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Estratégia de Fátima tem impedido adversários de polarizar

A governadora Fátima Bezerra (PT) está controlando o processo eleitoral e aplicando a estratégia do não confronto com os adversários. Com mais de 20 pontos percentuais de vantagem nas pesquisas ela busca com isso manter a campanha morna.

A petista iniciou a campanha eleitoral com o eleitorado dividido quanto a sua aprovação, mas nas últimas pesquisas (ver AQUI) o quadro se tornou favorável para a petista que passou a ter uma avaliação positiva acima da negativa e isso tem se refletido nas intenções de voto que ficaram acima de 40% em todas as sondagens (exceto a Consult pelo preciosismo de 0,12%) e os levantamentos de votos válidos indica vitória em primeiro turno em 100% dos levantamentos.

Com a popularidade em recuperação, tem evitado dar margem para a polarização de um de seus adversários. Isso dificulta que os dois principais, o senador Styvenson Valentim (PODE) e o ex-vice-governador Fábio Dantas (SD), abocanhem a faixa do eleitorado que desaprova a gestão.

A temperatura morna da campanha favorece quem está na dianteira e Fátima sabe disso a ponto de se dar ao luxo de se ausentar dos debates numa estratégia ruim para a democracia.

A ideia é com a ausência diminuir o interesse pelos debates, o que por outro tira dela o direito de se defender das acusações e críticas dos adversários.

Evitar a polarização é tudo que Fátima precisa para liquidar a fatura eleitoral já no dia 2 de outubro.

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Allyson comete erro tático ao demitir servidores do gabinete do vice

Por onde ando ouço a avaliação de que o prefeito Allyson Bezerra (SD) cometeu um erro de estratégia ao demitir os servidores do gabinete do vice-prefeito Fernandinho (Republicanos).

De fato essas avaliações estão corretas.

Ficou a imagem de que o prefeito sacramentou o rompimento. Como sempre escrevo por nesta página: política é feita de simbologias.

Fernandinho não deu qualquer declaração pública criticando a gestão nem agiu para prejudicar Allyson. O prefeito tomou uma atitude drástica sem que antes a corda fosse esticada no debate público.

Sem espaço, compreensivelmente pela sua baixíssima influência política na sociedade, Fernandinho decidiu ser candidato a deputado estadual em faixa própria sem exigir apoio de Allyson. Sem contar a aproximação com a governadora Fátima Bezerra (SD). O prefeito poderia tornar esta uma ponte para parcerias com o Governo do RN.

Se sou o prefeito não teria feito nada. Deixava o vice quebrar a cara nas urnas.

O prefeito escolheu o confronto e ficou com o desgaste. Pouco relevante no debate público, Fernadinho ficou mais conhecido e com o posto de vítima.

O jovem Allyson precisa aprender a velha estratégia de deixar como está para ver como é que fica e manusear a arte de engolir sapos.

Tendo razão ou não, o prefeito errou na estratégia.

Habilidade política requer a capacidade de reduzir o tamanho dos problemas quando eles batem a porta do líder.

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Ministros bolsonaristas adotam estratégias diferentes, com resultados políticos diferentes e desempenho eleitoral parecido

Em um duelo político que por muito tempo foi colocado panos quentes para esconder uma escancarada rivalidade, os ministros Rogério Marinho e Fábio Faria disputam a primazia de controlar o palanque bolsonarista no Rio Grande do Norte.

Essa vitória visa levar com bônus o controle do PP, partido mais prestigiado no Governo Federal.

Os ministros adotaram estratégias bem diferentes. Rogério alinhou técnica e política. Fortaleceu a própria pasta ao mesmo tempo em que usava a estrutura dela para montar uma base política no Rio Grande do Norte. Assim ele juntou um punhado de prefeitos (entre eles Álvaro Dias, do Natal) e deputados.

Assim ele montou um palanque tendo ele candidato ao Senado e o deputado federal Benes Leocádio (Republicanos) na disputa ao Governo do Estado.

Já Fábio optou por fortalecer vínculos afetivos junto ao presidente. Falava-se que ele iria melhorar o presidente, aconteceu o inverso. Ele virou um “bolsonarista raiz” a ponto de ficar com a (má) fama de bajulador presidencial.

Estratégias diferentes, resultados políticos diferentes. Rogério, por ora, está politicamente mais robusto que Fábio no Rio Grande do Norte.

Por outro lado para o eleitor isso não fez nem faz a menor diferença. Os dois vão muito mal nas pesquisas em parte por serem historicamente impopulares no Estado e também pela associação a um presidente com desaprovação superior a 60% entre os potiguares.

Estratégias diferentes, resultados políticos diferentes e resultados eleitorais até aqui parecidos.

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A frente ampla em Natal e o jogo de soma zero que gera empilhamento de corpos e crise econômica

Álvaro joga com vidas pensando em 2022 (Foto: Aldair Dantas)

Por Daniel Menezes*

A prefeitura do Natal flexibilizou ontem (19), através de decreto municipal, o que foi estabelecido pelo decreto estadual. Agora serão permitidos eventos com até 100 pessoas, o funcionamento de cinemas e antecipa o retorno das aulas.

Não cabe entrar mais aqui na ilegalidade do decreto já pacificado por diversas ações na justiça – vale o mais restritivo e o do Governo Estadual efetivamente tem tal direcionamento. O próprio Supremo Tribunal Federal foi consultado em diversas situações e tratou também especificamente da disputa entre Prefeitura do Natal e Governo do RN.

Não cabe também mais ingressar na avaliação técnica da flexibilização. Grandes eventos e cinemas estão no topo máximo dos espaços de risco de contágio e, conforme foi noticiado pela imprensa nacional, o Rio Grande do Norte acelerou o crescimento de casos nos últimos dias. Já há filas por UTIs nos hospitais. Não há qualquer fundamentação em liberar geral em tal ambiência se o nosso olhar se dirigir ao controle da pandemia.

Mas há sim uma racionalidade e ela não passa mais pelo controle da pandemia faz tempo. Não há qualquer perspectiva neste sentido estabelecida em Natal. A rivalização política não ajuda a economia, nem muito menos o controle de novos casos de covid-19.

A razão instrumental se volta para o período eleitoral de 2022. Álvaro Dias já percebeu que existe uma frente ampla na cidade e ela é composta por empresários, setores da imprensa e associações médicas. Embora as teses dessa frente ampla tenham sido acolhidas pela justiça estadual, foram, como já dito, derrubadas pelo Supremo.

É esta a base que Álvaro procura agradar com o seu bolsonarismo soft, mas nem por isso menos efetivo. Ele não diz impropérios em público como o presidente, mas joga contra a ciência do mesmo jeito e estabelece uma falsa divisão entre pandemia e economia por mais que a realidade específica do problema mostre o contrário. Em 2018, os candidatos Coronel Hélio e Sérgio Leocádio foram ingênuos, ao acharem que iriam capturar o voto do bolsonarismo com chavões e truculência. Álvaro Dias pegou o eleitor bolsonarista, melando os decretos de isolamento e distribuindo cloroquina e ivermectina.

No momento em que se fala em terceira onda – como se tivéssemos saído da segunda -, conceito importado da Europa nesta pandemia e que não explica a evolução da doença por aqui, Dias atua para agradar essa base e para posicionar o PT da governadora Fátima Bezerra como sinônimo de radicalismo e atraso. É uma forma de se por como representante do desenvolvimento, da economia e situar aquela a quem ele deseja derrotar em 2022 como representante das mortes pela covid-19 – já que ele se esconde quando o seu trabalho traz esse resultado -, do desemprego. Ele é sempre a solução, ela o problema. Quando os óbitos aumentam, são os demais agentes que se manifestam na esfera pública sobre o revés. No dia que passa a valer a maior flexibilização da prefeitura do Natal, por exemplo, o governo e prefeitos da região oeste tentam criar novas ações em prol do controle do problema.

Dias compreendeu bem o espírito da frente ampla instalada em Natal, por um lado, e incentiva a falsa oposição entre pandemia e economia, por outro, vampirizando suas consequências. Essa frente já demonstrou que não liga para o estágio em que se encontra a pandemia, imaginando existir distância entre vírus em circulação descontrolada e normalidade, e a falta de coordenação geral, na prática, só tumultua o enfrentamento do problema. Quando ele estoura de uma forma em que não é mais possível fechar os olhos para o cenário, cria-se uma situação de maior tempo de fechamento e restrições e menor de abertura e relativa normalidade.

A Teoria da Escolha Racional apresenta bons estudos sobre esse comportamento em que a busca pelo desejo individual isolado, sem coordenação, cria a irracionalidade de grupo, operando contra os próprios objetivos dos agentes. O acirramento, as informações desencontradas e a ausência de pactuação geram mais mortes e, na prática, necessidade de fechamentos constantes. Com a vacinação lenta e o aumento de casos escalando, essa frente ampla está jogando contra os seus próprios interesses, ao apoiarem o alheamento com a pandemia – as associações médicas alegando que é possível manter a normalidade com um tratamento ineficaz – as normativas do CRM/RN sobre cloroquina e ivermectina seguem valendo até hoje -, os empresários criando a falsa separação entre pandemia e economia e setores da imprensa, tentando pintar o redondo como quadrado.

Não há como ignorar o empilhamento de corpos – ainda que exista quem trabalhe neste sentido – e achar que a economia vai conseguir funcionar em sua normalidade com isso. Estabelecer opções significar construir um jogo de soma zero em que todos perdem. Não há como dizer que ivermectina previne covid-19, se a maioria dos pacientes graves no RN fez uso desse medicamento de maneira contínua, conforme pesquisa do LAIS/UFRN. Não há como dizer que está tudo bem, não reportar as super lotações nos hospitais e o número de mortos. A informação circula por outros meios.

Sim, sem a atuação do governo federal, detentor da maior fatia do bolo tributário, maior máquina burocrática (ministério da saúde) e o único com capacidade de endividamento, que age como se não tivesse relação com o que ocorre no Brasil, tudo é mais difícil. Estados e municípios atuam numa espécie de salve-se quem puder. Mas o governo estadual também precisa colocar muito claramente para a população as escolhas que ela precisa fazer e as hierarquias que deve estabelecer. Com debate, racionalidade e conjugação de forças a razão eleitoral que hoje domina o planejamento (ou a falta dele) do combate à pandemia em Natal pode tomar outro horizonte.

*É sociólogo e professor da UFRN.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

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O PT está sempre errado

A notícia bem que poderia ser “sete deputados votam pelo congelamento dos salários dos servidores públicos”, mas como eles não eram do PT o foco foi acusar a deputada federal Natália Bonavides de votar contra a vinda de recursos para o Rio Grande do Norte.

Pouco importa se ela defendeu a proposta que garantiria R$ 240 milhões a mais para o Rio Grande do Norte sem penalizar ainda mais os servidores públicos.

Agora ninguém da nossa incorruptível classe média se importou com os servidores públicos. Bem diferente de recentes decisões que desagradavam os trabalhadores e gerou comoção na sociedade potiguar.

Até acho que Natália Bonavides cometeu um erro estratégico em votar contra o texto base. Ela poderia seguir o exemplo da senadora Zenaide Maia (PROS) que era contra o congelamento dos salários dos servidores, mas não deixou de votar a favor do tema principal da lei que garantiu recursos para o Rio Grande do Norte.

Mas vejam o caso do deputado federal General Girão (PSL) que usa seu prestígio no Governo Federal para golpear a democracia interna no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), mas não usa essa força para ajudar o Estado em temas mais urgentes.

Ele sequer é cobrado pela atitude antidemocrática que patrocinou pela nossa classe média tão cheia de bons princípios.

A questão tem explicação e passa pela filiação partidária. O PT sempre está errado. Não importa o contexto, a causa e a coerência.

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Rosalbismo parte para ataque contra adversários no estilo “sujo falando do mal lavado”

Acuado pela sequência de acontecimentos negativos, o rosalbismo partiu para cima de adversários que sequer fazem oposição de fato: os deputados estaduais Allyson Bezerra (SD) e Isolda Dantas (PT).

A dupla não tem surfado na crise. Assistem à distância tudo que está acontecendo em Mossoró mantendo o foco nos respectivos mandatos.

Quem tem cuidado de ser o contraponto no debate político é a sindicalista Marleide Cunha, que há um mês não estava no imaginário popular. Ela cresce numa crise provocada pela própria administração municipal.

Sem argumentos, o rosalbismo utiliza militância e meios de comunicação alinhados para atacar Isolda e Allyson por eles terem votado a favor do 13º e terço de férias para deputados estaduais.

A medida aconteceu há um mês e foi alvo de críticas, inclusive de simpatizantes dos dois deputados. Agora a tentativa de requentar o assunto visa apenas desviar o foco dos verdadeiros problemas do momento.

É uma falha estratégica que além de não atingir o objetivo de desviar as atenções acaba trazendo dois nomes que estavam à margem do noticiário para dentro do debate político de 2020.

Mas talvez exista um sentido nisso tudo. Explico na sequência.

Segundo o jornalista Carlos Santos, o casal Carlos Augusto/Rosalba Ciarlini recebeu uma pesquisa com números desanimadores.

Aí jogo duas perguntas: o quadro apontado para 2020 estaria colocando os dois deputados a frente de Rosalba? Não duvido vide o resultado da eleição do ano passado. Seria uma confissão de medo? Creio que sim.

A tática de envolver os deputados no debate resgatando uma medida impopular votada por eles há um me faz lembrar que na edição do dia 23 de janeiro do Jornal Oficial de Mossoró (JOM) tem a assinatura de Rosalba Ciarlini endossando a implantação da verba de gabinete na Câmara Municipal, Lei Nº 3703, ideia amplamente rejeitada em Mossoró.

Quando o sujo fala do mal lavado o resultado é de soma zero.

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Comentário do dia

Segundo voto inibe ataques em disputa acirrada pelo Senado

No comentário de hoje no Bom Dia Mossoró analisamos o jogo de xadrez na acirradíssima eleição para o Senado em que os candidatos evitam ataques para não perder o segundo voto para o Senado.

Confira

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Tião precisa de uma bandeira além do antirrosalbismo

Política é símbolo. O empresário Tião Couto (PR), atualmente candidato a vice-governador, não tem sido bem orientado neste sentido. Não se trata de ocupar espaço por ocupar ou se posicionar na oposição por se posicionar. É preciso muito mais do que isso e propostas para engajar uma parcela da sociedade.

A disputa presidencial polarizada está aí para nos ensinar um pouco sobre tudo isso. De um lado temos Jair Bolsonaro (PSL) com uma pauta conservadora nos costumes, liberal na economia e, principalmente, usando e abusando do argumento da honestidade para se proteger de eventuais ataques. Do outro lado temos o PT representado por Fernando Haddad se pautando nas políticas inclusivas dos governos Lula e Dilma e usando-as como escudo no tema corrupção.

No centro os candidatos que vão ficar de fora no segundo turno não conseguiram abraçar nenhuma das simbologias que vão além das meras ideologias.

Nas eleições de 2016, Tião teve quase 52 mil votos ao conseguir encarnar o antirrosalbismo. Naquele momento isso por si só valeu a pena, mas para um projeto de longo prazo é preciso muito mais do que isso.

Para se tornar de fato um ativo eleitoral o empresário travestido de político precisa ter uma bandeira de luta, uma causa a defender. Até aqui ele segura-se num atirrosalbismo que tem valor enquanto a gestão dela for impopular. Se a administração municipal apresentar sinais de melhora o republicano terminará pregando apenas para convertidos se afastando do grosso do eleitorado.

Tião tem diante de si um grupo com tradição e símbolos. Não me refiro aqui a “rosa”, mas a algo que vai além no imaginário popular. A prefeita é carismática e tem em torno de si a simbologia de que só ela dá jeito em Mossoró. “Se não está dando certo com a Rosa não dará com outro”, pensa o cidadão médio.

Combater a prefeita apenas batendo nela é uma estratégia preguiçosa de quem planeja o marketing de Tião. Desconstruir é importante, mas o adversário não pode ser dependente de uma única ação.

Só bater na gestão de Rosalba Ciarlini (PP) é pouco e joga Tião na vala comum da politicagem que sempre marcou a antiga polarização Rosado x Rosado. Assim ele apenas ocupa o espaço ocupado antigamente pelo sandrismo sem acrescentar nada para si.

É preciso fazer uma crítica honesta a gestão, mas é preciso provar que pode fazer melhor.

Se Tião seguir apenas nessa linha, sem uma simbologia para chamar de sua, fará de Rosalba uma vítima e ficará dependente do desempenho dela para crescer ou não para 2020.

Isso não fideliza eleitorado.

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Gabinete de Robinson vira local de peregrinação de prefeitos e redes sociais expõem estratégia do governador

Instagram do governador expõe estratégia
Instagram do governador expõe estratégia

O governador Robinson Faria (PSD) é considerado politicamente morto e sepultado para as eleições de 2018 graças a sua impopularidade recorde. Mas diferente de sua antecessora, Rosalba Ciarlini (PP), ele só depende de si para ser candidato a reeleição.

Com um grupo de pequenos e médios partidos gravitando em torno de seu projeto político, Robinson tem garantida a viabilidade política. Resta combinar com o povo, ou seja, atingir a viabilidade eleitoral que as pesquisas lhe negam.

Sem a confiança das lideranças políticas de Natal, Mossoró e Parnamirim, Robinson partiu para o caminho mais tortuoso: o da busca por apoio de intermediários. Entram em cena os prefeitos das cidades pequenas.

Em curso a estratégia de receber os burgomestres no seu gabinete. Diariamente é uma peregrinação. Tudo registrado nas redes sociais bem mais ao estilo cara audiência, um flash.

O governador está jogando bem nessa estratégia. Com dificuldade em penetrar nas grandes cidades do Estado ele parte para cima dos menores municípios que juntos fazem um volume para capital nenhuma botar defeito. Pode até não dar certo, mas teoricamente é uma estratégia inteligente.

Resta saber se os prefeitos parceiros vão dar a contrapartida nas eleições.

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Kelps e Fábio Dantas não emplacam como alternativas ao Governo

Kelps-Lima-e-Fabio-Dantas

Quando pintou como nome ao Governo do Estado muita gente viu em Kelps Lima (SD) uma alternativa aos projetos da senadora Fátima Bezerra (PT) e do ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT).

A meta era chegar a algo em torno de 10 a 15% nas intenções de voto nas pesquisas para consolidar a candidatura. Este operário da informação acreditou que seria possível com base nas pesquisas qualitativas que apontaram para isso. Kelps tinha, ou tem, o perfil perfeito para furar a polarização montada: faz oposição ao governador Robison Faria (PSD), não é aliado de Fátima Bezerra (PT) nem tem vínculos com as oligarquias familiares. Mas ele não conseguiu embalar no vácuo existente.

Até aqui, Kelps oscila no patamar dos 5% de intenção de voto nas últimas pesquisas.

Na outra ponta, era previsível que a jogada arriscada do vice-governador Fábio Dantas (PSB) não iria dar em muita coisa. Ele trocou de partido, largou Robinson de última hora e se alinhou ao PSDB esperando ser catapultado pela força do tucanato local.

Fábio Dantas está sendo fragilizado antes mesmo das convenções chegarem. Com 0,71% ele não consegue chegar a um dígito nas pesquisas.

Se quiser continuar na eleição, o neossocialista vai precisar encaixar-se em uma outra vaga nas eleições. Já Kelps tem a reeleição praticamente garantida como “plano B”.

Para o Governo do Estado os dois não emplacaram até aqui. Só um fato novo os coloca em um nível de competitividade razoável.