto: Web/autor não identificado)
Ex-ministro, ex-presidente da Câmara dos Deputados e parlamentar por 44 anos Henrique Alves ensaia retorno à política.
Segundo a jornalista Thaisa Galvão ele afivela as malas para deixar o MDB, partido que ele ajudou a organizar no Rio Grande do Norte junto com o pai Aluízio Alves no pós-ditadura militar.
Segundo a colega ele estaria encaminhado para ir para o Cidanania (antigo PPS) visando voltar a Câmara dos Deputados.
Henrique está sem clima no MDB por causa do péssim relacionamento que tem com o primo e deputado federal Walter Alves, que preside o partido no Estado.
Henrique ficou de fora das eleições 2018 e chegou a ficar quase um ano preso por causa de processos envolvendo a Operação Lava Jato. Recentemente ele foi absolvido em outra ação, o “Quadrilhão do MDB”.
O deputado tem feito sinalizações e opinado bastante sobre temas do Rio Grande do Norte nas redes sociais.
Provocado pelo prefeito de Coronel Ezequiel “Boba”, o deputado federal a se posicionar no Twitter a respeito da possibilidade de o ex-ministro Henrique Alves Assumir o comando do MDB no Rio Grande do Norte. O assunto veio à torna jornalisticamente através da jornalista Thaísa Galvão.
Walter foi curto e grosso:
“A informação não procede, prefeito. Inclusive, comunicamos à direção do MDB nacional, que, caso o senhor Henrique Alves, com quem não tenho relação pessoal e política há anos, venha assumir a legenda, Garibaldi e eu deixaremos o partido”.
A má relação entre Walter Alves e Henrique sempre foi assunto recorrente nos bastidores, mas agora veio à tona nas redes sociais. Durante a campanha do ano passado, o ex-ministro teria colocado sua estrutura em favor de Benes Leocádio (PRB) que terminou sendo o deputado federal mais votado enquanto o primo viria sua votação despencar 111.731.
A família Alves já passou por outros rachas no passado quando em 2002 o núcleo de Agnelo Alves, pai do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT), rompeu com a ala aluizista onde sempre estiveram inseridos o ex-senador Garibaldi Alves Filho, pai de Walter, e Henrique Alves, filho de Aluízio.
Esta oligarquia está a frente do MDB do Rio Grande do Norte desde 1980.
SAÚDE
O episódio ocorre no momento em que Garibaldi se recupera de uma cirurgia na cabeça realizada na última segunda-feira no Hospital Sírio Libanês em São Paulo.
Inclusive, nos bastidores, Henrique disse que evitaria comentar o assunto por estar mais preocupado com a saúde do senador.
Vitórias de Carlos Eduardo e Rosalba em 2016 deram um fôlego aos oligarcas
As ultratradicionais oligarquias Alves, Rosado e Maia estão juntos e misturados, isso tudo meio a contragosto, diga-se. Ontem (ver AQUI) se confirmou a aliança que faltava para fechar o cenário político no Rio Grande do Norte em 2018.
A prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini (PP) indicou o filho Cadu como vice de Carlos Eduardo Alves (PDT). O acordo só foi selado quando se entenderam a respeito da reeleição do sobrinho afim dela, Beto Rosado.
Tudo resolvido em família.
Acordo feito e incluindo no mesmo balaio o senador José Agripino (DEM) deslocado para a Câmara dos Deputados tirando momentaneamente o filho Felipe Maia da política. O líder demista fez um “sacrifício” por ele mesmo para se manter na política. Tudo para Carlos Eduardo não prejudicar seu projeto de chegar ao Governo do Estado e garantir as reeleições dos primos Garibaldi e Walter Alves.
As famílias se entenderam.
Se fosse há 20 anos e com alguns ajustes envolvendo personagens já falecidos ou aposentados da política essa aliança seria imbatível. Mas naqueles tempos as oligarquias eram mais fortes divididas em Alves x Maias cada uma com o suporte dos Rosado torados em duas bandas. Praticamente todos estão juntos para sobreviver politicamente.
Nas décadas de 2000 e 2010 os oligarcas do Rio Grande do Norte começaram a perder força. Primeiro permitiram uma terceira via vitoriosa saindo de dentro de suas entranhas. Refiro-me a Wilma de Faria que derrotou Alves e Maia após circular por esses dois grupos e ela mesma tendo uma origem oligarca.
Em 2006, Alves e Maia se uniram para derrota-la, mas Wilma vence. Em 2010, o voto casado colou e as oligarquias deram o último suspiro reelegende Garibaldi e Agripino e levando uma Rosado, Rosalba, ao Governo depois de 60 anos.
Em 2014, Rosalba é jogada no escanteio da política e se junta a Robinson Faria (outrora vice dissidente) e ao PT. Numa aliança reduzida e com a então governadora dando apoio velado derrotam Alves e Maia para Governo e Senado.
O recado do eleitor estava dado e as vitórias em Natal e Mossoró deram uma ilusão de poderio as oligarquias. Mas as pesquisas em 2018 mostram um cenário desalentador aos três grupos familiares.
Carlos Eduardo não decola nas pesquisas, Rosalba é mal avaliada em Mossoró e Garibaldi nunca iniciou uma campanha tão enfraquecido. Para completar a situação, José Agripino sequer teve condições de tentar a reeleição ao Senado.
O ano de 2018 pode ser o último suspiro das oligarquias em nível estadual, sacrificando talvez o seu quadro tecnicamente mais qualificado, Carlos Eduardo.
O pacto oligárquico tem tempo e meios para virar o jogo em 2018, mas também pode se afogar num mar de repulsa popular que eles parecem não perceber.
Teremos este ano um colapso das oligarquias? É possível que sim.