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Allyson muda postura com Lula no poder e passa omitir parcerias com Governo Federal

Começou a obra do Anel Viário que liga as BRs 110 e 304, um dos mais importantes empreendimentos de mobilidade urbana da história de Mossoró. Do ponto de vista político chama atenção o comportamento do prefeito Allyson Bezerra (União).

Se nos tempos de Jair Bolsonaro (PL) ele fazia questão de exaltar a parceria com o Governo Federal com Lula (PT) ele faz questão de omitir a parceria. Quem vê a divulgação nas redes de Allyson e nos canais oficiais do município pensa que a obra orçada em mais de R$ 67 milhões não conta com a parceria do Governo Federal através da Caixa Econômica e do Ministério das Cidades.

Por mais que se alegue que ele conseguiu orçar a obra ainda na gestão de Bolsonaro foi com Lula que o dinheiro saiu. Allyson nem pode dizer que a ideia é dele.

A ligação entre as BRs é um sonho antigo do povo de Mossoró e foi discutida em gestões anteriores, o que não tira o mérito do prefeito.

Feio mesmo é não citar o atual presidente como fazia com o antecessor, mas a obrigação legal de colocar a Caixa, o Governo Federal e o Ministério das Cidades na placa da obra está aí para evidenciar a picuinha.

Allyson sempre se perde com essa pequenez política.

 

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Fuga de detentos do presídio federal completa uma semana com baile de bandidos sobre forças de segurança

Hoje faz uma semana que Rogério da Silva Mendonça, o “Tatu”, 36, e Deibson Cabral Nascimento, o “Deisinho”, 34, fugiram do Presídio Federal de Mossoró através de um buraco aberto nas luminárias e ultrapassando as barreiras de segurança máxima sem serem “incomodados” pelos agentes penitenciários.

De lá para cá há registros confirmados de que eles estiveram em duas casas na Zona Rural de Mossoró onde fizeram moradores de reféns, pegaram mantimentos e celulares e seguem se deslocando em um raio de 15km.

São mais de 300 homens das forças de segurança com ajuda de helicópteros, drones, cães farejadores e todo um aparato tecnológico que não tem sido suficiente para achar dois bandidos maltrapilhos que sequer conhecem a geografia do lugar.

A dupla, que seria ligada ao Comando Vermelho, vem dando um baile nas forças de segurança há uma semana.

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Quem diria? Rosalba tenta colar no PT em busca de impulso político

No domingo, durante a visita do ministro da justiça Ricardo Lewandowski a Mossoró para acompanhar as buscar pelos fugitivos do presídio federal uma presença surpreendeu: a da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP).

Ausente do debate público nos últimos anos, Rosalba estava lá ao lado de um ministro do presidente Lula, da governadora Fátima Bezerra e da deputada estadual Isolda Dantas.

Rosalba estava colando no PT, um partido que sempre combateu e que sempre lhe fez oposição. O mais irônico é que por anos ela espalhou a teoria da conspiração de que a violência (hoje em declínio) aumentou em Mossoró por causa do presídio federal.

Nada sério foi publicado que sustentasse as afirmações de Rosalba. Era só cortina de fumaça para esconder a incompetência do próprio governo.

Após flertar com o bolsonarismo e insinuar na campanha de 2018 que o PT teria envolvimento com a facada desferida em Jair Bolsonaro no dia 6 de setembro daquele ano, Rosalba agora tenta retomar fôlego eleitoral colando no PT para tentar se viabilizar como principal adversária do prefeito Allyson Bezerra (União) nas eleições deste ano.

Rosalba tem uma tarefa ingrata ao escolher esse caminho. A afinidade com o PT é negativa. A resistência a seu nome no campo progressista é enorme e mesmo o desgaste de Allyson com esse segmento não gerou saudades da “Rosa”.

O passado de Rosalba condena. Mas ela vai tentar colar no PT para se alavancar, quem diria?

 

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Rogério Marinho abraça o golpismo de Bolsonaro

O senador Rogério Marinho (PL) abraçou de vez o golpismo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao dobrar a aposta na defesa da narrativa de que tudo que foi revelado esta semana pela Operação Tempus Veritatis não tem nada demais e tentando levantar a suspeição do ministro Alexandre de Moraes.

Marinho na segunda-feira defendeu em entrevista ao Roda Viva uma anistia para os golpistas que depredaram prédios públicos em Brasília em 8 de janeiro do ano passado.

Com as revelações de detalhes da trama golpista, Rogério decidiu dobrar a oposta e seguir defendendo ainda mais Bolsonaro e traçando um caminho sem volta na sua biografia já manchando pela fama de quem advoga contra os direitos dos trabalhadores que agora ganha a companhia do golpismo.

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Com Lula no poder, Styvenson muda postura em relação a transparência em votos para ministros do STF

O senador Styvenson Valentim (PODE) foi eleito prometendo transparência absoluta ao longo do mandato, inclusive revelando os votos em eleições secretas.

Foi assim que fez nas escolhas de Nunes Marques e André Mendonça, nomes indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para Supremo Tribunal Federal (STF).

No primeiro caso votou contra. No segundo a favor.

No governo Lula da Silva (PT), o senador mudou a postura. Escolheu o mistério. Não revelou o voto nem na indicação de Cristiano Zanin nem na de Flávio Dino.

Uma mudança de comportamento que chama atenção.

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Não existe crise na direita de Natal

A crise na direita de Natal foi um dos assuntos que tomou conta das manchetes do noticiário da capital por causa da decisão do comunicador BG deixar o PSDB porque o partido decidiu dialogar com a deputada federal Natália Bonavides (PT).

BG deixou o PSDB porque não gostou de não ter sido consultado e vai se alinhar onde se sente mais à vontade, ou seja: com quem não dialoga com o PT.

Não há crise na direita por causa disso.

Não há direita aí. O que existe é o bolsonarismo, uma corrente de extrema-direita que orbita em torno do senador Rogério Marinho (PL) no Rio Grande do Norte.

Da famosa foto da direita, na verdade extrema-direita, o único que nunca orbitou no radicalismo político, o deputado federal Paulinho Freire (União), foi o único que se afastou do grupo. Agora ele está próximo do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD), líder em todas as pesquisas.

O bolsonarismo não está brigado em Natal. Apenas um de seus integrantes deixou um partido de centro-direita. Ele retirou a pré-candidatura e deve seguir no mesmo campo político.

 

 

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Novo salário do prefeito de Mossoró é um tapa na cara dos professores e expõe um Allyson que se julga imune ao absurdo

Não. Não sou contra reajuste de salários de políticos. Combato toda e qualquer demagogia antipolítica que nos empurra para o acasalamento com a cadela do fascismo que está sempre no cio como escreveu um dia o dramaturgo Bertoldt Brecht.

Mas há uma medida nas coisas.

Mossoró é uma cidade de 264 mil habitantes e não há cabimento que o prefeito daqui receba um salário R$ 34.774,64. É maior que o da governadora Fátima Bezerra (PT) que atualmente R$ 21.914,76 para comandar os destinos de 3,5 milhões de potiguares.

Até concordo que o salário de Fátima é defasado, mas a desproporcionalidade é gritante. Allyson, que adora apontar o dedo para a governadora, não seguiu o exemplo de austeridade dela.

Até porque há poucos meses ele negou o reajuste do piso dos professores e encerrou a greve pela força da justiça enquanto Fátima atendeu a categoria.

Ano passado Fátima abdicou de aumentar o próprio salário.

Para se ter ideia do quanto será desproporcional o salário do prefeito de Mossoró a partir de 2025, o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) atualmente ganha R$ 35.462,00. A capital paulista é a mais populosa do país com 11,4 milhões de habitantes.

A desproporção do salário do prefeito com o tamanho de Mossoró é um tapa na cara nos professores que tiveram reajuste do piso negado sem direito a negociar e é uma demonstração que Allyson se julga imune ao absurdo.

Allyson dá a reeleição como certa e já planeja disputar o Governo do Estado em 2026, inclusive.

No parlamento

Os deputados estaduais vão ganhar R$ 34.774,64, o mesmo que o prefeito ganhará em 2025. Há aí uma lógica, um vereador de Mossoró vai receber R$17.387,32.

A proporcionalidade foi mantida.

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Allyson culpa Fátima pela própria falta de republicanismo

O prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (União) tem uma lógica bem própria para explicar a própria falta de republicanismo: a culpa é da governadora Fátima Bezerra (PT).

Se não empresta o tomógrafo encaixotado há 16 meses ao Hospital Tarcísio Maia é porque se se fizer o equipamento vai quebrar.

Se ficou incoerentemente em silêncio no debate sobre o ICMS é porque o Governo do Estado não iria repassar o dinheiro. Até parece que ele não fez cobranças públicas sobre atrasados e que o repasse não é constitucional.

Duas falas infantis e de uma constrangedora falta de republicanismo. Bem ao estilo Jair Bolsonaro, ele jogou a culpa na governadora pelos próprios erros de prática de boa política, aquela que coloca o interesse público acima da picuinha política.

Só faltou culpar o ex-deputado federal Beto Rosado (PP) por não ter reconhecido que o tomógrafo encaixotado há 16 meses no PAM do Bom Jardim foi comprado com emenda do ex-parlamentar.

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Rosalba põe a cabeça para fora para dizer que ainda existe politicamente, mas suas pétalas não encantam como antigamente

Esta semana a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) colocou a cabeça para fora bem ao estilo quem não é vista não é lembrada para tentar ao menos influir na formação da chapa de oposição que vai enfrentar o favorito a reeleição Allyson Bezerra (União).

Rosalba adotou um discurso humilde de analisar a candidatura com cautela e de quem quer primeiro unir a oposição.

Botou a cabeça para fora e disse que existe politicamente depois de uma participação pífia no processo eleitoral de 2022 onde não pela primeira vez em mais de 30 anos não transferiu votos e não elegeu um familiar para a Câmara Federal.

Rosalba pode até ter algum grau de competitividade pela sua história, mas as pétalas da Rosa (seu símbolo político) não encantam mais como antigamente. A fila da política andou em Mossoró. Se com a máquina na mão ela foi derrotada não será na oposição, enfraquecida que ela vai vencer e diante de um prefeito bem avaliado que ela vai vencer.

Não se trata de subestimar alguém que foi prefeita quatro vezes, senadora e governadora. Mas são fatos do presente que se impõe. Só uma hecatombe administrativa mudaria um quadro para tornar Rosalba um páreo duro para Allyson.

Alguém com que proponha novos ares seria mais competitivo contra o atual prefeito do que o resgate do passado.

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Rosalba presidente de partido é virada simbólica

Um assunto passou quase despercebido no noticiário foi o fato de a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) estar encaminhado a ascensão como presidente do diretório municipal do PP.

Rosalba não tem histórico como dirigente partidária. Sempre foi um estandarte político das massas, nunca uma política de bastidores. Esse papel sempre foi ocupado pelo seu marido, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado.

Rosalba dava nome ao agrupamento político, o rosalbismo, mas quem era apontado como o líder de fato era Carlos. Ela tinha os votos e ele o poder de articulação.

Com Rosalba presidente do PP municipal há sinais de que desta vez é dado um sinal de que ela vai assumir as rédeas da articulação política. Do ponto de vista simbólico é uma virada de chave.

Sinal dos tempos ou apenas um reposicionamento de Carlos Augusto no consagrado papel do bruxo (sem o poder de outrora) “Ravengar” da política mossoroense?